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Geral => Comunidade de Traders => Tópico iniciado por: Vanilla-Swap em 2013-02-09 11:48:20

Título: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-09 11:48:20
eu estou preocupado com os milhões que foram destinados para a agricultura, pode acontecer que certo dinheiro vá ser desviado para outros fins.

Eu não consigo compreender como os nossos agricultores não trabalham com as seguradoras, cada vez que existe uma calamidade o estado tem que entrar com o dinheiro.

muita gente pensa que se pode viver da agricultura, mas deve -se apostar em outras fontes de rendimento como o turismo pequenas unidades agro industriais, pensar que se pode viver só da agricultura é um erro, tem que se ter criar uma rede de rendimentos que faça que uma zona consiga sobreviver.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: rnbc em 2013-02-09 16:08:09
Os seguros que existem não são competitivos e o estado ajuda, portanto não há incentivos para que apareçam seguros competitivos.

A atividade agrícola é lucrativa se for feita da forma correta. O investimento em terrenos e máquinas é baixo face ao rendimento produzido, e os terrenos não sofrem desvalorização, pelo contrário, se forem bem tratados valorizam. Se conseguires colocar os produtos a preço de mercado (não preço de fornecedor de hipermercado...) é normal conseguir taxas de rentabilidade de 10%-15% por ano ou mais em produtos exóticos, já contando com o custo do terreno e calamidades que ocorram de vez em quando.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-09 17:45:05
Os seguros que existem não são competitivos e o estado ajuda, portanto não há incentivos para que apareçam seguros competitivos.

A atividade agrícola é lucrativa se for feita da forma correta. O investimento em terrenos e máquinas é baixo face ao rendimento produzido, e os terrenos não sofrem desvalorização, pelo contrário, se forem bem tratados valorizam. Se conseguires colocar os produtos a preço de mercado (não preço de fornecedor de hipermercado...) é normal conseguir taxas de rentabilidade de 10%-15% por ano ou mais em produtos exóticos, já contando com o custo do terreno e calamidades que ocorram de vez em quando.


rnbc estás enganado, eu para mim dividia o país por zonas, existem zonas que pode ser competitiva caso do vale do tejo e Alentejo, agora no norte é impossível ser competitiva, o interior norte abandono também não é competitiva, assim como no algarve, essas zonas têm que se criar novas fontes de rendimento, caso do turismo, silvicultura, ou instalação de pequenas industrias, agora não vamos continuar, vêm fundos para plantar laranjeiras, planta -se laranjeiras, vem jundos para macieiras, arrancam -se as laranjeiras e plantam -se macieiras.
Tem de se criar zonas com produção agrícola onde haja artesões, termas, rios, caça, exposições de produtos, etc..
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Castelbranco em 2013-02-09 18:37:43
é uma vergonha dizer que a agricultura aqui em portugal não dá, nós temos um territorio fertil, o problema é outro, enquanto compram um telemovel por 600€, compram um porco inteiro que demora meses e meses a criar por 500€, os alimentos estão baratissimos por causa das medidas protecionistas dos varios paises do mundo e mão de obra barata 1 ou 2€ por dia nos paises chamados do terceiro mundo 


a agricultura é rentavel em quaqluer parte do país, olhem para os países como israel onde cultivam no deserto imaginem o trabalho que tem que ser feito para produzir.

o problema da nossa agricultura são as fronteiras a moeda e o protecionismo (este a nivel europeu ou mesmo mundial) fechem as fronteiras novamente criem uma moeda não subsidiem nada, vão ver os resultados a aparecer.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-09 18:49:55
Eu daqui a 5 a 10 anos vejo o fim dos hipermercados, o produtor através da internet vai conseguir vender os seus produtos mais baratos que nos hipermercados, nessa altura muita gente vai comprar online, só ainda não é porque existe muita desconfiança na internet, mas eu prevejo que daqui a 5 10 anos o produtor vai entrar em casa do cliente pela internet, ainda existem vários entraves:
1- o agricultor não sabe montar o site com pagamento.
2 - o acondicionamento dos produtos ainda não está desenvolvido.
3 - o cliente que agora tem dinheiro não tem confiança no produtor.
4 -os bancos não apostam neste tipo de comércio.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: rnbc em 2013-02-09 18:59:55
A parte das vendas pela internet... falas ali com o Incognitus que ele explica-te porque é que não funciona ou não é competitivo para uma série de classes de produtos. Não me estou a ver comprar repolhos online, sinceramente, nem fruta, nem carne e peixe. Se calhar sou excessivamente exigente. Tens aqui o artigo dele, mais para a área eletrónica, mas aplica-se a outras coisas:

http://seekingalpha.com/article/1113431-electronics-retailing-the-perspective-of-a-buyer (http://seekingalpha.com/article/1113431-electronics-retailing-the-perspective-of-a-buyer)

Em relação à rentabilidade: estou a falar concretamente da zona do alto alentejo, que é a que conheço bem. É perfeitamente rentável e um bom investimento! Zonas com a propriedade excessivamente dividida ou com falta de água podem ser problemáticas. Provavelmente é nessas que estás a pensar, e tens razão.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Castelbranco em 2013-02-09 19:01:59
Eu daqui a 5 a 10 anos vejo o fim dos hipermercados, o produtor através da internet vai conseguir vender os seus produtos mais baratos que nos hipermercados, nessa altura muita gente vai comprar online, só ainda não é porque existe muita desconfiança na internet, mas eu prevejo que daqui a 5 10 anos o produtor vai entrar em casa do cliente pela internet, ainda existem vários entraves:
1- o agricultor não sabe montar o site com pagamento.
2 - o acondicionamento dos produtos ainda não está desenvolvido.
3 - o cliente que agora tem dinheiro não tem confiança no produtor.
4 -os bancos não apostam neste tipo de comércio.

isso não é assim tão simples: sabe o tamanho que tal logistica tinha que ter? as viaturas a andarem a fazer entregas ao domicilio....criava-se um autentico labirinto, lembre-se que cada pessoa tem que comer pelo menos 3 vezes por dia, os alimentos teem que estar frescos...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-09 19:08:19
Eu daqui a 5 a 10 anos vejo o fim dos hipermercados, o produtor através da internet vai conseguir vender os seus produtos mais baratos que nos hipermercados, nessa altura muita gente vai comprar online, só ainda não é porque existe muita desconfiança na internet, mas eu prevejo que daqui a 5 10 anos o produtor vai entrar em casa do cliente pela internet, ainda existem vários entraves:
1- o agricultor não sabe montar o site com pagamento.
2 - o acondicionamento dos produtos ainda não está desenvolvido.
3 - o cliente que agora tem dinheiro não tem confiança no produtor.
4 -os bancos não apostam neste tipo de comércio.



isso não é assim tão simples: sabe o tamanho que tal logistica tinha que ter? as viaturas a andarem a fazer entregas ao domicilio....criava-se um autentico labirinto, lembre-se que cada pessoa tem que comer pelo menos 3 vezes por dia, os alimentos teem que estar frescos...

concordo que não é simples, mas se 5 a 6 mil carros enchem um centro comercial, 100 a 200 carros de distribuição podiam fazer a mesma coisa.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Castelbranco em 2013-02-09 19:16:34
Eu daqui a 5 a 10 anos vejo o fim dos hipermercados, o produtor através da internet vai conseguir vender os seus produtos mais baratos que nos hipermercados, nessa altura muita gente vai comprar online, só ainda não é porque existe muita desconfiança na internet, mas eu prevejo que daqui a 5 10 anos o produtor vai entrar em casa do cliente pela internet, ainda existem vários entraves:
1- o agricultor não sabe montar o site com pagamento.
2 - o acondicionamento dos produtos ainda não está desenvolvido.
3 - o cliente que agora tem dinheiro não tem confiança no produtor.
4 -os bancos não apostam neste tipo de comércio.



isso não é assim tão simples: sabe o tamanho que tal logistica tinha que ter? as viaturas a andarem a fazer entregas ao domicilio....criava-se um autentico labirinto, lembre-se que cada pessoa tem que comer pelo menos 3 vezes por dia, os alimentos teem que estar frescos...

concordo que não é simples, mas se 5 a 6 mil carros enchem um centro comercial, 100 a 200 carros de distribuição podiam fazer a mesma coisa.

desiluda-se com a compra de alimentos pela internet, existem varios motivos, um muito simples, esqueceu-se de comprar algo que é fundamental para a dieta naquele dia, a viatura já passou o que faz? encomenda e tem o produto dentro de quanto tempo? 10 minutos, 20, 1:00 ou 2 dias? bem...por mim esqueço isso porque não vejo nenhuma viabilidade nisso

a internet é um bom instrumento sem duvida, principalmente decomunicação e conhecimento, fazer algumas compras sim mas sem ser alimentos, que tanto faz estarem cá hoje como depois de amanhã e coisas especificas que por vezes nã são faceis de encontrar na zona de residencia.....
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-09 19:23:33
Eu daqui a 5 a 10 anos vejo o fim dos hipermercados, o produtor através da internet vai conseguir vender os seus produtos mais baratos que nos hipermercados, nessa altura muita gente vai comprar online, só ainda não é porque existe muita desconfiança na internet, mas eu prevejo que daqui a 5 10 anos o produtor vai entrar em casa do cliente pela internet, ainda existem vários entraves:
1- o agricultor não sabe montar o site com pagamento.
2 - o acondicionamento dos produtos ainda não está desenvolvido.
3 - o cliente que agora tem dinheiro não tem confiança no produtor.
4 -os bancos não apostam neste tipo de comércio.



isso não é assim tão simples: sabe o tamanho que tal logistica tinha que ter? as viaturas a andarem a fazer entregas ao domicilio....criava-se um autentico labirinto, lembre-se que cada pessoa tem que comer pelo menos 3 vezes por dia, os alimentos teem que estar frescos...

concordo que não é simples, mas se 5 a 6 mil carros enchem um centro comercial, 100 a 200 carros de distribuição podiam fazer a mesma coisa.

desiluda-se com a compra de alimentos pela internet, existem varios motivos, um muito simples, esqueceu-se de comprar algo que é fundamental para a dieta naquele dia, a viatura já passou o que faz? encomenda e tem o produto dentro de quanto tempo? 10 minutos, 20, 1:00 ou 2 dias? bem...por mim esqueço isso porque não vejo nenhuma viabilidade nisso

a internet é um bom instrumento sem duvida, principalmente decomunicação e conhecimento, fazer algumas compras sim mas sem ser alimentos, que tanto faz estarem cá hoje como depois de amanhã e coisas especificas que por vezes nã são faceis de encontrar na zona de residencia.....


desculpe nem eu nem o senhor estamos habituados.


Mas se ás segundas fizessem uma promoção de um determinado bem isto levaria a uma habituação.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-02-09 20:00:10
Eu acredito em :

1 - Retorno ao escudo e vamos ter que cavar para comer

2 - É viável a venda de comida pela internet, que já é feita pelos hipermercados e que está a ter uma taxa de aumento de utilizadores bem razoável. 
O produtor que não quer ficar "agarrado" a fornecedor desses hipermercados, vão ter de retornar ao sistema Cooperativo para ganhar dimensão. Aí serão as Cooperativas a venderem pela internet.

3 - Os custos de produção agrícola são maiores em Portugal. Temos a electricidade, logistica, adubos e gasóleo dos mais caros da Europa. Só tem sido rentável com subsídios, porque era a falencia generalizada. O problema é que esses subsídios não têm critérios locais, nem são estáveis. Com o escudo, vamos produzir com a "prata da casa" e deixamos de ter a couve espanhola, o pepino italiano e a maçã francesa a competir, pois irão ficar a um preço absurdo.

4 - Vai haver muita fominha, muita horta social e muita varanda engalanada com couves-flor e caixinhas com coelhos ... vai... vai  e a ida ao restaurante só no aniversário do casamento  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Castelbranco em 2013-02-09 21:48:19
Eu acredito em :

1 - Retorno ao escudo e vamos ter que cavar para comer

2 - É viável a venda de comida pela internet, que já é feita pelos hipermercados e que está a ter uma taxa de aumento de utilizadores bem razoável. 
O produtor que não quer ficar "agarrado" a fornecedor desses hipermercados, vão ter de retornar ao sistema Cooperativo para ganhar dimensão. Aí serão as Cooperativas a venderem pela internet.

3 - Os custos de produção agrícola são maiores em Portugal. Temos a electricidade, logistica, adubos e gasóleo dos mais caros da Europa. Só tem sido rentável com subsídios, porque era a falencia generalizada. O problema é que esses subsídios não têm critérios locais, nem são estáveis. Com o escudo, vamos produzir com a "prata da casa" e deixamos de ter a couve espanhola, o pepino italiano e a maçã francesa a competir, pois irão ficar a um preço absurdo.

4 - Vai haver muita fominha, muita horta social e muita varanda engalanada com couves-flor e caixinhas com coelhos ... vai... vai  e a ida ao restaurante só no aniversário do casamento  :D
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Jeab, com esse cenario como pano de fundo esquece as hortaliças nas varandas e as vendas pela internet, porque 80% dos serviços vão simplesmente desaparecer, vai haver sim um regresso á agricultura de sobrevivencia e quem viver de serviços vai ter que pagar os alimentos a outros preços, os combustiveis serão muito caros...os passeios vão acabar cerca de 80% da restauração desaparece (serviços) cerca de 80% dos cidadãos a residir em cidades vão abandona-las os campos voltarão a ser o que eram como nos anos 40, e vejo isto com altas probabilidades de acontecer, os sinais são muitos, tudo está massificado, eu nem sequer me atrevo enumerar o que vejo, são tantos tantos tantos quee é demais para serem verdade, mas....é verdade, a massificação está presente praticamente em todo o lado, desde a maneira de pensar das pessoas até ás mercadorias, e o bem estar geral.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2013-02-09 21:52:43


que exagero, terias uma crise de 2 anos e upa! recuperacao...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Castelbranco em 2013-02-09 22:00:49


que exagero, terias uma crise de 2 anos e upa! recuperacao...

deixa o país sair da UE (aliás não vai ser Portugal que vai sair mas sim a UE vai acabar) vais ver o que acontece...mas eu nem diria isso, porque o desmoronamento quanto a mim é um facto consumado, e saindo portugal vai regressar assim como outros paises com os estados unidos á cabeça ao velho sistema economico até vir um outro, porque este é uma piramide e elá está já a poucos degraus da ponta.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: rnbc em 2013-02-10 02:13:06
Assim tem mais piada :D

Asteroid Impact (HD) (http://www.youtube.com/watch?v=-zvCUmeoHpw#ws)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Castelbranco em 2013-02-10 14:59:17
o problema é toda a gente pensar que o regresso ao velho sistema economico é uma catastrofe do tipo que está representado neste video, nada disso a vida do campo é saudavel e a tranquilidade tambem.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: hermes em 2013-02-10 16:09:47
Para quem nunca teve de cavar terra e a partir desta ganhar o seu sustento e dinheiro para comprar o que esta não produz, certamente que não poderia haver vida mais idílica e bucólica.  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Castelbranco em 2013-02-10 16:41:36
Para quem nunca teve de cavar terra e a partir desta ganhar o seu sustento e dinheiro para comprar o que esta não produz, certamente que não poderia haver vida mais idílica e bucólica.  :D


a vida no campo, tem actividades diversificadas, essa ideia bucólica ou idílica é errada, ao contrario de quem faz todos os dias a mesma coisa num qualquer emprego, e regressa a casa sempre á mesma hora, para quem é casado e com filhos passa-se o dia sem os ver, passa o fim de semana mais ou menos igual ao anterior por vezes carregado de tédio domingo doentio pois aproxima-se mais uma semana damesma coisa, as contas pra pagar são tambem elas nas mesmas datas todos os meses, cada vez que se quer comer tem que levar a carteira e muitos teem que andar com a calculadora a fazer contas antes de retirar da prateleira seja o que for.....enfim...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2013-02-10 20:11:49


que exagero, terias uma crise de 2 anos e upa! recuperacao...

deixa o país sair da UE (aliás não vai ser Portugal que vai sair mas sim a UE vai acabar) vais ver o que acontece...mas eu nem diria isso, porque o desmoronamento quanto a mim é um facto consumado, e saindo portugal vai regressar assim como outros paises com os estados unidos á cabeça ao velho sistema economico até vir um outro, porque este é uma piramide e elá está já a poucos degraus da ponta.

isso eh conversa de fim-do-mundo que tb foi usada para justificar o resgate aos bancos, o mundo ja teve muitas crises financeiras e ainda ca estamos todos, a coisa recupera em poucos anos desde que permitas que a divida seja limpa

alem do mais sair do euro nao eh sair da UE
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Smog em 2013-02-10 20:14:20
Para quem nunca teve de cavar terra e a partir desta ganhar o seu sustento e dinheiro para comprar o que esta não produz, certamente que não poderia haver vida mais idílica e bucólica.  :D

pois é. mas a minha mãe está toda rebentada depois de passar a vida no campo...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2013-02-10 20:17:01

eu gostaria de ser agricultor de maconha  :D 

a vida do campo sempre me atraiu, daqui a umas semanas vou abandonar sao paulo para habitar numa terrinha de 10 000 pessoas
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2013-02-10 20:17:49
Para quem nunca teve de cavar terra e a partir desta ganhar o seu sustento e dinheiro para comprar o que esta não produz, certamente que não poderia haver vida mais idílica e bucólica.  :D

pois é. mas a minha mãe está toda rebentada depois de passar a vida no campo...

isso era antigamente, hoje em dia a agricultura nao tem nada a ver
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Kaspov em 2013-02-10 23:00:43
Para quem nunca teve de cavar terra e a partir desta ganhar o seu sustento e dinheiro para comprar o que esta não produz, certamente que não poderia haver vida mais idílica e bucólica.  :D

pois é. mas a minha mãe está toda rebentada depois de passar a vida no campo...

isso era antigamente, hoje em dia a agricultura nao tem nada a ver

A agricultura não deve ser imune ao progresso tecnológico!   :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Smog em 2013-02-10 23:37:55
Para quem nunca teve de cavar terra e a partir desta ganhar o seu sustento e dinheiro para comprar o que esta não produz, certamente que não poderia haver vida mais idílica e bucólica.  :D

pois é. mas a minha mãe está toda rebentada depois de passar a vida no campo...
há práticas acestrais que devem manter-se.
isso era antigamente, hoje em dia a agricultura nao tem nada a ver

A agricultura não deve ser imune ao progresso tecnológico!   :D
Título: Re: Agriculture... in a wonderful world! :)
Enviado por: rnbc em 2013-02-11 01:24:14
So this is how we shall live and share and give! :)
David Attenborough - What A Wonderful World

Lindo video! ;)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2013-02-11 02:53:40
A criação de bancos centrais já é um desenvolvimento para evitar os problemas do controlo directo pelos governos da criação de moeda.
Título: Re: Olhe que não... olhe que não! :)
Enviado por: hermes em 2013-02-11 10:17:11
1º - A criação de dinheiro local sem juros e que, progressivamente, irá substituir a moeda "legal tender". Ou, em alternativa, a emissão de moeda diretamente pelos governos, como representantes legítimos dos cidadãos, e NÃO por bancos centrais que representam interesses privados. Afinal, quem são os credores da imensa e crescente dívida soberana a que nenhum estado do mundo é imune... ou todos devemos uma pipa de massa a QUEM?!

Não tenho nada contra, apenas tenho a dizer: "A fool and his money are soon parted!".

2º - A abolição pura e simples do papel moeda - com ou sem padrão ouro, it doesn't matter! - deixando de existir qualquer sistema de comércio baseado em troca ou dinheiro. Esta é, sem dúvida, uma solução radical e difícil de ser posta imediatamente em prática, mesmo numa escala limitada. Provavelmente, apenas um colapso social e económico sem precedentes poderá abrir caminho à verdadeira "morte do dinheiro", não pela inflação built-in na sua criação, mas pela sua total rejeição. Por outras palavras, baseando-se as trocas monetárias na confiança e na estabilidade do valor da moeda, se esses pressupostas desaparecerem também o dinheiro poderá deixar de ser usado como meio credível de troca... kaput, it's gone!

Só não percebo a necessidade de forçar isto pela garganta abaixo às pessoas que não concordam contigo. E francamente, ninguém é obrigado a poupar em papel moeda!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: rnbc em 2013-02-11 11:13:11
Tem de haver alguma forma de dar valor às coisas e de as trocar. Se é caso a caso, ou papel com números, ou moedas metálicas, ou conchas ou berlindes tanto faz. Já ouvi autores de ficção científica mencionarem a energia como uma moeda natural universal numa civilização onde os meios de produção são baratos e ubíquos mas a energia necessária para os alimentar continua a ser finita e por isso escassa. Passaríamos a valorizar os bens em Joules? É possível, não parece um disparate! De qualquer das formas seria dinheiro na mesma, provavelmente com crédito, com futuros, com juros associados, com tudo o que estamos habituados. Porque as leis da economia vão-se manter. A rentabilidade económica tem de ser assegurada na mesma. Aliás as finanças e a contabilidade devem espelhar a economia, quando não o fazem dá asneira da grossa a longo prazo!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-14 18:25:57
http://www.microinsurancenetwork.org/challenge8.php (http://www.microinsurancenetwork.org/challenge8.php)

eu acho bastante boa e podia dar um grande inovação em Portugal.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-14 18:36:42
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI171820,101048-O+microsseguro+como+instrumento+de+inclusao+social (http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI171820,101048-O+microsseguro+como+instrumento+de+inclusao+social)

Pelo que li no Brasil já é mais conhecido, mas parece -me que podia criar uma bolha.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-18 15:59:09
Eu vi de manhã na escola uma noticia sobre a fábrica de tremoços em Cantanhede, cheguei á aldeia e vi um miúdo que acabou o curso de jardinagem e agricultura, e ele tinha acabado de chegar ao café com o computador e ia jogar tribus, e eu disse -lhe pesquisa aí " fábrica de tremoços, Cantanhede" e ele não deu nenhuma atenção, cria era jogar tribus. É terrível esta juventude com 20 a 22 anos está alheada da comunicação social, está viciada em jogos, depois acabam os cursos profissionais continuam a ser mandados pelos pais a fazer aquilo que tradicionalmente se fazia, é certo que um jovem com 21 e 22 anos ainda não tenha espirito critico sobre a sociedade, mas precisamos deles.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-02-20 21:15:36
os agricultores não fazem seguros porque os prémios são demasiado elevados. Porquê? Porque a probabilidade de ocorrência de um evento em portugal é muito elevada, e as margens são tão baixas que não compensa segurar.

taxas de rentabilidade de 15% na agricultura? Muito difícil. Se encontrarem UMA empresa do sector em todo o mundo que tenha um ROA destes... Talvez a Los Grobo mas esses não divulgam números.

capex baixo face ao retorno do investimento? totalmente falso.

agricultura competitiva? tipo a da produção de tomate em que 30% do preço de venda é subsidiado? Ou das explorações agrícolas em que 60% do capex são dinheiros públicos?

os custos de produção agrícola são maiores em portugal? Eu diria que são SIGNIFICATIVAMENTE MAIORES, especialmente se comparados com espanha e marrocos

depois há a questão da perseguição fiscal, o fundamentalismo da ASAE, os regulamentos medievais, os organismos estatais do sector que "trabalham" apenas para se auto-sustentarem, a falta de estratégia de longo prazo , a ausência de liderança, o fraco investimento em inovação (e quando existe os resultados ficam numa gaveta), etc

sim há empresas competitivas, mas mais de 80% dos investimentos que estão a ser feitos hoje na agricultura em portugal não têm qualquer sustentabilidade económica a longo prazo.

Será que não há uma alminha no ministério da agricultura que consiga perceber que o sucesso relativo do sector depende dos investimentos a montante e a jusante??? E não estou a falar das empresas de consultoria de projectos/subsídios nem de organizadoras de eventos...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-04-29 15:28:54
esta medida da UE pode (finalmente) criar oportunidades de investimento em alguns players do sector:

http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/comissao-avanca-com-proibicao-a-pesticidas-que-matam-abelhas-1592847 (http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/comissao-avanca-com-proibicao-a-pesticidas-que-matam-abelhas-1592847)

este artigo sugere que o verdadeiro problema não está nos pesticidas:

http://www.forbes.com/sites/jonentine/2013/04/11/science-collapse-disorder-the-real-story-behind-neonics-and-mass-bee-deaths/ (http://www.forbes.com/sites/jonentine/2013/04/11/science-collapse-disorder-the-real-story-behind-neonics-and-mass-bee-deaths/)

e faz parte de um tema maior que é o pseudo-ambientalismo crescente sem qualquer fundamentação científica:

http://blogs.discovermagazine.com/collideascape/2013/04/26/when-media-uncritically-cover-pseudoscience/ (http://blogs.discovermagazine.com/collideascape/2013/04/26/when-media-uncritically-cover-pseudoscience/)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-05-21 19:07:33
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3230986 (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3230986)

Um agricultor contra as grandes multinacionais do tabaco.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-05-21 19:11:23
http://www.publico.pt/economia/noticia/china-abre-portas-ao-leite-portugues-1595048 (http://www.publico.pt/economia/noticia/china-abre-portas-ao-leite-portugues-1595048)

O problema vai ser como reativar os pequenos produtores agrícolas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2013-05-28 09:23:53
na reativas...
não há money na pequena agricultura...
quanto muito se fores reformado  fazes nabiças e batatas  pró ego
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-05-29 11:57:53
Veremos se é desta ... os nossos jovens agradecem .

Bolsa Nacional de Terras disponibiliza terrenos a partir de hoje

http://www.oje.pt//noticias/negocios/bolsa-nacional-de-terras-disponibiliza-terrenos-a-partir-de-hoje (http://www.oje.pt//noticias/negocios/bolsa-nacional-de-terras-disponibiliza-terrenos-a-partir-de-hoje)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2013-05-29 12:14:42
Fiquei com curiosidade de saber quanto era a taxa de gestão, mas já vi que não parece alucinada (0.2% - 1% do valor dos contratos).
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2013-05-30 16:14:17
http://www.bolsanacionaldeterras.pt/terrenos.php (http://www.bolsanacionaldeterras.pt/terrenos.php)

palhaçada do catrino!  2 bocaditos com mais de 30 ha...

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-05-30 19:01:59
vamos aguardar mais umas semanas, pode ser que actualizem a base de dados

mas já esperava que fossem parcelas muito pequenas
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Messiah em 2013-05-30 19:12:01
Epah isso parece interessante....

Isso geraria alguns interessados com certeza.

Isto é para qualquer pessoa anunciar os seus terrenos se tiver interesse em vender ou nao?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-05-31 18:42:24
Amanhã vou cavar batatas estão cheias de erva, se o verão vier quente vai haver muitos fogos, tem de se prevenir.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-05-31 18:47:55
Amanhã vou cavar batatas estão cheias de erva, se o verão vier quente vai haver muitos fogos, tem de se prevenir.

deixa arder ... ficas já com as batatas cozidas
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Joao-D em 2013-05-31 19:05:18
Por causa deste tópico fui olhar para o setor da agricultura através do DBA.
Tem caído desde 2011, agora tem algumas divergências positivas nos indicadores, o que é um sinal positivo.
Não sei se justifica uma abertura de posição longa - não vou comprar ainda.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-06-02 10:20:52
There are really only 2 ways you can increase GDP. First, have more people working. If a farmer owns 90 acres of land, but he can only plant 40 acres by himself, then if he hires a helper, he should be able to plant 80 acres of land, he's just doubled the amount produced. If he hires a 2nd hand then they should be able to plant the full 90 acres, either by planting 40 acres, 40 acres, and 10 acres, or by each planting 30 acres. The 2nd helper didn't increase production as much as the 1st, but there was still a net increase. However, if the farmer hires additional helpers, there won't be any increase, because all of his land can be planted by only 3 people.

This leads into the 2nd way to increase GDP, have people work more effeciently. If the farmer was able to plant 40 acres, but only had his seed and a shovel, then you could increase his productivity by giving him a horse and a plow. Using the horse and plow the farmer might be able to plant all 90 acres by himself.

What does all of that mean on a macro scale?

It means that if you reduce interest rates, you can make access to money easier, making it more likely that more farmers will end up with plows.

If the value of our currency drops relative to other currencies, it means that we increase demand for our products, because if the farmer can only sell 40 acres worth of crops each year, there really isn't any point to increasing his productivity.

Increasing productivity also allows us to reduce prices, because with the horse and plow, 1 farmer can now do as much as he and 2 helpers could do before. With the money he saves not hiring helpers he can pay for the horse and plow, save a little something for himself, and still reduce the price of the crops he sells.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-06-03 09:53:05
Tenho um amigo que vai iniciar a actividade de apicultor. Vai comprar umas 6 caixas, para iniciar.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2013-06-03 10:26:15
Tenho um amigo que vai iniciar a actividade de apicultor. Vai comprar umas 6 caixas, para iniciar.

como divertimento ou com intuitos comerciais?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: tatanka em 2013-06-03 10:28:29
Tenho um amigo que vai iniciar a actividade de apicultor. Vai comprar umas 6 caixas, para iniciar.

Estão a dar fortes subsidios para essa atividade não é?
Em conversa de café, falaram-me de um tipo que ia investir quase 100,000€ num negocio desses, tendo apenas de meter 15,000€ do bolso dele.

Tenho ideia que o maior risco da apicultura, são as doenças que com frequencia matam enxames inteiros.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-06-03 10:33:01
Com intuitos comerciais. Apesar de começar apenas com 6 caixas, poderá dobrar as caixas por ano, até atingir as 300, que é o limite para quem o faz em part time.
Segundo as contas dele, por cada 100 caixas deve conseguir 2.000€ anuais com trabalho durante dois períodos do ano.

Ele não me falou em subsídios, disse-me é que o investimento inicial é recuperado em dois anos, com o 1.º ano a representar uns 60%.

Vou falar-lhe dessa hipótese dos subsídios, daria para alavancar a actividade, mas talvez apenas o seja para quem trabalha a tempo inteiro.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2013-06-03 14:38:37
ele faz 4000 euros por 100 caixas anualmente ou 2000 euros?

ele teve formacao ?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-06-03 14:48:59
Tenho um amigo que vai iniciar a actividade de apicultor. Vai comprar umas 6 caixas, para iniciar.

Estão a dar fortes subsidios para essa atividade não é?
Em conversa de café, falaram-me de um tipo que ia investir quase 100,000€ num negocio desses, tendo apenas de meter 15,000€ do bolso dele.

Tenho ideia que o maior risco da apicultura, são as doenças que com frequencia matam enxames inteiros.

mais do que as doenças, o maior problema é a aplicação indiscriminada e sem controlo dos pesticidas. O calendário da aplicação dos pesticidas coincide com a altura da floração, principalmente em pomares, vinhas e morangais.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-06-03 14:59:45
Ele tem dois amigos que iniciaram esta actividade à algum tempo e estão a fazê-lo em part-time. um deles tem 100 colmeias, tendo começado á pouco tempo.
O objectivo dele é começar com poucas colmeias para aprender a actividade e depois duplicar anualmente a quantidade de colmeias, aproveitando a existência de mais uma rainha na colmeia, na altura da expansão das colmeias. Em 5 anos consegue as 100 caixas, usando este método.

Como tem apicultores amigos a formação será obtida dessa forma. E até 300 colmeias é possivel fazê-lo em part-time.

Penso que são 2000€ por cada 100 colmeias.

Ele irá colocá-las na serra, pelo que não terá baixas por causa dos pesticidas, tem é que controlar as pragas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: muze em 2013-06-03 15:48:05
Ele tem dois amigos que iniciaram esta actividade à algum tempo e estão a fazê-lo em part-time. um deles tem 100 colmeias, tendo começado á pouco tempo.
O objectivo dele é começar com poucas colmeias para aprender a actividade e depois duplicar anualmente a quantidade de colmeias, aproveitando a existência de mais uma rainha na colmeia, na altura da expansão das colmeias. Em 5 anos consegue as 100 caixas, usando este método.

Como tem apicultores amigos a formação será obtida dessa forma. E até 300 colmeias é possivel fazê-lo em part-time.

Penso que são 2000€ por cada 100 colmeias.

Ele irá colocá-las na serra, pelo que não terá baixas por causa dos pesticidas, tem é que controlar as pragas.
ouvi dizer que havia um insecto qualquer que veio de África que ataca as abelhas, talvez seja por isso que andam a dar subsídios...há o risco das abelhas serem atacadas e fugirem
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-06-03 16:08:51
o problema maior que eu tenha conhecimento, veio da américa e afectou bastante a nossa apicultura o ano passado.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=55110&op=all (http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=55110&op=all)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-06-03 16:11:25
Este site tem muita informação.

http://www.nhb.org/honey-industry/honey-industry-statistics (http://www.nhb.org/honey-industry/honey-industry-statistics)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Peleospar em 2013-06-03 22:39:35
Se a coisa correr mal num ano tambem pode perder metade delas,se for sempre desdobrando a produção nao será grande coisa e cuidado com as que lhe possam roubar.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-06-10 09:43:25
Alqueva atrai novas culturas e agricultores
A paisagem do Alentejo está a mudar. O regadio ganha terreno ao sequeiro e, com a água do Alqueva, chegam as novidades

http://expresso.sapo.pt/alqueva-atrai-novas-culturas-e-agricultores=f812677#ixzz2VnioIsH7 (http://expresso.sapo.pt/alqueva-atrai-novas-culturas-e-agricultores=f812677#ixzz2VnioIsH7)


Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: cp em 2013-06-14 11:18:24
interessante:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=586840821336603&set=t.100002956239481&type=1&theater (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=586840821336603&set=t.100002956239481&type=1&theater)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: cp em 2013-06-19 12:21:38
Sei que não é o local para anúncios, mas gostava de informar o pessoal do forúm, que tenho plantas Fisális (Physalis) em vaso para venda, cada uma 3€ com cerca de 10-20 cm.

Nascidas em terreno totalmente isento de quimicos.

Para quem não conhecer o fruto deixo um link http://www.stopcancerportugal.com/2011/10/07/fisalis-a-baga-dourada/ (http://www.stopcancerportugal.com/2011/10/07/fisalis-a-baga-dourada/)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2013-06-19 12:29:18
carotes... mas já com vaso e terra...

Também tenho. É uma boa fonte de vit C.
Mas aquilo nasce  com uma facilidade que nunca imaginei.
Até a alguns metros de distância ...

No supermercado são muito caros!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2013-06-19 20:41:07
aqui  vende-se  boa carne de novilho embalada a vácuo.  ;)

http://montesdaraia.pt (http://montesdaraia.pt)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-06-20 10:16:04
[url]http://www.bolsanacionaldeterras.pt/terrenos.php[/url] ([url]http://www.bolsanacionaldeterras.pt/terrenos.php[/url])

palhaçada do catrino!  2 bocaditos com mais de 30 ha...


Com toda a razão bezanas, mais a mais com isto :


Portugal tem 10% a 20% de terras sem dono privado

Em Portugal há entre 10% a 20% de terras sem proprietário privado, conclui um estudo sobre "Cadastro e Propriedade Rústica em Portugal" que vai ser apresentado no Porto.

 
Rodrigo Sarmento de Beires admitiu que há, pelo menos, "10%" de terras em Portugal cujos proprietários são desconhecidos. Acrescentou que nas zonas florestais pode chegar-se a valores que "andam na casa dos 20% ou até acima disso".
A grande maioria destas terras pertence ao Estado, que desconhece a sua localização na maior parte dos casos, o que coloca uma série de problemas, desde fiscais à prevenção de incêndios.
"Verificámos (...) que afinal o Estado dispõe ainda de um valioso património imobiliário que lhe cabe gerir, que com toda a probabilidade será bastante vasto, embora muito fragmentado e disperso e por aproveitar, de terras rústicas sem dono e não só, que nos termos da lei lhe pertencem, ou cuja gestão lhe cumpre assegurar, para minorar riscos do seu abandono", refere o estudo.
O autor do estudo sugere ao Governo que seja criado um sistema informático "expedito", único" e "nacional" para identificar as terras, estimular a sua gestão e prevenir incêndios e ter um melhor aproveitamento dos recursos.
Face aos resultados do estudo, que decorreu ao longo de um ano em Portugal, Rodrigo Sarmento de Beires acredita que a problemática das 'terras de ninguém' pode ser resolvida com a criação de um sistema informático ligando agricultura e ordenamento do território.
"O que é preciso é operacionalizar esse sistema", argumenta, recordando que com a "sorte de estar tudo integrado no mesmo ministério", torna-se mais fácil ligar a agricultura e o ordenamento do território num mesmo sistema informático.
Com a implementação de um sistema informático fácil e acessível, cria-se "uma dinâmica em que os proprietários tenham apoios a preços razoáveis de identificação dos seus prédios", acrescenta o especialista.
Segundo Rodrigo Sarmento de Beires, nas zonas de latifúndio, as terras incultas estão dentro dos prédios e já estão identificadas pelo cadastro.
Nas zonas de propriedade mais repartida, e que existem mais na metade norte do país, as terras estão, todavia, "incultas" e estão fora dos prédios", ou seja, muitas dessas terras constituem frações autónomas em que os proprietários já não sabem bem onde estão e, portanto, acabaram por se desinteressar, explicou.
O especialista refere ainda que a criação de um sistema de identificação das terras serviria também para tornar a floresta portuguesa mais rentável.
"Nós estamos a fazer floresta para trituração, para a forma menos rentável para gerir a floresta (...), mas temos condições para desenvolver o nosso potencial florestal de forma mais interessante e rentável, se for feita a longo prazo", constatou o especialista, reiterando a necessidade da criação de um sistema para identificar as terras sem dono privado.
O Estado português arrecada oito milhões de euros por ano do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de prédios rústicos, conclui ainda o estudo, classificando a verba como uma "magra coleta anual".
"Propomos que (...) se passe a usar o IMI rústico como instrumento mobilizador da gestão da terra, passando a aplicar o princípio da Gestão Rural ou Pagador como base do uso e posse da terra, isentando de IMI quem gere a terra ou a disponibiliza para arrendamento através da bolsa de terras e penalizando quem a abandona", lê-se no estudo.

http://www.oje.pt//noticias/nacional/portugal-tem-10-a-20-de-terras-sem-dono-privado (http://www.oje.pt//noticias/nacional/portugal-tem-10-a-20-de-terras-sem-dono-privado)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-06-20 10:31:07
É o chamado cadastro dso prédios rústicos.
Quase metade do país já está cadastrado, estando em falta as zonas de minifúndio e de muito mais complicado cadastramento.
http://www.igeo.pt/servicos/cic/cad_seccoes.asp (http://www.igeo.pt/servicos/cic/cad_seccoes.asp)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-06-22 15:09:01
Portugal depende menos do exterior para se alimentar
No espaço de um ano, entre 2011 e 2012, Portugal viu o seu défice alimentar reduzir-se de 4,5 mil milhões para 3,9 mil milhões.

Entre 2011 e 2012 Portugal viu o seu défice alimentar reduzir-se de 4,5 mil milhões para 3,9 mil milhões, em grande parte devido a um aumento das exportações, mas também à quebra nas importações.

Naturalmente que o abrandamento do consumo interno das famílias também ajudou mas, na verdade, Portugal assiste a um ressurgimento da atividade agroalimentar e há mais portugueses a comprar o que é nosso.

No cômputo geral, os segmentos do agroalimentar, pescas e ainda produtos florestais contribuíram para uma redução de 54% da dependência do exterior, tendo-se passado de um défice de 3,3 mil milhões para 1,5, entre 2011 e 2012.

http://expresso.sapo.pt/portugal-depende-menos-do-exterior-para-se-alimentar=f815473#ixzz2WxDRCzdV (http://expresso.sapo.pt/portugal-depende-menos-do-exterior-para-se-alimentar=f815473#ixzz2WxDRCzdV)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-06-22 15:10:39
6,5 mil milhões de euros para a agricultura
A ministra da Agricultura Assunção Cristas garante que o Proder - Programa de Desenvolvimento Rural já potenciou investimentos de 6,7 mil milhões de euros.

A taxa de execução do Proder atual é de 65%, o que significa que, "pela primeira vez na história deste programa, a taxa de execução é superior à média comunitária", revela Assunção Cristas, ministra da Agricultura.

A mesma responsável assegura ainda que o Proder terminou o primeiro trimestre de 2013 com cerca de 28.400 projetos aprovados, um montante de investimento total aprovado de cerca de 6,5 mil milhões de euros, ao qual foi atribuído um montante de apoio Proder superior a 3,7 mil milhões de euros.

"No primeiro trimestre deste ano, foram pagos mais de 90 milhões de euros de apoio do Proder e aprovados mais de 3830 novos projetos, aos quais foi atribuído um apoio superior a 240 milhões de euros, que alavanca um investimento total na ordem dos ¤423 milhões. Os fundos europeus serão totalmente aproveitados", garante a ministra.

http://expresso.sapo.pt/65-mil-milhoes-de-euros-para-a-agricultura=f815274#ixzz2WxDpHUoB (http://expresso.sapo.pt/65-mil-milhoes-de-euros-para-a-agricultura=f815274#ixzz2WxDpHUoB)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-07-01 17:05:40
http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-florestais-apresentam-queixa-contra-o-estado_172435.html (http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-florestais-apresentam-queixa-contra-o-estado_172435.html)

é uma comédia :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2013-07-01 17:24:42
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-florestais-apresentam-queixa-contra-o-estado_172435.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-florestais-apresentam-queixa-contra-o-estado_172435.html[/url])

é uma comédia :D


É sempre a questão das burocracias, papéis e autorizaçõeszinhas e alavarás e o diabo a sete, depois com excepções surreais ...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-07-02 08:40:31
O Alvará é uma autorização governamental para prestação de serviços.
Para receberem esse alvará terão que cumprir com requisitos mínimos para a prestação desse serviço.

Penso que é como contratar um médico e pedir-lhe a inscrição na ordem.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2013-07-02 10:57:29
O Alvará é uma autorização governamental para prestação de serviços.
Para receberem esse alvará terão que cumprir com requisitos mínimos para a prestação desse serviço.

Penso que é como contratar um médico e pedir-lhe a inscrição na ordem.

Um alavará ou autorização deveria ser uma coisa extremamente rara, excepto para situações onde a sua ausência provocasse um risco inusitado, tipo pilotos de avião ou médicos ...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: cp em 2013-07-07 22:36:44
Apanhadas hoje cá da horta  ;)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2013-07-10 15:28:42
alguem aqui sabe alguma coisa sobre criacao de algas para racao de animais


Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-07-10 18:23:33
Não tenho conhecimentos técnicos, apenas alguns do sector. A produção de componentes proteicos para aquacultura parece ter algum potencial; para alimentação animal propriamente dita tenho mais dúvidas uma vez que os preços de venda ainda são muito elevados para competirem com rações tradicionais.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2013-08-06 18:47:43
6,5 mil milhões de euros para a agricultura [ ]

Enquanto a União euro-Europeia não nortear
como equilibrar o endividamento e as transacções
correntes das balanças de pagamentos
entre os estados-membros,

a política mercantilista de exportar
bens e substituir importações

impõe-se

como a única logicamente coerente.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Valete em 2013-08-14 10:37:17
Neste momento os fundos do proder, nomeadamente os que apoiam a instalação de jovens agricultores, estão "esgotados".
Uma vez que este quadro de apoio termina este ano, em principio não haverá novos concursos para apresentação de projectos.
Apenas se houver libertação de verbas, em virtude de projectos "falhados", se poderá abrir um novo concurso.


Isto tem colocado, uma dúvida não desprezível nos jovens empreendedores, avançar com um projecto já, ou aguardar por 2014?

È que ninguém sabe se as regras de 2013, são válidas para 2014, e estar a pagar uma consultora para depois reiniciar tudo, não é brincadeira.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Happy_TheOne em 2013-08-14 11:59:58
Inicio da pequena horta  ;)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-10-21 17:53:50
Interessante ... adoro os figos de pita  :)

Agricultura - Portugal redescobre Figo-da-Índia para a gastronomia e medicina
Fresco ou em polpa, em néctares, gelados, doces, compotas ou licores. O Figo-da-Índia pode ser consumido das mais variadas formas e regista em Portugal um crescimento na produção e no consumo. Em Abril de 2012 nasceu uma associação que divulga e dinamiza a produção desta planta, conhecida por crescer em estado selvagem e que ganha expressão económica.

Embora o Figo-da-Índia «seja um fruto conhecido», sobretudo no seu estado selvagem, a produção em Portugal «sempre foi apenas para consumo próprio», começa por explicar José Garcia, vice-presidente de Direcção da Associação de Produtores e Profissionais de Figo da Índia Portugueses ( APROFIP).

Sendo uma planta cultivada em pomar e em linhas, não necessita de terrenos muito férteis e nem de rega para o seu desenvolvimento. Originário dos climas semi-desérticos, o Figo-da-Índia «dá-se melhor em terrenos com boa exposição solar», sendo que no primeiro ano de cultivo, a planta pode dar alguns frutos mas «ainda com pouca expressão».

É só no terceiro ano, afirma José Garcia, que se «pode considerar uma produção à volta de dez toneladas por hectare, sendo que a partir do sexto, sétimo ano poderá atingir as 25 toneladas por hectare».

A colheita é realizada entre os meses de Julho e Setembro, podendo em algumas regiões do país e «devido à influência do clima» haver outra pequena produção no princípio do ano.

Uma produção que ganha terreno no país e que atraí gradualmente mais produtores, sobretudo jovens, afiança o responsável da APROFIP: «aproximadamente 80% dos actuais produtores pertencem a uma faixa etária jovem e com formação académica em várias áreas».

 A impulsionar o desenvolvimento da produção e consumo do Figo-da-Índia está a APROFIP, criada a 4 de Abril de 2012, nascida após «30 anos de experiências e estudos realizados», tendo atingido a «maturidade» em 2009 com a primeira plantação ordenada (em Sesimbra) e em 2011 com o concurso «Aromas e Sabores» com Figo-da-Índia em Martilongo e com um Campo Experimental, em Pessegueiro (Alcoutim).

«A sua dedicação e entusiasmo levaram a que um grupo de amigos se juntasse para avançar com este projecto», acrescenta o vice-presidente da APROFIP.

 A comercialização desta planta está agora a dar os primeiros passos, sendo que a associação irá levar a cabo uma série de iniciativas de sensibilização ao longo de 2013, para promover junto dos portugueses o consumo do fruto, tanto em fresco como transformado.

«Pensamos que este produto, com tantas qualidades e potencialidades poderá ter sucesso em Portugal, a exemplo do que já acontece em outros países», sublinha José Garcia.

Gastronomia e medicina:
Na gastronomia, o Figo-da-Índia pode ser consumido em fresco ou transformado em polpa, mas também em sumos, néctares, gelados, doces, compotas ou licores. «Noutros países as palmas da planta são consumidas como legume fresco, grelhadas ou tipo feijão-verde ou em pickles e conservas», informa o responsável.

No que respeita ao seu uso na cozinha nacional, «a criatividade dos novos chefes de cozinha poderá ser um importante ponto de partida para se introduzir este produto nos hábitos alimentares dos portugueses», salienta José Garcia. Para isso, sustenta, «será fundamental realçar a mais-valia deste fruto para a saúde, nomeadamente as suas importantes qualidades nutricionais e medicinais como anti-inflamatório, anti-diabético, antioxidante, antiviral, redução de colesterol, controlo de peso e actividade neuro-protectora».

Ainda pouco conhecido em Portugal, o Figo-da-Índia começa a ser «cada vez mais divulgado» e, no último ano, começou já a despertar «alguma curiosidade e interesse sobre este fruto, não só nos consumidores mas também em novos produtores», sublinha o nosso interlocutor.

E adianta: «precisamente por ser um fruto pouco conhecido, o seu consumo ainda não está muito difundido, o que sem dúvida limitará uma comercialização mais plena. Quando os portugueses tomarem mais contacto com o fruto e com os seus benefícios para a saúde, certamente a sua comercialização será naturalmente implementada como acontece com os restantes frutos nacionais».

O dirigente da APROFIP considera que o Figo-da-Índia tem «excelentes possibilidades de exportação», especialmente para os mercados do norte da Europa «com maior poder decompra e muito sensibilizado para as vantagens nutricionais e medicinais dos alimentos, inclusivamente solicitando cada vez mais produtos biológicos».

Por isso, diz que «cabe ao agricultor ponderar o modo de produção que pretende, podendo criar uma mais-valia se procurar obter as respectivas certificações, biológicas e outras».

Recorde-se que a APROFIP, sediada em Alcoutim (Algarve), tem como objectivo proporcionar apoio técnico aos seus associados (59), no âmbito da implementação, manutenção, exploração e comercialização da Figueira-da-Índia (Opuntia Ficus Índica) e seus derivados.

Com carácter nacional, a Associação tem representações em vários distritos do país, embora com maior incidência no centro e sul do país, regiões onde «o clima é mais favorável para o desenvolvimento da planta», informa José Garcia, acrescentando que actualmente estão também a despontar alguns projectos com interesse no norte do país.

Rico em açúcar, com elevados níveis de potássio, magnésio, cálcio e vitaminas, o Figo-da-Índia chegou à Europa (oriundo das américas), pelas mãos dos espanhóis, no século XVII, tendo-se espalhado sobretudo na região do Mediterrâneo.

Sabe-se que no Algarve e no Alentejo, o Figo-da-Índia que assume diversas tonalidades, dependendo da variedade (branco, amarelo, roxo ou vermelho), cresce naturalmente, em estado selvagem, e no passado servia para delimitar as propriedades e alimentar os porcos.

http://www.cafeportugal.net/pages/dossier_artigo.aspx?id=6102 (http://www.cafeportugal.net/pages/dossier_artigo.aspx?id=6102)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-10-28 13:40:49
ASAE continua em grande

http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html (http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2013-10-28 13:44:59
Surreal. Não podem colocar o código postal na morada ...  :D
Citar
Só que, segundo a direção da Adega Cooperativa de Alcanhões, nem é este o caso, porque a palavra "Santarém" consta apenas do código postal da morada, e nem sequer está colocada de forma a indicar a região.
 "É triste, muito triste, sobretudo quando existe tanta gente a transgredir, que a ASAE venha fazer uma coisa destas à Adega Cooperativa de Alcanhões, e tratando-se apenas do código postal", considera o presidente da direção, Joaquim Júlio Saramago, que confessou ter ficado "revoltado" com o episódio.

Outra coisa impressionante, no artigo ficam logo referidas as seguintes entidades públicas:

Autoridade para Segurança Alimentar e Económica (ASAE)
Comissão Vitivinícola Regional (CVR)
Instituto da Vinha e do Vinho (IVV)

É o pesadelo burocrático em livre movimento.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-10-28 13:59:46
são incentivos perversos

sem coimas muito dificilmente essas entidades conseguem justificar a sua existência
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: cp em 2013-10-28 14:20:09
o país merece um valente default para esses organismos estatais berrarem todos...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-10-28 16:37:00
ASAE continua em grande

[url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url] ([url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url])


Pois mas a Asae não vai às Escolas e aos Hospitais, verem a porcaria que lá servem ...



O Almoço do meu filho, ontem na Escola Rainha D. Leonor de Lencastre.
Entrou na Escola ás 08.15 H. e saiu ás 16.45 H.
Parece que vou ter de pagar 3 senhas de almoço por dia para ele poder ter uma refeição decente na Escola.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2013-10-28 17:29:24
ASAE continua em grande

[url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url] ([url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url])



.....ASAE e não só......

....recentemente, no interior norte do País.....lançaram várias "acções inspectivas" em conjunto com a Inspecção do Trabalho....

.....nas propriedades agrícolas......nos dias de colheitas.......

....em que o suposto objectivo.......seria de identificar trabalhadores sazonais "em situação ilegal".....

.....era vê-los correrem...... que nem perdigueiros atrás de perdizes....eh.eh.....
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2013-10-28 17:30:49
ASAE continua em grande

[url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url] ([url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url])


Pois mas a Asae não vai às Escolas e aos Hospitais, verem a porcaria que lá servem ...

Eis o almoço na semana passada  do filho de um meu conhecido ...

O Almoço do meu filho, ontem na Escola Rainha D. Leonor de Lencastre.
Entrou na Escola ás 08.15 H. e saiu ás 16.45 H.
Parece que vou ter de pagar 3 senhas de almoço por dia para ele poder ter uma refeição decente na Escola.


da para negocioar com as mulheres que metem a comida no prato, eu fazia sempre isso
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-10-28 18:50:42
ASAE continua em grande

[url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url] ([url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url])



.....ASAE e não só......

....recentemente, no interior norte do País.....lançaram várias "acções inspectivas" em conjunto com a Inspecção do Trabalho....

.....nas propriedades agrícolas......nos dias de colheitas.......

....em que o suposto objectivo.......seria de identificar trabalhadores sazonais "em situação ilegal".....

.....era vê-los correrem...... que nem perdigueiros atrás de perdizes....eh.eh.....


e se fores ao centro de emprego nem 1 arranjas para trabalhar nas colheitas

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lucky Luke em 2013-10-28 19:17:43
ASAE continua em grande

[url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url] ([url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url])


Pois mas a Asae não vai às Escolas e aos Hospitais, verem a porcaria que lá servem ...

Eis o almoço na semana passada  do filho de um meu conhecido ...

O Almoço do meu filho, ontem na Escola Rainha D. Leonor de Lencastre.
Entrou na Escola ás 08.15 H. e saiu ás 16.45 H.
Parece que vou ter de pagar 3 senhas de almoço por dia para ele poder ter uma refeição decente na Escola.


da para negocioar com as mulheres que metem a comida no prato, eu fazia sempre isso

és um corruptor  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-10-31 20:00:12
http://www.drapc.min-agricultura.pt/drapc/mapa_localizacao_servicos_drapc.pdf (http://www.drapc.min-agricultura.pt/drapc/mapa_localizacao_servicos_drapc.pdf)

claramente o estado tem de investir mais recursos na agricultura. pergunto-me como ficaria o mapa nacional  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2013-10-31 20:05:31
De facto, antigamente sem Internet, etc... ainda vá que não vá... mas agora.... é demasiado pessoal sentado sem fazer nada..
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Elias em 2013-11-01 23:00:00
É interessante analisar o peso da agricultura no PIB português e ver como é o panorama no resto da Europa. Assim ao acaso, comparemos os números deste sector para os seguintes países: Alemanha, Holanda, França, Espanha e Portugal (os dados são do CIA World Factbook):
 
 
ALEMANHA
GDP - composition by sector:
agriculture: 0.8%
industry: 28%
services: 71.2% (2012 est.)
 
Labor force - by occupation:
agriculture: 1.6%
industry: 24.6%
services: 73.8% (2011)
 
 
HOLANDA
GDP - composition by sector:
agriculture: 2.8%
industry: 24%
services: 73.2% (2012 est.)
 
Labor force - by occupation:
agriculture: 2%
industry: 18%
services: 80% (2005 est.)
 
 
FRANÇA
GDP - composition by sector:
agriculture: 2%
industry: 18.8%
services: 79.2% (2012 est.)
 
Labor force - by occupation:
agriculture: 3.8%
industry: 24.3%
services: 71.8% (2005)
 
 
ESPANHA
GDP - composition by sector:
agriculture: 3.3%
industry: 26.4%
services: 70.3% (2012 est.)
 
Labor force - by occupation:
agriculture: 4.2%
industry: 24%
services: 71.7% (2009 est.)
 
 
PORTUGAL
GDP - composition by sector:
agriculture: 2.4%
industry: 21.3%
services: 76.3% (2012 est.)
 
Labor force - by occupation:
agriculture: 11.7%
industry: 28.5%
services: 59.8% (2009 est.)
 
 
Como facilmente se percebe a partir destes números, a agricultura de Portugal tem um peso no PIB que compara bem com a média dos 4 outros países referidos, mas a proporção de pessoas que trabalha nesse sector é QUATRO VEZES SUPERIOR.
 
Estes números ilustram bem a nossa falta de produtividade: precisamos de quatro vezes mais gente para produzir o mesmo (em % do PIB).
 
O presidente Cavaco apela a que os jovens se dediquem à agricultura. Não faria mais sentido apelar a uma maior produtividade por parte da enorme massa de gente que já trabalha nesse sector?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mibusiness em 2013-11-01 23:18:02
Isso também significa que há muita agricultura de subsistência e de minifúndio, não é só a produtividade
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Elias em 2013-11-02 15:10:55
Isso também significa que há muita agricultura de subsistência e de minifúndio, não é só a produtividade

Nao digo o contrário, mas a agricultura de subsistência não contribui para a nossa economia (eventualmente contribui para alguma economia paralela).

E 11,7% da população representa mais de um milhão de pessoas na agricultura  :o

Não haverá forma de tornar essas pessoas mais produtivas? Ou por outra, será que se fosse possível tornar essas pessoas mair produtivas a nossa agricultura não ficaria mais competitiva?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Johny em 2013-11-02 16:23:38
Isso também significa que há muita agricultura de subsistência e de minifúndio, não é só a produtividade

Nao digo o contrário, mas a agricultura de subsistência não contribui para a nossa economia (eventualmente contribui para alguma economia paralela).

E 11,7% da população representa mais de um milhão de pessoas na agricultura  :o

Não haverá forma de tornar essas pessoas mais produtivas? Ou por outra, será que se fosse possível tornar essas pessoas mair produtivas a nossa agricultura não ficaria mais competitiva?

É o total da labor force e não o total da população, são conceitos diferentes.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Johny em 2013-11-02 17:22:20
Em 2011 -> 5.543.000, ou seja, cerca de 648.531 pessoas a trabalhar na agricultura.

http://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=po&v=72&l=pt (http://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=po&v=72&l=pt)

Independemente do nr de pessoas, comparando com os outros paises a percentagem é bastante maior. Comparando com a Holanda, que será o pais que em termos de dimensão mais se aproxima a Portugal, a percentagem de pessoas a trabalhar na agricultura é bastante inferior e o peso no GDP semelhante. O peso do minifundio em Portugal deve de ser bastante relevante (ainda que possa ter altos niveis de produtividade não deve de ter peso económico relevante), não creio que a agricultura de subsistência conte como emprego.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-11-02 22:14:30
Há vários factores

- ausência de valor acrescentado no produto final

- dimensão média da exploração

- falta de know-how tecnológico

- ausência de estruturas de comercialização

com peso relativo:

- no norte da europa ha muita agricultura em part-time que influencia o rácio produtividade/emprego

- salvo erro temos os agricultores mais velhinhos da europa
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2013-11-03 13:49:25
ASAE continua em grande

[url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url] ([url]http://www.rederegional.com/index.php/entertainment/6455-asae-apreende-vinho-por-causa-da-palavra-qsantaremq.html[/url])


Pois mas a Asae não vai às Escolas e aos Hospitais, verem a porcaria que lá servem ...

Eis o almoço na semana passada  do filho de um meu conhecido ...

O Almoço do meu filho, ontem na Escola Rainha D. Leonor de Lencastre.
Entrou na Escola ás 08.15 H. e saiu ás 16.45 H.
Parece que vou ter de pagar 3 senhas de almoço por dia para ele poder ter uma refeição decente na Escola.


da para negocioar com as mulheres que metem a comida no prato, eu fazia sempre isso

és um corruptor  :D


era uma vitima da sociedade com fome
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-11-03 15:23:33
O que me preocupa é que muitos concelhos não têm receitas para as despesas, por isso aumentam impostos e não rentabilizam a mão de obra na limpeza na recuperação de imóveis e forçam muita gente a sair.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-11-03 18:32:08
Típico Tuga ...


Estado ainda não contribuiu para a Bolsa de Terras
Onze meses depois de ter sido criada, a Bolsa de Terras ainda só foi palco de duas transações. O Estado, que tem dezenas de milhares de hectares devolutos, ainda não contribuiu com nenhum.

A um mês e uma semana de completar o seu primeiro ano de existência, a Bolsa de Terras (BT) está dar nas vistas por duas razões: desde logo porque o Estado ainda não colocou na sua base de dados nenhuma propriedade pública; por outro lado, porque até agora foram apenas realizadas duas transações naquela plataforma on-line.

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, promotora da iniciativa, há cinco meses dizia que "ter terra abandonada é um luxo a que o país não se pode prestar" e, por isso, desafiava os proprietários privados e o próprio Estado a colocar as suas propriedades não cultivadas nesta base de dados on-line. Os privados disseram "presente", mas o Estado primou pela ausência.

 http://expresso.sapo.pt/estado-ainda-nao-contribuiu-para-a-bolsa-de-terras=f838862#ixzz2jbo6x3GG (http://expresso.sapo.pt/estado-ainda-nao-contribuiu-para-a-bolsa-de-terras=f838862#ixzz2jbo6x3GG)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-11-03 18:58:51
Se o autor diz que há dezenas de milhares de hectares "devolutos" e do Estado, ele que os identifique.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Johny em 2013-11-03 19:35:39
Se o autor diz que há dezenas de milhares de hectares "devolutos" e do Estado, ele que os identifique.

Não é essa a função do estado? o autor até pode estar errado e os terrenos não pertencerem ao estado, mas dai a alguém substituir-se ao estado e ter que identificar e demonstrar que os terrenos são do estado vai um longo caminho.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-11-04 09:38:15
Anda-se a gastar massa a actualizar o cadastro , deve-se tirar proveito disso, ou não ?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-11-04 09:58:32
Se o autor diz que há dezenas de milhares de hectares "devolutos" e do Estado, ele que os identifique.

Não é essa a função do estado? o autor até pode estar errado e os terrenos não pertencerem ao estado, mas dai a alguém substituir-se ao estado e ter que identificar e demonstrar que os terrenos são do estado vai um longo caminho.

A função do Estado passa, de uma forma vaga, por fornecer segurança, saúde e educação. Não passa por ir roubar os terrenos dos privados para os oferecer num banco de terras.
Quando o terreno não pertence ao Estado torna-se necessário identificar o proprietário e identificar a parcela de terreno. Se isso é facil nos locais onde existe cadastro, torna-se praticamente impossivel nas zonas em que não existe cadastro.

Nos outros casos é necessário provar que esses terrenos são do Estado. E Duvido muito que existam essas dezenas de milhares de hectares pertencentes ao Estado. Tal como disse anteriormente é muito mais fácil falar do que fazer e se fosse fácil já estaria o trabalho feito. Até a Igreja tem mais terrenos que o Estado (e nesse caso o trabalho de arrolamento dos imóveis não está feito).

É uma situação similar ao aumento de IMI dos prédios devolutos, na maior parte dos casos só é possivel aplicar esse imposto se os propriétários se acusarem.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-11-04 11:04:32
Se o autor diz que há dezenas de milhares de hectares "devolutos" e do Estado, ele que os identifique.

Não é essa a função do estado? o autor até pode estar errado e os terrenos não pertencerem ao estado, mas dai a alguém substituir-se ao estado e ter que identificar e demonstrar que os terrenos são do estado vai um longo caminho.

A função do Estado passa, de uma forma vaga, por fornecer segurança, saúde e educação. Não passa por ir roubar os terrenos dos privados para os oferecer num banco de terras.
Quando o terreno não pertence ao Estado torna-se necessário identificar o proprietário e identificar a parcela de terreno. Se isso é facil nos locais onde existe cadastro, torna-se praticamente impossivel nas zonas em que não existe cadastro.

Nos outros casos é necessário provar que esses terrenos são do Estado. E Duvido muito que existam essas dezenas de milhares de hectares pertencentes ao Estado. Tal como disse anteriormente é muito mais fácil falar do que fazer e se fosse fácil já estaria o trabalho feito. Até a Igreja tem mais terrenos que o Estado (e nesse caso o trabalho de arrolamento dos imóveis não está feito).

É uma situação similar ao aumento de IMI dos prédios devolutos, na maior parte dos casos só é possivel aplicar esse imposto se os propriétários se acusarem.


Discordo completamente dessa linha de pensamento.

Quem tem que provar a posse é o dono.

Basta colocar uma obrigatoriedade de provar essa prova , num prazo razoável, digamos cinco anos, para quem não apresentar documento de posse do terreno este é pertença do estado.

Não só se iria cobrar os impostos devidos de milhares de proprietários, como se ficava com o cadastro actualizado, como se poderia ter uma gestão correcta das terras agrícolas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-11-04 11:21:06
Citar
Quem tem que provar a posse é o dono.
Então o Estado também tem que provar que o terreno é dele não? O terreno não ter dono não implica que o dono seja o Estado. Senão não existiam os baldios, que pertencem a toda a comunidade e não ao Estado.

Citar
Basta colocar uma obrigatoriedade de provar essa prova , num prazo razoável, digamos cinco anos, para quem não apresentar documento de posse do terreno este é pertença do estado.
As provas de propriedade são públicas, basta ir à Conservatória do Registo Predial e às Finanças. O problema é localizar os mesmos, muitas vezes apenas os proprietários os conseguem localizar. Não é por nada que os concelhos em que predomina o minifúndio ainda não foi feito o cadastro.

O cadastro deverá ser feito pelo IGP.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-11-04 14:31:57
Eu já expressei a minha opinião. O Estado é dono de todo o solo, que não seja provado ser de particulares. Os baldios são terrenos  de comunidades, que têm o usufruto dos mesmos para fins agrícolas, não são proprietários.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-11-04 15:02:29
Citar
O Estado é dono de todo o solo, que não seja provado ser de particulares.

Tal não é assim. Há domínio privado (propriedade do estado) e há domínio público, da propriedade de todos. Cada um tem a sua forma de ser administrado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2013-11-04 15:11:25
Citar
O Estado é dono de todo o solo, que não seja provado ser de particulares.


Tal não é assim. Há domínio privado (propriedade do estado) e há domínio público, da propriedade de todos. Cada um tem a sua forma de ser administrado.



......não só.....existem ainda os BALDIOS....eh.eh....


http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=618&tabela=leis (http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=618&tabela=leis)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-11-04 15:16:28
Eu referi-os...
Citar
O terreno não ter dono não implica que o dono seja o Estado. Senão não existiam os baldios, que pertencem a toda a comunidade e não ao Estado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2013-11-04 16:18:15
Eu referi-os...
Citar
O terreno não ter dono não implica que o dono seja o Estado. Senão não existiam os baldios, que pertencem a toda a comunidade e não ao Estado.




Correcto.....(desculpa Local).....escapou-me.....eh,eh....


....já agora uma das acções que mais tem colhido resultados lá fora (exportação).....

...tem sido ao abrigo do conceito "Portugal Fresh":


http://flfrevista.pt/GUIA_EXPORTADORES_OUT2012.pdf (http://flfrevista.pt/GUIA_EXPORTADORES_OUT2012.pdf)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-11-04 16:20:55
não há problema. :)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Johny em 2013-11-04 21:29:29
Se o autor diz que há dezenas de milhares de hectares "devolutos" e do Estado, ele que os identifique.

Não é essa a função do estado? o autor até pode estar errado e os terrenos não pertencerem ao estado, mas dai a alguém substituir-se ao estado e ter que identificar e demonstrar que os terrenos são do estado vai um longo caminho.

A função do Estado passa, de uma forma vaga, por fornecer segurança, saúde e educação. Não passa por ir roubar os terrenos dos privados para os oferecer num banco de terras.
Quando o terreno não pertence ao Estado torna-se necessário identificar o proprietário e identificar a parcela de terreno. Se isso é facil nos locais onde existe cadastro, torna-se praticamente impossivel nas zonas em que não existe cadastro.

Nos outros casos é necessário provar que esses terrenos são do Estado. E Duvido muito que existam essas dezenas de milhares de hectares pertencentes ao Estado. Tal como disse anteriormente é muito mais fácil falar do que fazer e se fosse fácil já estaria o trabalho feito. Até a Igreja tem mais terrenos que o Estado (e nesse caso o trabalho de arrolamento dos imóveis não está feito).

É uma situação similar ao aumento de IMI dos prédios devolutos, na maior parte dos casos só é possivel aplicar esse imposto se os propriétários se acusarem.

A minha resposta foi no seguimento de teres escrito que devia de ser o autor a identificar os ditos hectares e nao o estado. Se um privado tem de conhecer e fazer prova do seu patrimonio quando e necessario, o estado tambem deveria de ter a capacidade de o fazer. Dai ter dito que essa seria a funcao do estado.
A tua resposta, com a qual concordo, nao responde ao meu comentario.

Desculpem a falta de acentos e tudo o mais...mas o teclado nao da para mais!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-11-20 13:28:44
A notícia: "Governo quer agricultores a trabalhar em conjunto para aumentar peso no mercado" - http://portocanal.sapo.pt/noticia/11125/ (http://portocanal.sapo.pt/noticia/11125/)

1. Medidas de incentivo ao associativismo/cooperativismo no Programa de Desenvolvimento Rural 2014 - 2020: zero.

2. Quem concorre a incentivos ao investimento sob a forma organizada (cooperativas, empresas) continua a ser penalizado: sim.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-12-02 12:01:24
http://www.publico.pt/local/noticia/distrito-de-beja-tem-17-mil-desempregados-mas-sao-romenos-nepaleses-e-vietnamitas-que-apanham-a-azeitona-1614646 (http://www.publico.pt/local/noticia/distrito-de-beja-tem-17-mil-desempregados-mas-sao-romenos-nepaleses-e-vietnamitas-que-apanham-a-azeitona-1614646)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Automek em 2013-12-05 23:59:06
Alguém sabe onde posso obter informação sobre o preço de arrendamento de terrenos agrícolas por m2, para exploração agrícola (estufas ou outros), na zona a norte de Lisboa (Loures, Malveira, Mafra, Torres Vedras) ?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-12-06 15:11:18
em estatística vai ser difícil (e sem sentido devido à variabilidade dos terrenos), terás de falar directamente com os proprietários

vais entrar na bolha dos subsídios?  :D

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Automek em 2013-12-06 15:28:56
em estatística vai ser difícil (e sem sentido devido à variabilidade dos terrenos), terás de falar directamente com os proprietários
Obrigado. Era para ver se conseguia perceber os preços praticados antes de qualquer contacto. Os contratos de arrendamento em vigor, registados nas finanças, não são públicos e/ou não podem ser consultados facilmente ?

vais entrar na bolha dos subsídios?  :D
Eheheh, não é para mim. Estou só a dar aqui uma pequena ajuda a uma pessoa de família.
Eu agricultura é mais no prato. E tudo o que ultrapasse preencher meia folha A4 já é burocracia pesada.  :D

P.S. Em boa verdade até já sou agricultor. Tenho aqui na cozinha dois vasos, um de salsa e outro de hortelã. Tinha outro mas o raio dos coentros decidiram morrer :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-12-06 16:03:40
Normalmente os contratos são do domínio privado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-12-09 09:52:29
capital a custo negativo = má alocação de investimentos

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/numero-elevado-jovens-na-agricultura-preocupa-associacao-portalegre (http://www.ionline.pt/artigos/portugal/numero-elevado-jovens-na-agricultura-preocupa-associacao-portalegre)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-15 11:28:20
Só este ano tenho experiência um pouco da agricultura, venho contradizer um pouco do titulo, eu penso que se devia subsidiar mais a agricultura tradicional, para criar riqueza.

Eu penso que se devia subsidiar a manutenção e o trabalho.

Isto podia levar a um aumento da remuneração dos trabalhadores e levar a criação de seguros.

A apanha de azeitona envolve a criação de muitos postos de trabalho e muitos acidentes sem seguro, a manutenção isto é limpeza das árvores, a lavragem a colocação de adubos podia ser subsidiada e aumentar a riqueza dentro das comunidades agrícolas.

era importante criar riqueza dentro das comunidades agrícolas, apostando numa atividade milenar.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-12-15 15:20:42
Os putos vão-se desenrascando como podem ... crowdfunding para financiar melhorias, etc.

http://ppl.com.pt/pt/prj/lugar-do-monte?goback=.gde_52781_member_5817309819492659203# (http://ppl.com.pt/pt/prj/lugar-do-monte?goback=.gde_52781_member_5817309819492659203#)!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2013-12-15 17:44:26
Só este ano tenho experiência um pouco da agricultura, venho contradizer um pouco do titulo, eu penso que se devia subsidiar mais a agricultura tradicional, para criar riqueza.

Eu penso que se devia subsidiar a manutenção e o trabalho.

Isto podia levar a um aumento da remuneração dos trabalhadores e levar a criação de seguros.

A apanha de azeitona envolve a criação de muitos postos de trabalho e muitos acidentes sem seguro, a manutenção isto é limpeza das árvores, a lavragem a colocação de adubos podia ser subsidiada e aumentar a riqueza dentro das comunidades agrícolas.

era importante criar riqueza dentro das comunidades agrícolas, apostando numa atividade milenar.

Se aquilo que subsidias é uma actividade de baixo rendimento, não crias riqueza. Isto porque o subsídio é retirado a uma actividade de rendimento mais elevado, para manter uma de rendimento mais baixo. O resultado final é "pagar para ser pobre".
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-15 18:08:08
incognitus

quem te disse que era de baixo rendimento.

É uma atividade de médio rendimento comparada com outras atividades.

Este ano foi de boa produção de azeitona e azeite para o ano os olivais vão ser limpos e vai existir uma baixa produção de azeitona.

Este ano abriu uma nova fábrica que limpa a azeitona da folha e isso levou muitos agricultores a apanharem a azeitona e não ficarem só com os subsídios.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2013-12-15 18:45:03
Se não precisa de subsídios para ser viável nem é incrivelmente atraente, para quê atribuir-lhos?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-15 19:09:03
Eu falo em nome de uma região deserta e abandonada, o problema é o produtor ganha pouco os intermediários ganham mais, os subsídios é uma forma de dar ao produtor alguma margem de manobra.

Provavelmente abandonar a produção é algo que é certo e alguém comprar tudo barato e modernizar tudo a preços competitivos, mas existem alguns resistentes e o problema é que novos jovens são atirados para o mercado de trabalho e não se pode colocar um controlo de natalidade dos resistentes e migrantes e por isso não se pode deixar morrer uma atividade.


Sem subsídios a atividade sugava mais dinheiro a outros setores de comércio.

Se as antigas gerações mantém a atividade com menos dinheiro no banco, as novas gerações consomem menos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-12-16 01:35:39
Inc

Nem todos os subsídios atribuídos no âmbito da PAC têm objectivos económicos, alguns são atribuídos para  aumentar/manter a sustentabilidade do meio rural.

Vanilla

A subsidiação da agricultura tradicional não cria qualquer tipo de riqueza se os agentes subsidiados não tirarem partido deles para se tornarem auto-sustentáveis.

Os subsídios à produção são os mais danosos porque prejudicam gravemente os agentes que investem/investiram em soluções alternativas com base numa taxa de retorno esperada.

Os subsídios devem ser aplicados no aumento da competitividade e sustentabilidade agrícola pois essa é a única forma da nossa agricultura sobreviver a longo prazo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Elias em 2013-12-16 20:55:26
não se pode deixar morrer uma atividade.

Porque é que não se deve deixar morrer a actividade, já agora?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-17 12:14:24
Elias não se pode deixar cair uma atividade milenar porque a relação conhecimento/ produção é bastante elevado e a melhoria das condições de trabalho e aumento da produtividade levou à criação de um comércio em volta que caindo essa atividade muita gente é arrastada.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Elias em 2013-12-17 13:00:17
Elias não se pode deixar cair uma atividade milenar porque a relação conhecimento/ produção é bastante elevado e a melhoria das condições de trabalho e aumento da produtividade levou à criação de um comércio em volta que caindo essa atividade muita gente é arrastada.

Esse tipo de raciocínio pode aplicar-se a todo o tipo de actividades de agricultura tradicionais / milenares. Alguns exemplos:

- pastores de cabras e ovelhas
- moleiros à moda antiga (com moinhos de vento ou azenhas)
- agricultura "manual", feita de sachola na mão sem recurso a máquinas
- ordenha manual em vez de ordenha mecânica
- ceifa manual dos cereais feita com foice em vez de ser com máquinas
- etc.

Não ponho em causa o "conhecimento" específico de cada uma destas actividades. O que ponho em causa é que eu tenha de pagar mais impostos para que seja possível subsidiar actividades que são muito pouco produtivas e que se calhar não são lucrativas sem receber subsídios.

Nota que se não houver quaisquer subsídios, quem desenvolve as actividades tem tomar uma decisão: ou se moderniza ou abandona.
Havendo subsídios, sabe que não precisa de investir para se modernizar, porque os subsídios vão assegurando o seu sustento. Os outros que paguem...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-17 14:33:55
Oh Elias tens toda a razão mas ninguém quer trabalhar.

Preferem as formações dos centros de emprego.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-18 13:05:19
Este post venho chamar a atenção para uma novo problema o desemprego no futebol, os jogadores de futebol começam a enfrentar outro problema que é o desemprego, eles devem investir na agricultura dado poderem manter uma atividade física, recolherem rendimento e manterem a privacidade.
Este ponto de manterem a privacidade é algo importante dado que a mente e o corpo têm que ter uma postura positiva para conseguirem passar uns maus bocados.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2013-12-18 21:42:27
Este post venho chamar a atenção para uma novo problema o desemprego no futebol, os jogadores de futebol começam a enfrentar outro problema que é o desemprego, eles devem investir na agricultura dado poderem manter uma atividade física, recolherem rendimento e manterem a privacidade.
Este ponto de manterem a privacidade é algo importante dado que a mente e o corpo têm que ter uma postura positiva para conseguirem passar uns maus bocados.

Eles já estão habituados a andar num relvado, fácilmente se adaptariam a pastar ovelhas ... :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-19 12:02:14
Os edifícios da EPAC

O meu concelho teve uma empresa que comprou o edifício da EPAC mas por esse país existem montes de edifícios da epac, o problema é que localmente não existe riqueza para poder comprar edifícios da epac, se o estado conseguisse vender ou atrair investidores para estas zonas era bom.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-12-19 12:07:52
O que é que se faz com um edifício da EPAC?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-19 12:20:59
local olha o que pensam os locais


http://www.lugaresesquecidos.com/forum/viewtopic.php?f=12&t=811 (http://www.lugaresesquecidos.com/forum/viewtopic.php?f=12&t=811)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-21 16:31:48
Os silos da EPAC são importantes para a reserva de trigo.

Aqui fica países que o trigo é importante.



http://www.marketskeptics.com/2010/03/truth-about-indias-wheat-reserves.html (http://www.marketskeptics.com/2010/03/truth-about-indias-wheat-reserves.html)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-12-22 14:47:38
Portugal não tem as condições necessárias para ser um grande produtor de trigo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2013-12-22 16:27:52
Portugal não tem as condições necessárias para ser um grande produtor de trigo.

Mas pode comerciá-lo,
comprando-o barato
e vendendo-o caro.


Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-22 19:08:02
andava a pesquisar sobre subsídios do trigo e vejam o que encontrei :

http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_ajudas/GC_PU (http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_ajudas/GC_PU)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2013-12-22 19:49:24
Penso que há excesso de produção de trigo, por isso servir de intermediário tem pouco para aproveitar.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2013-12-22 20:00:56
Boa Noite aos caros membros do Forum ,

Já venho lendo o forum há algum tempo e hoje decidi registar-me e contar a nossa pequena experiência aqui .

Tenho formação em Economia , neto de Agricultores dos dois lados , filho de emigrantes que retornaram ao país natal e que voltaram a ser agricultores de subsistência nos ultimos 20 anos no interior montanhoso do nosso pequeno país .

É realmente triste ver o estado a que a nossa agricultura chegou , na maioria subsidiodependente , com areas de cultivo pequenissimas , fraca formação e um tremendamente fraco empreendedorismo . Tal situação agravada e exacerbada pela ineficácia dos subsidios e da acção governamental na politica agricola . Terras abandonadas ou entregues a custo zero aos poucos que ainda resistem e lutam cultivando algo que gere alguma riqueza .

Aproveitando a oferta de terras , algum know how transmitido pelas nossas gerações familiares decidimos apostar na exploração de algo que tinha sido reconhecido cientificamente há muitos anos aqui na nossa zona como um produto de excelência : A batata da Serra da Nave

Os Poucos agricultores que restam lutam todos os dias no sector leiteiro para sobreviverem e dois jovens decidem de um dia para o outro plantar batatas como se voltassemos ao antigamente . Alvite é uma pequena vila de 1300 habitantes , a cerca de 950 de altitude em que 50% cultiva as suas proprias batatas para consumo , pois para vender não compensa - a tal história do preço , A Espanha e a França invadem o nosso mercado com preços a baixo do nosso custo de produção e nem vale a pena discutir qualidade .

Cabe tb a cada Português dar valor ao produto que tem qualidade , independentemente de onde é produzido , porque quando se vai à um hipermercado e se compra um produto estrangeiro sem qualidade está-se a afundar o país de duas maneiras : a primeira ao importarmos estamos a inutilizar a nossa capacidade produtiva ou a torná-la improdutiva e a segunda a incentivar à susidiodependência estatal para os que não trabalham .


Acho os agricultores de hoje têm realmente de apostar na inovação e na diferenciação positiva .


Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2013-12-22 20:11:40
Penso que há excesso de produção de trigo, por isso servir de intermediário tem pouco para aproveitar.
Os EUA armazenam-o no Alasca para consumo futuro.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-23 16:16:35
vbm
o estado não pode meter -se no negócio dado não poder controlar a moeda (euro).
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2013-12-23 17:58:42
vbm
o estado não pode meter -se no negócio dado não poder controlar a moeda (euro).

De facto.

E não controla
nem a moeda nem o trigo!

Mas podia convidar os russos a fazê-lo.
Alugando os silos e cobrando uma pequena comissão.

Lembro-me que aqui há uns anos,
o trigo começou a subir em flecha
no mercado de futuros de Chicago.

Só dois ou três dias mais tarde
se soube do desastre de Chernobyl.

Foi a empresa estatal soviética
de importação de cereais,
que desatou a comprar
trigo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-12-23 20:53:06
vbm

tens razão.

o trigo é fundamental mais do que o petróleo.

Eu ia dizer o contrário que com o trigo se pode controlar a moeda, mas com a criação de dinheiro digital é difícil controlar a moeda com o trigo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2013-12-23 23:59:09
Mas certo é, os meios de consumo - trigo, peixe, fruta, água, carne - são o modo de sustento das populações e, a par dos meios de produção, o fundamento do valor, para o qual a moeda é a mediação universal da troca indispensável. De modo que, a condicionalidade do trigo pela moeda e da moeda pelo trigo parece estabelecida e de ambas pela energia fóssil, ou o que quer a substitua. O "dinheiro" puramente digital é que não me parece vá controlar qualquer outra coisa que os papalvos que venham a cair na nova-velha esparrela de D. Branca, emissora de promessas sem cobertura. A mim, aliás, parece-me que a nova era trará o decaimento dos mercados do dinheiro por subordinação às soberanias políticas de grandes blocos geo-económicos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-12-30 14:17:12
Boa Noite aos caros membros do Forum ,

Já venho lendo o forum há algum tempo e hoje decidi registar-me e contar a nossa pequena experiência aqui .

Tenho formação em Economia , neto de Agricultores dos dois lados , filho de emigrantes que retornaram ao país natal e que voltaram a ser agricultores de subsistência nos ultimos 20 anos no interior montanhoso do nosso pequeno país .

É realmente triste ver o estado a que a nossa agricultura chegou , na maioria subsidiodependente , com areas de cultivo pequenissimas , fraca formação e um tremendamente fraco empreendedorismo . Tal situação agravada e exacerbada pela ineficácia dos subsidios e da acção governamental na politica agricola . Terras abandonadas ou entregues a custo zero aos poucos que ainda resistem e lutam cultivando algo que gere alguma riqueza .

Aproveitando a oferta de terras , algum know how transmitido pelas nossas gerações familiares decidimos apostar na exploração de algo que tinha sido reconhecido cientificamente há muitos anos aqui na nossa zona como um produto de excelência : A batata da Serra da Nave

Os Poucos agricultores que restam lutam todos os dias no sector leiteiro para sobreviverem e dois jovens decidem de um dia para o outro plantar batatas como se voltassemos ao antigamente . Alvite é uma pequena vila de 1300 habitantes , a cerca de 950 de altitude em que 50% cultiva as suas proprias batatas para consumo , pois para vender não compensa - a tal história do preço , A Espanha e a França invadem o nosso mercado com preços a baixo do nosso custo de produção e nem vale a pena discutir qualidade .

Cabe tb a cada Português dar valor ao produto que tem qualidade , independentemente de onde é produzido , porque quando se vai à um hipermercado e se compra um produto estrangeiro sem qualidade está-se a afundar o país de duas maneiras : a primeira ao importarmos estamos a inutilizar a nossa capacidade produtiva ou a torná-la improdutiva e a segunda a incentivar à susidiodependência estatal para os que não trabalham .


Acho os agricultores de hoje têm realmente de apostar na inovação e na diferenciação positiva .

A informação que está disponível sobre a batata da serra da nave não é suficiente para me fazer pagar mais pelo produto. Podes elaborar?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-12-30 14:25:42
Comercialização de trigo em portugal utilizando os silos da EPAC para armazenamento? Qual a vantagem competitiva que teríamos face aos demais?


Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2013-12-30 14:33:29
Comercialização de trigo em portugal utilizando os silos da EPAC para armazenamento? Qual a vantagem competitiva que teríamos face aos demais?

Eu não sei responder.

Apenas temos os silos.
Podemos alugá-los e
deixar o negócio
do comércio
a quem seja do ramo.

p.s.- aluguer com depósito
prévio de renda como caução
de rigoroso cumprimento do aluguer.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2013-12-30 16:18:51
"Quem seja do ramo" não está interessado em usar infraestruturas antiquadas nem em fazer obras de beneficiação no património do estado. É uma perda de tempo e de dinheiro.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2013-12-30 21:38:23
Boa Noite aos caros membros do Forum ,

Já venho lendo o forum há algum tempo e hoje decidi registar-me e contar a nossa pequena experiência aqui .

Tenho formação em Economia , neto de Agricultores dos dois lados , filho de emigrantes que retornaram ao país natal e que voltaram a ser agricultores de subsistência nos ultimos 20 anos no interior montanhoso do nosso pequeno país .

É realmente triste ver o estado a que a nossa agricultura chegou , na maioria subsidiodependente , com areas de cultivo pequenissimas , fraca formação e um tremendamente fraco empreendedorismo . Tal situação agravada e exacerbada pela ineficácia dos subsidios e da acção governamental na politica agricola . Terras abandonadas ou entregues a custo zero aos poucos que ainda resistem e lutam cultivando algo que gere alguma riqueza .

Aproveitando a oferta de terras , algum know how transmitido pelas nossas gerações familiares decidimos apostar na exploração de algo que tinha sido reconhecido cientificamente há muitos anos aqui na nossa zona como um produto de excelência : A batata da Serra da Nave

Os Poucos agricultores que restam lutam todos os dias no sector leiteiro para sobreviverem e dois jovens decidem de um dia para o outro plantar batatas como se voltassemos ao antigamente . Alvite é uma pequena vila de 1300 habitantes , a cerca de 950 de altitude em que 50% cultiva as suas proprias batatas para consumo , pois para vender não compensa - a tal história do preço , A Espanha e a França invadem o nosso mercado com preços a baixo do nosso custo de produção e nem vale a pena discutir qualidade .

Cabe tb a cada Português dar valor ao produto que tem qualidade , independentemente de onde é produzido , porque quando se vai à um hipermercado e se compra um produto estrangeiro sem qualidade está-se a afundar o país de duas maneiras : a primeira ao importarmos estamos a inutilizar a nossa capacidade produtiva ou a torná-la improdutiva e a segunda a incentivar à susidiodependência estatal para os que não trabalham .


Acho os agricultores de hoje têm realmente de apostar na inovação e na diferenciação positiva .


A informação que está disponível sobre a batata da serra da nave não é suficiente para me fazer pagar mais pelo produto. Podes elaborar?


Boas ,

O produto não está disponivel nos Hipers ou Supermercados por aí espalhados .

Ainda hoje em conversa com um Exportador que trabalha em França e que inicialmente apenas trazia batata francesa para cá ,que não tardou a aproveitar as viagens de retorno para levar batata portuguesa para França .

Que estranho não acham ?

E porque é que a batata do Ribatejo foi na sua grande maioria exportada para a Alemanha nos meses de Junho e Julho ?

Será coincidência que os Alemãs e os Franceses venham buscar a nossa batata e depois tenhamos os hipers e supermercados inundados de batata francesa e espanhola .

Eu não estou vender o meu produto , estou a defender o produto nacional .

um exemplo ( um saco de 20 KG de batata ) :

Batata espanhola  entra na fronteira à 0.20€ o KG - fazendo de conta que chega ao consumidor à esse preço porque não chega  - são 4€ o saco

Batata Portuguesa vendida à 0.40€ o kg , pode conseguir-se preços mais baixos junto do produtor - 8€ o saco

É o dobro , agora pensem bem , pegam nas batatas e cozinham-nas e depois se ficarem negras ou não tenham sabor agarram nelas e metam-nas no lixo - Muita gente deixa de comer batata  - é logico .

A qualidade é e deve ser uma exigência do consumidor , porque o produtor esse não adianta produzi-las para as dar ao preço das espanholas .

Nós produtores portugueses não conseguimos competir com os Espanhois e Franceses em quantidade a não ser em algumas zonas do Ribatejo . Todo o Interior Português pode e tem condições para conseguir uma boa batata , mas não para pôr a esses preços .

Felizmente vais havendo gente que começa a dizer basta , e em 100 ou 200 kg que consomem por ano não vale a pena comprar algo que não sabe a nada .


Não sei se me é permitido pôr o link de um pequeno blog que fiz onde descrevo as razões subjacentes à decisão que tomamos

http://procureaqui.blogs.sapo.pt/ (http://procureaqui.blogs.sapo.pt/)


Esperamos com a nossa iniciativa , por um lado incentivar a que mais produtores se juntem a nós numa tentativa de aumentar o nosso poder na fixação do preço e por outro satisfazer um mercado ainda pequeno mas que vem crescendo de consumidores que preferem pagar um preço justo por um produto que de alguma forma lhe dá minimas garantias de qualidade .
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: pereira em 2013-12-30 22:18:26
Boas,

Li com interesse a apresentação do nosso "Batateiro", e gostaria em primeiro lugar por felicitá-lo pela coragem de se lançar numa atividade tão árdua como a agricultura, e também pela energia que coloca na promoção do que é nacional. Bem haja.

Eu próprio sou uma amostra de agricultor, de fim de semana, e por esse motivo sou sensível a esta temática de uma forma particular.

Iniciei-me sem qualquer base, a não ser uma paixão e nostalgia de quando ia a Ilhavo visitar a minha familia, especialmente a minha avó que vivia exclusivamente dessa nobre atividade, em total autosuficiência, o que me fascinava. Sozinha.

E sozinho me iniciei, consultando a net e lendo livros da especialidade, e só recentemente um vizinho se dispôs a aconselhar-me ao observar-me sozinho a lutar contra uma ignorância completa. Foi a admiração que lhe terei merecido que o fez começar a dar-me algumas dicas, e 15 ou 20 anos depois consegui finalmente ter uma hortazita digna desse nome. Sim... 15 ou 20 anos. Até aí apenas consegui manter um pomar, fazer umas obras, criar uma área de lazer e manter o terreno limpo.

Poderia contratar alguém para ir tratando da "coisa" mas para além da despesa que faria ter as couves mais caras de Portugal, não seria a mesma coisa. Eu gosto é de mexer na terra, que se há-de fazer?  :)

Quanto ás batatas, e muito embora o nosso amigo certamente entenderá mais que eu do assunto, tenho uma visão diferente. Na mho a bata produzida em França e Espanha até que se comporta na perfeição ao ser cozinhada, mas para atingir essa qualidade de apresentação e chegar ao preço que conseguem os produtores penso que será fruto de algum tipo de manipulação genética, ou tratamentos quimicos. Não tem o sabor de uma batata produzida pelo método tradicional, mas não sofre de doenças como a linha que podem destruir uma produção.

Obviamente que falamos de extensões enormes com produtividades acima do que se consegue num sistema de minifúndios como o caso português, mas penso que não será só isso. estarei errado?

Abraço e boa sorte

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2013-12-30 23:19:14

Quanto ás batatas, e muito embora o nosso amigo certamente entenderá mais que eu do assunto, tenho uma visão diferente. Na mho a bata produzida em França e Espanha até que se comporta na perfeição ao ser cozinhada, mas para atingir essa qualidade de apresentação e chegar ao preço que conseguem os produtores penso que será fruto de algum tipo de manipulação genética, ou tratamentos quimicos. Não tem o sabor de uma batata produzida pelo método tradicional, mas não sofre de doenças como a linha que podem destruir uma produção.

Obviamente que falamos de extensões enormes com produtividades acima do que se consegue num sistema de minifúndios como o caso português, mas penso que não será só isso. estarei errado?

Abraço e boa sorte

Boas ,

Olhe que não , olhe que não como dizia o nosso querido Alvaro Cunhal .

Entre a Batata francesa e a Espanhola , não ponho duvidas que a qualidade da francesa será superior , não é por acaso que os proprios Germanicos compram batata francesa mas preferem batata nordica ainda que mais cara do que a espanhola .

Não faço ideia , o porquê da batata espanhola ser no seu todo considerada má - não sei se é da Terra , do trato ou do clima .

Mais do um Restaurante aqui na nossa zona habituados a comprar a batata importada da espanha nos ultimos anos , aquando da apresentação do nosso cartão de visita junto dos seus estabelecimentos mostraram realmente repulsa em continuar a utilizar esse produto . Segundo eles , muitos clientes mesmo para batata frita queixavam-se .


A batata Espanhola é caracterizada em termos de calão como aguada , não tem sabor .

Alguém que já tenha provado a nacional e a espanhola poderá facilmente dizer que há diferença .

Talvez se deva à uma rega intensa da planta com um solo com poucos nutrientes , não faço ideia .


Cumprimentos



Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-01-02 16:34:18
Boa Noite aos caros membros do Forum ,

Já venho lendo o forum há algum tempo e hoje decidi registar-me e contar a nossa pequena experiência aqui .

Tenho formação em Economia , neto de Agricultores dos dois lados , filho de emigrantes que retornaram ao país natal e que voltaram a ser agricultores de subsistência nos ultimos 20 anos no interior montanhoso do nosso pequeno país .

É realmente triste ver o estado a que a nossa agricultura chegou , na maioria subsidiodependente , com areas de cultivo pequenissimas , fraca formação e um tremendamente fraco empreendedorismo . Tal situação agravada e exacerbada pela ineficácia dos subsidios e da acção governamental na politica agricola . Terras abandonadas ou entregues a custo zero aos poucos que ainda resistem e lutam cultivando algo que gere alguma riqueza .

Aproveitando a oferta de terras , algum know how transmitido pelas nossas gerações familiares decidimos apostar na exploração de algo que tinha sido reconhecido cientificamente há muitos anos aqui na nossa zona como um produto de excelência : A batata da Serra da Nave

Os Poucos agricultores que restam lutam todos os dias no sector leiteiro para sobreviverem e dois jovens decidem de um dia para o outro plantar batatas como se voltassemos ao antigamente . Alvite é uma pequena vila de 1300 habitantes , a cerca de 950 de altitude em que 50% cultiva as suas proprias batatas para consumo , pois para vender não compensa - a tal história do preço , A Espanha e a França invadem o nosso mercado com preços a baixo do nosso custo de produção e nem vale a pena discutir qualidade .

Cabe tb a cada Português dar valor ao produto que tem qualidade , independentemente de onde é produzido , porque quando se vai à um hipermercado e se compra um produto estrangeiro sem qualidade está-se a afundar o país de duas maneiras : a primeira ao importarmos estamos a inutilizar a nossa capacidade produtiva ou a torná-la improdutiva e a segunda a incentivar à susidiodependência estatal para os que não trabalham .


Acho os agricultores de hoje têm realmente de apostar na inovação e na diferenciação positiva .


A informação que está disponível sobre a batata da serra da nave não é suficiente para me fazer pagar mais pelo produto. Podes elaborar?


Boas ,

O produto não está disponivel nos Hipers ou Supermercados por aí espalhados .

Ainda hoje em conversa com um Exportador que trabalha em França e que inicialmente apenas trazia batata francesa para cá ,que não tardou a aproveitar as viagens de retorno para levar batata portuguesa para França .

Que estranho não acham ?

E porque é que a batata do Ribatejo foi na sua grande maioria exportada para a Alemanha nos meses de Junho e Julho ?

Será coincidência que os Alemãs e os Franceses venham buscar a nossa batata e depois tenhamos os hipers e supermercados inundados de batata francesa e espanhola .

Eu não estou vender o meu produto , estou a defender o produto nacional .

um exemplo ( um saco de 20 KG de batata ) :

Batata espanhola  entra na fronteira à 0.20€ o KG - fazendo de conta que chega ao consumidor à esse preço porque não chega  - são 4€ o saco

Batata Portuguesa vendida à 0.40€ o kg , pode conseguir-se preços mais baixos junto do produtor - 8€ o saco

É o dobro , agora pensem bem , pegam nas batatas e cozinham-nas e depois se ficarem negras ou não tenham sabor agarram nelas e metam-nas no lixo - Muita gente deixa de comer batata  - é logico .

A qualidade é e deve ser uma exigência do consumidor , porque o produtor esse não adianta produzi-las para as dar ao preço das espanholas .

Nós produtores portugueses não conseguimos competir com os Espanhois e Franceses em quantidade a não ser em algumas zonas do Ribatejo . Todo o Interior Português pode e tem condições para conseguir uma boa batata , mas não para pôr a esses preços .

Felizmente vais havendo gente que começa a dizer basta , e em 100 ou 200 kg que consomem por ano não vale a pena comprar algo que não sabe a nada .


Não sei se me é permitido pôr o link de um pequeno blog que fiz onde descrevo as razões subjacentes à decisão que tomamos

[url]http://procureaqui.blogs.sapo.pt/[/url] ([url]http://procureaqui.blogs.sapo.pt/[/url])


Esperamos com a nossa iniciativa , por um lado incentivar a que mais produtores se juntem a nós numa tentativa de aumentar o nosso poder na fixação do preço e por outro satisfazer um mercado ainda pequeno mas que vem crescendo de consumidores que preferem pagar um preço justo por um produto que de alguma forma lhe dá minimas garantias de qualidade .


O que estou a tentar perceber é qual a diferença entre essas batatas e outras batatas nacionais.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-01-02 16:45:38
Quando o McDonalds abriu em Portugal, teve que importar batata para as suas batatas fritas, pois a produção nacional da altura não alcançava as especificações exigidas pelo McDonalds (penso que ao nível do "starch"/açucar da batata).
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-01-02 18:06:30
Se querem uma batata com mais valias, temos a batata doce

http://saude.sapo.pt/peso-nutricao/nutricao/lista-alimentos-saudaveis/batata-doce.html (http://saude.sapo.pt/peso-nutricao/nutricao/lista-alimentos-saudaveis/batata-doce.html)

http://festival-batatadoce.cm-aljezur.pt/batatadoce.html (http://festival-batatadoce.cm-aljezur.pt/batatadoce.html)


Que já é reconhecida lá fora e exporta-se quase tudo, o que torna difícil encontrar no mercado.

Para mim a morte dela é assada no forno com um peixão e depois como sou guloso, frita em azeite às rodelas fininhas e polvilhada de canela...nham...nham
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-01-02 20:14:07
Boa Noite aos caros membros do Forum ,

Já venho lendo o forum há algum tempo e hoje decidi registar-me e contar a nossa pequena experiência aqui .

Tenho formação em Economia , neto de Agricultores dos dois lados , filho de emigrantes que retornaram ao país natal e que voltaram a ser agricultores de subsistência nos ultimos 20 anos no interior montanhoso do nosso pequeno país .

É realmente triste ver o estado a que a nossa agricultura chegou , na maioria subsidiodependente , com areas de cultivo pequenissimas , fraca formação e um tremendamente fraco empreendedorismo . Tal situação agravada e exacerbada pela ineficácia dos subsidios e da acção governamental na politica agricola . Terras abandonadas ou entregues a custo zero aos poucos que ainda resistem e lutam cultivando algo que gere alguma riqueza .

Aproveitando a oferta de terras , algum know how transmitido pelas nossas gerações familiares decidimos apostar na exploração de algo que tinha sido reconhecido cientificamente há muitos anos aqui na nossa zona como um produto de excelência : A batata da Serra da Nave

Os Poucos agricultores que restam lutam todos os dias no sector leiteiro para sobreviverem e dois jovens decidem de um dia para o outro plantar batatas como se voltassemos ao antigamente . Alvite é uma pequena vila de 1300 habitantes , a cerca de 950 de altitude em que 50% cultiva as suas proprias batatas para consumo , pois para vender não compensa - a tal história do preço , A Espanha e a França invadem o nosso mercado com preços a baixo do nosso custo de produção e nem vale a pena discutir qualidade .

Cabe tb a cada Português dar valor ao produto que tem qualidade , independentemente de onde é produzido , porque quando se vai à um hipermercado e se compra um produto estrangeiro sem qualidade está-se a afundar o país de duas maneiras : a primeira ao importarmos estamos a inutilizar a nossa capacidade produtiva ou a torná-la improdutiva e a segunda a incentivar à susidiodependência estatal para os que não trabalham .


Acho os agricultores de hoje têm realmente de apostar na inovação e na diferenciação positiva .


A informação que está disponível sobre a batata da serra da nave não é suficiente para me fazer pagar mais pelo produto. Podes elaborar?


Boas ,

O produto não está disponivel nos Hipers ou Supermercados por aí espalhados .

Ainda hoje em conversa com um Exportador que trabalha em França e que inicialmente apenas trazia batata francesa para cá ,que não tardou a aproveitar as viagens de retorno para levar batata portuguesa para França .

Que estranho não acham ?

E porque é que a batata do Ribatejo foi na sua grande maioria exportada para a Alemanha nos meses de Junho e Julho ?

Será coincidência que os Alemãs e os Franceses venham buscar a nossa batata e depois tenhamos os hipers e supermercados inundados de batata francesa e espanhola .

Eu não estou vender o meu produto , estou a defender o produto nacional .

um exemplo ( um saco de 20 KG de batata ) :

Batata espanhola  entra na fronteira à 0.20€ o KG - fazendo de conta que chega ao consumidor à esse preço porque não chega  - são 4€ o saco

Batata Portuguesa vendida à 0.40€ o kg , pode conseguir-se preços mais baixos junto do produtor - 8€ o saco

É o dobro , agora pensem bem , pegam nas batatas e cozinham-nas e depois se ficarem negras ou não tenham sabor agarram nelas e metam-nas no lixo - Muita gente deixa de comer batata  - é logico .

A qualidade é e deve ser uma exigência do consumidor , porque o produtor esse não adianta produzi-las para as dar ao preço das espanholas .

Nós produtores portugueses não conseguimos competir com os Espanhois e Franceses em quantidade a não ser em algumas zonas do Ribatejo . Todo o Interior Português pode e tem condições para conseguir uma boa batata , mas não para pôr a esses preços .

Felizmente vais havendo gente que começa a dizer basta , e em 100 ou 200 kg que consomem por ano não vale a pena comprar algo que não sabe a nada .


Não sei se me é permitido pôr o link de um pequeno blog que fiz onde descrevo as razões subjacentes à decisão que tomamos

[url]http://procureaqui.blogs.sapo.pt/[/url] ([url]http://procureaqui.blogs.sapo.pt/[/url])


Esperamos com a nossa iniciativa , por um lado incentivar a que mais produtores se juntem a nós numa tentativa de aumentar o nosso poder na fixação do preço e por outro satisfazer um mercado ainda pequeno mas que vem crescendo de consumidores que preferem pagar um preço justo por um produto que de alguma forma lhe dá minimas garantias de qualidade .


O que estou a tentar perceber é qual a diferença entre essas batatas e outras batatas nacionais.


Boas ,

As diferenças estão assentes essencialmente no clima e na qualidade do solo .

À 1000 m de altitude não há hipotese de teres o mesmo produto que tens à beira mar , o clima é mais ameno , mais ventoso , menos abafado durante a epoca de cultivo .

Só esse facto já traz alguma resistência ao tuberculo , pois habituou-se à um clima mais agreste - Daqui decorre uma das diferenças : temos uma excelente batata de semente .

Uma outra diferença assenta , no clima agreste que temos durante o inverno o que permite que a batata se conserve por si mesma sem qualquer tipo de anti-abrolhante .

O facto de o clima ser mais agreste para a planta tb ajuda no combate aos fungos tanto durante o cultivo como após a colheita .

O ano passado comemos da nossa batata até Agosto sem qualquer tipo de produto para que o tuberculo se mantivesse em perfeitas condições .

Vivemos num planalto , quando descemos dele à nossa volta e em zonas proximas do Rio Douro , é raro não haver gente que não se queixe de doenças que a batata teve e que dizimou a produção - Nós aqui nem ver essa " borboleta " - alias nem sei o que é isso .

Vai Haver uma Festa ( Almoço ) no dia 18 de Janeiro aqui em Alvite em honra do nosso padroeiro - St Amaro - Ficam todos convidados à aparecerem na nossa pequena vila , todos os anos se matam porcos e se comem batatas junto com essa carne , vinho e azeite do Douro e um convivio proximo de pessoas simples mas humildes e que dão valor à uma refeição em jeito de convivio popular .

Cumprimentos
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-01-02 23:52:14
uma coisa é produzir a batata em altitude, outra é conservá-la
essas batatas não abrolham/ganham traça quando são transferidas para "baixa" altitude?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2014-01-03 00:10:38
a melhor batata que comi nos últimos anos veio de Soutelo de Aguiar, perto de Vila Pouca de Aguiar.
O sabor não tem nada a ver com os de venda nos supermercados e até cozida sabia bem.
Infelizmente já gastei os 50 kgs. :(
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-01-03 09:22:35
uma coisa é produzir a batata em altitude, outra é conservá-la
essas batatas não abrolham/ganham traça quando são transferidas para "baixa" altitude?

Abrolhar sim , é perfeitamente normal que se passar de uma temperatura de 5º medios para 12º o tuberculo sinta que se aproxima a estação de cultivo .

Mas querem um produto que leva anti abrolhante e que não tenha toxicos ao mesmo tempo ?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-01-03 09:23:55
a melhor batata que comi nos últimos anos veio de Soutelo de Aguiar, perto de Vila Pouca de Aguiar.
O sabor não tem nada a ver com os de venda nos supermercados e até cozida sabia bem.
Infelizmente já gastei os 50 kgs. :(

Basta encontrar produtores perto de si para comer batata melhor do que a do supermercado .

Cumprimentos
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-01-03 09:56:00
Conclusão: não existe nenhuma diferença entre a batata da serra da nave e outras batatas de qualidade produzidas em Portugal conservadas em ambientes de atmosfera controlada.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2014-01-03 10:03:12
Se fosse uma zona de produção de batata... ;)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Gugu em 2014-01-03 11:19:33
Serra da Nave,

Este ano vou fazer uma pequena experiência, tentar produzir batata Ratte e batata Vitelotte.

Tens algum know how com estas duas espécies?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2014-01-03 12:39:21
Uma sugestão:
acordo com algum centro de investigação e criar um produto químico ou não...
de modo que não borbulhe... mas não seja tão prejudicial como o actual...
Aliás, acho que há uma especiaria que faz isso... mas deve ser mais cara do que o químico...

Mas como diz o Mystery, e em especial na fruta, a atmosfera controlada é que se tem utilizado mais nos últimos anos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-01-03 13:46:37
Conclusão: não existe nenhuma diferença entre a batata da serra da nave e outras batatas de qualidade produzidas em Portugal conservadas em ambientes de atmosfera controlada.

Existe sim . São obvias e já as referi .

1 - A batata criada neste ambiente é optima para batata de semente quando exportada para zonas mais baixa e menos agrestes .
2 - o Facto da planta estar menos exposta a pragas que encontram solo fertil para o seu desenvolvimento em climas mais quentes e humidos faz com que o tuberculo por um lado não leve larvas no seu interior e por outro lado levando menos quimicos tem um produto mais ecologico .

Quer mais diferenças do que essas ?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-01-03 14:16:40
Serra da Nave,

Este ano vou fazer uma pequena experiência, tentar produzir batata Ratte e batata Vitelotte.

Tens algum know how com estas duas espécies?

Boas ,

Para lhe ser sincero nunca tinha ouvido falar . Uma rapida pesquisa deu-me as primeiras indicações sobre as suas qualidades .



"  Finalmente, as batatas em Portugal. Só se cultivam menos de uma dezena de variedades, importando-se outras (30%). As variedades mais vulgares são: cerosas – Jaerla; multiusos – Monalisa, Marine, Spunta, Kennebec; farinhentas – Desirée, Astérix, Stemster. Caso especial, para cozer e assar, mas não para fritar, começa a estar na moda, quase como coqueluche de “chefs”, a batata Ratte, ainda pouco comercializada em Portugal. É uma batata cerosa, de tamanho pequeno, longa e nodosa, com pele amarela acastanhada e polpa firme. O seu sabor a noz torna-a preferida dos bons cozinheiros. Começa a ser cultivada pelos adeptos da agricultura biológica."

Sendo a batata Ratte cerosa pode-se deduzir que as suas propriedades terão muitas semelhanças com as da Jaerla :

" JAERLA

Variedade precoce. Tubérculos ovais a redondo-ovais. Grande calibre pele e polpa amarelas claras. Boa qualidade culinária, tipo AB. Variedade muito adaptada aos Países do sul da Europa. Boa resistente ao míldio na folha e tubérculo. Moderada resistência à sarna comum. "

Parece-me que o cultivo deverá ser igual em tudo ao da batata normal .

A produção é para consumo próprio ?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Gugu em 2014-01-03 14:26:30
Serra da Nave,

Este ano vou fazer uma pequena experiência, tentar produzir batata Ratte e batata Vitelotte.

Tens algum know how com estas duas espécies?

Boas ,

Para lhe ser sincero nunca tinha ouvido falar . Uma rapida pesquisa deu-me as primeiras indicações sobre as suas qualidades .



"  Finalmente, as batatas em Portugal. Só se cultivam menos de uma dezena de variedades, importando-se outras (30%). As variedades mais vulgares são: cerosas – Jaerla; multiusos – Monalisa, Marine, Spunta, Kennebec; farinhentas – Desirée, Astérix, Stemster. Caso especial, para cozer e assar, mas não para fritar, começa a estar na moda, quase como coqueluche de “chefs”, a batata Ratte, ainda pouco comercializada em Portugal. É uma batata cerosa, de tamanho pequeno, longa e nodosa, com pele amarela acastanhada e polpa firme. O seu sabor a noz torna-a preferida dos bons cozinheiros. Começa a ser cultivada pelos adeptos da agricultura biológica."

Sendo a batata Ratte cerosa pode-se deduzir que as suas propriedades terão muitas semelhanças com as da Jaerla :

" JAERLA

Variedade precoce. Tubérculos ovais a redondo-ovais. Grande calibre pele e polpa amarelas claras. Boa qualidade culinária, tipo AB. Variedade muito adaptada aos Países do sul da Europa. Boa resistente ao míldio na folha e tubérculo. Moderada resistência à sarna comum. "

Parece-me que o cultivo deverá ser igual em tudo ao da batata normal .

A produção é para consumo próprio ?

Sim consumo próprio. Se obtiver bons resultados, quem sabe outros caminhos...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-01-03 14:29:55
Uma sugestão:
acordo com algum centro de investigação e criar um produto químico ou não...
de modo que não borbulhe... mas não seja tão prejudicial como o actual...
Aliás, acho que há uma especiaria que faz isso... mas deve ser mais cara do que o químico...

Mas como diz o Mystery, e em especial na fruta, a atmosfera controlada é que se tem utilizado mais nos últimos anos.

Para terem uma ideia da toxicidade do Anti-abrolhante usado por uma larga maioria dos produtores europeus .

O produto em causa só pode ser aplicado no tuberculo 30 dias depois da arranca
A batata não devia ser consumida antes de 60 dias após a utilização do quimico .
O produto quando em contacto com ribeiros mata tudo o que na aguá se encontrar vivo .

O produto queima a pele e infiltra-se para evitar o grelamento , tem de haver alguma absorção por parte da batata . Basicamente é castrar o tuberculo .

Uma coisa é usar um ambiente controlado para que o tuberculo tenha menos apetência para grelar , outra é aplicar-lhe um quimico .
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2014-01-03 14:32:07
Sim, as terras altas devem ser boas para semente.

Lembro-me do meu pai dizer que ia buscar as batatas para semente a Montalegre.
Aliás, não entendo porque a maioria vem da Holanda.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-01-03 15:01:36
Conclusão: não existe nenhuma diferença entre a batata da serra da nave e outras batatas de qualidade produzidas em Portugal conservadas em ambientes de atmosfera controlada.

Existe sim . São obvias e já as referi .

1 - A batata criada neste ambiente é optima para batata de semente quando exportada para zonas mais baixa e menos agrestes .
2 - o Facto da planta estar menos exposta a pragas que encontram solo fertil para o seu desenvolvimento em climas mais quentes e humidos faz com que o tuberculo por um lado não leve larvas no seu interior e por outro lado levando menos quimicos tem um produto mais ecologico .

Quer mais diferenças do que essas ?

As diferenças podem ser óbvias para si. Para mim não são e passo a expor porquê.

a) onde é que está a evidência científica do proposto em 1) e 2)

b) Em outras batatas os parâmetros/características podem ser seleccionados, nas vossas essa informação é inexistente (conservação, precocidade, níveis de textura, resistência a pragas, bactérias, etc).

Honestamente só vejo diferenciação se conseguirem produzir as vossas batatas em modo biológico (se a região é como diz conseguirão fazê-lo a preços mais baixos que a concorrência - embora historicamente a produtividade seja baixa) ou se conseguirem obter uma DOP. É preciso muito cuidado com as mensagens utilizadas na promoção de produtos alimentares...

E qual é o vosso registo no CNV? Sabem que só podem produzir batata de semente em cultivares registadas, certo?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-01-03 20:38:17
Conclusão: não existe nenhuma diferença entre a batata da serra da nave e outras batatas de qualidade produzidas em Portugal conservadas em ambientes de atmosfera controlada.


Existe sim . São obvias e já as referi .

1 - A batata criada neste ambiente é optima para batata de semente quando exportada para zonas mais baixa e menos agrestes .
2 - o Facto da planta estar menos exposta a pragas que encontram solo fertil para o seu desenvolvimento em climas mais quentes e humidos faz com que o tuberculo por um lado não leve larvas no seu interior e por outro lado levando menos quimicos tem um produto mais ecologico .

Quer mais diferenças do que essas ?


As diferenças podem ser óbvias para si. Para mim não são e passo a expor porquê.

a) onde é que está a evidência científica do proposto em 1) e 2)

b) Em outras batatas os parâmetros/características podem ser seleccionados, nas vossas essa informação é inexistente (conservação, precocidade, níveis de textura, resistência a pragas, bactérias, etc).

Honestamente só vejo diferenciação se conseguirem produzir as vossas batatas em modo biológico (se a região é como diz conseguirão fazê-lo a preços mais baixos que a concorrência - embora historicamente a produtividade seja baixa) ou se conseguirem obter uma DOP. É preciso muito cuidado com as mensagens utilizadas na promoção de produtos alimentares...

E qual é o vosso registo no CNV? Sabem que só podem produzir batata de semente em cultivares registadas, certo?


Eu não vi isso em lado nenhum , eu sou neto de grandes produtores de batata . Eu não tenho que provar nada , o que eu estou a dizer está mais que provado e deixo aqui um pequeno texto que demorei 5 min a encontrar na net :

"Os plantios mais precoces podem ser efetuados em regiões mais quentes (Figura 1), onde o risco de geadas é menor e onde a colheita é feita antes da ocorrência de períodos de temperatura do ar elevada. Os plantios mais tardios, por sua vez, são feitos em locais mais altos, de temperatura mais baixa, para não serem afetados pelas geadas mais tardias.
Na Figura 2 são mostrados os locais da região Sul onde é permitido o cultivo de verão. Estes locais caracterizam-se por maior altitude, sendo praticamente os únicos em todo o Brasil, que oferecem condições climáticas favoráveis ao cultivo nesta época do ano. Os cultivos nestas áreas apresentam algumas vantagens em relação a outras regiões de produção do país, tais como elevada produtividade e reduzida infestação de insetos vetores, que é importante para produção de batata semente de boa qualidade."

http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/catalogo/tipo/sistemas/sistema19_novo/cap2_zoneamento_do_cultivo_de_batata.htm (http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/catalogo/tipo/sistemas/sistema19_novo/cap2_zoneamento_do_cultivo_de_batata.htm)

Não estou a vender banha de cobra .

Eu nunca disse que vendia batata de semente , disse que a nossa zona foi e é uma excelente zona reconhecida para batata de semente tal como a de Montalegre .


Fico-me por aqui na conversa com o Mystery , para tirar duvidas passe cá em Alvite , ofereço-lhe 20 Kg para provar .

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: SrSniper em 2014-01-03 20:55:17
Desejo-te a maior felicidade nessa novo desafio da produção de batata de qualidade.
Um abraço e que tudo corra bem
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Elias em 2014-01-04 01:03:12
Esperamos com a nossa iniciativa , por um lado incentivar a que mais produtores se juntem a nós numa tentativa de aumentar o nosso poder na fixação do preço e por outro satisfazer um mercado ainda pequeno mas que vem crescendo de consumidores que preferem pagar um preço justo por um produto que de alguma forma lhe dá minimas garantias de qualidade .

O que é um preço justo? Quem o define?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: SrSniper em 2014-01-04 01:07:35
Esperamos com a nossa iniciativa , por um lado incentivar a que mais produtores se juntem a nós numa tentativa de aumentar o nosso poder na fixação do preço e por outro satisfazer um mercado ainda pequeno mas que vem crescendo de consumidores que preferem pagar um preço justo por um produto que de alguma forma lhe dá minimas garantias de qualidade .

O que é um preço justo? Quem o define?
;D ELias.... ELias... não entres por aí... se não só daqui a 10 páginas é que chegamos a uma conclusão  :D O preço justo é o que o comprador está disposto a pagar e o vendedor a vender...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Elias em 2014-01-04 01:14:47
;D ELias.... ELias... não entres por aí... se não só daqui a 10 páginas é que chegamos a uma conclusão  :D O preço justo é o que o comprador está disposto a pagar e o vendedor a vender...

Ó atirador furtivo... o que o nosso amigo Batata escreveu foi que há um mercado pequeno mas em crescendo de consumidores que preferem pagar um preço justo. Esta afirmação sugere que o resto do mercado não está interessado em pagar um preço justo, aceitando por isso um preço injusto.

E agora, descalça lá esta bota  ;D

Título: Re: Uma bela história sobre o preço justo!
Enviado por: Elias em 2014-01-04 10:40:48
É evidente que o conceito de "preço justo" de que se fala aqui representa tão somente um valor que proporcione algum ganho ou lucro ao produtor, venda ele sal ou batatas ou qualquer outro produto ou serviço.

Esse tipo de pensamento pode funcionar numa pequena comunidade mas não funciona em sociedade.

De qualquer forma, mesmo que fosse possível regulamentar o "preço justo", esse raciocínio assenta em várias falácias: por exemplo ignora completamente que a produção não é constante ao longo do tempo. Em determinados anos, a produção de um determinado bem poderá ser escassa, fazendo aumentar o valor do bem. Por exemplo, se for um ano mau de batata e em vez de uma tonelada, o produtor só conseguir 250 kg, das duas uma: ou ele aumenta o preço para poder fazer algum lucro (prejudicando os consumidores) ou ele mantém o preço para não prejudicar os consumidores (prejudicando-se a ele próprio). Ou então faz um seguro, mas aqui já estamos a sair do âmbito da comunidade.

Ignora também a existência / possibilidadde de concorrência, com as consequências que isso tem no preço.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: hermes em 2014-01-04 11:40:04
É evidente que o conceito de "preço justo" de que se fala aqui representa tão somente um valor que proporcione algum ganho ou lucro ao produtor, venda ele sal ou batatas ou qualquer outro produto ou serviço.

O problema que estou a ver é se o consumidor não quer esse produto ou serviço, pelo menos a esse preço e por isso simplesmente não compre [por exemplo escolhendo alternativas]. Dir-se-ia que o teu ideial é uma sociedade de compradores forçados e onde por isso mesmo os produtos ou serviços sejam uma merda. :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Elias em 2014-01-04 18:34:18
O conceito de qualidade tem muito que se lhe diga.

Eu costumo dizer que "qualidade" não existe (na medida em que é um conceito abstracto e não mensurável). O que existe é qualidade percepcionada. E quando é de percepções que se fala, cada um tem o seu referencial.

Eu posso "achar" que uma batata não presta e o meu vizinho achar que é óptima.
(o termo achar está entre aspas, para salientar a subjectividade inerente ao conceito).

Acresce ainda que a qualidade pode ser importante para uns, mas para outros o importante pode ser mesmo o preço. Querem o produto mais barato do mercado e estão-se nas tintas para a qualidade do mesmo.

A experiência mostra que uma grande parte do mercado vai sobretudo pelo preço.

Um aspecto curioso, contudo, é que um grande número de pessoas se preocupa bastante em passar uma imagem de "comprar nacional". Aqui há tempos passou uma reportagem na TV em que a equipa se foi "plantar" à entrada de um grande supermercado e começaram a perguntar às pessoas se preferiam produtos nacionais. As respostas dominantes eram do tipo "ah sim, eu compro sobretudo produtos nacionais" e outras coisas parecidas. Depois foram ver na caixa o que é que essas pessoas tinham comprado e constatou-se que os produtos importados, mais baratos, tinham sido preferidos. A ideia que fica é que muita gente se preocupa com a imagem que quer passar a terceiros, nomeadamente no que toca a preferir produtos nacionais, mas que na hora de comprar o que realmente importa é o preço.

Quanto à questão da qualidade gostaria ainda de referir mais um ponto: há uns anos estive de férias em França e nessa ocasião fui mais de uma vez a supermercados em diferentes localidades, para comprar produtos alimentares. Fiquei espantado com a elevada qualidade (na minha subjectiva apreciação deste conceito) dos produtos frescos, nomeadamente fruta e batatas. De uma forma geral a fruta era sumarenta e as batatas eram saborosas. No entanto, em Portugal quando compro batatas ou fruta importadas de França, de uma geral o produto tem pouco sabor e uma péssima consistência (é farinhento). A pergunta é: como é possível que os produtos franceses que chegam a Portugal sejam tão piores que aqueles que encontramos em França? A minha resposta a esta questão é esta: o consumidor português é pouco exigente e aceita consumir produtos que o consumidor francês rejeita; o produtor francês, ciente deste facto, despacha os produtos de pior qualidade para Portugal e para outros mercados onde o seu escoamento esteja assegurado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-01-04 19:59:40

Quanto à questão da qualidade gostaria ainda de referir mais um ponto: há uns anos estive de férias em França e nessa ocasião fui mais de uma vez a supermercados em diferentes localidades, para comprar produtos alimentares. Fiquei espantado com a elevada qualidade (na minha subjectiva apreciação deste conceito) dos produtos frescos, nomeadamente fruta e batatas. De uma forma geral a fruta era sumarenta e as batatas eram saborosas. No entanto, em Portugal quando compro batatas ou fruta importadas de França, de uma geral o produto tem pouco sabor e uma péssima consistência (é farinhento). A pergunta é: como é possível que os produtos franceses que chegam a Portugal sejam tão piores que aqueles que encontramos em França? A minha resposta a esta questão é esta: o consumidor português é pouco exigente e aceita consumir produtos que o consumidor francês rejeita; o produtor francês, ciente deste facto, despacha os produtos de pior qualidade para Portugal e para outros mercados onde o seu escoamento esteja assegurado.

Ora aí está , tal como eu referi num dos posts que postei atras :

Porque é que os Franceses importam a nossa batata mais cara e vêm cá pôr a deles 0.10€ em KG mais barata ?

Ou porque é que os Germanicos vieram cá comprar toda a batata do ribatejo na altura à 0.50€ o kg quando nos supermercados estava sensivelmente à 1€ - talvez porque o mercado português de intermediarios é ganacioso e quer tudo não igualando ou superando a oferta dos Estrangeiros .

O preço justo Elias , tal como o Rui Vaz referiu muita das vezes é um preço que compense ao produtor continuar a produzir e ao consumidor porque paga menos do que numa grande superficie .

Não tenho duvidas que o consumidor é a peça chave neste puzzle  - É ele que tem ser exigente , quer em qualidade , quer em preço .

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Elias em 2014-01-04 22:02:40
O preço justo Elias , tal como o Rui Vaz referiu muita das vezes é um preço que compense ao produtor continuar a produzir e ao consumidor porque paga menos do que numa grande superficie .

Esse raciocínio parte do princípio que o consumidor tem tempo e recursos para andar a ir comprar batata ao produtor. Isso implica gasto em tempo e em combustível. E repara que não estamos a falar apenas de batatas: seu eu quiser batatas, cenouras, couves, brócolos, maçãs, peras, pêssegos, melões, uvas, laranjas, etc. tenho de gastar muito tempo e recursos a saltitar de produtor em produtor para comprar os diferentes produtos. Eu como consumidor não estou interessado em gastar o meu tempo em deslocações às instalações dos produtores. Tenho formas mais úteis e mais produtivas de ocupar o meu tempo.

Não tenho duvidas que o consumidor é a peça chave neste puzzle  - É ele que tem ser exigente , quer em qualidade , quer em preço .

Isso é a tua forma de ver a questão. É a visão do produtor, que acha que os consumidores devem fazer isto ou aquilo.

Eu vejo a questão do lado do consumidor: eu como consumidor entendo que sou livre de gastar o meu dinheiro como bem entendo; considero que os produtores, se quiserem sobreviver, é que têm de se adaptar aos gostos e às exigências dos consumidores. Têm de perceber o que é que os consumidores procuram e quanto estão dispostos a pagar por isso. Depois têm de fazer contas para ver se conseguem produzir o que os consumidores desejam ao preço que eles estão dispostos a pagar.

Isso do preço justo para mim é uma grande treta. Quem está num negócio das duas uma: ou bem que o negócio é rentável e então aguenta-se ou bem que o negócio não é rentável e então fecha a loja. O problema é que muita gente não quer fechar o negócio, mesmo que este não seja rentável. Prefere culpar os consumidores porque fazem más escolhas. Ou então pede subsídios ao Estado, e o negócio vai-se aguentando graças aos subsídios, logo o incentivo para melhorar e para aumentar a produtividade não é nenhum.

Porque é que os produtores não se associam, para ganharem economia de escala e poder negocial?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-01-04 22:06:18
Os problemas principais são:

1 - Valorizamos mais o que é estrangeiro do que nosso, porque durante muitos anos os nossos produtos ou eram escassos ou de má qualidade e isso ficou no subconsciente.

2 - Temos os custos de produção muito mais elevados que os estrangeiros, logística,electricidade, combustíveis, adubos, pesticidas, impostos, taxas e taxinhas, licenças, etc.etc. o que faz a não termos preços finais competitivos.


Dar a volta a isto será o objectivo de quem se meter na produção agrícola, diferenciando-se. Pode ser pela qualidade, pelo tipo de produto ( os produtores de frutos vermelhos estão a sair-se bem, por ex. ) ou por nicho de mercado, etc. Nós deveríamo-nos dedicar a produções próprias mediterrânicas. Primores, frutos secos, ovinos e caprinos, madeira de qualidade ( do nosso Carvalho Português, por ex.), citrinos, pronóideas, etc.etc.

Agora querer produzir coisas que os outros o podem fazer mais, melhor e mais barato é para falir. A Polónia, tem condições edafo-climáticas para ter duas colheitas de trigo por ano, com o dobro de sementes que temos no melhor barro de Beja/Ferreira. Os Espanhóis na Andalucia para fazer melão e legumes. Os Holandeses para leite e carne de vaca.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Automek em 2014-01-05 17:56:20
A batata que o produtor quer vender tem de estar disponível no sitio onde eu faço as compras. Não posso ser eu a ir às hortas ou à serra comprar alfaces, couves, batatas, laranjas, galinhas e porcos.

Eu só compro fruta nacional (excepto as bananas e o abacaxi em que prefiro os importados) e raramente a compro no hipermercado porque uma mercearia aqui perto, apesar de ser mais cara, tem fruta que eu "acho" muito melhor (o acho entre aspas como já explicou o Elias).

Eu cresci a comer fruta (biológica) de uma horta onde os meus pais a iam comprar e "acho" que a fruta nacional dos hipers não vale um chavo em termos de sabor. A da mercearia, pelo contrário, é bastante parecida à que eu comia quando era miúdo.

Ou seja, sim, eu pago mais pela fruta (e vegetais) mas tenho de os poder comprar num local que me seja conveniente. Um produtor que esteja à espera que seja eu a ir ter com ele vai morrer à minha espera.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-01-05 22:52:14
:)

e concordo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-01-18 16:34:41
Será desta ?

Estado toma conta de terras abandonadas
Está por dias a legislação que permitirá ao Estado identificar terras cujo dono se desconhece e integrá-las na Bolsa de Terras.

 http://expresso.sapo.pt/estado-toma-conta-de-terras-abandonadas=f851104#ixzz2qliT5gdQ (http://expresso.sapo.pt/estado-toma-conta-de-terras-abandonadas=f851104#ixzz2qliT5gdQ)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-01-23 14:17:01
A nova revolução agrícola

De acordo com dados ONU, existem ainda 842 milhões de pessoas que sofrem de fome crónica. Os agricultores - e a humanidade em geral - estão já a enfrentar os novos desafios colocados pelas alterações climáticas.
 
A degradação dos solos e dos recursos de água, em conjunto com outros impactos ambientais negativos, constituem prova dos limites atingidos pelos sistemas de agricultura demasiado intensivos. Assim, a cruzada da atualidade passa por sistemas agrícolas verdadeiramente sustentáveis que possam ir ao encontro das necessidades globais futuras. Para fazer face a este desafio, a ONU proclamou 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF), a cargo da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), para sublinhar a sua importância na erradicação da fome e na conservação dos recursos nacionais, elementos centrais do futuro sustentável que queremos e, mais do que tudo, precisamos.

Adicionalmente, a agricultura familiar possui também um papel crucial na produção local e nos circuitos de consumo que servem não só para matar a fome, mas também para criar postos de trabalho, gerar rendimento e estimular e diversificar as economias locais. Estima-se que existam cerca de 500 milhões de explorações agrícolas familiares a nível global que, como salientou Ban Ki-moon são, em simultâneo, das mais vulneráveis populações do mundo.
Assim, o secretário-geral da ONU exortou à criação de políticas por parte dos governos que conduzam a um desenvolvimento rural justo e sustentável e, no que respeita aos investidores privados, que assegurem a responsabilidade social e ambiental em toda a cadeia de valor, da "quinta até ao prato". E é neste sentido que governos, organismos internacionais, cooperativas e sociedade civil, em conjunto com novas e adequadas tecnologias, são chamados a reposicionar a agricultura familiar como ferramenta central para o desenvolvimento sustentável.
http://www.oje.pt//suplementos/mais-responsavel/noticias/a-nova-revolucao-agricola (http://www.oje.pt//suplementos/mais-responsavel/noticias/a-nova-revolucao-agricola)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zel em 2014-01-23 16:56:32
um clima mais quente promove a producao agricula
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-01-23 17:07:41
um clima mais quente promove a producao agricula

?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-02-06 18:25:55
Parece que o interior e as suas gentes são capazes de produzir.

Este vídeo mostra a capacidade de jovens promover um produto antigo numa sociedade nova.

Feira do Fumeiro de Vinhais 2014 (http://www.youtube.com/watch?v=4CeAIWz4IXA#ws)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-02-07 12:50:26
Penso que a agricultura, revitalizada, deve ser um sector importante de emprego em Portugal. Porém,  ela tem de organizar-se em moldes novos, onde a cooperação a nível de distribuição dos produtos do campo para as cidades, não se converta em mais um parceiro oligopolista de exploração dos citadinos e dos agricultores; antes desaloje a actual concentração duopolista de lucros das duas maiores cadeias de supermercado que esmagam preços ao produtor sem os reverter ao consumidor; que deslocalizam os recursos assim capturados em puro aforro financeiro à espera de 'melhores dias'; e ainda por cima alavancados com benefícios fiscais obscenos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-02-07 13:59:44
Penso que a agricultura, revitalizada, deve ser um sector importante de emprego em Portugal. Porém,  ela tem de organizar-se em moldes novos, onde a cooperação a nível de distribuição dos produtos do campo para as cidades, não se converta em mais um parceiro oligopolista de exploração dos citadinos e dos agricultores; antes desaloje a actual concentração duopolista de lucros das duas maiores cadeias de supermercado que esmagam preços ao produtor sem os reverter ao consumidor; que deslocalizam os recursos assim capturados em puro aforro financeiro à espera de 'melhores dias'; e ainda por cima alavancados com benefícios fiscais obscenos.

Vbm, o mais provável é que não faças ideia factual de nada do que estás a dizer, correcto?  :D

O que o país mais precisa é que os seus cidadãos não tenham sempre ideias sobre o que os outros devem fazer nas suas actividades.

É pouco provável que a agricultura venha a ser um sector importante de emprego, porque provavelmente ainda emprega mais do que nos países onde a agricultura é mais desenvolvida. Ou seja, se se desenvolver mais aqui, irá empregar menos. É impossível dizer se a distribuição realmente explora ou não em excesso - mas se existe uma margem tão grande assim os agricultores podem organizar-se e distribuir eles mesmos. Não existe nenhuma indicação de benefícios fiscais obscenos (os benefícios de que geralmente se fala na comunicação social são os que resultam das estruturas em SGPS, onde cobrar esses impostos que supostamente são beneficiados seria absurdo).
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-02-07 14:06:37
[ ] O que o país mais precisa é que os seus cidadãos não tenham sempre ideias sobre o que os outros devem fazer nas suas actividades.

Concordo. Que cada um trate de si.

O governo que lance condições
para o sucesso de iniciativas
na agricultura.

E elas passam por diminuir
o grau de monopólio
dos distribuidores
monopolistas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-02-07 14:21:10
[ ] O que o país mais precisa é que os seus cidadãos não tenham sempre ideias sobre o que os outros devem fazer nas suas actividades.

Concordo. Que cada um trate de si.

O governo que lance condições
para o sucesso de iniciativas
na agricultura.

E elas passam por diminuir
o grau de monopólio
dos distribuidores
monopolistas.

Logo à partida não o deviam ter deixado aumentar (por exemplo quando o Carrefour foi vendido ao Continente). Mas mesmo fora disso, se as margens na distribuição de produtos agricolas são tão grandes assim, então os produtores agricolas bem podiam lançar a sua própria rede de distribuição só para esses produtos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-02-07 16:01:23
o problema não está nas margens mas sim nas economias de escala
Título: Re: Água e calor... o sonho do produtor! :)
Enviado por: Mystery em 2014-02-07 16:09:52
um clima mais quente promove a producao agricola


?


Um clima moderadamente mais quente e com humidade adicional favorece muito a produção agrícola, sobretudo se a essas vantagens juntarmos o benefício extra de uma maior concentração de CO2, tal como é feito intencionalmente nas estufas. Aliás, é daí que vem a designação "gases com efeito de estufa".

De resto, isso mesmo é reconhecido em vários estudos acerca da influência do clima na cobertura vegetal terrestre, como este de vários cientistas da NASA - Climate-Driven Increases in Global Terrestrial Net Primary Production from 1982 to 1999 ([url]http://www.sciencemag.org/content/300/5625/1560.abstract[/url])

Citar
Abstract
Recent climatic changes have enhanced plant growth in northern mid-latitudes and high latitudes. However, a comprehensive analysis of the impact of global climatic changes on vegetation productivity has not before been expressed in the context of variable limiting factors to plant growth. We present a global investigation of vegetation responses to climatic changes by analyzing 18 years (1982 to 1999) of both climatic data and satellite observations of vegetation activity. Our results indicate that global changes in climate have eased several critical climatic constraints to plant growth, such that net primary production increased 6% (3.4 petagrams of carbon over 18 years) globally. The largest increase was in tropical ecosystems. Amazon rain forests accounted for 42% of the global increase in net primary production, owing mainly to decreased cloud cover and the resulting increase in solar radiation.


Obviamente, isto é importante num mundo com necessidades crescentes de alimentos, embora mais crucial ainda é evitar o desperdício obsceno de uma enorme percentagem de alimentos que nunca chegam a ser consumidos.

Em suma: temos assistido nas últimas décadas ao mesmo fenómeno do chamado "ótimo climático" que já se verificou no passado, mormente nos tempos áureos do Império Romano e ainda no final da Idade Média, períodos históricos em que se registou um importante progresso civilizacional que muito se deveu ao florescimento da agricultura, num clima talvez semelhante ao atual.

Remember: cold is death, warmth is life! :)


The Beatles- Here Comes The Sun ([url]http://www.youtube.com/watch?v=n6j4TGqVl5g#[/url])


Mais humidade e mais calor levam ao aparecimento de bactérias e fungos. Não é propriamente bom para a produção agrícola.

E quando se trata de estufas o efeito do CO2 é negligível. Estou envolvido num projecto de data science nessa área e é uma variável que nem sequer é controlada.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-02-07 16:33:19
[ ] Mas [ ], se as margens na distribuição de produtos agricolas são tão grandes assim, então os produtores agricolas bem podiam lançar a sua própria rede de distribuição só para esses produtos.

É o que penso, deviam fazer.
E fazem. Mas o governo
pode melhorar mais
a sua condição.

Por exemplo, em Carcavelos, um concorrente importante
do Pingo Doce é precisamente o mercado, a feira
semanal dos lavradores e dos ciganos.

Ora, se essa concorrência dobrasse
ou triplicasse, o "pinguinho doce"
ficava bem mais controlado.

Com essa animação dos produtores
agrícolas na venda directa às cidades,
o emprego tenderia a aumentar
no primário e no terciário
alimentar.

E isto é um exemplo.

Outras medidas podiam adoptar-se
que não tenho presentes mas devem
ser clássicas e 'convenientemente'
objecto de amnésia selectiva.

Certo é ser ignóbil e prejudicial
o enorme desemprego em Portugal.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-02-07 16:37:20
o problema não está nas margens mas sim nas economias de escala
O desemprego tem de diminuir.
Os salários também.

As pessoas que façam pela vida
Ou comecem aos tiros.

Os ricos têm de empobrecer.
O bolo que devem largar
vai dar mais a cada um.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2014-02-07 16:40:00
Com todos aos tiros todos ficam mais pobres e num extremo necessitam de ajuda alimentar.

A guerra só é boa para os generais e seus compinchas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-02-07 18:12:56
o problema não está nas margens mas sim nas economias de escala
O desemprego tem de diminuir.
Os salários também.

As pessoas que façam pela vida
Ou comecem aos tiros.

Os ricos têm de empobrecer.
O bolo que devem largar
vai dar mais a cada um.


Isso parte da percepção que se os ricos tiverem menos os outros terão mais. Essa percepção é errada. Se todos FIZEREM mais coisas para os outros é que todos terão mais. Se os ricos empobrecerem (por via de lhes tornar as actividades comerciais menos atraentes) o mais provável é que todos fiquem com menos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-02-07 19:25:46
o problema não está nas margens mas sim nas economias de escala
O desemprego tem de diminuir.
Os salários também.

As pessoas que façam pela vida
Ou comecem aos tiros.

Os ricos têm de empobrecer.
O bolo que devem largar
vai dar mais a cada um.

gosto mais da modalidade os "pobres têm de enriquecer"
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-02-08 00:33:01
Isso parte da percepção que se os ricos tiverem menos os outros terão mais. Essa percepção é errada. Se todos FIZEREM mais coisas para os outros é que todos terão mais. Se os ricos empobrecerem (por via de lhes tornar as actividades comerciais menos atraentes) o mais provável é que todos fiquem com menos.

Não é bem esse o algoritmo,
não é esse o fio de Ariadne.

A percepção de partida
é a de os ricos nada fazerem
para a propriedade que têm
apenas a protegem para
que todos lhes paguem
as respectivas rendas
monopolistas que a
propriedade lhes
garante, pelo direito.

Não que discorde da propriedade;
mas discordo do monopólio,
que não passa de extorsão
sem contrapartida de valor.

Explico: se pagas a luz a 20x
o seu custo marginal; a gasolina,
a 15x o seu custo de refinação;
a comida a 5x a receita do lavrador;
o vestuário a 1x o seu custo, mas
"obrigam-te" a mudar de 4 em 4 meses,
sob pena de seres parolo; se te oferecem
1 ipad por x, e 6 meses depois to vendem
por x/3: - tu estás a ser roubadíssimo
pelos distintos vígaro-capital-monopolistas.


Aceito que o progresso tecnológico
eleva a produtividade e licencia
trabalhadores e trabalho
rotinizável e programável.

Mas, isso é menos preocupante
do que o vulgo julga; assim se
fomentam novos postos de trabalho
nas indústrias e serviços dos próprios
meios de produção a montante,
desde que prossiga a instrução
pública (e privada) da população.

Agora, intolerável é a indignidade
do desemprego, da desocupação,
da inutilidade social de cada um
para os demais. Justamente,
como tu próprio dizes, se não
pode a população empregar-se
a produzir coisas que sejam
úteis e de interesse para os demais.

Ora, é o que os monopolistas não permitem;
fixam a quantidade do que produzem de molde
a que o preço exceda em muito o custo do que produzem.

Assim se força a inactividade dos recursos quer humanos
quer dos meios e da capacidade produtiva.

E não me venham com contra-argumentos de que,
breve, entraríamos na sobreprodução e na abundância
não de bens livres, mas de bens e bugigangas inúteis
e sem interesse nenhum. Porque tudo é uma questão
de cultura, por um lado, e de inteligência e contenção
demográfica, por outro.

E ao contrário da falsa propaganda de se os ricos
empobrecerem todos ficamos a perder, é bem de ver
que a verdade está em que a riqueza de todos pode
ser muito maior se os ricos deixarem de receber
valor sem qualquer contrapartida, como fazem
em todas as transacções com lucros supra-normais,
sem que isso os induza a quaisquer contrapartidas,
antes, ao contrário, delapidando recursos
e poluindo sem regeneração a natureza.

Mas tudo isto pode mostrar-se e demonstrar-se
pari passu, na aritmética dos negócios
tal como eles são.


(E quando falo de ricos, não falo de produtores,
nem de inventores e inovadores; falo sim
de monopolistas mesmo, que arrecadam
sem nada produzirem.
)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-02-08 02:28:35
Citar
Explico: se pagas a luz a 20x
o seu custo marginal; a gasolina,
a 15x o seu custo de refinação;
a comida a 5x a receita do lavrador;
o vestuário a 1x o seu custo, mas
"obrigam-te" a mudar de 4 em 4 meses,
sob pena de seres parolo; se te oferecem
1 ipad por x, e 6 meses depois to vendem
por x/3: - tu estás a ser roubadíssimo
pelos distintos vígaro-capital-monopolistas.

A luz são custos fiscais, regulatórios e o diabo a sete - opções política;
A gasolina são 2/3s impostos e as margens de refinação e comercialização são baixas;
Um ipad perder valor não é culpa de ninguém e ficar mais barato é sinal de que compras mais por menos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-02-08 09:26:06

A luz são custos fiscais, regulatórios e o diabo a sete - opções política;
A gasolina são 2/3s impostos e as margens de refinação e comercialização são baixas;
Um ipad perder valor não é culpa de ninguém e ficar mais barato é sinal de que compras mais por menos.

Inclui a desviante fiscalidade, os pseudo-reguladores, o diabo + as suas 7 metamorfoses entre as estratégias dos monopolistas. [O governo não cai do céu e, infelizmente, é quase impermeável aos que sabem; emerge por selecção dos próprios monopolistas]. Sobre o exemplo do ipad, tens razão mas só na fase de lançamento da inovação; depois, é toda uma estratégia de concorrência monopolista para diferenciação fictícia dos sucedâneos concorrentes, além da vigarice da publicidade aliada aos psicólogos do sexo, da ambição e da vaidade.

------ // ------

Ora, os governantes devem zelar pela reunião
das condições materiais, morais e intelectuais
que favoreçam o máximo desenvolvimento
de cada um, o que impõe, antes de mais,
fomentar o emprego pleno dos recursos
materiais e humanos. O monopólio,
a origem económica
da desigualdade

de rendimento sem produção de valor,

a face inversa do empobrecimento
da população, sancionado
pela propriedade
valorizada pela
escassez

geradora de lucros supra-normais,

contraria a possibilidade
de maximizar o bem-estar
pela restrição do desenvolvimento
a níveis de subemprego de recursos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2014-02-21 11:32:06
Batata da Serra da Nave,
Aqui tens um ideia muita boa para escoar a tua batata.
Excelente projecto este!
Vejam... e experimentem:
http://www.prove.com.pt/www/ (http://www.prove.com.pt/www/)

Grande ideia esta! De uma amiga que está a experimentar, o preço é bastante concorrencial com os produtos de outros locais e estes têm vantagens... pelo menos do grupo que ela recebe.
Pode haver algumas diferenças entre agrupamentos ... mas ela está contente.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-02-21 16:42:33
João

O problema da agricultura não deve ser feito individualmente, um projeto deve ser feito em associação não individualista deve ser feito com apoio de vários tipos conhecimentos em várias áreas, eu penso que as cooperativas antigas foram feitas com poucos conhecimentos científicos de várias áreas, os novos projetos devem ser feitos com a cooperação de vários tipos de mão de obra desempregada, o problema desses projetos é quando vai dar dinheiro.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-02-21 21:40:50
Batata da Serra da Nave,
Aqui tens um ideia muita boa para escoar a tua batata.
Excelente projecto este!
Vejam... e experimentem:
[url]http://www.prove.com.pt/www/[/url] ([url]http://www.prove.com.pt/www/[/url])

Grande ideia esta! De uma amiga que está a experimentar, o preço é bastante concorrencial com os produtos de outros locais e estes têm vantagens... pelo menos do grupo que ela recebe.
Pode haver algumas diferenças entre agrupamentos ... mas ela está contente.


A ideia é excelente , mas tal como diz o Vanilla-Swap tudo tem que ser planeado em conjunto com toda a comunidade , todo o tipo de associações e instituições . Nós planeamos criar uma associação de produtores aqui da zona e defender o nosso produto e com escala podemos realmente conseguir algo neste mercado selvagem .

Eu não tenho nada contra os intermediarios , mas parece-me que no futuro eles têm necessariamente de deixar de existir seja porque o consumidor tem toda a informação disponivel , seja porque os produtores em conjunto passam a fazer a distribuição .

Tudo é possivel na sociedade da informação .
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2014-02-21 21:50:58
... mas aquilo já são associações de pequenos agricultores!!!
Só que existe uma plataforma que lhes dá apoio!!!
Não são é cooperativas... o estatuto é diferente...

leiam os vários núcleos... são formados por 1, 2, 3 ou mais... e vejam os nomes dos agricultores etc...
uns produzem mais de uma coisa outros de outra ... mas claro que alguém tem de ter vegetais frescos... é o álibi e fruta da época...

Mas podes contactar alguém e propores juntar-te ... alguém por perto!.
mas olha que os preços são competitivos, segundo a minha amiga.

Podem ser individuais ou complementarem-se.... leiam!
Acho ... repito, um excelente projecto!!!
Directamente do produtor... para o consumidor!!!!!!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2014-02-21 23:00:16
aqui na minha zona há uma associação desse tipo. O que me levou a não aderir foi eu não ter escolha directa sobre os produtos comprados. De um cabaz de produtos poderia eliminar quatro, que depois eles entregavam-me os produtos e as quantidades por eles escolhidas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2014-02-22 13:04:02
Normalmente trazem um pouco de tudo.
Pedi à minha amiga o último cabaz, o mais pequeno (existem este e um maior):
salsa, Kiwi, batatas, grelos/espigos, cebolas, repolho, alface
na anterior parece que em vez de Kiwi trouxe tangerinas... etc.. em vez de salsa trouxe rúcula e coentros...

Algo que se consome habitualmente... produtos habituais da época.
Sinceramente... repito, um bom projecto! Mas pode depender do grupo a que estejas ligado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Batata da Serra da Nave em 2014-02-22 13:47:04
... mas aquilo já são associações de pequenos agricultores!!!
Só que existe uma plataforma que lhes dá apoio!!!
Não são é cooperativas... o estatuto é diferente...

leiam os vários núcleos... são formados por 1, 2, 3 ou mais... e vejam os nomes dos agricultores etc...
uns produzem mais de uma coisa outros de outra ... mas claro que alguém tem de ter vegetais frescos... é o álibi e fruta da época...

Mas podes contactar alguém e propores juntar-te ... alguém por perto!.
mas olha que os preços são competitivos, segundo a minha amiga.

Podem ser individuais ou complementarem-se.... leiam!
Acho ... repito, um excelente projecto!!!
Directamente do produtor... para o consumidor!!!!!!

Vou dar uma olhada mais a serio , já vi que está difundido por todo o país . Eu pensei inicialmente que era só em Torres Vedras .

Quem sabe ...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-02-22 20:34:31
... mas aquilo já são associações de pequenos agricultores!!!
Só que existe uma plataforma que lhes dá apoio!!!
Não são é cooperativas... o estatuto é diferente...

leiam os vários núcleos... são formados por 1, 2, 3 ou mais... e vejam os nomes dos agricultores etc...
uns produzem mais de uma coisa outros de outra ... mas claro que alguém tem de ter vegetais frescos... é o álibi e fruta da época...

Mas podes contactar alguém e propores juntar-te ... alguém por perto!.
mas olha que os preços são competitivos, segundo a minha amiga.

Podem ser individuais ou complementarem-se.... leiam!
Acho ... repito, um excelente projecto!!!
Directamente do produtor... para o consumidor!!!!!!

Eu já dei consultoria a um projecto desses.

Na altura fiquei com a sensação que era uma plataforma com uma missão muito nobre mas os custos eram claramente exagerados para os objectivos e para o trabalho que se propunham a fazer.

O financiamento era público (várias dezenas de milhares de euros para criar um núcleo). Mas julgo que as empresas que davam formação e apoio eram privadas.

Os agricultores que visitaram a exploração de um dos núcleos não encontraram produção de relevo (deitando por terra a tese do "directamente do produtor para o consumidor"). E encontraram condições de higiene e segurança alimentar eram deploráveis.

Não me pareceu um "excelente projecto".
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-02-23 10:33:17
Dê por onde der.
Custe o que custar.
Queira o fmi ou não.

É obrigação dos governantes
reunir as condições para colocar
os desempregados a trabalhar
mediante uma remuneração
que lhes permita sustentarem-se.

Não pode ser só subsidiar-lhes
a sobrevivência material; é preciso
que façam trabalho de que resulte
utilidade para os outros e para
a sociedade. Empregar, pagar
assim a um milhão de desempregados,
mediante um salário inferior ao salário
mínimo deve orçar por 3 mil milhões - ano.

Aceitam-se sugestões onde cobrar tais fundos,
para lá do que se consiga pela simples tributação
indirecta do consumo induzido pela emprego-ocupação criado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2014-02-23 21:40:26
Discordo do que escreveste Mistery.

Se a higiene aqui não é a adequada, referes-te a quê?
Os produtos serão apanhados como são os que são enviados para os Hipermercados... apesar de que alguns, como maças são lavadas posteriormente... ??? É isto?
São os controlos fito-sanitários? Aqui são melhores quase de certeza e qualquer pessoa pode ir ver. Aliás são convidados a tal.

Na sexta quis ver com os meus olhos o cabaz. Excelente em termos de limpeza e com um aspecto que não encontras em nenhum hipermercado!

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-02-24 00:25:08
A higiene não era adequada porque o manuseio dos produtos estava muito aquém do que é exigido num sistema de HACCP (existiam demasiados factores de risco). Podia ser apenas aquele núcleo em particular mas sugeria a inexistência de qualquer tipo de controlo.




Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2014-02-27 14:56:47
Citar
Nunca existiram tão poucos trabalhadores na agricultura

Agricultura voltou a perder empregos em 2013. O ano acabou com menos 50 mil trabalhadores neste setor que em igual período do ano passado.

O presidente da CNA, João Dinis, diz que os resultados apurados pelo INE desmentem o discurso de oásis sobre o setor feito pelo Governo

Nunca existiram tão poucos portugueses a trabalhar na agricultura como no último ano. A queda de pessoas empregadas no setor primário agravou-se mesmo no último trimestre de 2013, que teve os valores mais baixos desde que existem registos no Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em resposta enviada à TSF, o Ministério da Agricultura defende que a evolução do emprego no setor caracteriza-se frequentemente por uma diminuição «cíclica» no último trimestre «associada às características da própria atividade».

O gabinete de Assunção Cristas sublinha ainda que menos emprego não significa menos rendimento, como provam alguns números: em 2013 o setor agrícola cresceu 4,8%, em volume; de setembro a novembro as exportações aumentaram 9,3%; e a produtividade do trabalho agrícola cresceu 33,3% entre 2000 e 2013.

O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) diz que os resultados apurados pelo INE são claros e desmentem o discurso de oásis sobre o setor feito pelo Governo. João Dinis considera que a culpa é do Executivo e das políticas que tem seguido, dando como exemplo a carga tributária.

Os dados consultados pela TSF mostram ainda que, para além da agricultura, também a pesca e a indústria perderam trabalhadores no último trimestre (e no último ano). Pelo contrário, o setor dos serviços foi claramente aquele que mais ajudou à quebra da taxa de desemprego.

O regresso às minas, por exemplo, tão falado pelo Governo em 2012, está longe de ter efeitos no emprego. As indústrias extrativas empregaram no último trimestre de 2013 menos 21% das pessoas que em igual período do ano anterior (15.500 pessoas para 13.000).

Nas indústrias transformadoras também existiu uma queda, mas muito ligeira (-2% de população empregada no setor).

A maior descida sentiu-se contudo no setor primário. Os dados consultados permitem perceber que por norma os últimos trimestres de cada ano têm uma queda do emprego neste setor, mas outubro a dezembro de 2013 registou o número mais baixo de sempre de portugueses a trabalhar na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (pelo menos desde que o Instituto Nacional de Estatística faz o inquérito ao emprego que começou em 1998).

A descida foi muito acentuada nos setores associados ao trabalho no campo, que tinham recuperado, pela primeira vez, numa década, postos de trabalho em 2012.

Perto de 401 mil portugueses trabalhavam no final de 2013 nos setores da agricultura, produção animal, caça, floresta. Eram 451 mil em igual período do ano anterior.

Para além do campo, também a pesca e a aquicultura tiveram uma queda acentuada (-17%). No final de 2013, apenas 13.500 portugueses viviam da apanha de peixe.

[url]http://www.ulisboa.pt/wp-content/uploads/Clipping/8fev_agricultura_ISA.pdf[/url] ([url]http://www.ulisboa.pt/wp-content/uploads/Clipping/8fev_agricultura_ISA.pdf[/url])
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2014-04-05 12:09:34
Citar
Portugal tem que devolver a Bruxelas 12,56 milhões de ajudas para agricultores

Lusa

Portugal tem que devolver a Bruxelas 12,56  milhões de euros de ajudas indevidamente usadas no setor da Agricultura,  principalmente por incumprimento de regras de condicionalidade, divulgou  hoje a Comissão Europeia. 

A maior parcela, de 12,04 milhões de euros, da verba que Portugal terá  que devolver à Comissão Europeia tem que ver com o incumprimento da, condicionalidade,  que é conjunto de condições de base por agricultores que beneficiam de pagamentos  diretos.

Lisboa terá ainda que enviar para os cofres comunitários 0,62 milhões  de euros, relativos restituições às exportações, um mecanismo de compensação  financeira que visa permitir aos operadores económicos comunitários escoar  os seus produtos para países fora da UE.

A multa a Portugal inclui 3,90 milhões por "prémios animais", devido  a controlos locais insuficientes e por pagamentos a animais não identificados. Bruxelas irá reaver um total de 315 milhões de euros de 11 Estados-membros,  cabendo à França a maior multa, no valor global de 289,77.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2014-04-06 18:43:06
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Nunca existiram tão poucos trabalhadores na agricultura

Agricultura voltou a perder empregos em 2013. O ano acabou com menos 50 mil trabalhadores neste setor que em igual período do ano passado.

O presidente da CNA, João Dinis, diz que os resultados apurados pelo INE desmentem o discurso de oásis sobre o setor feito pelo Governo

Nunca existiram tão poucos portugueses a trabalhar na agricultura como no último ano. A queda de pessoas empregadas no setor primário agravou-se mesmo no último trimestre de 2013, que teve os valores mais baixos desde que existem registos no Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em resposta enviada à TSF, o Ministério da Agricultura defende que a evolução do emprego no setor caracteriza-se frequentemente por uma diminuição «cíclica» no último trimestre «associada às características da própria atividade».

O gabinete de Assunção Cristas sublinha ainda que menos emprego não significa menos rendimento, como provam alguns números: em 2013 o setor agrícola cresceu 4,8%, em volume; de setembro a novembro as exportações aumentaram 9,3%; e a produtividade do trabalho agrícola cresceu 33,3% entre 2000 e 2013.

O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) diz que os resultados apurados pelo INE são claros e desmentem o discurso de oásis sobre o setor feito pelo Governo. João Dinis considera que a culpa é do Executivo e das políticas que tem seguido, dando como exemplo a carga tributária.

Os dados consultados pela TSF mostram ainda que, para além da agricultura, também a pesca e a indústria perderam trabalhadores no último trimestre (e no último ano). Pelo contrário, o setor dos serviços foi claramente aquele que mais ajudou à quebra da taxa de desemprego.

O regresso às minas, por exemplo, tão falado pelo Governo em 2012, está longe de ter efeitos no emprego. As indústrias extrativas empregaram no último trimestre de 2013 menos 21% das pessoas que em igual período do ano anterior (15.500 pessoas para 13.000).

Nas indústrias transformadoras também existiu uma queda, mas muito ligeira (-2% de população empregada no setor).

A maior descida sentiu-se contudo no setor primário. Os dados consultados permitem perceber que por norma os últimos trimestres de cada ano têm uma queda do emprego neste setor, mas outubro a dezembro de 2013 registou o número mais baixo de sempre de portugueses a trabalhar na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (pelo menos desde que o Instituto Nacional de Estatística faz o inquérito ao emprego que começou em 1998).

A descida foi muito acentuada nos setores associados ao trabalho no campo, que tinham recuperado, pela primeira vez, numa década, postos de trabalho em 2012.

Perto de 401 mil portugueses trabalhavam no final de 2013 nos setores da agricultura, produção animal, caça, floresta. Eram 451 mil em igual período do ano anterior.

Para além do campo, também a pesca e a aquicultura tiveram uma queda acentuada (-17%). No final de 2013, apenas 13.500 portugueses viviam da apanha de peixe.

[url]http://www.ulisboa.pt/wp-content/uploads/Clipping/8fev_agricultura_ISA.pdf[/url] ([url]http://www.ulisboa.pt/wp-content/uploads/Clipping/8fev_agricultura_ISA.pdf[/url])



Portugal têm mais gente a trabalhar na agricultura do que se pensa. trabalham é sem contrato e não entram na estatística.
Produzir em portugal não é fácil, os produtos de tratamento fitofármaco demoram muito a ser homologados o que gera perda de competitividade.um exemplo, sai um produto para determinada praga, em espanha é homologado em 2010, em portugal 3 anos depois, esses 3 anos os espanhois têm uma grande vantagem quer ao nível da produção como também de custo de produção. os governos falam muito na agricultura, mas não entendem nada do assunto e gabinetes e cooperativas apenas se preocupam em segurar tachos e sugar subsídios.
O exemplo mais flagrante é o que se está a passar com os auxiliares, método de produção sem pesticidas e altamente produtivo, em Espanha à 5 anos o governo subsidiou as estufas em almeria com redes e duplas entradas,tecnologia que permite produzir em modo biológico. aqui no algarve as estufas têm o mesmo problema do vírus mediterrânico que levou o governo espanhol a tomar medidas urgentes, fez-se alguma coisa no algarve? é obvio que não,existe gente que já têm as estufas com esse equipamento,os que meteram projecto recentemente, os outros não têm dinheiro para o fazer,logo perdem competitividade com o país vizinho. Os projectos também há muita vigarice, metem faturas de máquinas novas e compram usadas, facturas sobre valorizadas,etc,etc.a fiscalização ao investimento continua a ser muito má. este país sempre foi melhor a roubar do que a produzir, basta ver o que se passou quando abriu o primeiro quadro comunitário, a área agricola que entrou em bruxelas para ter apoio comunitário aos agricultores era 3 vezes superior o território nacional. :D
Quantos aos portugueses não quererem trabalhar na agricultura é mentira. este verão estive numa grande produção agrícola no algarve, eu e a minha mulher estivemos à frente daquilo. é uma vergonha, os patrões são gente da alta, um deles ligado à banca(gerente), só tinham a trabalhar romenos, dá jeito porque não sabem falar a língua e contar o que lá se passa. são escravizados, o sef e act passam a vida a fiscalizar aquilo e apanhar irregularidades, mas ninguém vai preso, pagam a multa e continua tudo na mesma.
Viemos horrorizados com o que encontramos , é indescritível o que lá se passa, fomos ganhar salários altíssimos e não tínhamos como recusar.quando chegamos percebemos porque nos ofereceram aqueles vencimentos, só um hitler tolerava ver o que lá se passa.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-04-06 18:49:33
 este país sempre foi melhor a roubar do que a produzir, basta ver o que se passou quando abriu o primeiro quadro comunitário, a área agricola que entrou em bruxelas para ter apoio comunitário aos agricultores era 3 vezes superior o território nacional.

eh pá ... mas que grande verdade ... infelizmente  :(

Um colega meu fp mesmo na muge ( começou no INGA e agora IFAP ) sacou montes, desde ovelhas, trigo de regadio  :o , etc. etc. em nome dele e dos sogros ( o sogro era camionista de autocarros e passou a agricultor com terras arrendadas) até finalmente transformar o casão em salão de festas e o tanque em piscina, mais charrete para os noivos ... agora só diz-me ... só tenho que contar as cabeças do casório no fim-de-semana e receber a massa.  As terras estão em poisio e as máquinas de rega, ceifeiras, etc. estão podres e enferrujadas... até o monte foi arranjado com massa de turismo rural ... que estava sempre "cheio" sem vagas, para ninguém lá aparecer.

Não foi por acaso que a maior fatia da massa de bruxelas nos anos 90 foi para a agricultura e bem vemos como está e em Beja conhece-se as pessoas pelo carro que têm ... mínimo de status é um cayenne ... o resto é plebe  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2014-04-06 19:41:37


Não foi por acaso que a maior fatia da massa de bruxelas nos anos 90 foi para a agricultura e bem vemos como está e em Beja conhece-se as pessoas pelo carro que têm ... mínimo de status é um cayenne ... o resto é plebe  :D

Geralmente os grandes projectos agrícolas são de gente da alta, com ligações à politica e banca. São sugadores de subsídios, conhecem bem os meandros e sabem como as fazer. A mão de obra é estrangeira, trabalham no verão em estufas como 50 graus, não estão autorizados pelo(a) capataz a fazer pausas para beberem agua. O inem por vezes têm de ser chamado para os socorrer, desmaios, vómitos,etc,etc
Os trabalhadores não querem que se chame o inem, têm medo que sejam apelidados de "fracos" e dispensados do trabalho,uma vez que muitos não têm contrato de trabalho.
Sou português, mas confesso que deve haver pouca gente tão ordinária no mundo ocidental como o nosso povo. vivem de fachada, bons carros, boas casas e ostentam tudo e mais alguma coisa. olham para os imigrantes como fossem mercadoria. um bom trabalho jornalístico era investigar o dia a dia de algumas produções agrícolas no sul, é um verdadeiro filme do holocausto, e olhem que não estou a exagerar.
Há muito empresário agrícola e capataz que o seu lugar era na cadeia.
Apaguei o resto,quando dei conta estava a falar da minha vida pessoal. :)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-04-06 22:52:49
Sim, o sistema está totalmente viciado nos subsídios. O ministério da agricultura é um mero distribuidor e sorvedor de dinheiros públicos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2014-04-07 16:16:50
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Desenvolvimento Rural: Governo apresenta programa incompatível com adaptação às alterações climáticas

SPEA, LPN, Quercus e GEOTA (07-04-2014)

Em reunião do Secretário de Estado da Agricultura com as Organizações não Governamentais de Ambiente, o Governo apresentou a sua proposta de Programa de Desenvolvimento Rural. A estratégia do Governo para o mundo rural ignora as alterações climáticas, insistindo na implementação de um regadio público inviável. O Governo anunciou no entanto um recuo na proposta anterior de financiar plantações de eucaliptos com dinheiro comunitário.

As organizações subscritoras reuniram na passada sexta feira com o Secretário de Estado da Agricultura para discutir a proposta do Governo sobre o Programa de Desenvolvimento Rural. À luz das mais recentes previsões para as alterações climáticas, e considerando que as mesmas vêm apenas confirmar as previsões anteriores, o programa apresentado tem uma estratégia errada e contrária às evidências científicas.

O programa, que delineia o investimento europeu no mundo rural para os próximos 7 anos, não prepara o país para as alterações climáticas mas antes agrava a falta de preparação para os cenários previstos. Neste aspeto, o Programa de Desenvolvimento Rural para 2014-2020 representa mais uma grande oportunidade perdida para Portugal.

O Governo elegeu prioridades para o mundo rural que não fortalecem o país mas, ao invés, o vulnerabilizam ainda mais. A prioridade dada à construção de regadios e ao aproveitamento dos recursos hídricos de açudes em especial nas zonas semiáridas como forma de aumentar a produção agrícola é um erro. Além da crescente má qualidade da água, a quantidade será cada vez menor, com redução dos caudais nos rios e no subsolo e com impactes negativos significativos nas espécies aquáticas autóctones e na proliferação de espécies animais e vegetais exóticas invasoras. A agricultura de regadio é o maior consumidor de água e não internaliza devidamente os custos associados nem os impactes decorrentes. Acresce que o regadio não é uma medida de mitigação das alterações climáticas, contrariamente ao que tem vindo a ser insistentemente defendido pelo Governo podendo mesmo causar degradação irreversível dos solos (salinização e sodização). O apoio dado às culturas de regadio e às culturas intensivas solidifica uma aposta no rumo errado que não prepara o país para as perspetivas de aquecimento e desertificação que estão presentes em todos os relatórios com previsões nacionais e internacionais. Desta forma, perpetua-se o apoio à agricultura com fins meramente lucrativos imediatos em detrimento de uma agricultura extensiva mas sustentável que existe na maioria das nossas áreas rurais.

As organizações presentes na reunião reconhecem no entanto uma melhoria em relação ao documento anteriormente apresentado: o recuo do Governo na sua proposta de financiar a plantação de eucaliptos através do Programa de Desenvolvimento Rural. O Secretário de Estado garantiu nesta reunião com as ONGA que não haverá financiamento para a criação de novas áreas de eucaliptal em Portugal.

No programa apresentado pelo Governo toda a componente de utilização sustentável dos recursos naturais, como as medidas agro e silvo-ambientais, assim como o apoio às áreas da Rede Natura 2000 (que ocupa mais de 20% do território nacional) não está devidamente acautelado, existindo medidas contraditórias, desarticuladas, mal desenhadas ou com níveis de apoio insignificantes. Esta situação agravará a perda de biodiversidade e favorecerá ainda mais o abandono da atividade agrícola e o despovoamento no interior. A medida do Pagamento Natura irá atribuir verbas a agricultores, sem nenhum compromisso de manterem a conservação dos habitats e as espécies existentes (apenas são indicados compromissos muito gerais agronómicos não correspondentes aos serviços prestados). Desta forma, não existe uma discriminação positiva para quem efetivamente protege os habitats e espécies nas suas propriedades.”

As organizações ambientalistas lamentam a escolha da cedência por parte do Governo aos grupos de pressão industriais agrícolas, porque tal terá como consequência a fragilização crescente do país, do mundo rural, da sua biodiversidade, da sua economia e da sua população.
Este programa compromete a preservação dos recursos naturais como a água, o solo e não garante a preservação da biodiversidade e da paisagem. É uma estratégia que decreta a incapacidade de prever, adequar o território e mitigar as alterações climáticas em curso.


Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Thorn Gilts em 2014-04-07 22:15:51
Em Portugal a agricultura só da para nichos. Não temos escala, desde logo devido a constrangimentos de espaço e a falta de organização entre produtores.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: MordomoDoBuffett em 2014-04-07 23:49:00


Não foi por acaso que a maior fatia da massa de bruxelas nos anos 90 foi para a agricultura e bem vemos como está e em Beja conhece-se as pessoas pelo carro que têm ... mínimo de status é um cayenne ... o resto é plebe  :D

Geralmente os grandes projectos agrícolas são de gente da alta, com ligações à politica e banca. São sugadores de subsídios, conhecem bem os meandros e sabem como as fazer. A mão de obra é estrangeira, trabalham no verão em estufas como 50 graus, não estão autorizados pelo(a) capataz a fazer pausas para beberem agua. O inem por vezes têm de ser chamado para os socorrer, desmaios, vómitos,etc,etc
Os trabalhadores não querem que se chame o inem, têm medo que sejam apelidados de "fracos" e dispensados do trabalho,uma vez que muitos não têm contrato de trabalho.
Sou português, mas confesso que deve haver pouca gente tão ordinária no mundo ocidental como o nosso povo. vivem de fachada, bons carros, boas casas e ostentam tudo e mais alguma coisa. olham para os imigrantes como fossem mercadoria. um bom trabalho jornalístico era investigar o dia a dia de algumas produções agrícolas no sul, é um verdadeiro filme do holocausto, e olhem que não estou a exagerar.
Há muito empresário agrícola e capataz que o seu lugar era na cadeia.
Apaguei o resto,quando dei conta estava a falar da minha vida pessoal. :)

Companheiro tem toda a razão e essa e a realidade. E acrescento mais...os italianos em comparação são meninos de coro só que por la aparecem as vezes uns corpos caídos na rua...por aqui são "cozidos" lentamente. País de brandos costumes=music for childrens!!!!
Sem falsas modéstias conheço bem o sítio onde nasci, a sociologia e as "ditas" elites tudo no TERRENO AO VIVO E A CORES.
cumprimentos
bons negocios
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-05-08 11:56:13
Com os novos impostos a única forma de poupar algum é produzir para auto consumo fugindo assim aos impostos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-05-11 23:35:36
A agricultura tá bem e vai continuar ... mas é muito duro e tem carraças e muito calor ... eu prefiro CFD's  no CAC  sempre me vou entretendo :D
A irrigação e o milho no Alqueva tão a bombar à força toda!!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-05-11 23:37:42
A agricultura tá bem e vai continuar ... mas é muito duro e tem carraças e muito calor ... eu prefiro CFD's  no CAC  sempre me vou entretendo :D
A irrigação e o milho no Alqueva tão a bombar à força toda!!

Eh pah, se isso está a dar então tem que se redistribuir a riqueza, que o Alqueva é do povo!

Falo do milho e do resto, eventualmente do lucro. Não disso do trabalho duro, das carraças e do calor, claro.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Storgoff em 2014-05-11 23:44:57
A agricultura tá bem e vai continuar ... mas é muito duro e tem carraças e muito calor ... eu prefiro CFD's  no CAC  sempre me vou entretendo :D
A irrigação e o milho no Alqueva tão a bombar à força toda!!

Eh pah, se isso está a dar então tem que se redistribuir a riqueza, que o Alqueva é do povo!

Falo do milho e do resto, eventualmente do lucro. Não disso do trabalho duro, das carraças e do calor, claro.

É só veneno !!!

 :D :D :D :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-05-11 23:46:33
Porra! 60% de carga fiscal... fonix... levam os subsilos  dos alimões  e filandezes    e ainda querem mais?  (ai se foose novo  :D)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-05-23 21:27:34
hoje como de costume passei por Ponte-de-Sor, Coruche e Vila Franca... ( Vale do Sorraia e Vale do Tejo ) lindo! uma a maravilha tudo a semear milho e arroz!  ganda adrenalina!
inda dizem q a agricultura e tal morreu e o cabaco e a UE .. e tal não vale a pena etc etc. ;D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Kaspov em 2014-05-25 01:34:22
A agricultura tem sempre muito passado, muito presente e muito futuro, porque sem agricultura não se produz comida!...  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-06-18 12:09:16
http://www.cm-fcr.pt/cultura/eventos/Paginas/conferncia-valorizao-azeite-da-beira-interior.aspx (http://www.cm-fcr.pt/cultura/eventos/Paginas/conferncia-valorizao-azeite-da-beira-interior.aspx)


Vai decorrer no dia 19 de Junho a Conferência - Valorização o Azeite da Beira-Interior/ Beira Alta, com início pelas 10h00m, no Pavilhão dos Desportos.

 Objetivos
 - Definir azeite de qualidade;
- Definir os parâmetros de qualidade do azeite;
- Analisar as características do Azeite da Beira - Interior/Beira Alta;
 - Conhecer as oportunidades, as ideias e os recursos.

 O azeite tem um importância fundamental na nutrição humana e é notavelmente valorizado pelas suas características químicas e sensoriais.

 Na Região da Beira-Interior/Beira-Alta existem várias cultivares de oliveira, manifestando aptidões para qualidades distintas de azeite. Nesta região, as cultivares mais representativas são Galega Vulgar que é por vezes substituída pelas cultivares Crrasquenha, Cobrançosa; Carrasquinha e Cornicabra.


 
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-06-18 14:52:05
Na América, na América rural,
ou pelo menos na Nova Inglaterra,
os pequenos produtores agrícolas,
estão eles próprios presentes
nos mercados semi-urbanos
aos fins de semana, tipo
quinta-feira à tarde
ou sexta, até
domingo
às 4 p.m.

Vendem os seus produtos,
bem apresentados, têm
postais e até álbuns
fotográficos das
suas fazendas
ecológicas,

e só regressam
na sexta-feira seguinte.


Acho interessante, uma parte do comércio
local acompanha este sazonalismo  de fim de semana
abrindo e fechando as lojas e coffee houses ao mesmo ritmo.

Os empregados, jovens ou adultos, submetem-se ao mesmo
horário de trabalho, ganham pelo trabalho que prestam.

Recibos, passam-se pouco.
Só a pedido. Mas há dignidade
e qualidade de vida em todos
os produtores, independentes
ou por conta de outros.

A nossa agricultura, os nossos
campos ainda hão de ter este modo
de vida, em que os citadinos vêm até
às aldeias limpíssimas e agradáveis
passar os fins de semana e
animar o comércio local!

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-06-18 15:40:39
A ASAE corria essa gente toda à bastonada. Onde estão as licenças?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-06-18 16:53:37
Esta invenção é bastante boa.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/projeto-para-detetar-arvores-prontas-para-colheita-atraves-de-gps-premiado-na-europa (http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/projeto-para-detetar-arvores-prontas-para-colheita-atraves-de-gps-premiado-na-europa)


Um projeto desenvolvido por um português utiliza o GPS para detetar árvores, como oliveiras ou sobreiros, que estão prontas para a colheita, permitindo ao agricultor ter uma operação mais eficiente, trabalho que foi premiado numa inciiativa europeia.

Manuel Penteado, aluno de mestrado do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa, foi distinguido com o 3.º lugar do prémio europeu Farming by Satellite (agricultura por satélite), promovido pela Agência do GNSS Europeu, responsável pelas atividades de navegação por satélite na Europa.

"Desenvolvemos um estudo de deteção remota para o montado de sobro através do cálculo do índice de vegetação e obtivemos bons resultados na gestão, a partir dessa base [trata-se de] transformar, na prática, como seria para os agricultores a operação da colheita", explicou hoje à agência Lusa Manuel Penteado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-06-18 23:25:29
lol ... eu sou pastor e pela notícia a cena q eles fizeram foi uma aplicação para processar imagens de satélite e identificar montados de sobro olival etc ...  já existe há anos no IFAP ... e é bastante merdoso.
CM no seu melhor...  ;)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-08-13 23:14:24
btw:  o banco de terras da Cristas!  GRUPO! :D

mas o bife da vazia  tá a ser mais bem pago ao produtor!   ;D

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-08-20 14:23:36
No mundo obscuro das cooperativas aqui fica um artigo que mostra como se pode ir para a frente.

http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/adega-reguengos-investe-grande-ataca-exportacao/pag/-1 (http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/adega-reguengos-investe-grande-ataca-exportacao/pag/-1)








Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-03 09:43:47
Um grande passo para a agricultura era a criação de um subsidio para a amêndoa.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-03 10:14:03
Papá, quiero ser agricultor


http://sociedad.elpais.com/sociedad/2014/02/11/actualidad/1392151170_802474.html (http://sociedad.elpais.com/sociedad/2014/02/11/actualidad/1392151170_802474.html)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-09-03 14:12:19
Todos querem.

E o desemprego diminuirá.
Como antigamente, aliás!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-09-03 15:26:58
Um grande passo para a agricultura era a criação de um subsidio para a amêndoa.

um grande passo para a agricultura era acabar com os subsídios
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-09-03 15:33:44
Um grande passo para a agricultura era a criação de um subsidio para a amêndoa.

um grande passo para a agricultura era acabar com os subsídios

Não dês cabo do modus vivendi do Bezanas  ;D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-03 16:02:26
Um grande passo para a agricultura era a criação de um subsidio para a amêndoa.

um grande passo para a agricultura era acabar com os subsídios


Já fui grande defensor do fim do subsídios à agricultura, mas agora vivendo a agricultura em pequena escala sou defensor do aumento dos subsídios à pequena agricultura, com a falta de criação de postos de trabalho na industria e na construção civil, só o aumento dos subsídios levara pequenos agricultores a contratar quem ande a trabalhar ao dia. Com as crises que passa o pais nunca a agricultura em Portugal será viável sem subsídios.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-03 16:35:36
Eu sou a favor de um aumento dos subsídios para a agricultura e quem deve atribuir esses novos subsídios devem ser os municípios, só os municípios conhecem a sua zona, devem também criar -se associações de municípios para internacionalizar os seus produtos.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-09-03 18:36:42
Os postos de trabalho criam-se através da geração de valor acrescentado.

Os portugueses parecem ser os únicos que ainda não perceberam que se quiserem uma agricultura com futuro (e consequentemente um futuro na agricultura) terão de investir na resolução de problemas a montante e a jusante, não na produção subsidiada.

Eu conheço dezenas de esquemas que estão a ser aplicados no sector por esse país fora (e na europa) para sacar dinheiro aos contribuintes. Os municípios e as entidades intermunicipais são dos piores...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-03 18:40:35
Os postos de trabalho criam-se através da geração de valor acrescentado.

Os portugueses parecem ser os únicos que ainda não perceberam que se quiserem uma agricultura com futuro (e consequentemente um futuro na agricultura) terão de investir na resolução de problemas a montante e a jusante, não na produção subsidiada.

Eu conheço dezenas de esquemas que estão a ser aplicados no sector por esse país fora (e na europa) para sacar dinheiro aos contribuintes. Os municípios e as entidades intermunicipais são dos piores...


Neste momento a geração de valor acrescentado não existe em setor nenhum da nossa economia.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-09-03 19:11:49
parece-me uma visão muito limitada do tecido empresarial português

tanto existe que grande parte dessas empresas estão em processo de deslocalização
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-09-03 22:59:03
Um grande passo para a agricultura era a criação de um subsidio para a amêndoa.

um grande passo para a agricultura era acabar com os subsídios


Já fui grande defensor do fim do subsídios à agricultura, mas agora vivendo a agricultura em pequena escala sou defensor do aumento dos subsídios à pequena agricultura, com a falta de criação de postos de trabalho na industria e na construção civil, só o aumento dos subsídios levara pequenos agricultores a contratar quem ande a trabalhar ao dia. Com as crises que passa o pais nunca a agricultura em Portugal será viável sem subsídios.

Nota que para pagares subsídios a alguém, alguém tem que pagar para esses subsídios - isso faz com que pagues para ser pobre, pois pagas a quem não consegue ser viável tirando a quem ainda consegue. O resultado é acabares com AINDA menos actividades viáveis.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-04 10:01:25
No ponto de vista de economistas tudo mexe com números, mas quanto se gasta em setores que não geram valor? Caso de espécies ameaçadas, poluição, parques naturais. O subsidio na agricultura é para ajudar pessoas .
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-09-04 10:06:16
[ ] O subsidio na agricultura é para ajudar pessoas .

Em vias de extinção?

Talvez fosse aconselhável
limitar subsídios a investimentos
com probabilidade de utilidade.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-04 10:11:33
[ ] O subsidio na agricultura é para ajudar pessoas .

Em vias de extinção?

Talvez fosse aconselhável
limitar subsídios a investimentos
com probabilidade de utilidade.

 E são uteis  os subsídios.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-09-04 10:17:24
«Úteis, os subsídios.»

Afirma-lo.
É questionável.

Requerem arte,
não é suficiente ciência.

Não os excluiria, por princípio.
Mas usá-los-ia com prudência.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-09-04 21:05:25
No ponto de vista de economistas tudo mexe com números, mas quanto se gasta em setores que não geram valor? Caso de espécies ameaçadas, poluição, parques naturais. O subsidio na agricultura é para ajudar pessoas .

Sim, mas o efeito final pode ser prejudicar a sociedade toda.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-09-04 23:04:23
é pha cheguei agora do Londonistão e já tão com bocas foleiras...
atão é assim: os subsilos são importantes  (atenção que já tudo practicamente indexado à produção)  porque duas razões:
- segurança alimentar
- e (mais do que ao produtor) estabilidade de preços ao consumidor.

 8)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-09-05 00:40:45
o país continua no bom caminho  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-09-05 02:25:23
é pha cheguei agora do Londonistão e já tão com bocas foleiras...
atão é assim: os subsilos são importantes  (atenção que já tudo practicamente indexado à produção)  porque duas razões:
- segurança alimentar
- e (mais do que ao produtor) estabilidade de preços ao consumidor.

 8)

Todas as formas de obter benesses do Estado possuem sempre bons motivos. É mesmo assim que são apresentadas, não há nada, por mais absurdo que seja, que não tenha bons motivos. Até o Siresp e os submarinos. Ou o Manoel de Oliveira.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-09-05 08:44:20
é pha cheguei agora do Londonistão e já tão com bocas foleiras...
atão é assim: os subsilos são importantes  (atenção que já tudo practicamente indexado à produção)  porque duas razões:
- segurança alimentar
- e (mais do que ao produtor) estabilidade de preços ao consumidor.


 8)

Tretas
- segurança alimentar
haverá  segurança alimentar quando os técnicos levantarem o cu das cadeiras dos gabinetes e irem para o terreno acompanhar os trabalhos agrícolas, para aconselhar e principalmente para controlarem a aplicação dos pesticidas e medicamentos veterinários para não sermos constantemente envenenados por eles.

- e (mais do que ao produtor) estabilidade de preços ao consumidor.

Isso faz-se com o controle da cadeia comercial e com cooperativas a agregar os agricultores.

Agora não podemos é deixar de fazer uma revolução agrária de fundo, com o banco de terras a sério, impostos para quem deixar campos para pasto das chamas e cursos práticos para jovens agricultores e o dinheiro dos subsídios serem utilizados para o arranque dessas novas explorações e controle da cadeia comercial.

A terra para quem a trabalha  ;D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-05 15:09:27
Encontrei no tópico das commodities o preço do kg de amêndoa na India.

1 kg almonds has gone up by Rs 200

quanto é que valem em euros 200 rupias?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-05 15:18:08
fiz as contas e 200 rupias indianas são 2.53 euros.



O kg da amêndoa chegou a atingir 2,53 euros.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-05 18:06:29
O futuro dos frutos secos é enorme.

http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds (http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds)





Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-05 18:26:27
Este artigo está também interessante mas não é sobre amêndoas mas sim sobre alimentos no Japão.

http://www3.jma.or.jp/foodex/en/sc/buyer07.html (http://www3.jma.or.jp/foodex/en/sc/buyer07.html)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mibusiness em 2014-09-05 18:27:24
O futuro dos frutos secos é enorme.

[url]http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds[/url] ([url]http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds[/url])


é sim mas para isso é preciso ter dezenas de ha e com tudo mecanizado
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-09-05 18:28:24
A JBSS é um papel líder na área, nos EUA:
 
http://finance.yahoo.com/q?s=jbss&ql=1 (http://finance.yahoo.com/q?s=jbss&ql=1)
 
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-05 18:29:30
O futuro dos frutos secos é enorme.

[url]http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds[/url] ([url]http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds[/url])


é sim mas para isso é preciso ter dezenas de ha e com tudo mecanizado



Não é nada aqui um negociante comprou toneladas a 20 cêntimos por quilo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mibusiness em 2014-09-05 18:41:32
O futuro dos frutos secos é enorme.

[url]http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds[/url] ([url]http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds[/url])


é sim mas para isso é preciso ter dezenas de ha e com tudo mecanizado



Não é nada aqui um negociante comprou toneladas a 20 cêntimos por quilo.


na percebi a relação. para ser rentável é preciso estar tudo mecanizado com fertirega e tudo e assim só com muito terreno e pomares jovens
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-05 18:42:01
assim está a nossa Califórnia.



http://www.cafeportugal.pt/pages/noticias_artigo.aspx?id=4650 (http://www.cafeportugal.pt/pages/noticias_artigo.aspx?id=4650)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-05 18:58:12
Isto é que perigoso com a China.


http://www.brandchannel.com/home/post/Almond-Naming-China-031413.aspx (http://www.brandchannel.com/home/post/Almond-Naming-China-031413.aspx)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-05 19:37:57
Afinal vale a pena ter os subsídios porque é uma forma de resistir.

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia43334.aspx (http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia43334.aspx)


só falta vender na asia.

Mas foram os americanos que abriram o mercado.

PS : não li o artigo todo mas podem existir pessoas que se aproveitam dos subsídios mas existem outros que não.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-09-05 21:32:47
O futuro dos frutos secos é enorme.

Incluindo o amendoim?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Æ em 2014-09-06 02:15:39
Ha pessoal a safar-se lindamente a semear frutos vermelhos no alentejo, mirtilos, framboesas, etc.
90% da producao é exportada e vendida e ainda querem mais. Alemaes, holandeses, filandeses suiços, etc.
Foi uma aposta brutal e do que oiço ainda ha espaço e apoios. Nao sei os valores anuais de vendas a nivel nacional mas é um excelente mercado, a producao é garantida na maior parte das vezes porque esta qualidade de frutos é extremamente resistente
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Æ em 2014-09-06 02:25:28
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2013-11-08-produtor-alentejano-espera-ter-100-toneladas-de-mirtilos-em-5-anos (http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2013-11-08-produtor-alentejano-espera-ter-100-toneladas-de-mirtilos-em-5-anos)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Æ em 2014-09-06 02:27:33
Www.Mirtisul.com (http://Www.Mirtisul.com)


COLHEITA

A apanha dos frutos decorre de Maio até início de Julho. A colheita é feita manualmente e em várias fases de modo a que os frutos sejam colhidos no ponto óptimo de maturação. Os frutos são colhidos directamente para as cuvetes minimizando a sua manipulação e garantindo todas as condições de higiene e segurança alimentar.

As produções médias anuais são:
mirtilos : 180 toneladas
groselhas : 2 toneladas
amoras : 2 toneladas
ACONDICIONAMENTO

O acondicionamento da nossa fruta é feito de acordo com as necessidades do cliente, que pode optar por cuvetes, caixas e etiquetas com diferentes formatos, tamanhos e cores.
A fruta é apanhada de manhã, é processada à tarde e/ou à noite a fim de diminuir o tempo da estadia nas nossas câmaras de frio.


VENDAS

Vendemos no mercado nacional e internacional. De momento, 90 % da nossa produção está destinada para a exportação. Encontramo-nos idealmente situados geograficamente a fim de assegurar uma distribuição eficaz seja no Portugal que no estrangeiro.
Temos parceria comercial com a empresa "Specialfruit" na Bélgica.

CERTIFICAÇÕES

Possuímos as certificações:
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Æ em 2014-09-06 02:50:02
O futuro dos frutos secos é enorme.

[url]http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds[/url] ([url]http://www.asiamattersforamerica.org/asia/asia-goes-nuts-for-california-almonds[/url])


Vanilla, se nao queres produzir mas apenas vender, tens muitas opcoes no site alibaba.com.
Esses amendoins etc vende-se la tudo.

Por exemplo, um individuo da margem sul teve uma excelente ideia em vender suplementos alimentares em bulk.
Googla Iswari
https://pt.iswari.net/superalimentos-organicos/Home (https://pt.iswari.net/superalimentos-organicos/Home)

O pessoal das pills e frascos ficaram furiosos. Ha tempos uma sipirulina hawaiana custava 25eur por 70 capsulas, cerca de 35 gramas de produto liquido, e hoje vendem 150gr em bulk por 10 euros. O stok nAs prateleiras voa.


As vendas sao excelentes e a estrutura é baixa.

Este é outro exemplo
http://www.biosamara.pt/ (http://www.biosamara.pt/)


Pequena estrutura, embalagens baratas mas com algum design, etc.
Aqui a aposta, uma vez que as margens sao boas, seria oferecer mais produto que a competicao.
Uma outra coisa a favor nestes negocios é puxar pelos estudos medicos e trials falando dos beneficios para a saude. ( hey eles existem so..) juntamente com o produto. Para marketing é do melhor e é de borla. As pessoas hoje estao viradas para o anti aging, melhoria da saude, bem estar etc.
nunca se vendeu tanto suplemento como hoje. A outra vantagem aqui é que podes comecar devagar e pequenino. Se arranjas um distribuidor grande tipo celeiro ou brio, estas lançado. Se arriscares nos hipermercados, es todo espremido mas em escala tambem dá para viver e nao sobreviver.
Tens tudo no alibaba, pedras para bijuteria, ate cabeleiras com pelo de cao, /sarc.

Escolhe o teu segmento, publico alvo, é algo que as pessoas precisam mesmo? Consegues um preco bom? Ou é algo que nao precisam mas que promove bem-estar? Em ambos os casos tens procura.
Dá sempre preferencia a algo que nao precise de grande estrutura, pelo menos de inicio.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Æ em 2014-09-06 03:02:38
Por exemplo em portugal penso ainda nao haver fornecedor de glow stones. Ou ate ha uns tempos nao havia.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Æ em 2014-09-06 03:06:54
Ocorrem-me SPA's, particulares, vivendas, obras publicas, floreiras, piscinas, passeios, muros, muretes, é nicho mas ha mercado
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-09-06 14:56:43
 :'( tristeza... uma thread about agricultura transformada num monte de paneleirices  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mibusiness em 2014-09-06 20:09:09
nos mirtilos vai haver excesso de oferta, demasiados agricultores vão entrar em produção nos próximos anos
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-09-06 20:56:26
faz me lembrar os kiwis  :D  ( na tou a mandar abaixo... tudo na agricultura é difícil) .
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-09-07 01:45:19
:'( tristeza... uma thread about agricultura transformada num monte de paneleirices  :D

ditto
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Kaspov em 2014-09-07 02:28:08
Os mirtilos sabem bem e são saudáveis, tal como as amoras e framboesas (são é um bocado caros)...  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Æ em 2014-09-07 03:39:06
Os mirtilos sabem bem e são saudáveis, tal como as amoras e framboesas (são é um bocado caros)...  :D

Nao creio. Ja foram. La fora eram baratos e em portugal eram quase proibitivos. 100 gramas de mirtilos eram 4,5euros. Hoje compram-se 250gr por 1.8eur e biologicos de elevada qualidade num supermercado biologico.
Amora nao compro porque nao aprecio

Nao sei porque se fala nos kiwis, o belmiro entrou no negocio de larga producao e safou-se bem no mercado externo e nacional.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Æ em 2014-09-07 03:41:30
:'( tristeza... uma thread about agricultura transformada num monte de paneleirices  :D

É uma opiniao e é respeitada. No prob com isso.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Æ em 2014-09-07 03:45:48
nos mirtilos vai haver excesso de oferta, demasiados agricultores vão entrar em produção nos próximos anos

As margens vao ser expremidas certamente, mas ha mercado. Cá e la fora. O mirtilo portugues é excelente e apreciado la fora. O clima ajuda. Europa, eua, china, para mercados de frescos e congelados.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-07 11:16:34
È difícil competir com a california.



https://www.youtube.com/watch?v=DtJQcUIx9RI (https://www.youtube.com/watch?v=DtJQcUIx9RI)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-09-07 15:09:58
O que é preciso é ter idéias inovadoras para criar nichos de mercado  ;D

http://www.cmjornal.xl.pt/insolitos/detalhe/ninguem_resiste_a_melancia_em_forma_de_nadegas.html (http://www.cmjornal.xl.pt/insolitos/detalhe/ninguem_resiste_a_melancia_em_forma_de_nadegas.html)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Kaspov em 2014-09-07 17:27:10
Uma melancia com um formato curioso, sem dúvida... mas ainda assim acho que um bom melão ou meloa não fica nada atrás (dentro da mesma família das Cucurbitáceas)...   :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-12 19:17:12
Esta é para o Algarve.

http://www.algarve123.com/pt/Artigos/2-2624/Reindustrializar_com_Alfarroba (http://www.algarve123.com/pt/Artigos/2-2624/Reindustrializar_com_Alfarroba)

Manuel Caetano
Reindustrializar com Alfarroba
Os apoios comunitários que o Algarve vai receber entre 2014 e 2020 (238M€ FEDER + 85 M€ FSE), cerca de 330 milhões de euros, são a última oportunidade que a região tem para se reindustrializar e diminuir a dependência económica no turismo e serviços. Deve apostar-se na transformação dos produtos locais, das matérias-primas endógenas: figo, amêndoa e sobretudo alfarroba – a mais sustentável de todas. É a opinião de Manuel Caetano, 77 anos, dirigente associativo, conhecido de todos por “Mr. Alfarroba”, dado que tem divulgado os seus vastos conhecimentos deste sector um pouco por todo o mundo. Em conversa com o nosso jornal, revela-nos o projecto para uma fábrica de bioetanol de alfarroba, com instalações divididas entre Loulé e Sines, entre outras ideias para os frutos de casca rija do Algarve.
Share on emailShare on printShare on twitterShare on facebookShare on myspaceShare on favorites|More Sharing ServicesMoreBruno Filipe Pires, Edição 813 (20 Fev 2014), Sem Comentários »
“Precisamos de criar meios de valorização para os recursos endógenos da região do Algarve – o figo, a amêndoa e a alfarroba. Neste momento, só este último é sustentável. Os outros estão mais ou menos perdidos por erros graves da administração pública ao longo dos anos”, diz Manuel Caetano, que aponta também o abandono dos pomares e o desinteresse que levou a uma perda no “DNA de quem sabia trabalhar a terra”.

“Chegamos a exportar para os EUA, nos anos 1960/70, pasta de figo, na ordem das 1000 toneladas de cada vez, por mar. Perdemos esse negócio a favor da Turquia”.

“Fomos os primeiros exportar miolo de amêndoa pelado e fatiado para a Bélgica e Inglaterra. O preço desse produto valia cerca de 5 por cento mais que a concorrência, por exemplo, de Alicante, porque tinham um sabor especial. Chamava-se o miolo de Faro, que tinha 7 por cento de amargo. Dava um toque de qualidade que diferenciava”, conta.

Contudo, a Direcção geral de Agricultura “passou a ter preocupações com outros produtos que não os endógenos. Quando aquilo que é nosso, que é endógeno e quando o DNA que existe é perdido, tudo se perde. Aconteceu também isso no mar. Nós tínhamos uma coisa que era a frota do cabo branco. Fazia 23 dias de mar, abastecia-se Portugal e exportava-se mais de 30 por cento do peixe capturado. Hoje, importamos mais de 50 por cento do peixe que consumimos”, lembra.

O problema dos recursos endógenos e do que aconteceu a Portugal, diz-se que foi imposto pela Europa. Cateano discorda com essa ideia. “Quando nos impõem algo, ou aceitamos, ou não aceitamos, não é assim?”

“O que a Europa teve foi uma obsessão pelos serviços. E tudo o que tinha a ver com a transformação passou para segundo-plano. Recordo-me que há uns anos no NERA fizemos um estudo para tentar perceber a matriz económica da região. Encontrámos uma economia de 50 por cento de turismo e serviços”. Na altura, era Cavaco Silva primeiro-ministro (1985 – 1995).

“Nada se fez. Nenhum esforço para mudar esse paradigma. O ano passado, repetimos o mesmo trabalho e passámos para um problema ainda maior, com 78 por cento de serviços e turismo!”

“Agora, felizmente, temos de facto condições para tentar recuperar e temos uma CCDR/Algarve que está a fazer um trabalho muito sério na área dos produtos regionais e que está sensível para a reindustrialização do Algarve”, opina.

Caetano é vice-presidente da AIDA, uma associação que junta vários profissionais da alfarroba, desde o agricultor às grandes marcas da indústria alimentar. Tem 600 sócios, em conjunto com o AGRUPA, a Organização de Produtores de Frutos de Casca Rija e Alfarroba.

“A filosofia da AIDA é que todos ganhem dinheiro. O sector é transparente em política de preços e portanto, sustentável. Neste momento, o agricultor tem de ganhar um mínimo de 6 euros por 15 quilos de alfarroba”, exemplifica.

Entre 1995 e 2005, esta associação geriu um projecto europeu que permitiu plantar “2 milhões de árvores no Algarve. Depois disso, já se plantaram mais meio milhão de árvores”.

“As árvores que foram plantadas são adultas aos 20 anos de idade, produzindo uma média de 45kg de alfarroba por árvore. Agora, multiplique isso por 2,5 milhões de árvores. A nossa produção actual ronda as 70 mil toneladas anuais. As necessidades do mercado consomem 35 mil toneladas anuais. Portanto, já estamos preparados para produzir bioetanol com os excedentes.”

Um dos grandes planos na calha é a construção de uma fábrica de bioetanol de alfarroba com instalações divididas entre Loulé e a refinaria de Sines, que consumirá uma média de 40 mil toneladas/ ano de alfarroba. Está orçada em 1 milhão e meio de euros.

“Portugal tem um problema complicadíssimo. Há uma lei comunitária que obriga a que se misture na gasolina uma percentagem de álcool, isto é, bioetanol. Já este ano passado tivemos problemas por não estarmos a cumprir, simplesmente, porque não temos produção de bioetanol no país. E importar do Brasil ou dos EUA é caro”, diz Caetano.

Para Caetano, que começou a trabalhar no sector aos 18 anos, o mundo industrial tem um grande apetite por este fruto. O fast food, por exemplo, absorve 1 milhão de hidrocoloides por ano, sendo 12 000 toneladas (1,2 por cento) de alfarroba, quase a totalidade da produção mundial. A goma de alfarroba tem aplicações para além da indústria alimentar. Por exemplo, na cosmética e no armamento, servindo para aglutinar cargas explosivas de TNT.

Árvore bíblica, a alfarrobeira é originária da Arménia. A mais antiga do país está na zona de Tenência, Castro Marim, num terreno privado.

“O Japão importava contentores de goma de alfarroba, pois são quem mais consome gelados no mundo. Estima-se em 150 kg de gelado/habitante por ano. Compravam a goma algarvia, tínhamos a qualidade que eles queriam. Isso já não acontece porque a goma é hoje fabricada em Valência…” numa fábrica que saiu do Algarve em 2010. Na realidade, das 3 fábricas que processavam a semente de alfarroba em Faro, apenas resta uma.

“Os produtos mais avançados resultantes da transformação da alfarroba, estão a ter uma saída impressionante. O Penitol e o DC Inositol são moléculas que se extraem da polpa da alfarroba e que tem a propriedade de reduzir os coágulos no útero da mulher que muitas vezes a tornam inférteis. Isto está a ser desenvolvido nos EUA ao preço de 500 dólares por quilo.”

“As alfarrobas saem de Portugal vão a Dresden para tirar os açúcares e fazer a clarificação. Depois vão para Málaga onde se fabrica o Penitol e DC Inositol, num laboratório completamente sofisticado feito pela Mitsubishi que faz um produto de elevadíssimo valor acrescentado. Só tem dois trabalhadores, o proprietário e o filho. Depois, só existe outro laboratório no mundo a fazer isto, na Coreia do Sul que trabalha com alfarrobas da Austrália…”

Tais produtos de alto valor acrescentado poderiam ser feitos no Algarve. “Não é mais possível fazer uma industrialização à moda antiga. É preciso inovação tecnológica, com suporte universitário.”

Caetano fala ainda de outros projectos “estratégicos” na calha, para os frutos de casca rija, como uma unidade de produção de “turron” de amêndoa – produto específico para a gelataria – em São Brás de Alportel, no valor de 3 milhões de euros. “Em Jijona, um município da Espanha na província de Alicante, há 23 fábricas deste produto. Eles apanham a amêndoa em Agosto, têm uma variedade que é a Marcona, que é misturada com amêndoas importadas dos EUA a um preço baixíssimo. Durante o verão, o “turron” é usado para fazer gelados até à zona de Cadiz”.

Caetano é há 10 anos responsável por um projecto das Nações Unidas em Marrocos – a plantação de alfarroba para travar o avanço do deserto para norte. Numa zona onde chovem 250 ml por ano, foram plantadas 1 milhão de árvores.

Finalmente, há também projectos de turismo rural e na natureza ao abrigo do próximo quadro comunitário, que envolvem a alfarrobeira. “Esta é uma árvore amiga do ambiente, que ajuda a reduzir a quantidade de carbono na atmosfera, melhorando a qualidade do ar. O carbono zero também pode ser uma marca turística”, conclui.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-09-12 22:56:22
bioetanol.... um dos  nec plus ultra da estupidez  humana!!!  ( o Al Gore deve discordar de mim  :D )   tirando a cana do Brasil and stuff.
Excepto os nichos de mercados  exóticos e da moda kiwis amoras and shit (  :D) , o farming é basicamente como as utilities.. mercados maduros e com periodos de amortizacões tipo 30 anos ou mais...etc.  Como não há free meals; os subsídios à produção são essencialmente  uma forma do Estado (EU) controlar a produção.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Arte_Sacra em 2014-09-15 00:20:52
Listagem de pagamento semestral (2012) relativa aos subsídios, subvenções, bonificações, ajudas e incentivos agrícolas, atribuídos a pessoas singulares ou coletivas.

A esmagadora maioria é para NÃO produzir.

Enquanto continuarmos assim, não há retomas possíveis.


ver:

http://dre.pt/pdf2sdip/2013/07/135000000/2229922433.pdf (http://dre.pt/pdf2sdip/2013/07/135000000/2229922433.pdf)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-15 10:58:40
Telefonei aa esta empresa.

http://www.tuugo.pt/Companies/pabi-euroamendoa/0240003268124# (http://www.tuugo.pt/Companies/pabi-euroamendoa/0240003268124#)!

e disseram que pagavam a 0.8 a 90 cêntimos o kilo dependente do rendimento.

Isto é rebentar com o agricultor
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-09-15 11:13:48
se achas que é barato porque não concorres com a empresa e pagas mais aos agricultores?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-15 11:20:25
se achas que é barato porque não concorres com a empresa e pagas mais aos agricultores?


Isto é como na negociação de ações um põe um preço de compra e se existirem vendedores é difícil subir a parada, mas a amêndoa é um produto que não se degrada e pode -se esperar por melhores preços, para ajudar os agricultores, neste momento, é dizer não vendam.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-09-15 11:36:17
tens a certeza do que estás a dizer?

o preço da amêndoa nos mercados de produção praticamente não varia ao longo da campanha

e nos mercados de abastecimento varia em função da importação de amêndoa da califórnia
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-15 12:21:01
É de esperar, e se chegarem os contentores com amêndoa. Existiu um mau trade.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Gugu em 2014-09-15 12:33:08
Será fácil ser Agricultor ?

"Começa por ser uma profissão rodeada de incertezas, cuja redução está geralmente fora do poder de quem as enfrenta. São os preços dos produtos agrícolas e os custos dos factores de produção que evoluem erraticamente, muitas vezes inexplicavelmente, e, quase sempre, em desacordo com os nossos interesses. É o tempo caprichoso que nos dá chuva quando queremos sol, e sol quando pedimos chuva; que nos dá frio e geada, que mata e queima a flor da nossa fruta e das nossas searas, ou calor que escalda as nossas uvas; são as doenças, as pragas e os incêndios que nos queimam a esperança quando menos esperamos; é a política que muda como o vento que nos destrói as estufas."
"Ser agricultor é, muitas vezes, resistir. Resistir às adversidades, mais frequentes e maiores do que na maioria das outras profissões. É saber controlar as emoções, quando as culturas se perdem ou morrem os animais, depois de meses, e até anos, de trabalho e de dedicação. É saber como passar noites sem vontade de dormir, como aguentar a burocracia desesperante. Saber como, muitas vezes sem dinheiro, pagar impostos, seguros, salários, segurança social e contas de todo o tipo."
"Ser agricultor hoje, é também ser profissional; ter vontade de aprender; saber biologia, zoologia, química, mecânica, economia e gestão; é saber outras línguas, informática, ler, estudar, informar-se, associar-se, viajar, ser curioso, relacionar-se, saber vender e saber comprar."
"Ser agricultor é também vocação e sorte. É escolher uma profissão que dá sentido à vida, que dá prazer, liberdade e independência. Nem sempre independência financeira, mas, quase sempre independência de carácter."

Autor: Armando Sevinate Pinto
Engenheiro agrónomo (ISA)

Fonte: (Jornal Publico) http://www.publico.pt/n1659961 (http://www.publico.pt/n1659961)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-09-15 13:06:21
Seja fácil ou difícil lavrar a terra,
o inegável é haver migração
de gentes de vilas e cidades
para o campo.

Também, incontroverso será
que trabalhar irá equivaler
mais actividade na agricultura
e na indústria, e não simplesmente
na hotelaria e restauração!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-15 14:31:25
Um fruto que perdemos foi o figo.


http://www.agbase.com/market/fruit/fig/dried (http://www.agbase.com/market/fruit/fig/dried)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-15 15:38:34
Aqui está na Wallmart


http://www.walmart.com/ip/Sun-Maid-California-Mission-Figs-7-oz/12166534 (http://www.walmart.com/ip/Sun-Maid-California-Mission-Figs-7-oz/12166534)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-09-15 18:38:38
em compensação ainda temos muito nabo...  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-16 12:55:30
Eu não sirvo para patrão contratei um rapaz para me ajudar a limpar as amendoeiras com o motosserra que eu não sei mexer, ele zumba limpou as amendoeiras, mas algumas tinham amêndoas e eu andei apanhar com os toldos, e ele carregava os sacos e obrigava -me a puxar por eles, e depois disse fica aqui apanhar amêndoa e ele voltou a cortar as galhas das amendoeiras.
Depois para pagar teve que ser a minha mãe a negociar eu dava vinte mas ela deu dez por 3 horas.
Não sei nada.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-09-16 14:31:53
há uma grande diferença entre não saber e não aprender
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-16 14:52:24
há uma grande diferença entre não saber e não aprender


mas existe um fealing que certas pessoas têm em saber quanto  outra precisa. e eu não o tenho por enquanto.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-09-16 19:17:20
Eu não sirvo para patrão contratei um rapaz para me ajudar a limpar as amendoeiras com o motosserra que eu não sei mexer, ele zumba limpou as amendoeiras, mas algumas tinham amêndoas e eu andei apanhar com os toldos, e ele carregava os sacos e obrigava -me a puxar por eles, e depois disse fica aqui apanhar amêndoa e ele voltou a cortar as galhas das amendoeiras.
Depois para pagar teve que ser a minha mãe a negociar eu dava vinte mas ela deu dez por 3 horas.
Não sei nada.

Cortar ramos de amendoeiras nesta altura é um crime ... é matar a árvore.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-16 19:30:20
Eu não sirvo para patrão contratei um rapaz para me ajudar a limpar as amendoeiras com o motosserra que eu não sei mexer, ele zumba limpou as amendoeiras, mas algumas tinham amêndoas e eu andei apanhar com os toldos, e ele carregava os sacos e obrigava -me a puxar por eles, e depois disse fica aqui apanhar amêndoa e ele voltou a cortar as galhas das amendoeiras.
Depois para pagar teve que ser a minha mãe a negociar eu dava vinte mas ela deu dez por 3 horas.
Não sei nada.

Cortar ramos de amendoeiras nesta altura é um crime ... é matar a árvore.

Porquê?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-09-16 19:49:39
Eu não sirvo para patrão contratei um rapaz para me ajudar a limpar as amendoeiras com o motosserra que eu não sei mexer, ele zumba limpou as amendoeiras, mas algumas tinham amêndoas e eu andei apanhar com os toldos, e ele carregava os sacos e obrigava -me a puxar por eles, e depois disse fica aqui apanhar amêndoa e ele voltou a cortar as galhas das amendoeiras.
Depois para pagar teve que ser a minha mãe a negociar eu dava vinte mas ela deu dez por 3 horas.
Não sei nada.

Cortar ramos de amendoeiras nesta altura é um crime ... é matar a árvore.

Porquê?

As árvores prunóideas devem ser podadas no inverno, Dezembro/Janeiro, em repouso vegetativo, quer dizer em estado de dormencia, após a frutificação e queda das folhas.
Nesta altura do ano e do ciclo vegetativo, antes da dormência, ela está ainda em plena actividade fotossintética para armazenar açucares de modo a ter alimento suficiente para poder iniciar o seu ciclo na próxima primavera.
As seivas ainda circulam bastante, o que também originam dificuldade na cicratização dos cortes.
Portanto estás a enfraquecer as árvores, a sujeitá-las mais a doenças devido à dificuldade de cicratização das feridas ( espero ao menos que as tenhas pincelado com uma pasta cicatrizante fungicida à base de cobre (oxicloreto de cobre) e a tirar anos de vida à arvore.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mancha em 2014-09-16 20:06:13
Eu não sirvo para patrão contratei um rapaz para me ajudar a limpar as amendoeiras com o motosserra que eu não sei mexer, ele zumba limpou as amendoeiras, mas algumas tinham amêndoas e eu andei apanhar com os toldos, e ele carregava os sacos e obrigava -me a puxar por eles, e depois disse fica aqui apanhar amêndoa e ele voltou a cortar as galhas das amendoeiras.
Depois para pagar teve que ser a minha mãe a negociar eu dava vinte mas ela deu dez por 3 horas.
Não sei nada.

Cortar ramos de amendoeiras nesta altura é um crime ... é matar a árvore.

Porquê?

As árvores prunóideas devem ser podadas no inverno, Dezembro/Janeiro, em repouso vegetativo, quer dizer em estado de dormencia, após a frutificação e queda das folhas.
Nesta altura do ano e do ciclo vegetativo, antes da dormência, ela está ainda em plena actividade fotossintética para armazenar açucares de modo a ter alimento suficiente para poder iniciar o seu ciclo na próxima primavera.
As seivas ainda circulam bastante, o que também originam dificuldade na cicratização dos cortes.
Portanto estás a enfraquecer as árvores, a sujeitá-las mais a doenças devido à dificuldade de cicratização das feridas ( espero ao menos que as tenhas pincelado com uma pasta cicatrizante fungicida à base de cobre (oxicloreto de cobre) e a tirar anos de vida à arvore.

Dezembro Janeiro existe muito frio o que também pode queimar, gosto mais de Fevereiro  ;) embora não tenha amendoeiras.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mibusiness em 2014-09-16 20:39:38
Eu não sirvo para patrão contratei um rapaz para me ajudar a limpar as amendoeiras com o motosserra que eu não sei mexer, ele zumba limpou as amendoeiras, mas algumas tinham amêndoas e eu andei apanhar com os toldos, e ele carregava os sacos e obrigava -me a puxar por eles, e depois disse fica aqui apanhar amêndoa e ele voltou a cortar as galhas das amendoeiras.
Depois para pagar teve que ser a minha mãe a negociar eu dava vinte mas ela deu dez por 3 horas.
Não sei nada.

Cortar ramos de amendoeiras nesta altura é um crime ... é matar a árvore.

Porquê?

As árvores prunóideas devem ser podadas no inverno, Dezembro/Janeiro, em repouso vegetativo, quer dizer em estado de dormencia, após a frutificação e queda das folhas.
Nesta altura do ano e do ciclo vegetativo, antes da dormência, ela está ainda em plena actividade fotossintética para armazenar açucares de modo a ter alimento suficiente para poder iniciar o seu ciclo na próxima primavera.
As seivas ainda circulam bastante, o que também originam dificuldade na cicratização dos cortes.
Portanto estás a enfraquecer as árvores, a sujeitá-las mais a doenças devido à dificuldade de cicratização das feridas ( espero ao menos que as tenhas pincelado com uma pasta cicatrizante fungicida à base de cobre (oxicloreto de cobre) e a tirar anos de vida à arvore.

jeab na parte da cicatrização, a poda em verde favorece-a, foi o que aprendi
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-09-17 10:08:10
Eu não sirvo para patrão contratei um rapaz para me ajudar a limpar as amendoeiras com o motosserra que eu não sei mexer, ele zumba limpou as amendoeiras, mas algumas tinham amêndoas e eu andei apanhar com os toldos, e ele carregava os sacos e obrigava -me a puxar por eles, e depois disse fica aqui apanhar amêndoa e ele voltou a cortar as galhas das amendoeiras.
Depois para pagar teve que ser a minha mãe a negociar eu dava vinte mas ela deu dez por 3 horas.
Não sei nada.

Cortar ramos de amendoeiras nesta altura é um crime ... é matar a árvore.

Porquê?

As árvores prunóideas devem ser podadas no inverno, Dezembro/Janeiro, em repouso vegetativo, quer dizer em estado de dormencia, após a frutificação e queda das folhas.
Nesta altura do ano e do ciclo vegetativo, antes da dormência, ela está ainda em plena actividade fotossintética para armazenar açucares de modo a ter alimento suficiente para poder iniciar o seu ciclo na próxima primavera.
As seivas ainda circulam bastante, o que também originam dificuldade na cicratização dos cortes.
Portanto estás a enfraquecer as árvores, a sujeitá-las mais a doenças devido à dificuldade de cicratização das feridas ( espero ao menos que as tenhas pincelado com uma pasta cicatrizante fungicida à base de cobre (oxicloreto de cobre) e a tirar anos de vida à arvore.

jeab na parte da cicatrização, a poda em verde favorece-a, foi o que aprendi

Se há novos conhecimentos, desconheço. O que aprendi em Agronomia e o que fiz na prática durante muitos anos numa exploração de 80 Ha de prunóideas foi o que descrevi. E a média de vida dos pessegueiros que lá tive foi de 16 anos até começar a decrescer a produção e se arrancar o pomar para renovação.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-17 16:04:55
Jeab tem chovido e deu boa lenha para passar o inverno, a lenha de amendoeira ficou cheia de resina.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-17 16:25:36
Tive a pesquisar utilidades da resina de amêndoa e esta é linda na joalharia.

https://www.google.pt/search?q=jewellery+almond+resin&biw=1366&bih=768&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=XKcZVJOBGMySyATmv4GgDA&ved=0CHQQsAQ (https://www.google.pt/search?q=jewellery+almond+resin&biw=1366&bih=768&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=XKcZVJOBGMySyATmv4GgDA&ved=0CHQQsAQ)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-17 16:42:29
Aqui está um vídeo criativo de como fazer joias com resina de amêndoa, pode ser que venha uma geração mis ecológica do que esta de tatuagens.

How to make molded resin jewelry (http://www.youtube.com/watch?v=ZiWPNiRxOo4#noexternalembed)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-18 09:22:06
Estive a pesquisar e dia 29 é um grande evento para o interior para o mundo, a televisão podia fazer uma festa ao vivo para a fixação do preço da amêndoa para o mundo.


http://www.cm-fozcoa.pt/index.php/o-concelho/patrimonio-natural/amendoeiras (http://www.cm-fozcoa.pt/index.php/o-concelho/patrimonio-natural/amendoeiras)


É em Vila Nova de Foz Côa, no Largo do Tablado e na Feira de S. Miguel (em 29 de Setembro), que funciona a "Bolsa da Amêndoa", onde se formam os preços (com ou sem casca) que vigoram em todo o País e chegam a influenciar os mercados mediterrânicos
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-18 09:33:22
Deve ser giro fixar o preço de algo, deve ser muito engraçado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2014-09-18 09:39:09
"Capital da amêndoa" é o Algarve.

Afinal não, até são Trás-os-Montes. Mas têm um peso diminuto na produção europeia.
http://www.observatorioagricola.pt/item.asp?id_item=134 (http://www.observatorioagricola.pt/item.asp?id_item=134)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-18 09:46:36
deve ser deste estilo


Beef Shorthorn Sale at Stirling February 4th 2014 (Breed record price 17,000 gns - av £5457) (http://www.youtube.com/watch?v=CPGv1StYbm0#ws)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-09-18 15:51:58
Não queria ser chato sobre a amêndoa, mas este fruto está em grande e parece que dedicar -se à cultura dele dá bom resultado.

http://www.lasprovincias.es/v/20130203/alicante/rusia-china-india-colapsan-20130203.html (http://www.lasprovincias.es/v/20130203/alicante/rusia-china-india-colapsan-20130203.html)





Lo que es bueno para el sector primario y para los almacenistas, no lo es para la industria del dulce español ni para la del turrón de Jijona y Alicante, el principal consumidor nacional. Las compras masivas de pepita de almendra repelada de California por parte de gigantes asiáticos emergentes como Rusia, China e India, que han descubierto en el fruto seco un complemento nutricional perfecto para su dieta diaria por su alto poder calórico, no hacen sino incrementar el precio, ya que es el gran productor mundial americano el que fija en esencia los precios.

La moda de la almendra entre chinos, indios y rusos, que también la usan para su repostería industrial y artesanal, está provocando varios efectos en cadena y con gran celeridad. El productor y el almacenista español no sirven ni un solo kilogramo del fruto seco, en palabras muy ilustrativas del presidente del Consejo Regulador del Turrón y de la Cámara de Comercio, José Enrique Garrigós.

¿Por qué?. Pues sencillamente por la dinámica especulativa propia de un mercado pendiente del día a día del país del suroeste americano. Como quiera que crece sin cesar la demanda de pepitas californianas en Asia, las que hay en 'stock' en el mercado español de la última campaña o incluso de anteriores (la almendra registra mermas de peso con el paso del tiempo, pero no pierde sus cualidades organolépticas básicas), permanecen literalmente bloqueadas a la espera de que la cotización siga al alza.

Agricultores y cooperativas

En esta práctica se implican todos los elementos de la cadena primaria: desde el agricultor de pequeñas parcelas hasta los grandes cultivadores de Castellón, Murcia, Tarragona y Alicante, pasando por las cooperativas de primer y segundo grado y acabando en los almacenistas, exportadores e importadores de grano, varias de cuyas compañías líderes se hallan en la provincia de Alicante (Almendras Llopis, Sirvent Almendras, Zaragoza Almendras, Colefruse, Antiu Xixona o El Mañán, vinculadas a las patronales Aeofruse y Almendrave).

A día de hoy, según la información oficial que ofrece Garrigós a este diario, el kilogramo de la variedad comuna (la más usada en el sector del dulce español por su buena relación calidad/precio) cotiza a 6,50 euros de pepita repelada, frente a 4,5 euros el kilo de hace apenas un mes y medio, en vísperas de las fiestas navideñas.

El representante del sector turronero no oculta su preocupación ante la próxima apertura de la campaña de producción destinada a la exportación de turrones, precisamente a Estados Unidos, Miami, Argentina, Uruguay y los más clásicos países compradores del continente europeo.

«Tememos que el kilo de pepitas pueda llegar a los 8 euros en julio, que se duplique, en plena campaña de producción para el exterior y en los inicios de la temporada navideña nacional», explica Garrigós.

La consecuencia, en su opinión, no será otra que el alza de los precios del turrón de Jijona y Alicante (de textura blanda y dura, con indicación geográfica protegida, el más consumido en España). Un alza del precio final que pague el consumidor que podría ser nunca inferior al 20% la próxima Navidad, de mantenerse el escenario actual del mercado mundial de la almendra. Nada hace prever que vaya a cambiar, en opinión de Garrigós.

Como quiera que el turrón protegido de Jijona solo usa almendra española cultivada en la cuenca mediterránea y en una proporción, según los estatutos que rigen el Consejo Regulador de la Generalitat Valenciana, del 64% mínimo, una tableta de 300 gramos podría costar un 20% más.

Un euro más por tableta

En el caso de las marcas más comerciales y caras (Antiu Xixona etiqueta negra o 1880 'el más caro del mundo', por encima de un euro. Garrigós añade que la pepita de almendra también sufre una merma en las fábricas de Jijona, donde se tuesta, de entre un 3% y un 4%, otro factor que también incide en el alza de precios previsible.

El sector primario, por boca del secretario de Jóvenes Agricultores-Asaja de Alicante, Eladio Aniorte, mostraron ya el pasado diciembre, a través de este diario, su satisfacción por la evolución de los precios gracias a la creciente demanda asiática de pepitas de California.

España no solo es el segundo productor mundial de almendra. También uno de los principales importadores, especialmente d
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-09-30 22:27:37
 ::) conversa de m...  enterrem aí  300k  e vejam o retorno em 10 anos.... lol...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-09-30 22:36:02
btw:  (já q só estou a dizer mal  etc... ) antes de investir vão ao IFAP e às associações de agricultores...  8)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-10-07 11:05:10
Depois da amêndoa e da uva em o marmelo.


È difícil encontrar compradores para o marmelo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-10-07 12:00:03
Manuel Almeida, 60 anos, residente na Guarda-Gare, possui na Freguesia de Pereiro, concelho de Pinhel, uma plantação com 11 mil marmeleiros, tendo vendido este ano cerca de 10 mil quilos de marmelos para uma fábrica de transformação.

“Os primeiros marmeleiros, cerca de 9 mil, foram plantados em 2001, através de um projecto candidatado ao IFADAP - Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e das Pescas. O meu projecto, de produção biológica, foi o primeiro que deu entrada no IFADAP da Guarda”, contou o empresário, lembrando que investiu 70 mil euros e teve um financiamento de 48%. Manuel Almeida, natural da aldeia de Pereiro, contou ao Jornal A Guarda que decidiu apostar no marmelo ao aperceber-se da mais valia comercial do fruto. “Eu tinha 10 marmeleiros numa vinha e, anualmente, davam-me cerca de 5 contos [25 euros] pela venda dos marmelos. Então, pensei que, para a agricultura ser rentável, teria que aumentar a produção, porque se tivesse 10 mil marmeleiros, poderia fazer 5 mil euros nas vendas”. Quando decidiu avançar com o projecto, encontrou alguma resistência na aldeia: “Disseram-me que o marmelo não era uma coisa rentável, que devia apostar antes na vinha. Mas não desisti, executei o projecto e tenho aumentado a área do pomar”. Referiu que iniciou o projecto com 11 hectares de terreno e pretende aumentar a área para os 17 hectares.

“Não estou arrependido. Gosto disto. Economicamente está agora a começar a corresponder aos objectivos”, indicou, lembrando que no 4.º ano após a plantação, os marmeleiros “começaram a produzir marmelos e colhi entre 700 a 800 quilos”. “Este ano colhi cerca de 10 mil quilos”, apontou, referindo que foram vendidos para uma fábrica, para transformação em marmelada, da Região Centro do País. No futuro, tenciona continuar a vender para fábricas, adiantando que, “no auge da produção” do pomar, tenciona “chegar aos 70/80 mil quilos” por ano. “Nessa altura, já dará para vender a outros clientes. O objectivo até será trabalhar para a exportação, porque, enquanto a produção não for suficiente, é impossível alimentar o mercado”, reconhece.

Região é a melhor da Europa para a produção de marmelo

Manuel Almeida referiu que a região da Guarda “é a melhor da Europa” para a produção de marmelos “por causa da acidez do solo e devido ao granito”.

Explicou que apostou no marmeleiro tradicional português, que trata pelo método biológico, e não está arrependido. Não aplica pesticidas nem herbicidas e desenvolve a plantação em sequeiro, ou seja, as plantas não são regadas, garantindo que até “o fruto é melhor”. Conta que ainda tentou o processo designado por arrelvamento, mas desistiu porque “na nossa zona, não tendo água, acaba por ser um erro total”. “Tive arrelvamento durante 4 anos mas não resultou, porque as árvores não se desenvolviam. Por isso, optei por lavrar e pelo sequeiro”, explicou.

Quanto a doenças, referiu que “quando o marmeleiro está espalhado no meio de vinhas e de outras plantas, não apanha doenças, mas quando se encontra em pomar, apanha as doenças da pereira e da macieira e começa a ser complicado trabalhar”. As duas doenças “mais preocupantes” são “uma espécie de queima da planta, que acaba por secá-la, que vem de cima para baixo, e a seca dos frutos ainda tenros”. O agricultor, que também possui um café na Guarda-Gare, assume que o pomar “dá muito trabalho”. Relatou que faz a poda das árvores (entre Novembro e Março), lavra a terra (entre Março e Julho) e procede à colheita entre finais de Setembro e princípios de Outubro. “Estou a 100% na agricultura e ajudo a mulher no café”.

Manuel Almeida aconselha os agricultores da região a apostarem no marmeleiro, embora reconheça que “o problema é ao nível comercial, porque os intermediários compram-nos a preços muito reduzidos. O ideal é trabalhar em escala, para que o produtor possa comercializar directamente e poder rentabilizar os transportes”.
 


http://www.agroflorestal.guarda.pt/noticias_eventos/noticias/Paginas/agricultor-de-pinhel-vendeu-10-mil-quilos-de-marmelos.aspx (http://www.agroflorestal.guarda.pt/noticias_eventos/noticias/Paginas/agricultor-de-pinhel-vendeu-10-mil-quilos-de-marmelos.aspx)
   
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-11-17 17:03:59
Tenho sido sondado por pequenos agricultores da casa dos seus 55 anos muitos com 20  e 30 anos de descontos para obterem reforma de invalidez porque vêm novos agricultores com alfaias agrícolas que nunca as pagaram foram oferecidas e esses agricultores com idade superior a 53 anos compraram as alfaias agrícolas às prestações e agora para se meterem em novos negócios já se sentem velhos e caso corra mal não têm forma de se capitalizar.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-11-18 19:47:34
Os primeiros marmeleiros, cerca de 9 mil, foram plantados em 2001,

 “Este ano colhi cerca de 10 mil quilos”,

--------------------------------
 :-\   ganda tanga...  a ser verdade é melhor investir em lagares de azeite... :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2014-11-18 20:51:58
Citar
Mirtilos na Guarda

Ana Santos disse:

 "Olá boa noite, Sr.Eng.

 Tenho um terreno com 3 ha, com solo arenoso e ao lado de uma barragem agricola, acha que seria uma boa opção a plantação de mirtilos. O clima seria bom, já que é na zona da Guarda, com grandes geadas não danificaria a planta? Obteria ajudas financeiras para a plantação?"

 Comentários:

 1 - Terá de levar um técnico ao seu terreno para verificar se a toalha freática no inverno não se encontra demasiado perto da superfície podendo matar as plantas do mirtilo por encharcamento.

 2 - Terá de fazer o  levantamento das datas das geadas tardias de primavera e verificar se a zona é ventosa na primavera e verão. Com estas informações um técnico  que conheça a cultura pode avaliar a possibilidade de cultivar o mirtilo no seu terreno.


 3 - As plantas de mirtilo são originárias de climas frios e por isso, relativamente resistentes às geadas, exceto na floração, pelo que devem ser escolhidas variedades cuja floração não seja coincidente com os períodos de geada.


 4 - Pode obter ajudas financeiras para se instalar como jovem agricultora (mais de 18 anos e menos de 40 anos) com pelo menos um hectare de mirtilos (recomendo que se tiver condições financeiras invista 1 há de mirtilos e 2 há de groselhas, para diversificar com duas atividades), cujo custo total de plantação com todas as infraestruturas e melhoramentos fundiários pode oscilar entre os 40 000 euros  a 80 000 euros, que se traduzem na obtenção de um subsídio de 100% do investimento até 75 000 euros e 60% acima deste montante.


 Publicada por  José Martino     à(s)  12/13/2012 11:18:00 da tarde

[url]http://josemartino.blogspot.pt/2012/12/mirtilos-na-guarda.html[/url] ([url]http://josemartino.blogspot.pt/2012/12/mirtilos-na-guarda.html[/url])
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2014-11-19 20:07:57
a agricultura é um GRANDE negócio... para esta malta que vende projectos
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2014-11-19 20:13:40
a agricultura é um GRANDE negócio... para esta malta que vende projectos


.....exactamente......eh.eh...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-11-21 12:45:39
Este ano o azeite vai subir muito. Eu nunca vi um clima em Portugal como este ano.


http://www.aceitedelcampo.com/aceite-de-oliva-virgen-extra-precio-campana-2014-2015/ (http://www.aceitedelcampo.com/aceite-de-oliva-virgen-extra-precio-campana-2014-2015/)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2014-11-23 14:33:40
....mas os horto-frutícolas já estão em queda acentuada, apesar do bom ano agrícola...... :-[


http://www.publico.pt/economia/noticia/embargo-russo-provocou-queda-drastica-de-precos-agricolas-em-portugal-1677129 (http://www.publico.pt/economia/noticia/embargo-russo-provocou-queda-drastica-de-precos-agricolas-em-portugal-1677129)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-11-23 22:06:29
o clima ta optimo pro gado  ;D

 desculpem lá mas eu sou velho ( do Restelo) e na gosto de ver poupanças da middle class burned into the ifap furnace  :D 

se fosse agora com o capital q tinha , (jovem agricultor da colheita de 2000 ) tinha ido prá França...  >:( 
pqp esta m.  ;)

/end rant
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2014-11-29 01:06:41
Citar
Inquérito à estrutura das explorações agrícolas 2013: um retrato com duas realidades

Em 2013 as explorações agrícolas ocupavam metade da superfície do território nacional, representando a população agrícola familiar 6,5% da população residente, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) .

Nos últimos anos, verificou-se um aumento da dimensão das explorações agrícolas e uma melhoria dos indicadores laborais. Também a Superfície Agrícola Não Utilizada (SANU) diminuiu cerca de 20% relativamente a 2009, apresentando o valor mais baixo (pouco mais de 100 mil hectares) desde que há registos estatísticos.

A empresarialização da agricultura, expressa pelo crescimento do número de sociedades agrícolas, tem contribuído para o aumento da eficiência do sector, devido à adopção de processos de gestão mais profissionais e economias de escala. As cerca de 10 mil sociedades agrícolas, embora representem apenas 3,8% do total das explorações agrícolas, gerem quase 1/3 da SAU e praticamente metade do efectivo pecuário.

Contudo, a comparação com os países da União Europeia revela ainda uma agricultura baseada em explorações de pequena dimensão económica (17,1 mil euros de Valor de Produção Padrão Total por exploração, face aos 25 mil euros da UE 28), geridas por produtores envelhecidos (os mais idosos da UE 28) e que em larga maioria têm apenas formação prática. Poucos produtores vivem exclusivamente da agricultura (6,2%), sendo que a maioria complementa o seu rendimento com pensões e reformas (65,3%).

Ainda assim, a grande maioria dos produtores (95,1%) tenciona continuar com a actividade agrícola nos próximos anos, indicando o valor afetivo (48,3%) como o principal motivo para esta decisão.

Para ler o texto integral do Destaque clique no anexo

Fonte:   INE
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-12-14 15:53:58
A praga do dióspiro.

Este ano passa -se por quintais e vêm -se montes de dióspiros,

Não sei se o cultivo em espaço aberto seria como nos quintais, mas a produção é grande.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-14 16:23:23
Nunca provei um dióspiro.

Repugna-me o  aspecto,
de laranja desenrugada!

Fará bem à saúde? A quê?
A que sabe?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-12-14 16:30:52
Não sei bvm deram - me um saco deles mas ainda estão  verdes.
   
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-12-14 16:33:05
Mas a Espanha vende bem.

http://www.fruitnet.com/eurofruit/article/13843/uk-sales-record-for-spanish-persimmon (http://www.fruitnet.com/eurofruit/article/13843/uk-sales-record-for-spanish-persimmon)

È mais bem pago que o marmelo  2 a 4 dólares ao consumidor.

http://www.nnhczfood.cn/product/60054801182-221956312/best_price_fresh_persimmon_fruits_for_sale.html (http://www.nnhczfood.cn/product/60054801182-221956312/best_price_fresh_persimmon_fruits_for_sale.html)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: alce em 2014-12-14 21:11:38
Nunca provei um dióspiro.

Repugna-me o  aspecto,
de laranja desenrugada!

Fará bem à saúde? A quê?
A que sabe?

... gostos...
... adoro e nesta altura não há dia que não coma um..
... dos de roer claro... compram-se, deixam-se amadurecer em casa e depois é comer...
... dos moles não gosto..
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2014-12-29 09:53:45
Citar
Um número, uma história  - Júlia, que semeia curiosidades, está no barco dos 674 mil
 
Existem 674 mil pessoas que vivem da agricultura familiar - ou seja, 6,5% da população residente em Portugal, de acordo com os dados mais recentes do INE. Há agricultores, como Júlia, que lutam todos os dias pela sobrevivência: "O que ganhamos com o que vendemos não compensa o que gastamos". E depois há o caso da MyFarm, uma Farmville da vida real. Durante os próximos dias, o Expresso conta a história de um número - hoje é 674.000.

Às 6 ou 7 horas da manhã, Júlia já está de pé. Tem um longo dia de trabalho pela frente. Acorda, sai de casa e a sua primeira missão é "tratar da bicharada": primeiro dá de comer aos touros; depois seguem-se os coelhos e galinhas. Não há muitos animais na quinta dos Pedregais, onde Júlia assume as rédeas como caseira. Antes, havia muitos mais, agora restam-lhe touros, coelhos e galinhas. Sem esquecer as lides domésticas e o trabalho no campo, onde semeia "curiosidades", como gosta de lhes chamar: milho, feijão, cebola, batatas, penca, couve-galega, entre outras.
 
Durante o ano, a quinta onde Júlia vive, na pequena freguesia de Regilde, em Felgueiras, não é habitada por ninguém, exceto por si. Vive aí há mais de 30 anos, no início com o marido e os três filhos. Mas estes cresceram, resolveram a sua vida e saíram de casa, apesar de a visitarem frequentemente e de ainda viverem no concelho. O marido, Ramiro, faleceu subitamente no verão passado.
 
Este está a ser um inverno rigoroso, não só pela ausência de Ramiro na casa modesta em que viviam, mas porque o trabalho da terra passou a ser apenas assegurado por si. Aos 61 anos, e sem saber utilizar o trator (essa era tarefa do marido), vai fazendo o que pode e tentando sustentar-se, equilibrando as contas entre o que cultiva para consumo próprio, o que vende a conhecidos ali da zona (e não no mercado, que é longe e não tem carro) e o subsídio de viuvez. "É muito difícil viver da agricultura em Portugal", conta ao Expresso a agricultora. "O que ganhamos com o que vendemos não compensa os gastos que temos".
 
Júlia Pedroso não é a única que sente as dificuldades de ter de viver a partir da agricultura familiar. Está, aliás, no mesmo barco que 674 mil pessoas em Portugal. Este é o número que, de acordo com dados de 2013 do INE, constitui a mão-de-obra deste tipo de agricultura no nosso país - ou seja, 6,5% da população residente em Portugal. Destes, apenas 6,2% vivem exclusivamente da agricultura. A maioria (81,1%) tem que complementar o seu rendimento com outros meios, nomeadamente pensões e reformas (65,3%).
 
O problema de Júlia, no entanto, não é tanto o facto de viver da agricultura familiar, mas essencialmente o facto de esta ser de subsistência. As duas não são iguais, esclarece João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). "Confunde-se frequentemente agricultura familiar com agricultura de subsistência - que consiste numa realidade completamente diferente, destinada ao consumo próprio e não a fins comerciais", explica ao Expresso. E, embora seja verdade que a agricultura de subsistência seja familiar, o inverso não é necessariamente verdade. A agricultura familiar vai "desde as explorações mais simples e pequenas até às grandes empresas agrícolas".
 
Da produção ao escoamento dos produtos

2014 foi declarado pelas Nações Unidas (ONU) o Ano Internacional da Agricultura Familiar, constituindo "um meio importante para se ter uma produção alimentar viável e capaz de assegurar a segurança alimentar", pode ler-se na resolução da ONU. É esta que, "em primeiro lugar, pode e deve abastecer as populações com produtos de qualidade, frescos, de variedades autóctones, em mercados de proximidade", esclarece ao Expresso Alfredo Campos, membro da direção da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Mas este tipo de agricultura vai ainda mais longe: assenta na produção de "bens e serviços à comunidade", na "ocupação do território, evitando a desertificação de muitas regiões" e na capacidade de evitar "as monoculturas extensivas, como a do eucalipto".
 
Os entraves à agricultura familiar de pequena e média dimensão são muitos, esclarece Alfredo Campos. "Explorações de pequena ou muito pequena dimensão sentem dificuldades, não propriamente por serem pequenas, mas por não haver medidas políticas agrícolas e financeiras adequadas", afirma. Para a CNA, as políticas da PAC (Política Agrícola Comum) da União Europeia, os acordos bilaterais entre a UE e outros países e as medidas dos vários governos portugueses "sacrificam os produtores e consumidores", com o objetivo de "maximização de lucro ao menor custo possível". Veja-se, por exemplo, os números revelados pelo Ministério da Agricultura em 2012, "segundo os quais o produtor [que tem que suportar custos de produção e sustentar a sua família] recebe somente 10% do que o consumidor paga", enquanto "o setor do comércio e distribuição se apropria de cerca de 80%". Assim, e como explica, "a principal reclamação da agricultura familiar resume-se numa simples frase: Escoamento da produção a preços justos".
 
O desafio passa pela inovação, realça João Machado, da CAP. "A agricultura portuguesa tem vindo a modernizar-se, sendo hoje substancialmente mais mecanizada e produtiva do que há algumas décadas", conta, exemplificando com a introdução de tecnologias de ponta: "Tratores com GPS ou sistemas de rega computadorizados e monitorização informática do crescimento das plantas e da evolução das explorações agrícolas são hoje comuns em muitas empresas do setor e, naturalmente, nas empresas familiares".
 
As novas tecnologias e a internet são ferramenta inevitável no trabalho no campo. Foi com esta consciência, e procurando uma forma de ajudar as explorações familiares de menor dimensão, que surgiu a MyFarm. "O objetivo da empresa é apoiar a agricultura familiar, garantindo aos pequenos agricultores o escoamento dos seus produtos através de uma ligação direta aos consumidores, usando as novas tecnologias." Através da internet, é possível criar uma proximidade entre o agricultor e o consumidor.
 
O Farmville da vida real

Gerir uma horta, à distância e a partir da internet, passou a ser possível com a criação da MyFarm. A ideia surgiu a partir de um projeto de empreendedorismo do Politécnico de Beja, com início em março de 2011. Um brainstorming entre alunos e professores foi o ponto de partida para a criação de uma aplicação informática que permitisse que qualquer pessoa (ou família) pudesse ter uma horta real controlada pela internet.
 
Como? Através de agricultores que emprestam espaço das suas explorações agrícolas àqueles que acabam por se tornar seus consumidores. Esse espaço, ou horta, pode ser acompanhado e gerido pelos consumidores através da internet, que decidem "o que plantar ou semear e as respetivas quantidades", explica Luis Luz, gestor de projeto e coordenador. É a lógica do Farmville, transposta para a vida real.
 
Para já, a MyFarm conta com três agricultores e um total de 735 m2 - ou seja, 15 hortas - exploradas por consumidores. Um valor pequeno, tendo em conta que metade do território nacional é ocupada por explorações agrícolas. Mas a MyFarm quer aumentar este número: "Estamos finalmente a iniciar a nossa fase de expansão, após os primeiros anos que serviram para testar e melhorar o nosso modelo de negócio", esclarece Luis Luz. "Queremos mostrar-lhes [aos agricultores] que a nossa proposta tem um valor acrescido, pois pretende criar ligações diretas com o consumidor; comprometendo ambas as partes nessa ligação, queremos que o consumidor 'adote' o agricultor e que o agricultor se adapte ao consumidor, indo além da relação comercial." Mas nem tudo se passa em frente ao ecrã de computador. Para estreitar essa relação, a empresa propõe que as famílias visitem a horta real, participando nas plantações e nas colheitas.
 
O foco tem sido sempre a exploração intensiva da agricultura familiar, esclarece o gestor de projeto. "Mas começa a haver uma mudança tendo em conta o papel que esta desempenha no meio rural e na sua economia. Não só as novas tecnologias têm estado afastadas da agricultura familiar, como existe também a possibilidade de fazer inovação social, disponibilizando aos agricultores mais do que produtos da terra".
 
A empresa, no entanto, esbarra com algumas dificuldades. No mundo rural, muitos estão longe do universo das novas tecnologias e da internet. "Este é apenas mais um dos desafios que temos encontrado no nosso caminho", conta Luis Luz. Júlia Pedroso, por exemplo, não conseguiria utilizar esta ferramenta para melhorar o escoamento dos seus produtos. A MyFarm reconhece isso, embora acrescente que está disponível para dar apoio aos clientes nesse sentido. Mas, com apoio ou sem ele, uma coisa é certa: os agricultores têm que ter acesso à internet. "O nosso agricultor familiar ideal seria uma relação tipo avô / neto. O avô tem a experiência e o conhecimento, o neto a apetência para as novas tecnologias."


Ler mais: [url]http://expresso.sapo.pt/julia-que-semeia-curiosidades-esta-no-barco-dos-674-mil=f903744#ixzz3NHLhvZUR[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/julia-que-semeia-curiosidades-esta-no-barco-dos-674-mil=f903744#ixzz3NHLhvZUR[/url])
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-29 11:53:18
Não leio este tema,  d'Agricultura, Novos Caminhos.

Mas faço votos, que eles se abram e os produtores acorram
e se organizem mais bravamente, alcançando cooperativamente,
e sem vígaros-ladrões, o controlo da distribuição alimentar às populações
urbanas. Se Vasco da Gama foi à Índia por mar para abater a margem
de quinhentos por cento na venda das especiarias, como é que
os agricultores não conseguem abater metade do lucro
do campo à cidade dos repolhos e legumes!?

É para mim um mistério de inépcia e divisionismo toda essa impotência.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-29 13:58:32
Não leio este tema,  d'Agricultura, Novos Caminhos.

Mas faço votos, que eles se abram e os produtores acorram
e se organizem mais bravamente, alcançando cooperativamente,
e sem vígaros-ladrões, o controlo da distribuição alimentar às populações
urbanas. Se Vasco da Gama foi à Índia por mar para abater a margem
de quinhentos por cento na venda das especiarias, como é que
os agricultores não conseguem abater metade do lucro
do campo à cidade dos repolhos e legumes!?

É para mim um mistério de inépcia e divisionismo toda essa impotência.


O sector de distribuição incluindo a alimentar, com todas essas margens gigantescas, acaba com uma margem EBIT global de aproximadamente 5% (JMT em 2013, 4.6% (http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC49570.pdf)). Isto significa que existem custos algures que justificam as margens que obtêm e os preços que pagam. O facto de os agricultores não tentarem competir a distribuir eles próprios tem muito provavelmente a ver com isso - com não existirem lucros fantasticamente óbvios para se obterem.

O facto de não compreenderes o mistério tem apenas a ver com o conhecimento que tens do sector em causa (o qual eu também não conheço suficientemente bem). Nestes casos não se podem ter opiniões muito vincadas, e é de desconfiar de artigos que falam de margens fantásticas comparando somente o preço ao produtor com o preço pago no hiper. Também não conhecendo o que é comprado ao preço ao produtor, torna-se logo difícil formar opinião - por exemplo, será que as quantidades pagas a esse preço, ao produtor, equivalem grosso modo às quantidades que são depois apresentadas na distribuição? Será que uma parte grande dessa produção comprada ao produtor não acaba noutros usos industriais onde o preço é muito inferior devido a alguma qualidade impedir a venda ao grande público?

É necessário conhecer as especificidades dos sectores antes de se ter opiniões muito vincadas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-29 16:17:03
Para mim, o mistério permanece.

Se algo ocorre na distribuição
que forma um pico de custos,
esse, então, é o segredo
a desvendar.

Não me parece que seja
algo fácil de esconder
e assim continuar
desconhecido;

pelo que arrisco imaginar
há vultuosas margens
de intermediação
provavelmente
embolsadas,
em termos finais
pela grande distribuição.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-29 16:46:53
Tens portanto uma opinião forte sem qualquer base factual, e sabendo que a grande distribuição, onde o alimentar tem grande peso, tem margens mínimas.

Compreendes, espero, que é uma situação muito desfavorável para a tua opinião. Que no mínimo te deveria fazer passar a neutro até saberes mais. Senão arriscas juntar a tua voz a um grande número de idiotas que diz o mesmo sem realmente saber do que está a falar. Como por exemplo o grande número de idiotas que se queixa do preço da gasolina não cair tanto como o petróleo e atribui isso aos monopolistas da distribuição.

(nada disto invalida que existam grandes margens - mas elas são pouco prováveis porque qualquer um poderia ir ao produtor com preços apenas ligeiramente maiores, comprar a produção e vendê-la a metade do preço dessa grande distribuição e ainda assim com grandes lucros. Ora, esta possibilidade é INCOMPATÍVEL com existirem realmente essas margens gigantescas, pelo que tem que existir outra explicação qualquer. Eu já avancei pelo menos uma hipótese. A realidade é que não sei - o preço de venda ao público é mesmo muito superior ao pago ao produtor, mas facilmente existem n razões para isso para lá da que indiquei, como quebras, desperdícios de produto estragado, etc)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-29 17:28:39
A opinião 'forte' é a de um mistério por esclarecer,
e os suspeitos do costume até deviam ('deviam',
entenda-se, segundo os procedimentos que
aplicam aos 'outros') ir presos até que se
formule uma acusação de cima abaixo!

Se por exemplo, o pico de custos da intermediação
ocorressem por quebras inevitáveis dada a perecibilidade
dos produtos, os coeficientes de desperdício inevitáveis,
ou outros fenómenos de custo objectivos, porquê
essas causas não estão identificadas e quantificadas
nos estudos do sector!? Eu, se fosse patrão
de supermercados e essa fosse a causa a) da minha
margem pequena de lucro; b) da reputação
pública dos 'meus' grandes ganhos, - pela diferença
observável entre o preço  do produtor e o da venda
ao consumidor - eu, repito, publicitaria esses estudos
para que a verdade fosse conhecida. Como não vejo
tal acontecimento, imagino, os grandes merceeiros
da actualidade embolsam essa margem, e se ela
não se forma na fase final do supermercado,
forma-se na  intermediação e posto que não é
denunciada pelos 'grandes merceeiros' é por eles
a capturarem para si próprios algures no processo.

Simples lógica!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2014-12-29 17:49:31
O imiscuir do Estado na economia agravou-se enormemente com a transposição de legislação e normas europeias cá para o burgo e ao contrário dos pressupostos objectivos de melhorar os produtos alimentícios e salvaguardar o consumidor, tem sido o contrário.
Antes comprava dois porcos pretos, alimentados a bolota, matava-os no Alentejo, deixava parte para os enchidos e trazia porco e meio. Agora isso é proibido ( máximo transporte permitido 30Kg e com respectiva/fatura/recibo). Se quiser porco preto, vá ao Continente.

Este ano, com medo da gafa da azeitona, começaram a apanhá-la verdíssima em Outubro para fazer azeite, sem nenhumas propriedades organoléticas e claro de variedades comerciais de grande produção e serôdeas.

Lá consegui hoje uns 20 litritos do Norte, da nossa azeitona galega, apanhada madura e claro transformada num lagar clandestino e transportada por um chefe da bófia  :D

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-29 18:02:13
A opinião 'forte' é a de um mistério por esclarecer,
e os suspeitos do costume até deviam ('deviam',
entenda-se, segundo os procedimentos que
aplicam aos 'outros') ir presos até que se
formule uma acusação de cima abaixo!

Se por exemplo, o pico de custos da intermediação
ocorressem por quebras inevitáveis dada a perecibilidade
dos produtos, os coeficientes de desperdício inevitáveis,
ou outros fenómenos de custo objectivos, porquê
essas causas não estão identificadas e quantificadas
nos estudos do sector!? Eu, se fosse patrão
de supermercados e essa fosse a causa a) da minha
margem pequena de lucro; b) da reputação
pública dos 'meus' grandes ganhos, - pela diferença
observável entre o preço  do produtor e o da venda
ao consumidor - eu, repito, publicitaria esses estudos
para que a verdade fosse conhecida. Como não vejo
tal acontecimento, imagino, os grandes merceeiros
da actualidade embolsam essa margem, e se ela
não se forma na fase final do supermercado,
forma-se na  intermediação e posto que não é
denunciada pelos 'grandes merceeiros' é por eles
a capturarem para si próprios algures no processo.

Simples lógica!


Na intermediação antes da grande distribuição é impossível que se forme, porque a grande distribuição não é estúpida nas suas compras, pelo contrário.

E eu já indiquei uma fonte que desde logo deverias considerar - o produto que vês à venda para o grande público é apenas uma parte do produto produzido e vendido pelo produtor - muito do produto será destinado a usos industriais, e aí os preços provavelmente são desde logo muito mais baixos (mais próximos dos preços pagos ao produtor).

Quanto a quebras, nos EUA parecem existir estatísticas e 40% da produção nem chega a ser comida - de notar que 40% desde logo implicaria no mínimo um preço de venda ao público certamente 100% superior, sem grande margem e sem levar em conta outros factores.

http://www.nrdc.org/food/files/wasted-food-ip.pdf (http://www.nrdc.org/food/files/wasted-food-ip.pdf)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-29 19:38:37
Talvez tenhas razão: o desperdício e a indústria, talvez respondam pelo grosso da margem entre o produtor e o consumidor urbano. No entanto, os supermercados não falam disso! Em todo o caso, devia haver mais feiras e mercados dentro das cidades, e ao lado dos supermercados.

post-scriptum: - Mas mesmo assim, não vejo o esquema: os compradores aos lavradores compram barato e vendem barato à indústria; já à às mercearias dos híper-urbanos devem vender caríssimo para que a margem de venda final seja só de 5%. Imagino, então, que a diferença é repartida mais tarde entre os dois, no estrangeiro: metade da diferença entre o preço de compra do híper ao intermediário para o deste ao lavrador é  para o o comerciante e a outra para o híper-merceeiro. (Dir-me-ás, é quantidade pequena... duvido! cinco a seis milhões de bocas a comer, não é tão pouco quanto isso.) Bem, há ainda a importação. Mas aí ainda devem ganhar mais!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-29 19:57:28
Talvez tenhas razão: o desperdício e a indústria, talvez respondam pelo grosso da margem entre o produtor e o consumidor urbano. No entanto, os supermercados não falam disso! Em todo o caso, devia haver mais feiras e mercados dentro das cidades, e ao lado dos supermercados.

post-scriptum: - Mas mesmo assim, não vejo o esquema: os compradores aos lavradores compram barato e vendem barato à indústria; já à às mercearias dos híper-urbanos devem vender caríssimo para que a margem de venda final seja só de 5%. Imagino, então, que a diferença é repartida mais tarde entre os dois, no estrangeiro: metade da diferença entre o preço de compra do híper ao intermediário para o deste ao lavrador é  para o o comerciante e a outra para o híper-merceeiro. (Dir-me-ás, é quantidade pequena... duvido! cinco a seis milhões de bocas a comer, não é tão pouco quanto isso.) Bem, há ainda a importação. Mas aí ainda devem ganhar mais!

Continuas a sonhar e não estás a entender - por exemplo no caso das quebras, elas vão quase todas parar no distribuidor. O género de pensamento conspiratório que exibes - e que é comum neste país - é mais uma forte razão para o nosso atraso. As pessoas em vez de acreditarem que elas também podem fazer, acreditam que os outros estão todos de alguma forma a roubar. Se essas margens fantásticas existissem, já há muito que terias magotes de pessoas a abrir lojas que só venderiam produto desse com grandes margens a metade do preço da grande distribuição. Não é o que vês, e se entendes alguma coisa de mercados livres, isso só te pode dizer que essas grandes margens são de alguma forma ilusórias.

Basta ver que para margens bem menores, foram abertas 5000 lojas de compra de ouro. E agora está a passar-se o mesmo com os cigarros electrónicos, onde as margens na prática serão AINDA menores que no ouro (se é que existirão).

Não, vbm, não existe nenhuma mina onde estão todos a encher-se com margens fantásticas, nem no produtor nacional nem nas importações. Porque se assim fosse e não existindo nenhuma barreira à entrada num negócio tão óbvio, magotes de pessoas estariam a entrar nele. Podes utilizar isto como regra, em vez das ideias conspiratórias que primeiro te sobem à cabeça, e começas logo a separar-te da massa de idiotas que pensa dessa forma conspiratória contra todo o tipo de evidências.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-29 20:01:21
Estás muito psicanalista, Incognitus.
Mas podes não ter razão.

Mantenho-me ainda reticente,
gostava de mais concorrência visível.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-29 20:12:08
Estás muito psicanalista, Incognitus.
Mas podes não ter razão.

Mantenho-me ainda reticente,
gostava de mais concorrência visível.

Se as margens não forem por aí além, não existirá muito mais concorrência visível.

Agora, repara, as margens em que estás de alguma forma a acreditar são muitas vezes superiores às praticadas na compra de ouro ou nos cigarros electrónicos. A própria ausência dessa concorrência que reclamas deveria existir contém assim informação. Nomeadamente, a informação de que as margens são ilusórias.

Depois, se soubesses em maior detalhe os contornos de todo o mercado, finalmente saberias porquê. Mas só essa ideia de alto nível já te dá bastante informação - pelo menos a suficiente para mudares de opinião e abandonares o grande rebanho de idiotas que acreditam nisso, mas que pelo menos têm a desculpa de não saber ou os factos todos, ou sequer a forma como os mercados livres funcionam e a implicação que tem até em Portugal aparecerem milhares de concorrentes quando algo tem boas margens e se pode entrar sem problemas no negócio.

Este é um bom país para o socialismo vingar, precisamente porque há tantos idiotas desinformados, prontos a acreditar seja no que for, especialmente em grandes margens mágicas e na exploração disto e daquilo, ao mesmo tempo que não levantam o cú da cadeira para irem aproveitar essas margens fantásticas, e invejam o que alguém que levante o cú e consiga algum sucesso por o fazer, não vendo sequer aqueles que também tentaram e falharam. Isto em certa medida acontece aqui porque o nosso QI médio é para aí 90, e claro, acontecerá ainda com maior violência em países onde o QI seja mais baixo ainda.

(curiosamente, o mesmo rebanho de idiotas também depois facilmente defende a criação de regras, que elas sim permitem a existência de margens elevadas sem que exista concorrência livre para as baixar, ao passo que berra contra tanto essas margens quando solidificadas - ver energia renovável eólica, mini-hídricas, solar - onde agora está na moda vociferar contra as "rendas na energia" como contra margens mágicas que não existem mas nas quais o povão acredita)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-29 22:16:38
Compreendo. A ignorância é enorme. A superstição e o simplismo reinam por todo o lado. Os ignorantes vingam-se e desprezam os que sabem, destituindo a importância do saber. Depois reagem instintiva, cegamente, como se as consequências inevitáveis dos erros não passassem de um mau agouro, próprio de intelectuais desmiolados.

Porém, fica por explicar como os três homens mais ricos de Portugal são dois merceeiros e um gasolineiro. Ao contrário dos que os possam invejar, eu não trocaria a minha personalidade nem pela quinquagésima fracção da fortuna de qualquer deles ou dos três em conjunto. Nem pelo quinquagésimo avo nem por fracção nenhuma, grande ou pequena. E por razões que são as da minha preferência e  não são para aqui chamadas.

Mas interessa-me, para lá dos factos empíricos que mostrem o estado de coisas no ramo comercial dos bens alimentares, interessa-me ver a lógica dos fluxos, ainda que em pura análise teórica ou conceptual.

Tu deste duas ideias válidas: i. desperdício; ii. matérias primas para a industria. Quanto à primeira, o Papa chegou a dizer que o desperdício é tal que dava para ninguém passar fome no mundo! E tu quantificaste que se for de 40%, isso por si só já mais que dobra os preços do produtor ao consumidor.

Depois, falaste que a indústria usa os produtos mas adquire-os aos preços mais baixos  possível, impondo assim que esses afectam o baixo preço médio de compra aos  lavradores. Ora, é possível que seja a esse mesmo preço que os hipermercados são abastecidos. Toda a margem que assim dista da venda nas grandes superfícies irá toda para transportes, electricidade, câmaras frigoríficas, rendas dos espaços!? Cinco por cento de margem dá para serem os mais ricos cá do burgo? Duvido.

E o meu interesse específico é o de pagar um preço mais coerente com o meu rendimento, e o mesmo ser proporcionado aos meus concidadãos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-29 23:58:03
Compreendo. A ignorância é enorme. A superstição e o simplismo reinam por todo o lado. Os ignorantes vingam-se e desprezam os que sabem, destituindo a importância do saber. Depois reagem instintiva, cegamente, como se as consequências inevitáveis dos erros não passassem de um mau agouro, próprio de intelectuais desmiolados.

Porém, fica por explicar como os três homens mais ricos de Portugal são dois merceeiros e um gasolineiro. Ao contrário dos que os possam invejar, eu não trocaria a minha personalidade nem pela quinquagésima fracção da fortuna de qualquer deles ou dos três em conjunto. Nem pelo quinquagésimo avo nem por fracção nenhuma, grande ou pequena. E por razões que são as da minha preferência e  não são para aqui chamadas.

Mas interessa-me, para lá dos factos empíricos que mostrem o estado de coisas no ramo comercial dos bens alimentares, interessa-me ver a lógica dos fluxos, ainda que em pura análise teórica ou conceptual.

Tu deste duas ideias válidas: i. desperdício; ii. matérias primas para a industria. Quanto à primeira, o Papa chegou a dizer que o desperdício é tal que dava para ninguém passar fome no mundo! E tu quantificaste que se for de 40%, isso por si só já mais que dobra os preços do produtor ao consumidor.

Depois, falaste que a indústria usa os produtos mas adquire-os aos preços mais baixos  possível, impondo assim que esses afectam o baixo preço médio de compra aos  lavradores. Ora, é possível que seja a esse mesmo preço que os hipermercados são abastecidos. Toda a margem que assim dista da venda nas grandes superfícies irá toda para transportes, electricidade, câmaras frigoríficas, rendas dos espaços!? Cinco por cento de margem dá para serem os mais ricos cá do burgo? Duvido.

E o meu interesse específico é o de pagar um preço mais coerente com o meu rendimento, e o mesmo ser proporcionado aos meus concidadãos.

Margens baixas aplicadas a um volume de vendas muito elevado ainda assim dão muito dinheiro - mas não deixam de ser margens baixas. Não fica por explicar, e as tuas dúvidas continuam infundadas ...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-30 18:39:22
Margens baixas aplicadas a um volume de vendas muito elevado ainda assim dão muito dinheiro - mas não deixam de ser margens baixas. [ ]

Claro.

Citar
[Nada] fica por explicar, e as tuas dúvidas continuam infundadas ...

Fica, sim senhor.

Os preços de compra ao produtor são baixos.
Os de venda à indústria alimentar, também.
Os de venda ao público nas cidades é alto.

Desperdício, perecibilidade dos bens,
transportes, são custeados pela margem.

Pode acrescentar-se a reintegração
do equipamento de frio, renda
das superfícies, mão-d'obra.

Isso tudo absorbe a margem, 95%!?
Gostava de ver uma monografia económica do sector.

Quase aposto que não existe,
para que o mistério permaneça.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: D. Antunes em 2014-12-30 19:08:21
As grandes superfícies também vendem todo o ano e produtos com aspecto razoável. A indústria provavelmente comprará em épocas de pico de produção e também produto de menor calibre e/ou aspecto. Desse modo, a indústria comprará a um preço/kg menor do que os grandes retalhistas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-30 19:15:51
Margens baixas aplicadas a um volume de vendas muito elevado ainda assim dão muito dinheiro - mas não deixam de ser margens baixas. [ ]

Claro.

Citar
[Nada] fica por explicar, e as tuas dúvidas continuam infundadas ...

Fica, sim senhor.

Os preços de compra ao produtor são baixos.
Os de venda à indústria alimentar, também.
Os de venda ao público nas cidades é alto.

Desperdício, perecibilidade dos bens,
transportes, são custeados pela margem.

Pode acrescentar-se a reintegração
do equipamento de frio, renda
das superfícies, mão-d'obra.

Isso tudo absorbe a margem, 95%!?
Gostava de ver uma monografia económica do sector.

Quase aposto que não existe,
para que o mistério permaneça.

O mistério não existe mesmo que não conheças o detalhe. Se houvesse um magote de dinheiro a ganhar, existiria um magote de pessoas a tentar ganhá-lo. É assim que funciona o mercado livre. Não há um magote de pessoas a tentar ganhá-lo aí, é porque as margens de alguma forma não são como parecem.

Para alguém competir nesse sector, se as margens fossem tão altas, bastaria:
* Comprar ao produtor por mais meia dúzia de cêntimos, e tinha todo o produto que quisesse;
* Vender ao consumidor final a metade do preço, e tinha todos os consumidores que quisesse (depois de algum tempo a informar os consumidores, claro).
* Supostamente, fazendo isso ainda teria margens gigantes.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-30 20:17:57
O mistério não existe mesmo que não conheças o detalhe. Se houvesse um magote de dinheiro a ganhar, existiria um magote de pessoas a tentar ganhá-lo. É assim que funciona o mercado livre. Não há um magote de pessoas a tentar ganhá-lo aí, é porque as margens de alguma forma não são como parecem.

Para alguém competir nesse sector, se as margens fossem tão altas, bastaria:
* Comprar ao produtor por mais meia dúzia de cêntimos, e tinha todo o produto que quisesse;
* Vender ao consumidor final a metade do preço, e tinha todos os consumidores que quisesse (depois de algum tempo a informar os consumidores, claro).
* Supostamente, fazendo isso ainda teria margens gigantes.


Compreendo o argumento, mas a premissa do mercado 'livre' pode ser falsa e o efeito de não se observar a entrada de novos comerciantes no ramo ser factual precisamente pelo mercado ´não ser livre': isto, da forma seguinte:

- quem aparecer, novo, a comprar aos lavradores, não tem depois nenhuma grande superfície comercial a comprar-lhe, mesmo que proponha vender-lhes mais barato. É deste modo que o comércio cartelizado costuma arruinar quaisquer cooperativas aventureiras!

Tentar vender mais barato fora dos hipermercados, até ver, só os feirantes o fazem, não comerciantes intermediários que concorram realmente com os supermercados. Porquê? A tua explicação não é  impossível, mas desconfio.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2014-12-30 23:45:24
o mercado da carne de bovino  até é bastante transparente:

http://www.ajasul.com/index.php/cotacoes-leiloes/438-cotacoes-leilao-45-2014 (http://www.ajasul.com/index.php/cotacoes-leiloes/438-cotacoes-leilao-45-2014)

há mais no país ... boa sorte e bons negócios ...  ;)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-31 02:21:47
O mistério não existe mesmo que não conheças o detalhe. Se houvesse um magote de dinheiro a ganhar, existiria um magote de pessoas a tentar ganhá-lo. É assim que funciona o mercado livre. Não há um magote de pessoas a tentar ganhá-lo aí, é porque as margens de alguma forma não são como parecem.

Para alguém competir nesse sector, se as margens fossem tão altas, bastaria:
* Comprar ao produtor por mais meia dúzia de cêntimos, e tinha todo o produto que quisesse;
* Vender ao consumidor final a metade do preço, e tinha todos os consumidores que quisesse (depois de algum tempo a informar os consumidores, claro).
* Supostamente, fazendo isso ainda teria margens gigantes.


Compreendo o argumento, mas a premissa do mercado 'livre' pode ser falsa e o efeito de não se observar a entrada de novos comerciantes no ramo ser factual precisamente pelo mercado ´não ser livre': isto, da forma seguinte:

- quem aparecer, novo, a comprar aos lavradores, não tem depois nenhuma grande superfície comercial a comprar-lhe, mesmo que proponha vender-lhes mais barato. É deste modo que o comércio cartelizado costuma arruinar quaisquer cooperativas aventureiras!

Tentar vender mais barato fora dos hipermercados, até ver, só os feirantes o fazem, não comerciantes intermediários que concorram realmente com os supermercados. Porquê? A tua explicação não é  impossível, mas desconfio.

A ideia não seria vender às grandes superfícies pois essas de certeza que já compram bem e não há grande dinheiro nisso. A ideia seria vender aos consumidores. Que são os supostos roubados. E claramente tanto comprar ao produtor como vender aos consumidores são mercados livres.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2014-12-31 02:34:54
O mistério não existe mesmo que não conheças o detalhe. Se houvesse um magote de dinheiro a ganhar, existiria um magote de pessoas a tentar ganhá-lo. É assim que funciona o mercado livre. Não há um magote de pessoas a tentar ganhá-lo aí, é porque as margens de alguma forma não são como parecem.

Para alguém competir nesse sector, se as margens fossem tão altas, bastaria:
* Comprar ao produtor por mais meia dúzia de cêntimos, e tinha todo o produto que quisesse;
* Vender ao consumidor final a metade do preço, e tinha todos os consumidores que quisesse (depois de algum tempo a informar os consumidores, claro).
* Supostamente, fazendo isso ainda teria margens gigantes.


Compreendo o argumento, mas a premissa do mercado 'livre' pode ser falsa e o efeito de não se observar a entrada de novos comerciantes no ramo ser factual precisamente pelo mercado ´não ser livre': isto, da forma seguinte:

- quem aparecer, novo, a comprar aos lavradores, não tem depois nenhuma grande superfície comercial a comprar-lhe, mesmo que proponha vender-lhes mais barato. É deste modo que o comércio cartelizado costuma arruinar quaisquer cooperativas aventureiras!

Tentar vender mais barato fora dos hipermercados, até ver, só os feirantes o fazem, não comerciantes intermediários que concorram realmente com os supermercados. Porquê? A tua explicação não é  impossível, mas desconfio.

A ideia não seria vender às grandes superfícies pois essas de certeza que já compram bem e não há grande dinheiro nisso. A ideia seria vender aos consumidores. Que são os supostos roubados. E claramente tanto comprar ao produtor como vender aos consumidores são mercados livres.

....chega de "histórias".

O mercado está completamente cartelizado.

Os compradores dignos de relevo, tanto pelo volume de compras, como pelos montantes pagos e que garantem o certo escoamento das produções, são apenas 5 ou 6.....

Sonae, JM,

Auchan,

Lidl, Minipreço-Dia.

O Aldi está a começar....

....o resto são "histórias".....

...resta aos produtores a exportação, mas para a qual na grande maioria dos casos, com algumas excepções, não existe massa critica ou sequer quantidades ou qualidade mínimas exigíveis.....eh,eh....

E sendo sabido, que o que cá é produzido, nem sequer chega para satisfazer a procura interna.....para quê exportar ??....eh.eh...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-31 04:08:24
Batman, isso não faz sentido, porque:
1) Existem magotes de produtores de todas as dimensões a vender a preços baixos, pelo que pagar mais meia dúzia de cêntimos o kg asseguraria a compra sempre que necessário nas diversas quantidades pretendidas;
2) Os consumidores não estão cartelizados.
 
Portanto isso dos "compradores cartelizados" é igualmente algo irrelevante (mesmo que até pudesse ser verdade), no fundo é acreditar no mesmo que o vbm acredita, apenas com uma desculpa diferente. Para além disso, são esses mesmos compradores que possuem margens perfeitamente razoáveis, e não estrabólicas.
 
Sobre o "para quê exportar":
* Para um produtor é irrelevante se o que cá se produz chega para cá ou não;
* Pelo que se o mercado de exportação pagasse preços mais elevados, lá iria o produtor vender fora MESMO que o que cá fosse produzido não chegasse para o mercado nacional;
* Para muitas explorações as quantidades mínimas poderiam ser um problema, mas tb é possível agregar quantidades de vários produtores (algo comum nas lojas de compra de ouro, diga-se). Se não se exporta mesmo assim, é porque os preços lá fora simplesmente não são muito diferentes (para melhor) dos de cá de dentro - o que mais uma vez é um tiro nas conspirações cartelizadas.
 
Enfim, as pessoas saltam de desculpa em desculpa quando é evidente que não existe nenhuma mina no negócio ou já muita gente a estaria a explorar, com magotes de "mercearias" mais baratas a abrir por todo o lado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-31 09:53:30
A ideia não seria vender às grandes superfícies pois essas de certeza que já compram bem e não há grande dinheiro nisso. A ideia seria vender aos consumidores. Que são os supostos roubados. E claramente tanto comprar ao produtor como vender aos consumidores são mercados livres.

Se as grandes superfícies compram bem e só ganham 5% quando a diferença do preço entre o produtor e o consumidor urbano é, possivelmente cêntupla daquele ganho, as grandes superfícies, então, não compram directamente ao  produtor, mas a intermediários que compõem essa diferença - e possivelmente a distribuem pelos próprios mega-merceeiros... Para não ser acusado de dogmático e obstinado devem sempre entender-se estes enunciados como suspeitas - possivelmente com 'direito' a prisão preventiva, para conseguir auditar-se e provar toda a marosca do  negócio! E são para aí umas vinte a duzentas investigações regionais, uma por cada centro urbano. Se se provasse algo numa, talvez constituísse experiência-piloto. de como abrir o negócio à concorrência. Mas, claro, pode ser que a margem seja absorvida por custos reais. Mas duvido.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2014-12-31 10:10:33
No caso que conheço, as grandes superfícies compram ao produtor (mas pode ser um caso isolado). Ele também assegura o transporte do produto, mas não sei se é a totalidade da produção ou se é apenas parte da mesma.

No caso da Sonae, eles têm um clube de produtores, pelo que também parte dos produtos também é comprada diretamente ao produtor.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-31 14:25:35
A ideia não seria vender às grandes superfícies pois essas de certeza que já compram bem e não há grande dinheiro nisso. A ideia seria vender aos consumidores. Que são os supostos roubados. E claramente tanto comprar ao produtor como vender aos consumidores são mercados livres.

Se as grandes superfícies compram bem e só ganham 5% quando a diferença do preço entre o produtor e o consumidor urbano é, possivelmente cêntupla daquele ganho, as grandes superfícies, então, não compram directamente ao  produtor, mas a intermediários que compõem essa diferença - e possivelmente a distribuem pelos próprios mega-merceeiros... Para não ser acusado de dogmático e obstinado devem sempre entender-se estes enunciados como suspeitas - possivelmente com 'direito' a prisão preventiva, para conseguir auditar-se e provar toda a marosca do  negócio! E são para aí umas vinte a duzentas investigações regionais, uma por cada centro urbano. Se se provasse algo numa, talvez constituísse experiência-piloto. de como abrir o negócio à concorrência. Mas, claro, pode ser que a margem seja absorvida por custos reais. Mas duvido.

Prisão preventiva para algo que nem sequer compreendes. Estás com enviezamentos nessa cabeça próximos dos que um comunista consegue ter. Já agora os 5% de margem são após todo o género de overheads.

Abrir o negócio à concorrência? Vbm, ALGUMA coisa te impede de ires ao produtor comprar toda a sua produçao? Alguma coisa de impede de ires ao consumidor vender tudo o que compraste? Nada. Então o negócio está aberto à concorrência.

Enfim, imagina o que é um país todo cheio de idiotas com ideias dessas. É o país em que vivemos. Cheio de pessoas que só vêem margens gigantes (e pelos vistos não declaradas) nos negócios dos outros - e até quando é fácil de usufruir dessas margens depois não se mexem para as aproveitar (o que até é falso na generalidade, porque onde há margens existe quem se mexa).

É um bocado triste. Novamente:

* Não tenhas ideias tão fortes em assuntos que dominas tão pouco. É o que fazes recorrentemente, muitas vezes onde até é fácil provar-te que estás a fazer isso, e mesmo assim pareces ter grande dificuldade em absorver factos que te deveriam fazer instantaneamente mudar de opinião. Aqui o facto é de que podes comprar no produtor e vender ao consumidor facilmente e sem impedimentos - pelo que se as margens gigantes realmente existissem, muitos tentariam rapidamente aproveitá-las. Isto é particularmente grave nos casos em que depois as pessoas acham que se deve actuar sobre as suas opiniões fortes e desinformadas, penalizando até os outros devido à sua ignorância. È algo, em verdade, que normalmente só afecta os comunistas mais retardados. Mas que também te parece afectar a ti.

(O meu comentário pode parecer exagerado mas não o é - tu defendes basicamente que se penalizem os outros porque não sabes como funciona o mercado em questão mas achas desinformadamente que parece funcionar mal, dada a grande diferença entre o produto que te aparece na prateleira do supermercado e o custo pago ao produtor. Já agora no mesmo ângulo devias prender os outros empresários todos devido à grande diferença entre o preço dos produtos que colocam nas prateleiras, e o custo dos materiais que os compõem. Enfim.)

(Para mais, a forma correcta de eliminar margens exageradas num mercado livre é concorrer com quem pratica essas margens, e não prendê-lo. Prendê-lo, mais uma vez, é algo que geralmente só escorre da cabeça de um comunista retardado)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-31 14:28:58
No caso que conheço, as grandes superfícies compram ao produtor (mas pode ser um caso isolado). Ele também assegura o transporte do produto, mas não sei se é a totalidade da produção ou se é apenas parte da mesma.

No caso da Sonae, eles têm um clube de produtores, pelo que também parte dos produtos também é comprada diretamente ao produtor.

É normal que ou comprem ao produtor, ou comprem a alguém com margens esmagadíssimas que compra ao produtor. As grandes superfícies regra geral compram tudo bem - ou seja, com margens esmagadas para quem quer que lhes venda alguma coisa, excepto se esse alguém tiver uma diferenciação qualquer (marca, etc) para a qual a grande superfície não consiga alternativa (a alternativa última aqui são os produtos brancos, mas não é a mesma coisa).
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-31 19:04:02
[ ]
No caso da Sonae, eles têm um clube de produtores, pelo que também parte dos produtos também é comprada diretamente ao produtor.

Olha esse caso já é de certeza uma certa repartição da margem entre produtores e supermercado, o que é interessante e muito próprio dos hábitos nortenhos, como de algum modo poderá ser o caso do vinho do Porto.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-31 19:23:42
[ ]
No caso da Sonae, eles têm um clube de produtores, pelo que também parte dos produtos também é comprada diretamente ao produtor.

Olha esse caso já é de certeza uma certa repartição da margem entre produtores e supermercado, o que é interessante e muito próprio dos hábitos nortenhos, como de algum modo poderá ser o caso do vinho do Porto.

A repartição deve ser do género de pagarem os mesmos preços a esses produtores que pagariam a quaisquer outros ...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2014-12-31 19:42:40
É normal que ou comprem ao produtor, ou comprem a alguém com margens esmagadíssimas que compra ao produtor. As grandes superfícies regra geral compram tudo bem - ou seja, com margens esmagadas para quem quer que lhes venda alguma coisa, excepto se esse alguém tiver uma diferenciação qualquer (marca, etc) para a qual a grande superfície não consiga alternativa (a alternativa última aqui são os produtos brancos, mas não é a mesma coisa).

Bem, penso que é mesmo isso: compram a quem esmaga as margens do produtor, e, doppo, acordam um preço de transferência do intermediário para o supermercado, e qualquer outra combinação ad lattere ser-nos -á desconhecida e porventura inauditável.

Hoje por acaso até fui a uma loja Continente, e aquilo é impressionante: parece a Caverna do Ali-Babá e os 40 Ladrões! Realmente, há muitos outros produtos a comerciar e vender, para lá dos alimentares, e porventura 50% serão mesmo importados e margens de 'transferência' comercialmente negociáveis à la carte.

Sim, [isto sobre o  teu outro postal] prender pessoas por  meras suspeitas é ignóbil, mas é o que a polícia por cá faz!

Há uma ´camouflage´ no teu argumento quando dizes que o «negócio está aberto à concorrência». Não está. É de uma escala que cerra portas a  muitos interessados. Depois, há o próprio espaço, limitado, que força a negar licenciamentos a concorrentes. Por fim, dizes algo que te aproxima da minha impressão: a margem dos 5% é depois de vários overheads. A natureza analítica destes tem de passar pelo crivo da sua racionalidade. É certo que juros têm de creditar-se a quem avance os capitais para os activos que o negócio requeira. Mas já  nem falo do procurement de tais investimentos e dos valores 'arbitrados' para cada negócio montado.

Mas, Incognitus, eu ouço-te com atenção sempre que criticas o que eu digo, porque evidentemente que já percebi há muito tempo que estruturas as tuas posições em sistema lógico bem concatenado. E eu posso até dar-te razão em muitas conclusões e  apreciar vários argumentos. O que mais censuro no sistema de suporte da tua argumentação é o relativismo indiferente de valores, a abstração da necessidade da governação política da sociedade de cada país independente, e a suposição de que os mercados resolvem tudo da melhor maneira, o que me faz sorrir. Mas estou consciente de uma coisa: toda a concorrência tende para uma estruturação regulada da actividade produtiva e comercial, que terá porventura facetas positivas e vantajosas mesmo para os consumidores, mas tende a ser um ónus de encarecimento e prejuízo social em benefício de poucos.

Quanto aos 'nossos merceeiros duopolistas' é para mim um gosto apodá-los assim, mas concedo que ignoro os meandros da distribuição, embora gostasse que ela fosse 'monografada' por economistas para eventualmente mais beneficiar não só as cidades como a lavoura e o produto nacional (e acho o belmiro melhor que o soares dos santos na preferência do produto português).
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2014-12-31 20:07:00
É normal que ou comprem ao produtor, ou comprem a alguém com margens esmagadíssimas que compra ao produtor. As grandes superfícies regra geral compram tudo bem - ou seja, com margens esmagadas para quem quer que lhes venda alguma coisa, excepto se esse alguém tiver uma diferenciação qualquer (marca, etc) para a qual a grande superfície não consiga alternativa (a alternativa última aqui são os produtos brancos, mas não é a mesma coisa).

Bem, penso que é mesmo isso: compram a quem esmaga as margens do produtor, e, doppo, acordam um preço de transferência do intermediário para o supermercado, e qualquer outra combinação ad lattere ser-nos -á desconhecida e porventura inauditável.

Hoje por acaso até fui a uma loja Continente, e aquilo é impressionante: parece a Caverna do Ali-Babá e os 40 Ladrões! Realmente, há muitos outros produtos a comerciar e vender, para lá dos alimentares, e porventura 50% serão mesmo importados e margens de 'transferência' comercialmente negociáveis à la carte.

Sim, [isto sobre o  teu outro postal] prender pessoas por  meras suspeitas é ignóbil, mas é o que a polícia por cá faz!

Há uma ´camouflage´ no teu argumento quando dizes que o «negócio está aberto à concorrência». Não está. É de uma escala que cerra portas a  muitos interessados. Depois, há o próprio espaço, limitado, que força a negar licenciamentos a concorrentes. Por fim, dizes algo que te aproxima da minha impressão: a margem dos 5% é depois de vários overheads. A natureza analítica destes tem de passar pelo crivo da sua racionalidade. É certo que juros têm de creditar-se a quem avance os capitais para os activos que o negócio requeira. Mas já  nem falo do procurement de tais investimentos e dos valores 'arbitrados' para cada negócio montado.

Mas, Incognitus, eu ouço-te com atenção sempre que criticas o que eu digo, porque evidentemente que já percebi há muito tempo que estruturas as tuas posições em sistema lógico bem concatenado. E eu posso até dar-te razão em muitas conclusões e  apreciar vários argumentos. O que mais censuro no sistema de suporte da tua argumentação é o relativismo indiferente de valores, a abstração da necessidade da governação política da sociedade de cada país independente, e a suposição de que os mercados resolvem tudo da melhor maneira, o que me faz sorrir. Mas estou consciente de uma coisa: toda a concorrência tende para uma estruturação regulada da actividade produtiva e comercial, que terá porventura facetas positivas e vantajosas mesmo para os consumidores, mas tende a ser um ónus de encarecimento e prejuízo social em benefício de poucos.

Quanto aos 'nossos merceeiros duopolistas' é para mim um gosto apodá-los assim, mas concedo que ignoro os meandros da distribuição, embora gostasse que ela fosse 'monografada' por economistas para eventualmente mais beneficiar não só as cidades como a lavoura e o produto nacional (e acho o belmiro melhor que o soares dos santos na preferência do produto português).

1) Não, a polícia cá não prende por meras suspeitas (estás a pensar no Sócrates). O juíz que manteve o Sócrates preso preventivamente tem MAGOTES de provas sobre a sua secretária incluindo escutas bem óbvias. O Sócrates pode não ser condenado, mas o ser preso preventivamente significa que a prova que existe é mais que suficiente para se saber o que aconteceu (novamente, não significa que seja condenado).

2) É natural que o que quer que comercies seja suficiente para pagar os custos fixos que tens para comerciar. Daí que a margem bruta possa ser 20%, 30%, e a margem operacional possa ser 5%. Não faria com isso sentido dizer "ah estão a explorar na margem bruta!", porque se reduzissem essa nums meros 5%, a margem operacional desaparecia totalmente. E os custos incorridos apenas respeitam a quem os paga, não têm que passar no crivo de ninguém que isto não é a URSS. Se esses custos forem excessivos, tanto melhor para quem queira concorrer.

3) Sobre barreiras à entrada, elas são mínimas. Existirão algumas regras, alguns licenciamentos, mas nada de mais para quem queira comprar a um produtor e vender aos consumidores. A escala obviamente é irrelevante - não é o Zé que por exemplo vai decidir fazer uma refinaria se as refinarias estiverem a cobrar margem a mais.

4) A concorrência faz tudo MENOS encarecer os produtos para os outros os comprarem. A ausência de concorrência é que faz isso.

5) Eu não acho que os mercados fazem tudo. Há muita função para o Estado, mas tal como nem tudo é adequado para os mercados - pois quando mais não seja, os mercados não fazem nada por quem não consiga produzir algo para trocar com os outros - igualmente nem tudo é adequado para os Governos (nomeadamente meterem-se em mercados que não necessitam da sua intervenção, como mercados culturais, linhas aéreas, canais de TV, estaleiros navais e afins).

6) Sobre o duopólio, também eu acho que foi cometido um erro pela Autoridade da Concorrência ao não se opôr à aquisição do Carrefour Portugal por um dos líderes já estabelecidos. È raro que a AdC seja necessária, mas a ser necessária esse era um caso óbvio em que deveria ter procedido de forma diferente.

Por fim, nota ainda que não existe um preço ou margem "correctos". Excepto em actividades reguladas, o preço que é "correcto" resulta da interacção entre compradores e vendedores. E do ponto de vista do vendedor, o preço/margem correcto é "o máximo que o mercado aguentar". Os únicos que se desviam desta lógica e a quem passa pela cabeça começar a ditar preços e margens são os comunistas/socialistas. O resultado final de tal lógica regra geral é acabares a procurar papel higiénico que ninguém tem para vender, como acontece na Venezuela.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2015-01-01 12:13:40
Concordo inteiramente com os enunciados 2), 4), 6).

Sobre o 3) em parte é inverdade, há barreiras sim,
em parte até concordas ao referires a decisão do fecho do Carrefour.

O 5) discordo quanto aos mercados culturais, especialmente o dos canais
de televisão para o entretenimento das massas populares
que ficam cada vez mais embrutecidas e ignaras
com a oferta 'cultural' da 'iniciativa' privada!

Sobre o 1), a ser como dizes, e a recear-se prejuízo
para a investigação do processo, silêncio
absoluto deveria reinar sobre o que
vai sendo divulgado do que o
acusam sem consentirem
que a defesa aja
em publico,
taco a taco.


Sobre a questão de fundo das margens dos supermercados
eu seria o primeiro a dar-te razão se o sector estivesse estudado
por economistas que o monografassem e concluíssem como o admites.


Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-01-01 12:32:41
Já existe a PARCA - Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar  http://www.gpp.pt/parca/ (http://www.gpp.pt/parca/)


 A PARCA - Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar, estabelecida pelo Despacho conjunto n.º 15480/2011 dos Ministérios da Economia e do Emprego e da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, foi criada para fomentar a equidade e o equilíbrio da cadeia alimentar, promovendo o diálogo para permitir o aumento da transparência do mercado e o equilíbrio na distribuição de valor entre os diferentes setores da produção, da transformação e da distribuição de produtos agrícolas e agroalimentares.

Pretende-se com esta plataforma desenvolver a competitividade da economia portuguesa estabelecendo uma concorrência saudável e contribuindo para o aumento da produção nacional e da autossuficiência, em valor, deste setor.

Os trabalhos desenvolvem-se através de reuniões plenárias em que são apresentados os temas considerados como pertinentes pelos intervenientes e extraordinárias, em que são apresentados e discutidos os trabalhos realizados, podendo ainda ser constituídas subcomissões de apoio técnico com missões específicas ou de carácter setorial.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-01-01 14:32:55
Concordo inteiramente com os enunciados 2), 4), 6).

Sobre o 3) em parte é inverdade, há barreiras sim,
em parte até concordas ao referires a decisão do fecho do Carrefour.

O 5) discordo quanto aos mercados culturais, especialmente o dos canais
de televisão para o entretenimento das massas populares
que ficam cada vez mais embrutecidas e ignaras
com a oferta 'cultural' da 'iniciativa' privada!

Sobre o 1), a ser como dizes, e a recear-se prejuízo
para a investigação do processo, silêncio
absoluto deveria reinar sobre o que
vai sendo divulgado do que o
acusam sem consentirem
que a defesa aja
em publico,
taco a taco.


Sobre a questão de fundo das margens dos supermercados
eu seria o primeiro a dar-te razão se o sector estivesse estudado
por economistas que o monografassem e concluíssem como o admites.

Não precisas de economistas a dizer coisa nenhuma. As contas destas empresas são públicas e auditadas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2015-01-01 17:20:45
Já existe a PARCA - Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar  [url]http://www.gpp.pt/parca/[/url] ([url]http://www.gpp.pt/parca/[/url])


Compõe-na

 MAM - Ministério da Agricultura e do Mar
 ME - Ministério da Economia
 DGAE - Direção-Geral das Atividades Económicas
 GPP - Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral do MAM 
 AdC - Autoridade da Concorrência
 APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição
 CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal
 CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal 
 CENTROMARCA – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca 
 CIP – Confederação Empresarial de Portugal
 CNA - Confederação Nacional da Agricultura
 CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, CCRL
 FIPA - Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares

Parece-me bem, mas para além de órgãos governamentais e corporações agrícolas, industriais e comerciais, gostaria de ver participar associações de defesa dos consumidores, universidades e ordens profissionais de macroeconomistas, estaticistas e dietistas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2015-01-01 17:41:16
Não precisas de economistas a dizer coisa nenhuma. As contas destas empresas são públicas e auditadas.

E concluem como tu?


É que não basta inferir da aparente
rentabilidade moderada do sector
e consequente não-atractividade
de novos operadores

que a concorrência fica demonstrada existir.


É preciso avaliar a razão de ser do custeio
financiado pela margem do preço que
separa o auferido pelo lavrador
do pago pelo consumidor
da cidade.


Por exemplo, o dumping na importação
de alimentos para forçar os produtores
a aceitar preços tão baixos
que prefiram queimar
a sua colheita,

é prova da rigidez dos trusts de compra
que tudo fazem para preservar
o seu poder monopolista:
tudo menos diminuir-lhe
os lucros.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2015-01-01 20:51:39
MAM - Ministério da Agricultura e do Mar
 ME - Ministério da Economia
 DGAE - Direção-Geral das Atividades Económicas
 GPP - Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral do MAM 
 AdC - Autoridade da Concorrência
 APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição
 CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal
 CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal 
 CENTROMARCA – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca 
 CIP – Confederação Empresarial de Portugal
 CNA - Confederação Nacional da Agricultura
 CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, CCRL
 FIPA - Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares
-------------------------------------------------------
as margens já são pequenas, e ainda temos que sustentar estes todos.... vai lá vai...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-01-01 21:27:45
Não precisas de economistas a dizer coisa nenhuma. As contas destas empresas são públicas e auditadas.

E concluem como tu?


É que não basta inferir da aparente
rentabilidade moderada do sector
e consequente não-atractividade
de novos operadores

que a concorrência fica demonstrada existir.


É preciso avaliar a razão de ser do custeio
financiado pela margem do preço que
separa o auferido pelo lavrador
do pago pelo consumidor
da cidade.


Por exemplo, o dumping na importação
de alimentos para forçar os produtores
a aceitar preços tão baixos
que prefiram queimar
a sua colheita,

é prova da rigidez dos trusts de compra
que tudo fazem para preservar
o seu poder monopolista:
tudo menos diminuir-lhe
os lucros.

Os trusts de compra nacionais não influenciam preços mundiais.

E o que quer que os distribuidores queiram cobrar ao retalho, é intrisecamente justo (pois o objectivo do vendedor tem que ser vender pelo maior preço possível). E mesmo assim, as contas auditadas dos distribuidores não indicam margens elevadas (além de que não existe tal coisa como seja uma margem excessiva).
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2015-01-01 22:48:12
Os trusts compradores da produção agrícola portuguesa
esmagam preços - sem que tal se repercuta no preço
final ao consumidor - importando, se necessário,
os produtos de consumo que os estrangeiros
exportam agilmente a preços dumping
de escoamento de excedentes.


Deste modo, a agricultura, seja o ano de boa ou má colheita,
é sempre presidiada no mediania de rendimento
determinado unilateralmente pelos trusts
compradores.

Nenhum incentivo nem desincentivo afecta assim
a gestão das empresas agrícolas e imperturbável
mantém-se a margem global do negócio
entre a produção e o consumo.

Se hipostasiar o transporte, o desperdício,
a rede de frio, o custo do dinheiro, constantes,
se tais custos não absorverem a diferença total
do preço ao consumidor do pago ao produtor,
se aceitar que a venda a retalho é de 5%,
então o lucro restante é embolsado
pelos trusts compradores, 
é excessivo, e subsiste
por monopólio.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2015-01-01 22:56:07
o Sr vbm vende alguma coisa? sabe do buisness  ou é mais youtubes? wtf!?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2015-01-01 22:57:13
o Sr vbm vende alguma coisa? sabe do buisness  ou é mais youtubes? wtf!?

Sou mais you tubes.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2015-01-01 22:59:24
ok.. eu é carne com red!  :D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-01-02 00:26:21
Os trusts compradores da produção agrícola portuguesa
esmagam preços - sem que tal se repercuta no preço
final ao consumidor - importando, se necessário,
os produtos de consumo que os estrangeiros
exportam agilmente a preços dumping
de escoamento de excedentes.


Deste modo, a agricultura, seja o ano de boa ou má colheita,
é sempre presidiada no mediania de rendimento
determinado unilateralmente pelos trusts
compradores.

Nenhum incentivo nem desincentivo afecta assim
a gestão das empresas agrícolas e imperturbável
mantém-se a margem global do negócio
entre a produção e o consumo.

Se hipostasiar o transporte, o desperdício,
a rede de frio, o custo do dinheiro, constantes,
se tais custos não absorverem a diferença total
do preço ao consumidor do pago ao produtor,
se aceitar que a venda a retalho é de 5%,
então o lucro restante é embolsado
pelos trusts compradores, 
é excessivo, e subsiste
por monopólio.

Não existe tal coisa como preços internacionais esmagados, MESMO que estejam esmagados. Naturalmente, um comprador irá comprar onde for mais barato e prático, pelo que se os preços internacionais estiverem esmagados, será esses aos quais comprará, a nacionais ou estrangeiros.

Vbm, para manteres opiniões absurdas vais criando mais e mais ideias absurdas umas em cima das outras. Não seria melhor acreditares na realidade óbvia de que ninguém vai pagar mais aos produtores nacionais do que o preço a que puder obter o produto noutro lugar qualquer? E que não é preciso TRUST nenhum para actuar dessa forma?

E qual lucro restante? Os 5% SÃO o lucro dos supostos trusts compradores ... a grande distribuição, depois de pagos todos os custos para operarem. Enfim, a conversa fica um bocado surreal essencialmente porque tu queres acreditar numa coisa que não faz sentido. Mais valia estares a dizer que a alunagem tinha sido feita num estúdio em Hollywood, sempre seria mais realista.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2015-01-02 13:22:13
Não existe tal coisa como preços internacionais esmagados, MESMO que estejam esmagados. Naturalmente, um comprador irá comprar onde for mais barato e prático, pelo que se os preços internacionais estiverem esmagados, será esses aos quais comprará, a nacionais ou estrangeiros.

Vbm, para manteres opiniões absurdas vais criando mais e mais ideias absurdas umas em cima das outras. Não seria melhor acreditares na realidade óbvia de que ninguém vai pagar mais aos produtores nacionais do que o preço a que puder obter o produto noutro lugar qualquer? E que não é preciso TRUST nenhum para actuar dessa forma?

E qual lucro restante? Os 5% SÃO o lucro dos supostos trusts compradores ... a grande distribuição, depois de pagos todos os custos para operarem. Enfim, a conversa fica um bocado surreal essencialmente porque tu queres acreditar numa coisa que não faz sentido. Mais valia estares a dizer que a alunagem tinha sido feita num estúdio em Hollywood, sempre seria mais realista.

Na verdade, há que ser rigoroso. E tu tens de sê-lo, bem como eu.

É falso atribuíres-me algo contrário à tua primeira frase.
Justamente, parto dessa premissa: os preços
de compra ao produtor são esmagados
sejam nacionais sejam externos.

O que digo é, se o produtor nacional
tiver a veleidade de cobrar caro a sua safra,
bem fica com ela na terra, porque o comprador
adquirirá o que precisa directo do estrangeiro,
ainda que este animadamente aplique o dumping adequado.

Não estão em causa os custos directos do negócio da distribuição,
os quais pressuponho esmagados, neles incluindo, hoje em dia -
após a reforma laboral de Álvaro Santos Pereira - o custo
da mão-d'obra, porquanto podendo ser despedida
nada impede que se proporcione estrictamente
ao giro da actividade média
na unidade de tempo.

Justo, o inexplicado é o diferencial do custo directo para
o preço ao consumidor da cidade! Eu não estou a sustentar
que tal diferencial é puro efeito de monopólio: estou
a dizer que é surpreendente essa margem
ser tão elevada e aparentemente
mais que suficiente para cobrir
juros, rendas e transportes,
caso estejam excluídos
do preço pago ao
produtor.

Se tal sobre-suficiência se confirmar
demonstrado ficará haver ganhos de monopólio,
mesmo que a 'escrita' dos supermercados
aponte para ganhos de 5%.


E, a propósito, as facturas dos supermercados
com número de contribuinte, entram para o concurso
dos Audis e dedução ao irs? Será que é em  2015,
que os 5% dobram para 25%?


E nota que o meu discorrer
é mais perguntar do que afirmar,
embora seja desconfiar.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-01-02 13:26:46
É um desconfiar pouco saudável, igual ao de 80% da população do país. O mercado é suficientemente livre que se alguém achar que pode ficar rico a comprar ao produtor e vender ao consumir, pode fazê-lo. É a tentativa de ficar rico nesses termos que aproxima os preços do produtor e do consumidor, não as desconfianças ou acusações ou leis. Quando se usam leis para alcançar o mesmo objectivo, o resultado ou são pilhas de produtos produzidos sem terem quem os compre, ou são prateleiras vazias no supermercado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2015-01-02 13:56:02
É um desconfiar pouco saudável, igual ao de 80% da população do país. O mercado é suficientemente livre que se alguém achar que pode ficar rico a comprar ao produtor e vender ao consumir, pode fazê-lo. É a tentativa de ficar rico nesses termos que aproxima os preços do produtor e do consumidor, não as desconfianças ou acusações ou leis. Quando se usam leis para alcançar o mesmo objectivo, o resultado ou são pilhas de produtos produzidos sem terem quem os compre, ou são prateleiras vazias no supermercado.

Não creio doentio suspeitar
funcionamento imperfeito
dos mercados com diferenciais
de preço tão elevados. A serem
reais e incompressíveis, porventura
devesse ser revisto o ordenamento
do território no  sentido de uma
maior dispersão da população e
dos recursos, com diminuição
do tamanho das cidades.


E é bom notar que o país, ou seja
a população residente, empobreceu,
as coisas caminham para pior e não para melhor,
porquanto o empobrecimento continua.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-01-02 14:00:38
É um desconfiar pouco saudável, igual ao de 80% da população do país. O mercado é suficientemente livre que se alguém achar que pode ficar rico a comprar ao produtor e vender ao consumir, pode fazê-lo. É a tentativa de ficar rico nesses termos que aproxima os preços do produtor e do consumidor, não as desconfianças ou acusações ou leis. Quando se usam leis para alcançar o mesmo objectivo, o resultado ou são pilhas de produtos produzidos sem terem quem os compre, ou são prateleiras vazias no supermercado.

Não creio doentio suspeitar
funcionamento imperfeito
dos mercados com diferenciais
de preço tão elevados. A serem
reais e incompressíveis, porventura
devesse ser revisto o ordenamento
do território no  sentido de uma
maior dispersão da população e
dos recursos, com diminuição
do tamanho das cidades.


E é bom notar que o país, ou seja
a população residente, empobreceu,
as coisas caminham para pior e não para melhor,
porquanto o empobrecimento continua.

Tens demasiada vontade de ditar como os outros devem viver no primeiro parágrafo.

E incompreensão do que aconteceu, no segundo. O nível de vida a partir do qual empobrecemos só existiu devido a uma subida forte do endividamento privado e público. Ou seja, esse nível de vida nunca existiu realmente (de forma sustentável). A única forma de sustentarmos esse nível de vida é produzirmos mais para os outros. E enquanto não o fizermos, de facto é possível continuarmos a andar para pior - o que até é facilitado se pessoas suficientes acreditarem ou desconfiarem das coisas como tu fazes em vez de tentarem aproveitar esses supostos lucros chorudos na exploração do produtor/consumidor.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2015-01-02 19:36:07
Tens demasiada vontade de ditar como os outros devem viver no primeiro parágrafo.

Concordo. Mas não a penso demasiada, antes adequada.

Citar
E incompreensão do que aconteceu, no segundo. O nível de vida a partir do qual empobrecemos só existiu devido a uma subida forte do endividamento privado e público. Ou seja, esse nível de vida nunca existiu realmente (de forma sustentável).

Concordo. E a responsabilidade é da inépcia dos governos na direcção da economia (designadamente, via bancos, incluindo a CGD)

Citar
A única forma de sustentarmos esse nível de vida é produzirmos mais para os outros. E enquanto não o fizermos, de facto é possível continuarmos a andar para pior

É o que me parece, também.

Citar
- o que até é facilitado se pessoas suficientes acreditarem ou desconfiarem das coisas como tu fazes

Concordo. Não há confiança colectiva nos políticos, nos bancos, nem nos empresários quer sediados no estrangeiro, quer no país. E também não há confiança  nos partidos nem nos sindicatos.

Citar
em vez de tentarem aproveitar esses supostos lucros chorudos na exploração do produtor/consumidor.

Ora aqui discordo e separo-me do desconfiança do vulgo. Sei muito bem, e estudei-o em economia, que o conceito de acumulação primitiva não se restringe a um qualquer fenómeno histórico de formação inicial de uma fortuna. Acumulação primitiva é algo que ocorre contemporaneamente, de modo constante ou recorrente, e não só  por aforro e economias  de uma vida  de  trabalho, mas também por roubo, herança, jogo, pirataria, corrupção, assaltos, e ganhos monopolistas de rendimento. A economia abstrai da origem do capital acumulado antes traça a aplicação de tais recursos no investimento em instrumentos e meios de produção.

De modo que concordo contigo, o decisivo seria que os nossos duopolistas e outros capitalistas estrangeiros investissem em Portugal empregando a nossa mão-d'obra produtiva. Ora, não o fazem. Mas uma governação apta criaria as condições de atracção de investidores: não só na área fiscal, mas também na da justiça, da instrução pública e administração do estado não burocrática e incorrupta e requalificada.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-01-18 14:04:34
http://youtu.be/s4Xcuz03jog (http://youtu.be/s4Xcuz03jog)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-01-29 18:14:27
200 milhões para jovens agricultores




 As candidaturas aos fundos europeus destinados aos jovens agricultores abrem já no próximo mês, de acordo com o calendário divulgado pelo Portugal 2020, contando com cerca de 200 milhões de euros. Agricultores e empresários agropecuários e florestais vão contar com mais de quatro mil milhões de euros até 2020, no âmbito do novo quadro comunitário de apoios. O Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 visa dar competitividade ao setor agrícola e florestal, a organização da cadeia alimentar e melhorar os ecossistemas circundantes. Os interessados nas candidaturas já têm disponível o calendário para o ano de 2015. O objetivo do financiamento europeu é o de constituir um "complemento ao apoio à instalação de jovens agricultores, aumentando o nível de rendimento garantido e reforçando assim a sua capacidade de fazer face aos primeiros anos de atividade". Mais de 35 mil projetos De acordo com as regras, os apoios são concedidos à instalação de explorações agrícolas a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos e não mais de 40 anos. O programa nacional para o setor é um dos dez maiores programas de desenvolvimento rural da União Europeia, de acordo com a própria ministra da agricultura, Assunção Cristas. Recorde-se que apesar de se tratar de candidaturas no âmbito do Portugal 2020, foram abertas medidas, em novembro do ano passado, de investimento agrícola e a pequenos investidores na exploração agrícola. Um em cada quatro projetos financiados pelo anterior programa para apoio ao desenvolvimento rural pertence a um jovem agricultor, tendo sido financiados 37 500 projetos, dos quais nove mil de jovens agricultores até aos 39 anos.

 http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/economia/detalhe/200_milhoes_para_jovens_agricultores.html (http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/economia/detalhe/200_milhoes_para_jovens_agricultores.html)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2015-01-29 19:06:07
Citar
Seis camiões de pera rocha portuguesa seguem para a Alemanha todas as semanas

Em apenas quatro meses, os alemães compraram 12 milhões de euros de pera rocha a Portugal. Através da marca Lidl, aquela fruta da zona Oeste está a chegar a milhões de consumidores germânicos todas as semanas.

Desde setembro que partem todas as semanas seis camiões carregados de pera rocha para a Alemanha.

Através da marca Lidl, Portugal vendeu 12 milhões de euros de pera àquele país em apenas quatro meses. A fruta é distribuída pela sua rede de supermercados chegando a milhões de consumidores alemães.

Esta mega-encomenda resulta de um acordo entre a Lidl e a Portugal Fresh (marca chapéu do sector das frutas, legumes e flores), o qual já resultou, em 2014, na venda de 1.465 toneladas de pera rocha, só para a Alemanha e 1.159 toneladas de melancia para aquele país e também para França.

Para os produtores portugueses, o mercado alemão é considerado estratégico para a fruta nacional. Garantem que, este ano, só a exportação de pera rocha para a Alemanha representou o mesmo valor da exportação total verificada o ano passado em cinco países.

Porta de entrada em 27 mercados

Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, explica que "a Lidl Portugal é uma porta de entrada para os produtos portugueses em 27 mercados. Esta parceria será uma excelente alavanca para alcançar o objetivo de 2 mil milhões de euros em 2020".

O mesmo responsável acrescenta ainda que "devido ao facto de Portugal ser o país parceiro, em 2015, da maior feira de frutas e legumes do mundo (a Fruitlogistica, em Berlim), irá contribuir para que a notoriedade dos hortofrutícolas portugueses atinjam um patamar inimaginável no mercado internacional e impensável nos últimos anos".

Pedro Monteiro, diretor geral de vendas da Lidl portugal nota que a sua empresa "tem um papel relevante no acesso dos produtores nacionais a mercados externos possível através do nosso universo de lojas". Aliás, e ainda segundo o mesmo responsável, a Lidl tem feito "exportação regular de produtos alimentares portugueses, como as frutas e legumes. A pera rocha, por exemplo, já é exportada há vários anos para Inglaterra e Irlanda e, desde este ano, também para a Alemanha, com excelentes resultados".


Ler mais: [url]http://expresso.sapo.pt/seis-camioes-de-pera-rocha-portuguesa-seguem-para-a-alemanha-todas-as-semanas=f908508#ixzz3QErvVk9C[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/seis-camioes-de-pera-rocha-portuguesa-seguem-para-a-alemanha-todas-as-semanas=f908508#ixzz3QErvVk9C[/url])
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: bezanas em 2015-01-29 20:46:48
m de notícias ::)  .... se querem ser agricultores  ; invistam ( com uma boa almofada de 2 anos)  e depois talvez entrem nos mercados e percebam o verdadeiro filme ...  8)

felizmente tou no beef all else is bull  ;)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2015-03-02 14:05:16
Citar
4000 milhões de euros para a agricultura

Desde as 00h00 de hoje chegaram já ao Ministério da Agricultura 300 candidaturas às ajudas diretas, das quais seis já foram submetidas para aprovação. Está aberta a corrida a 4000 milhões de euros, até 2020.

Ler mais: [url]http://expresso.sapo.pt/abriram-hoje-as-candidaturas-a-4000-milhoes-de-euros-para-a-agricultura=f913073#ixzz3TEl25Lye[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/abriram-hoje-as-candidaturas-a-4000-milhoes-de-euros-para-a-agricultura=f913073#ixzz3TEl25Lye[/url])
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-03-02 15:27:18
Citar
4000 milhões de euros para a agricultura

Desde as 00h00 de hoje chegaram já ao Ministério da Agricultura 300 candidaturas às ajudas diretas, das quais seis já foram submetidas para aprovação. Está aberta a corrida a 4000 milhões de euros, até 2020.

Ler mais: [url]http://expresso.sapo.pt/abriram-hoje-as-candidaturas-a-4000-milhoes-de-euros-para-a-agricultura=f913073#ixzz3TEl25Lye[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/abriram-hoje-as-candidaturas-a-4000-milhoes-de-euros-para-a-agricultura=f913073#ixzz3TEl25Lye[/url])



Eu acho que algum dinheiro devia ter sido canalizado para a formação.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-03-02 15:46:32
Vale a pena ver este discurso de Milton Friedman :

https://www.youtube.com/watch?v=S1BLPCgh0wk (https://www.youtube.com/watch?v=S1BLPCgh0wk)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-03-02 16:53:40
não consigo perceber este artigo.

http://economicsonline.co.uk/Market_failures/Price_stabilisation.html (http://economicsonline.co.uk/Market_failures/Price_stabilisation.html)

alguém percebe?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-03-02 17:21:14
São formas (estratégias de actuação) de controlo e estabilização de preços.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-03-05 12:18:35
estive a ver uma apresentação da PAC 2015 e 2020 um grande negocio vai ser o dos cães de pastoreio 700 por cabeça ano.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2015-03-10 10:10:34
.....se for mesmo à venda......parece interessante....eh.eh...


Citar
ID: 1503.2014.1262
------------------------
    Ano: 2014
    Preço Base: 161.983,10 euros
    Características: Prédio misto - Denominação: Herdade de São Gião situado em Alqueva, área total com inclusão da parte urbana 740,405 hect.

Parte urbana: Morada de casas térreas com 26 divisões e 2 dependências, para habitação.
Área bruta dependente de 220,00m2 e área bruta privativa de 431,00m2, sito na Herdade de São Gião, 7220-011 Alqueva, da União das Freguesias de Amieira e Alqueva, concelho de Portel, descrito na Conservatória do Registo Predial de Portel sob a descrição n.º 25/19850520 e inscrito na matriz predial urbana com o artigo 449, e o valor patrimonial de 42.495,10 euros. Ano de inscrição na matriz 1964.

Parte rústica: Prédio rústico destinado a cultura arvense, montado de sobro, eucaliptal, montado de azinho, pastagem, olival, pinhal, pomar, solo estéril e dependências agrícolas.
Confrontações: Norte - Herdade da Serra; Sul - Herdades do Farrôbo, Sobroso e Monte do Barranco; Poente - Herdade da Azeiteira; e Nascente - Herdades de Monte Santos e Malhada Velha.
Área total de 740,406 Ha, sito na Herdade de São Gião, da União das Freguesias de Amieira e Alqueva, concelho de Portel, descrito na Conservatória do Registo Predial de Portel sob a descrição n.º 25/19850520 e inscrito na matriz predial rústica com o artigo 1, Secção 1F, e o valor patrimonial de 10.229,73 euros. Ano de inscrição na matriz 1953.
    A venda foi marcada pelo Serviços de Finanças de CASCAIS, para o dia 2015-07-22 11:00:00
   
    Para mais informações sobre este bem, pode visitar os detalhes da venda no site de Vendas Electrónicas de Bens Penhorados em [url]http://www.e-financas.gov.pt/vendas/detalheVenda.action?idVenda=1262&sf=1503&ano=2014[/url] ([url]http://www.e-financas.gov.pt/vendas/detalheVenda.action?idVenda=1262&sf=1503&ano=2014[/url])
   
    Se estiver interessado na aquisição do referido bem, poderá enviar electronicamente a proposta para o Serviço de Finanças responsável pela venda seleccionada até à data de 2015-07-22 11:00:00, através do link anterior.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2015-03-11 09:36:07
Citar
Bruxelas exige a Portugal devolução de 143 milhões de fundos agrícolas

D.D. 

A Comissão Europeia detectou falhas no sistema de controlo de pagamentos e identificou áreas agrícolas que estavam a receber ajudas de forma irregular. Por isso, exige que Portugal devolva mais de 143 milhões de euros.

A Direcção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia está a exigir ao Governo português o reembolso de 143,4 milhões de euros «relativos a pagamentos irregulares aos agricultores portugueses nos anos de 2009, 2010 e 2011».

A fatura, lê-se no jornal Público desta quarta-feira, ascende aos 143 milhões de euros terá de ser paga pelo Orçamento do Estado.

A exigência foi apresentada em Janeiro «e o Governo guardou-a discretamente até poder jogar o trunfo que lhe resta para evitar a perda desse montante», refere o diário.

Após dez meses de negociações em sede de uma instância de conciliação, «a Comissão Europeia recusa acolher as pretensões portuguesas e agora só uma decisão do Comité de Fundos Agrícolas - ou, numa instância final, do Tribunal de Justiça - poderá salvar o país desta pesada pena».
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-03-11 13:20:25
É impressionante a quantidade de contas acima de cem milhões que vêm do período Sócrates. Dá a ideia que o dinheiro não tinha valor nenhum.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: vbm em 2015-03-11 13:51:11
É impressionante a quantidade de contas acima de cem milhões que vêm do período Sócrates. Dá a ideia que o dinheiro não tinha valor nenhum.

É devolver o Sócrates.
E, já agora, o carlos alexandre, como brinde!
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-03-28 09:52:18
Esta noticia é realmente preocupante :
http://observador.pt/2015/03/27/ue-nao-entende-medidas-adotar-bacteria-ataca-oliveiras/ (http://observador.pt/2015/03/27/ue-nao-entende-medidas-adotar-bacteria-ataca-oliveiras/)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-03-28 10:36:10
Existe tratamento para esta doença.

http://www.google.com/patents/US20090202444 (http://www.google.com/patents/US20090202444)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2015-03-28 17:27:56
.....como não têm efectuado um "controlo" eficaz, do qual depende a boa aplicação dos recursos de Bruxelas.....agora vão "gastar" mais uns milhões que adicionados aos que vamos ter que devolver.....tudo somado faz uma bela quantia (+ de 150 milhões de euros).....


Citar
IFAP vai gastar 6,39 milhões de euros para controlar ajudas aos agricultores

Lusa26 de Março de 2015, às 19:50

O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) vai investir 6,39 milhões de euros em meios de controlo físico e teledeteção, no âmbito das ajudas comunitárias e apoios financeiros concedidos aos agricultores.

A despesa relativa à aquisição dos serviços necessários à realização de ações de controlo físico e por teledeteção, para os anos de 2016 a 2018, foi hoje aprovada no Conselho de Ministros.

"Trata-se de ações desenvolvidas no âmbito das ajudas e dos apoios financeiros concedidos pelo Instituto, enquanto organismo pagador do Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) e do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER)", adianta o comunicado do Conselho de Ministros.

Os apoios são sujeitos a um sistema integrado de gestão e de controlo, para verificar o cumprimento dos requisitos para concessão das ajudas, através de controlos físicos (visitas às explorações) e teledeteção (para apuramento das áreas dos beneficiários).

A aquisição dos serviços será alvo de um procedimento pré-contratual de concurso, segundo as regras do Código dos Contratos Públicos.

.....que deveria antes ser utilizada em mais apoios aos agricultores portugueses !
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-03-28 21:42:32
Esta noticia é realmente preocupante :
[url]http://observador.pt/2015/03/27/ue-nao-entende-medidas-adotar-bacteria-ataca-oliveiras/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/03/27/ue-nao-entende-medidas-adotar-bacteria-ataca-oliveiras/[/url])


Lá vamos ter que chamar aquelas pessoas muuuuuuito más , que só querem ganhar dinheiro, da Monsanto para encontrar
uma solução para o problema.

Quando eles inventarem um produto eficaz, nós esquecemos a patente e fazemos de graça... porque afinal
eles têm lucros obscenos... cambada de malfeitores...

(http://www.reactiongifs.com/r/wltz.gif)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Dilath Larath em 2015-03-29 02:15:21
Lá vamos ter que chamar aquelas pessoas muuuuuuito más , que só querem ganhar dinheiro, da Monsanto


Lobbyist Claims Monsanto's Roundup Is Safe To Drink, Freaks Out When Offered A Glass

Lobbyist Claims Monsanto's Roundup Is Safe To Drink, Freaks Out When Offered A Glass (http://www.youtube.com/watch?v=ovKw6YjqSfM#ws)

D/L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Dilath Larath em 2015-03-29 02:29:57
ó deuzito...

vai mas é beber um ganda copo de roundup...

D/L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-03-29 04:20:51
O roundup teve downsides mas também upsides muito grandes. Provavelmente é uma das razões para a estabilidade de preços de muitos produtos agrícolas ao longo de décadas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Dilath Larath em 2015-03-29 04:43:51
O roundup teve downsides mas também upsides muito grandes. Provavelmente é uma das razões para a estabilidade de preços de muitos produtos agrícolas ao longo de décadas.

o tipo de agricultura para qual a monsanto desenvolve produtos não é sustentável nem a longo nem a médio prazo.
e o planeta vai ter que produzir muito mais do que produz...
talvez seja esse o futuro da humanidade. jardineiros orgânicos. já fomos, podemos voltar a sê-lo. os robots tratam do resto.

D/L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-03-29 12:51:59
O roundup teve downsides mas também upsides muito grandes. Provavelmente é uma das razões para a estabilidade de preços de muitos produtos agrícolas ao longo de décadas.

o tipo de agricultura para qual a monsanto desenvolve produtos não é sustentável nem a longo nem a médio prazo.
e o planeta vai ter que produzir muito mais do que produz...
talvez seja esse o futuro da humanidade. jardineiros orgânicos. já fomos, podemos voltar a sê-lo. os robots tratam do resto.

D/L

O que acabas de dizer é contraditório - a Monsanto permitiu yields mais elevados. O que permitiu mais comida, mais produtividade, preços mais baixos.

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-03-29 13:18:35

O que acabas de dizer é contraditório - a Monsanto permitiu yields mais elevados. O que permitiu mais comida, mais produtividade, preços mais baixos.

Nitidamente.

Já para não falar da pressão legislativa para obrigar a baixar a toxicidade dos produtos, tanto para quem aplica como no impacto
ambiental.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2015-03-29 14:03:34
O roundup teve downsides mas também upsides muito grandes. Provavelmente é uma das razões para a estabilidade de preços de muitos produtos agrícolas ao longo de décadas.

o tipo de agricultura para qual a monsanto desenvolve produtos não é sustentável nem a longo nem a médio prazo.
e o planeta vai ter que produzir muito mais do que produz...
talvez seja esse o futuro da humanidade. jardineiros orgânicos. já fomos, podemos voltar a sê-lo. os robots tratam do resto.

D/L

O que acabas de dizer é contraditório - a Monsanto permitiu yields mais elevados. O que permitiu mais comida, mais produtividade, preços mais baixos.
Inc. isso vai "lixando" o solo.
Não é por acaso que muitos empresários espanhóis estão a vir para Portugal. Uma das razões é a exploração super-intensiva baseada neste e noutros tipos de produtos que vão lixando... tudo. A longo prazo, daquilo que alguém me vai informando, é contraproducente. Logo, é bom nos primeira décadas... mas a seguir ou repousas as terras etc... ou então a produção decai e muito.
Isto que afirmo de informação de quem me parece que entende alguma coisa.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-03-29 14:11:29

Inc. isso vai "lixando" o solo.
Não é por acaso que muitos empresários espanhóis estão a vir para Portugal. Uma das razões é a exploração super-intensiva baseada neste e noutros tipos de produtos que vão lixando... tudo. A longo prazo, daquilo que alguém me vai informando, é contraproducente. Logo, é bom nos primeira décadas... mas a seguir ou repousas as terras etc... ou então a produção decai e muito.
Isto que afirmo de informação de quem me parece que entende alguma coisa.

Muitas vezes a falta de formação , em certas produções agrícolas, leva a esse resultado.
Se um produto aumenta a produção ... aumenta-se a dose para produzir mais, não se respeitando o ponto de equilíbrio.
O mesmo se passa com o gado, as hormonas não são más per si, são nefastas quando utilizadas em excesso.

A tecnologia agro-alimentar requer formação.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-03-29 14:42:49
O roundup teve downsides mas também upsides muito grandes. Provavelmente é uma das razões para a estabilidade de preços de muitos produtos agrícolas ao longo de décadas.

o tipo de agricultura para qual a monsanto desenvolve produtos não é sustentável nem a longo nem a médio prazo.
e o planeta vai ter que produzir muito mais do que produz...
talvez seja esse o futuro da humanidade. jardineiros orgânicos. já fomos, podemos voltar a sê-lo. os robots tratam do resto.

D/L

O que acabas de dizer é contraditório - a Monsanto permitiu yields mais elevados. O que permitiu mais comida, mais produtividade, preços mais baixos.
Inc. isso vai "lixando" o solo.
Não é por acaso que muitos empresários espanhóis estão a vir para Portugal. Uma das razões é a exploração super-intensiva baseada neste e noutros tipos de produtos que vão lixando... tudo. A longo prazo, daquilo que alguém me vai informando, é contraproducente. Logo, é bom nos primeira décadas... mas a seguir ou repousas as terras etc... ou então a produção decai e muito.
Isto que afirmo de informação de quem me parece que entende alguma coisa.

O principal problema é que vão aparecendo espécies que desenvolvem resistências, etc. É uma batalha constante.

Naturalmente uma produção mais intensiva vai tirar rapidamente os nutrientes do solo e é necessário repô-los, para isso não existe solução. Uma produção mais lenta fará o mesmo ao longo do tempo (eventualmente compensada por alguma reposição natural, mas isso não é uma vantagem, é apenas o resultado da produção ser mais lenta).

Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Dilath Larath em 2015-03-29 17:22:32
O roundup teve downsides mas também upsides muito grandes. Provavelmente é uma das razões para a estabilidade de preços de muitos produtos agrícolas ao longo de décadas.

o tipo de agricultura para qual a monsanto desenvolve produtos não é sustentável nem a longo nem a médio prazo.
e o planeta vai ter que produzir muito mais do que produz...
talvez seja esse o futuro da humanidade. jardineiros orgânicos. já fomos, podemos voltar a sê-lo. os robots tratam do resto.

D/L

O que acabas de dizer é contraditório - a Monsanto permitiu yields mais elevados. O que permitiu mais comida, mais produtividade, preços mais baixos.
Inc. isso vai "lixando" o solo.
Não é por acaso que muitos empresários espanhóis estão a vir para Portugal. Uma das razões é a exploração super-intensiva baseada neste e noutros tipos de produtos que vão lixando... tudo. A longo prazo, daquilo que alguém me vai informando, é contraproducente. Logo, é bom nos primeira décadas... mas a seguir ou repousas as terras etc... ou então a produção decai e muito.
Isto que afirmo de informação de quem me parece que entende alguma coisa.

O principal problema é que vão aparecendo espécies que desenvolvem resistências, etc. É uma batalha constante.

Naturalmente uma produção mais intensiva vai tirar rapidamente os nutrientes do solo e é necessário repô-los, para isso não existe solução. Uma produção mais lenta fará o mesmo ao longo do tempo (eventualmente compensada por alguma reposição natural, mas isso não é uma vantagem, é apenas o resultado da produção ser mais lenta).

os solos esgotam-se de nutrientes. os solos em si desaparecem. a agricultura intensiva baseada am fertilizantes e herbicidas não é sustentável.
tem que se retornar ao solo o que se tira dele. não se pode simplesmente avançar para outro  terreno quando o primeiro ficar esgotado. não há suficiente.
na américa a coisa ainda foi passando porque são solos que só começaram a ser cultivados há 200/300 anos. noutras partes do mundo, com milénios de agricultura, o solo tem que ser regenerado. activa e passivamente.

D/L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Dilath Larath em 2015-03-29 17:58:53
Naturalmente uma produção mais intensiva vai tirar rapidamente os nutrientes do solo e é necessário repô-los, para isso não existe solução. Uma produção mais lenta fará o mesmo ao longo do tempo (eventualmente compensada por alguma reposição natural, mas isso não é uma vantagem, é apenas o resultado da produção ser mais lenta).

Existem soluções. Muitas até.
Culturas que melhoram o solo através da captura de nitrogénio que é um dos fertilizantes mais usados.
Rotação de culturas em vez de monocultura.
Consociação de culturas.

e principalmente, fazer solo. e não  é passivamente, esperar que a mãe natureza vá fabricando, é fabricá-lo mesmo.

os ziliões de toneladas de resíduos orgânicos que vão para os aterros actualmente, têm que ser reciclados e manufacturado solo a partir deles.

basicamente a filosofia é a seguinte: uma parcela de terra pode debitar, eternamente, não é para 10 ou 20 anos, uma determinada quantidade de alimentos.
essa parcela de terra tem que ser gerida de forma a nunca diminuir esse potencial e se possível aumentá-lo.

se equacionarmos a produção dessa parcela com o número de seres vivos que ela tem que alimentar (humanos, gado, porcos, aves, insectos, bactérias, fungos,invertebrados, etc etc etc) esses mesmos seres vivos têm que retornar ao solo - a essa mesma parcela - todos os resíduos orgânicos que produzirem, de forma a manter a quantidade necessária de nutrientes e matéria orgânica no solo. De forma a que a produção desse solo se possa perpetuar e o único input que precisa seja a energia do sol.
a água tem que ser reciclada igualmente. tem que se manter a água doce no solo muito mais tempo antes de ela fazer o seu caminho para o oceano.
a mesma água tem que ter múltiplos usos - rega, alimentação, preparação de alimentos, higiene etc etc.
tem que se fechar o circuito ao máximo e conservar os elementos necessários à produção, dentro do circuito - energia, nutrientes, água e matéria orgânica.

a monocultura intensiva não faz nada disso. despeja-se nutrientes (nitrogénio, fósforo, potássio) no solo que já existe e rega-se à fartazana.
a água da rega vai levando os nutrientes e matéria orgânica para longe do solo e para os cursos de água e daí para os oceanos. nada é recuperado. o próprio solo é erodido e não reposto. chega a um ponto pára. mesmo que haja nutrientes disponíveis,  já não há solo. foi todo levado pela erosão. já não há media físico para cultivar. só há poeira e rocha. é insustentável.

D/L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: D. Antunes em 2015-03-29 19:11:48
Penso que deveria haver muito maior controle sobre os novos químicos que são lançados. Muitas vezes não são estudados efeitos a longo prazo, seja no desenvolvimento de crianças, seja na fertilidade, seja o potencial oncológico.

Outro grande problema são as nano-partículas, principalmente as provenientes dos motores a diesel. Estima-se que tenham um efeito muito significativo na sobrevida média. Não percebo porque o diesel paga menos imposto, sendo mais nocivo que a gasolina e porque não há maiores incentivos para motores a gás, que tem vantagens em termos de custos e de poluição.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-03-29 21:05:31
Penso que deveria haver muito maior controle sobre os novos químicos que são lançados. Muitas vezes não são estudados efeitos a longo prazo, seja no desenvolvimento de crianças, seja na fertilidade, seja o potencial oncológico.

Outro grande problema são as nano-partículas, principalmente as provenientes dos motores a diesel. Estima-se que tenham um efeito muito significativo na sobrevida média. Não percebo porque o diesel paga menos imposto, sendo mais nocivo que a gasolina e porque não há maiores incentivos para motores a gás, que tem vantagens em termos de custos e de poluição.

Sim, para alguns destes químicos (penso que a componente activa do Roundup é um deles) existem desconfianças severas de outros efeitos graves, que não apenas os ligados à agricultura.

Por outro lado, as pessoas querem os alimentos baratos e em quantidade. E isso tendencialmente só vai lá com métodos destes.

-----------

Uma coisa engraçada que tem pouco a ver. A produtividade das vacas ao longo do último século também é uma coisa assustadora (o gráfico abaixo só apanha metade do século, a tendência já vem mais de trás):



Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Dilath Larath em 2015-03-29 21:16:29
Por outro lado, as pessoas querem os alimentos baratos e em quantidade. E isso tendencialmente só vai lá com métodos destes.

Assim não vai lá. Com métodos destes vamos chegar a um ponto em nem sequer interessa se os alimentos são caros. Não vai haver alimentos.
Sem solo, chapéu.
Há a alternativa da hidropónica. Mas não me parece que se possa alimentar os dez mil milhões que seremos em breve, só com base na cultura hidropónica.

D/L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-03-30 10:27:59
O Bezanas deve-se estar a rir às bandeiras despregadas com as calinadas sobre agricultura   ;D

Não é necessário solo para se fazer agricultura. Já tinha referido isto por aqui:

 - Na 2ª guerra mundial, um dos problemas era ter vegetais frescos nos navios de guerra que estavam meses no mar e começaram a reproduzir os vegetais em tabuleiros com substratos inertes e juntavam à água da rega os nutrientes necessários à alimentação das plantas no seu ciclo vegetativo.
- Após a 2ª guerra e com o estado de Israel a desenvolver-se, pegaram nessa idéia e desenvolveram-na, dando-lhe o nome de Hidroponismo, pois a única coisa que tinham era areia do deserto.
- Hoje o hidroponismo está bem implantado na agricultura, desde para alimentação caseira, como em extensões industriais.


 O que a mim me aterroriza, é a engenharia genética,  as modificação e manipulações genéticas que se fazem às plantas e não a degradação dos solos, pois o que levo à boca são esses alimentos e sem solo pode-se ter agricultura na mesma.

Por exemplo, modificaram milho com genes de uma alforreca para quando as plantas são atacadas por doenças e/ou pragas, brilham à noite, bastando ao agricultor aplicar pesticida na área exacta do ataque.
Também o fizeram com genes de outras espécies para potenciar a emissão de feromonas, que é utilizada pelas plantas para se comunicarem entre si, também com o objectivo de detetar e circunscrever ataques de pragas.


http://www.cienciahoje.pt/21692 (http://www.cienciahoje.pt/21692)

Israel já faz isto à bué de tempo. Já conhecia desde 1992, embora com um sistema de túneis de plastico, de modo a evaporar a água e fazer que o resultado da condensação, regue diretamente as plantas.

http://www.wired.co.uk/news/archive/2009-05/01/irrigation-system-can-grow-crops-with-salt-water (http://www.wired.co.uk/news/archive/2009-05/01/irrigation-system-can-grow-crops-with-salt-water)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-03-30 11:18:38

 O que a mim me aterroriza, é a engenharia genética,  as modificação e manipulações genéticas que se fazem às plantas e não a degradação dos solos, pois o que levo à boca são esses alimentos e sem solo pode-se ter agricultura na mesma.


O Homem faz cruzamentos de espécies à centenas de anos, para isolar ou reproduzir
a característica que lhe convém .
Mendel fez isso , o mercado das plantas faz isso.
O cruzamento entre variantes da espécie Humana implica alteração genética.

Nós , com a tecnologia de hoje, conseguimos fazer tudo muito mais rápido,
e admito que possa criar alguns receios.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: JoaoAP em 2015-03-30 11:22:07
Jeab,
diz-me onde fazem isso com Oliveiras, citrinos, vinha, batatas, etc...
mas com produção ...

Para alfaces, tomates, morangos, grãos, etc... ainda se conhecem...
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-03-30 11:35:39
Jeab,
diz-me onde fazem isso com Oliveiras, citrinos, vinha, batatas, etc...
mas com produção ...

Para alfaces, tomates, morangos, grãos, etc... ainda se conhecem...


A questão é económica e não técnica. Quando for viável económicamente, há técnica mais que suficiente para isso. Por exemplo, em Espanha é normal ver-se citrinos e pronóideas em estufas. Há técnica e claro, económicamente é viável para eles. Cá, as peras rochas aprodecem no chão, quanto mais em estufas ...

Quando era moço, o meu pai mostrava-me  as oliveiras milenares de azeitão http://olharescruzados.blogs.sapo.pt/26662.html (http://olharescruzados.blogs.sapo.pt/26662.html) e eram o objectivo de qualquer olivicultor possuir muitas dessas.
Hoje em dia são espécies reproduzidas por clonagem e obtidas por manipulação genética, exploradas em alta densidade, tipo sebes, de porte baixo e a começarem a produzir precocemente ( ao 2º ano, pasme-se)  . claro que a cultura é intensível e as plantas substituidas ao 16º ano. Lá se foram os milénios ...http://www.olint.com/pt-br/olint-homenageia-os-pioneiros-do-sistema-super-intensivo (http://www.olint.com/pt-br/olint-homenageia-os-pioneiros-do-sistema-super-intensivo)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-04-05 21:00:24
A junção da aquacultura e do Hidroponismo , conseguiram um novo modo de produção a aquaponica.

https://youtu.be/u7oDLIsGev8
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-06 10:03:45
A junção da aquacultura e do Hidroponismo , conseguiram um novo modo de produção a aquaponica.

https://youtu.be/u7oDLIsGev8

Técnicas existem muitas, o importante é saber o rendimento, eficiência e retorno líquido.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-04-06 10:56:39
A junção da aquacultura e do Hidroponismo , conseguiram um novo modo de produção a aquaponica.

https://youtu.be/u7oDLIsGev8

Técnicas existem muitas, o importante é saber o rendimento, eficiência e retorno líquido.

Correto :)   Nos primordios do hidroponismo em Portugal, eu era técnico reponsável por 5 Ha de estufas hortículas. O meu foco era redução de custos/versus produção. Estufas de semi-forçagem de paus de eucalipto, revestidos a plástico com duração trianual e troquei a mula e charrueco por motocultivador. A produção era vendida parte no mercado municipal, parte diretamente ao consumidor no local de produção e só o que não conseguia escoar a intermediários. Em encontro informal no almoço de curso, colegas meus à frente de produções modernas, com estufas em vidro de forçagem completa e culturas hidropónicas, olharam-me de esguelha, como o pobretanas e claro choveram os convites para ir visitar as explorações. E lá fui e claro ficava de boca aberta, não só pela tecnologia de ponta da altura, mas por ver solos altamente produtivos, isolados por plástico, para colocar sacos cheios de matéria estéril e depois darem toda a alimentação artificialmente a cada planta.
A coisa ficou deveras interessante quando chegámos à comparação de numeros e embora a produção deles fosse superior à minha no rácio m2, os custos eram 5 vezes superiores e pasme-se íam comercializar a preços semelhantes ao meu :) A maioria faliu após 5/6 anos de inicio de produção. Eu mantive-me à frente 15 anos das mesma exploração, melhorando paulatinamente as instalações/produção.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-06 12:31:48


Correto :)   Nos primordios do hidroponismo em Portugal, eu era técnico reponsável por 5 Ha de estufas hortículas. O meu foco era redução de custos/versus produção. Estufas de semi-forçagem de paus de eucalipto, revestidos a plástico com duração trianual e troquei a mula e charrueco por motocultivador. A produção era vendida parte no mercado municipal, parte diretamente ao consumidor no local de produção e só o que não conseguia escoar a intermediários. Em encontro informal no almoço de curso, colegas meus à frente de produções modernas, com estufas em vidro de forçagem completa e culturas hidropónicas, olharam-me de esguelha, como o pobretanas e claro choveram os convites para ir visitar as explorações. E lá fui e claro ficava de boca aberta, não só pela tecnologia de ponta da altura, mas por ver solos altamente produtivos, isolados por plástico, para colocar sacos cheios de matéria estéril e depois darem toda a alimentação artificialmente a cada planta.
A coisa ficou deveras interessante quando chegámos à comparação de numeros e embora a produção deles fosse superior à minha no rácio m2, os custos eram 5 vezes superiores e pasme-se íam comercializar a preços semelhantes ao meu :) A maioria faliu após 5/6 anos de inicio de produção. Eu mantive-me à frente 15 anos das mesma exploração, melhorando paulatinamente as instalações/produção.

Excelente post que resume a forma como se deve investir na Agricultura:
sempre de forma sustentada.

Um dos maiores problemas na Agricultura é convencerem os novos
investidores a endividarem-se com base em estudos de amortização pouco
credíveis... nunca mais se livram da bola de chumbo agarrada ao pé.

Começar na Agricultura tem de ser com terrenos próprios e o mínimo de
investimento , o básico de preferência usado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-09 10:59:13
Se se avançar para a inspeção de tratores agrícolas com critérios rígidos vai ser o fim de muitos agricultores, estive a falar com alguns e todos dizem se a inspeção for rígida vai acabar com muitos agricultores.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-11 12:04:52
esta ideia é muito boa, porque lidar com gado tem que se trabalhar a semana inteira.

http://expresso.sapo.pt/ovelhas-controladas-pela-net-sao-mais-produtivas=f918957 (http://expresso.sapo.pt/ovelhas-controladas-pela-net-sao-mais-produtivas=f918957)

Só quem tenha grandes extensões de terreno pode dar uma folga.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-17 13:40:18
Grande jogada da Caixa Geral de Depósitos


Andei a tratar dos subsídios agrícolas e é obrigatório um novo NIB com a cabeça de casal como titular e essa conta na CGD tem custos de manutenção mensal de 5 euros.

Há quem diga que vem o dinheiro de Bruxelas para o agricultor. Vem mas cada vez mais alguém lho tira.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-17 15:05:02
Grande jogada da Caixa Geral de Depósitos


Andei a tratar dos subsídios agrícolas e é obrigatório um novo NIB com a cabeça de casal como titular e essa conta na CGD tem custos de manutenção mensal de 5 euros.

Há quem diga que vem o dinheiro de Bruxelas para o agricultor. Vem mas cada vez mais alguém lho tira.

Podes explicar melhor: que tipo de subsídios ? que valores estamos a falar? e
onde fizeste a candidatura?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-17 15:18:47
Grande jogada da Caixa Geral de Depósitos


Andei a tratar dos subsídios agrícolas e é obrigatório um novo NIB com a cabeça de casal como titular e essa conta na CGD tem custos de manutenção mensal de 5 euros.

Há quem diga que vem o dinheiro de Bruxelas para o agricultor. Vem mas cada vez mais alguém lho tira.

Podes explicar melhor: que tipo de subsídios ? que valores estamos a falar? e
onde fizeste a candidatura?

Bem o tipo de subsídios é para terras não para gado , os valores são 500 a 600 euros por ano e a candidatura foi feita num particular.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-17 15:41:29

Bem o tipo de subsídios é para terras não para gado , os valores são 500 a 600 euros por ano e a candidatura foi feita num particular.

Para valores desses de subsídios podes optar por regime simplificado e abrindo
atividade no portal das finanças...digo eu :)

Quanto te cobra o tal particular?
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-17 15:51:34

Bem o tipo de subsídios é para terras não para gado , os valores são 500 a 600 euros por ano e a candidatura foi feita num particular.

Para valores desses de subsídios podes optar por regime simplificado e abrindo
atividade no portal das finanças...digo eu :)

Quanto te cobra o tal particular?

30 a 40 euros
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-17 15:56:38

30 a 40 euros

Então essa estória da conta na caixa é demais, mesmo à tugaland , a maioria
do dinheiro fica pelo caminho e pela burocracia.

Podes partilhar o formulário ou folha de requisitos , estou curioso para ver se
é só esse gato com rabo de fora ;D
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-17 15:59:54

30 a 40 euros

Então essa estória da conta na caixa é demais, mesmo à tugaland , a maioria
do dinheiro fica pelo caminho e pela burocracia.

Podes partilhar o formulário ou folha de requisitos , estou curioso para ver se
é só esse gato com rabo de fora ;D

não partilho porque não sei.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-17 16:02:52

30 a 40 euros

Então essa estória da conta na caixa é demais, mesmo à tugaland , a maioria
do dinheiro fica pelo caminho e pela burocracia.

Podes partilhar o formulário ou folha de requisitos , estou curioso para ver se
é só esse gato com rabo de fora ;D

não partilho porque não sei.

Vou procurar e se encontrar já coloco.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-17 16:24:51


Vou procurar e se encontrar já coloco.


Preciso do NIFAP para aceder à zona das candidaturas >:(

http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_informacoes/GC_entidades#.VTElYtJVgoJ (http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_informacoes/GC_entidades#.VTElYtJVgoJ)
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-17 19:12:01


Vou procurar e se encontrar já coloco.


Preciso do NIFAP para aceder à zona das candidaturas >:(

[url]http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_informacoes/GC_entidades#.VTElYtJVgoJ[/url] ([url]http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_informacoes/GC_entidades#.VTElYtJVgoJ[/url])


não percebo nada´do que queres.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-18 09:34:05

não percebo nada´do que queres.

Gosto sempre se estar a par do modus operandi do acesso a estes fundos,
é sempre uma caixinha de surpresas com muita imaginação à mistura.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-04-20 00:06:49


Correto :)   Nos primordios do hidroponismo em Portugal, eu era técnico reponsável por 5 Ha de estufas hortículas. O meu foco era redução de custos/versus produção. Estufas de semi-forçagem de paus de eucalipto, revestidos a plástico com duração trianual e troquei a mula e charrueco por motocultivador. A produção era vendida parte no mercado municipal, parte diretamente ao consumidor no local de produção e só o que não conseguia escoar a intermediários. Em encontro informal no almoço de curso, colegas meus à frente de produções modernas, com estufas em vidro de forçagem completa e culturas hidropónicas, olharam-me de esguelha, como o pobretanas e claro choveram os convites para ir visitar as explorações. E lá fui e claro ficava de boca aberta, não só pela tecnologia de ponta da altura, mas por ver solos altamente produtivos, isolados por plástico, para colocar sacos cheios de matéria estéril e depois darem toda a alimentação artificialmente a cada planta.
A coisa ficou deveras interessante quando chegámos à comparação de numeros e embora a produção deles fosse superior à minha no rácio m2, os custos eram 5 vezes superiores e pasme-se íam comercializar a preços semelhantes ao meu :) A maioria faliu após 5/6 anos de inicio de produção. Eu mantive-me à frente 15 anos das mesma exploração, melhorando paulatinamente as instalações/produção.

Excelente post que resume a forma como se deve investir na Agricultura:
sempre de forma sustentada.

Um dos maiores problemas na Agricultura é convencerem os novos
investidores a endividarem-se com base em estudos de amortização pouco
credíveis... nunca mais se livram da bola de chumbo agarrada ao pé.

Começar na Agricultura tem de ser com terrenos próprios e o mínimo de
investimento , o básico de preferência usado.

Não se pode dizer que uma estratégia é melhor do que a outra. As estufas climatizadas e em hidroponia produzem muito mais e permitem uma produção sem pesticidas. os auxiliares fazem o trabalho de alguns pesticidas e o produto vai para a cadeia alimentar sem resíduos químicos.a Sonae, Lidl e outros não deixam entrar produtos com resíduos químicos.
As estufas antigas têm um investimento menor mas não são tão produtivas, o uso de auxiliares também não pode ser usado todo o ano, quando está frio eles não se reproduzem e muitas vezes até morrem, o produtor têm de recorrer ao uso de pesticidas e está condenado a não conseguir vender à grande cadeia alimentar.
Com grande investimento ou pouco o que a estatística diz é que estão todos falidos, os custos de produção são altos, os processos de homologação de fitofármacos estão sempre alguns anos atrasados em relação a outros países e o produtor nacional dificilmente consegue exportar.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-04-20 00:14:26


Correto :)   Nos primordios do hidroponismo em Portugal, eu era técnico reponsável por 5 Ha de estufas hortículas. O meu foco era redução de custos/versus produção. Estufas de semi-forçagem de paus de eucalipto, revestidos a plástico com duração trianual e troquei a mula e charrueco por motocultivador. A produção era vendida parte no mercado municipal, parte diretamente ao consumidor no local de produção e só o que não conseguia escoar a intermediários. Em encontro informal no almoço de curso, colegas meus à frente de produções modernas, com estufas em vidro de forçagem completa e culturas hidropónicas, olharam-me de esguelha, como o pobretanas e claro choveram os convites para ir visitar as explorações. E lá fui e claro ficava de boca aberta, não só pela tecnologia de ponta da altura, mas por ver solos altamente produtivos, isolados por plástico, para colocar sacos cheios de matéria estéril e depois darem toda a alimentação artificialmente a cada planta.
A coisa ficou deveras interessante quando chegámos à comparação de numeros e embora a produção deles fosse superior à minha no rácio m2, os custos eram 5 vezes superiores e pasme-se íam comercializar a preços semelhantes ao meu :) A maioria faliu após 5/6 anos de inicio de produção. Eu mantive-me à frente 15 anos das mesma exploração, melhorando paulatinamente as instalações/produção.

Excelente post que resume a forma como se deve investir na Agricultura:
sempre de forma sustentada.

Um dos maiores problemas na Agricultura é convencerem os novos
investidores a endividarem-se com base em estudos de amortização pouco
credíveis... nunca mais se livram da bola de chumbo agarrada ao pé.

Começar na Agricultura tem de ser com terrenos próprios e o mínimo de
investimento , o básico de preferência usado.

Não se pode dizer que uma estratégia é melhor do que a outra. As estufas climatizadas e em hidroponia produzem muito mais e permitem uma produção sem pesticidas. os auxiliares fazem o trabalho de alguns pesticidas e o produto vai para a cadeia alimentar sem resíduos químicos.a Sonae, Lidl e outros não deixam entrar produtos com resíduos químicos.
As estufas antigas têm um investimento menor mas não são tão produtivas, o uso de auxiliares também não pode ser usado todo o ano, quando está frio eles não se reproduzem e muitas vezes até morrem, o produtor têm de recorrer ao uso de pesticidas e está condenado a não conseguir vender à grande cadeia alimentar.
Com grande investimento ou pouco o que a estatística diz é que estão todos falidos, os custos de produção são altos, os processos de homologação de fitofármacos estão sempre alguns anos atrasados em relação a outros países e o produtor nacional dificilmente consegue exportar.

Para eliminar este problema bem como os custos associados bastaria uma linha na lei a dizer "o que está aprovado no país X, está aprovado em Portugal" (escolhendo-se um país eficiente e simultaneamente cujos critérios nos agradassem).

O mesmo tipo de "aprovação parasitária" poderia ser usada em centenas de campos diferentes, libertando Portugal dos custos associados e simultaneamente tornando-o mais eficaz.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-20 10:53:54

@Mig, não aproveitaste o post do jeab para aprender, está lá preto no branco a questão
dos custos na margem final.



Para eliminar este problema bem como os custos associados bastaria uma linha na lei a dizer "o que está aprovado no país X, está aprovado em Portugal" (escolhendo-se um país eficiente e simultaneamente cujos critérios nos agradassem).


Não sei até que ponto Portugal pode fazer isso, sobrepondo-se à UE.

Esses entraves legais, picuínhas, são meros instrumentos protecionistas .Se não for isso
é outra coisa.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-04-20 12:07:36

@Mig, não aproveitaste o post do jeab para aprender, está lá preto no branco a questão
dos custos na margem final.







Aprendi sim...aprende-se sempre. estou no terreno e sei como se produz em ambos os casos, limitei-me apontar as falhas de um caso e outro e dizer que não é assim tão linear dizer que as estufas de menor investimento podem ser tão rentáveis como as de vidro climatizadas.
Lembrei também que o uso dos auxiliares hoje é imprescindível na agricultura e com estufas em plástico o seu uso durante o ano é bastante limitado.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-04-20 12:30:07

@Mig, não aproveitaste o post do jeab para aprender, está lá preto no branco a questão
dos custos na margem final.



Para eliminar este problema bem como os custos associados bastaria uma linha na lei a dizer "o que está aprovado no país X, está aprovado em Portugal" (escolhendo-se um país eficiente e simultaneamente cujos critérios nos agradassem).


Não sei até que ponto Portugal pode fazer isso, sobrepondo-se à UE.

Esses entraves legais, picuínhas, são meros instrumentos protecionistas .Se não for isso
é outra coisa.

Escolhias um país da UE. Se te fosse imposto a existência de um método de inspecção, reduzirias o método a um punhado de pessoas a transcrever aprovações desse país-alvo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Deus Menor em 2015-04-20 12:49:58

Escolhias um país da UE. Se te fosse imposto a existência de um método de inspecção, reduzirias o método a um punhado de pessoas a transcrever aprovações desse país-alvo.

Para uma pessoa como tu, prática, é normal , mas o sistema é altamente
tecnocrático , subalternizado politicamente, para manter os centros de decisão.

A livre concorrência não existe porque não interessa a todos, por isso é que é sempre
uma negociação aquando da discussão dos planos da PAC.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-04-20 14:55:26

@Mig, não aproveitaste o post do jeab para aprender, está lá preto no branco a questão
dos custos na margem final.









Aprendi sim...aprende-se sempre. estou no terreno e sei como se produz em ambos os casos, limitei-me apontar as falhas de um caso e outro e dizer que não é assim tão linear dizer que as estufas de menor investimento podem ser tão rentáveis como as de vidro climatizadas.
Lembrei também que o uso dos auxiliares hoje é imprescindível na agricultura e com estufas em plástico o seu uso durante o ano é bastante limitado.


Se estás no terreno, não devias misturar alhos com bugalhos .

1º - Estufas em plástico, há de diversos tipos e finalidades e podes ter estufas em plástico, com forçagem completa e claro o que chamas de meios auxiliares ( senão, não se poderia fazer a forçagem completa climática)

2º - Não é verdade que as grandes superficies controlem os pesticidas dos legumes e frutas. É mencionado nos contratos que fazem com os agricultores fornecedores, em que os agricultores se responsabilizam pela entrega dos produtos com a toxicidade legal. É um dos maiores problemas existentes, é a ainda utilização de pesticidas sem controlo por parte de um técnico e o cumprimento dos prazos até a colheita é deixada à "boa vontade" do agricultor.  http://agrotec.pt/ue-97-dos-alimentos-contem-residuos-de-pesticidas-dentro-dos-limites-legais/ (http://agrotec.pt/ue-97-dos-alimentos-contem-residuos-de-pesticidas-dentro-dos-limites-legais/)

3º - Misturas guerra biologica na agricultura com a aplicação de pesticidas. Normalmente só se consegue substituir os biocidas com a guerra biologica, mas há classes de pesticidas que não se consegue ( ex. herbicidas selectivos)

De qualquer modo, não estou a defender seja que método agricola for, pois em 1º lugar o importante é o mercado. Diz-me que mercados é, que eu dir-te-ei qual o método melhor :) 
Agora o exemplo que dei, se leste com atenção, vías que eu disse que o aumento de produção resultante do hidroponismo, não era suficiente, nem por sombras para ser rentável a vender a produção nos mesmos locais e preços que eu vendia, com custos de produção muitissimo mais baixos.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-04-20 16:16:54

@Mig, não aproveitaste o post do jeab para aprender, está lá preto no branco a questão
dos custos na margem final.











Se estás no terreno, não devias misturar alhos com bugalhos .

1º - Estufas em plástico, há de diversos tipos e finalidades e podes ter estufas em plástico, com forçagem completa e claro o que chamas de meios auxiliares ( senão, não se poderia fazer a forçagem completa climática)

2º - Não é verdade que as grandes superficies controlem os pesticidas dos legumes e frutas. É mencionado nos contratos que fazem com os agricultores fornecedores, em que os agricultores se responsabilizam pela entrega dos produtos com a toxicidade legal. É um dos maiores problemas existentes, é a ainda utilização de pesticidas sem controlo por parte de um técnico e o cumprimento dos prazos até a colheita é deixada à "boa vontade" do agricultor.  [url]http://agrotec.pt/ue-97-dos-alimentos-contem-residuos-de-pesticidas-dentro-dos-limites-legais/[/url] ([url]http://agrotec.pt/ue-97-dos-alimentos-contem-residuos-de-pesticidas-dentro-dos-limites-legais/[/url])

3º - Misturas guerra biologica na agricultura com a aplicação de pesticidas. Normalmente só se consegue substituir os biocidas com a guerra biologica, mas há classes de pesticidas que não se consegue ( ex. herbicidas selectivos)

De qualquer modo, não estou a defender seja que método agricola for, pois em 1º lugar o importante é o mercado. Diz-me que mercados é, que eu dir-te-ei qual o método melhor :) 
Agora o exemplo que dei, se leste com atenção, vías que eu disse que o aumento de produção resultante do hidroponismo, não era suficiente, nem por sombras para ser rentável a vender a produção nos mesmos locais e preços que eu vendia, com custos de produção muitissimo mais baixos.


Quem vejo aqui a misturar alhos com bugalhos és tu.
Primeiro ponto, a grande cadeia alimentar já toda têm laboratórios, mesmo os entrepostos como o Estevão Luís Salvador, se tens algum resíduo químico no produto ele simplesmente não entra na grande cadeia alimentar.

Segundo ponto, falas em herbicidas seletivos e como sabes os auxiliares nada têm a ver com herbicidas mas sim com inseticidas.o grande combate nas estufas é às pragas, os herbicidas seletivos em estufas não são usados uma vez que é tudo em hidroponia.

Terceiro ponto as estufas em plástico estão quase todas desatualizadas a não ser as recentes que têm entrada dupla para não permitir a fuga dos auxiliares. em Almeria só usam rede nas estufas e foi subsidiado pelo governo. Podes argumentar com o que entenderes, hoje se não produzes com combate às pragas em modo bio estás condenado a não vender, a não ser que o teu mercado seja as mercearias. Quanto ao custo de produção também não concordo, poupas em produtos mas tens de gastar em mão de obra e continuas com o mesmo problema, se usares pesticidas o teu mercado afunila cada vez mais para o pequeno retalho e isso têm custos logísticos muito grandes.
Os grandes investimentos estrangeiros em Portugal ultimamente nas culturas de estufa no comestível são em vidro, nem perdem tempo com o plástico. têm a climatização a 25 graus e produzem 12 meses, usam apenas auxiliares no combate às pragas e fitofármacos apenas os bio, compatíveis com os auxiliares. Nas flores e aromáticas também já se começa a ver estruturas novas em vidro.
O vender localmente infelizmente não têm viabilidade e as regras têm de mudar, têm de passar a ter o mesmo controlo das grandes superfícies, vi muitas vezes usarem fungicidas como o fosetil de alumínio e poucos dias depois estarem a colher e entregar nos pontos de venda.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-04-20 17:39:11
A vossa divergência provavelmente emana do facto de o jeab ter estado a descrever uma situação passada, e o mig falar agora do presente.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-04-20 17:45:07
A vossa divergência provavelmente emana do facto de o jeab ter estado a descrever uma situação passada, e o mig falar agora do presente.

Exatamente Incognitus. De resto este novo rumo é melhor para todos, o produto chega ao consumidor com mais segurança alimentar e a mão de obra não está exposta a muita barbárie que se fez no passado.
Recentemente mudei de ramo, continuo a ter muitos amigos na área e alguns com projetos recentes. A agricultura neste país está condenada ao fracasso por vários motivos. A não ser alguns projetos no Alentejo e Oeste o restante passado 5 anos fecha quase tudo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2015-04-20 19:25:27
1/ o "tail risk" associado ao investimento numa estrutura de vidro é bastante elevado em Portugal devido à volatilidade do nosso clima.

2/ os custos de investimento em cultura hidropónica vão baixar para metade em 5 anos.

3/ existe excesso de investimento, com implicações muito negativas para os retornos esperados na maioria dos projectos.


Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-28 18:35:45
Parece que a amêndoa vai ser bem paga em 2015.

http://www.theland.com.au/news/agriculture/horticulture/general-news/world-going-nuts-for-aus-almonds/2721373.aspx (http://www.theland.com.au/news/agriculture/horticulture/general-news/world-going-nuts-for-aus-almonds/2721373.aspx)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-28 18:51:59
O preço da amêndoa duplica de ano para ano.

http://blog.crisolar.es/?p=2558 (http://blog.crisolar.es/?p=2558)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-04-28 18:53:51
Parece que a amêndoa vai ser bem paga em 2015.

[url]http://www.theland.com.au/news/agriculture/horticulture/general-news/world-going-nuts-for-aus-almonds/2721373.aspx[/url] ([url]http://www.theland.com.au/news/agriculture/horticulture/general-news/world-going-nuts-for-aus-almonds/2721373.aspx[/url])


 o maior produtor, a califórnia está em riscos de colapsar...

L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-04-28 18:57:38
A agricultura neste país está condenada ao fracasso por vários motivos. A não ser alguns projetos no Alentejo e Oeste o restante passado 5 anos fecha quase tudo.

explica-me lá isso como se eu tivesse 5 anos, mig.
portugal tem clima. tem terra (o interior está despovoado). não tem assim uma brutalidade de água, mas vai tendo alguma.
qual é que é o problema principal?

e porque é que se cultiva tanto em estufa com um clima como o nosso?

disclaimer: não percebo nadinha disto, por isso peço desculpa por perguntas eventualmente imbecis.

L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-04-29 11:20:31
A agricultura neste país está condenada ao fracasso por vários motivos. A não ser alguns projetos no Alentejo e Oeste o restante passado 5 anos fecha quase tudo.

explica-me lá isso como se eu tivesse 5 anos, mig.
portugal tem clima. tem terra (o interior está despovoado). não tem assim uma brutalidade de água, mas vai tendo alguma.
qual é que é o problema principal?

e porque é que se cultiva tanto em estufa com um clima como o nosso?

disclaimer: não percebo nadinha disto, por isso peço desculpa por perguntas eventualmente imbecis.

L

Lark, realmente o país têm um clima único para agricultura, por exemplo no tomate fresco juntamente com a califórnia é o mais produtivo do mundo por m2. o problema são os "anexos"
Estamos numa ponta da Europa, exportar têm custos de transporte que perde a competitividade, as homologações de fitofármacos  andam sempre atrasadas em anos em relação a Espanha, logo ganham vantagem em métodos de produção e competitividade de preço.
O caso das culturas ao ar livre é diferente, há realmente um grande potencial mas existe o problema da dimensão, os terrenos são pequenos e não se consegue competir com países que pulverizam de avioneta.
Recentemente o escândalo em Espanha com um politico do PP revelou bem o que se passa. O Elpaís num trabalho de investigação filmou uma propriedade agrícola na Argentina que produz laranja e limão que é 6 vezes maior que Barcelona, as pulverizações são feitas de avioneta e essa laranja e limão vão todos os dias para Espanha. De lembrar que Espanha era o maior produtor de laranja da Europa.
Depois há o problema dos transgénicos, a Europa consome todos os dias mas não pode produzir. Ora quem produz com transgénico têm um custo de produção muitíssimo mais baixo, e não há maneira de competir em preços. a Europa só têm um caminho ou deixa produzir em transgénico ou então proíbe o seu consumo. Nós sem nos darmos conta todos os dias comemos transgénicos, mcdonalds, nestlé, óleo de fritar,etc.

Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-04-29 11:25:42
A cultura de longe mais rentável em Portugal, é a cultura dos subsídios. :D
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-04-29 12:14:24
A cultura de longe mais rentável em Portugal, é a cultura dos subsídios. :D

Pois...esse é outro grande problema e responsável por a maioria dos bons terrenos não estar disponível ao arrendamento.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-30 14:36:03
Hoje fui ver as amendoeiras e nada, não têm amêndoa. O kilo pode ir para 4 a 5 euros o kilo que eu não tenho.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-04-30 15:00:00
É um dos problemas da agricultura (a nível local). Quando há boas colheitas o preço não presta porque toda a gente tem boas colheitas. Quando não há boas colheitas o preço é muito bom, mas isso acontece porque a maioria não tem produto suficiente para vender.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-04-30 15:06:01
É um dos problemas da agricultura (a nível local). Quando há boas colheitas o preço não presta porque toda a gente tem boas colheitas. Quando não há boas colheitas o preço é muito bom, mas isso acontece porque a maioria não tem produto suficiente para vender.

Não por acaso eu quando andava de carro as amendoeiras á beira da estrada estão carregadas e eu estava convencido que as minhas também estavam, mas não, as amendoeiras novas estão bastante carregadas, as minhas já são velhotas e têm duas ou três amêndoas.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-04-30 15:58:53
A agricultura neste país está condenada ao fracasso por vários motivos. A não ser alguns projetos no Alentejo e Oeste o restante passado 5 anos fecha quase tudo.

explica-me lá isso como se eu tivesse 5 anos, mig.
portugal tem clima. tem terra (o interior está despovoado). não tem assim uma brutalidade de água, mas vai tendo alguma.
qual é que é o problema principal?

e porque é que se cultiva tanto em estufa com um clima como o nosso?

disclaimer: não percebo nadinha disto, por isso peço desculpa por perguntas eventualmente imbecis.

L

Lark, realmente o país têm um clima único para agricultura, por exemplo no tomate fresco juntamente com a califórnia é o mais produtivo do mundo por m2. o problema são os "anexos"
Estamos numa ponta da Europa, exportar têm custos de transporte que perde a competitividade, as homologações de fitofármacos  andam sempre atrasadas em anos em relação a Espanha, logo ganham vantagem em métodos de produção e competitividade de preço.
O caso das culturas ao ar livre é diferente, há realmente um grande potencial mas existe o problema da dimensão, os terrenos são pequenos e não se consegue competir com países que pulverizam de avioneta.
Recentemente o escândalo em Espanha com um politico do PP revelou bem o que se passa. O Elpaís num trabalho de investigação filmou uma propriedade agrícola na Argentina que produz laranja e limão que é 6 vezes maior que Barcelona, as pulverizações são feitas de avioneta e essa laranja e limão vão todos os dias para Espanha. De lembrar que Espanha era o maior produtor de laranja da Europa.
Depois há o problema dos transgénicos, a Europa consome todos os dias mas não pode produzir. Ora quem produz com transgénico têm um custo de produção muitíssimo mais baixo, e não há maneira de competir em preços. a Europa só têm um caminho ou deixa produzir em transgénico ou então proíbe o seu consumo. Nós sem nos darmos conta todos os dias comemos transgénicos, mcdonalds, nestlé, óleo de fritar,etc.

obg pela resposta.
temos as condições da califórnia - sem o problema da seca, por enquanto. a califórnia é a maior exportadora de produtos alimentares dentro dos estado unidos.
temos portanto um potencial brutal.

qual é para ti o primeiro dos primeiros obstáculos ao realizar desse potencial?

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-04-30 16:38:27
O mig já explicou alguns nesse mesmo post:

1) "custos de transporte"
2) "as homologações de fitofármacos  andam sempre atrasadas em anos em relação a Espanha"
3) "o problema da dimensão, os terrenos são pequenos e não se consegue competir com países que pulverizam de avioneta"
4) "o problema dos transgénicos"

Alguns destes problemas seriam bastante fáceis de resolver, como o 2º e o 4º. Para o 2º bastaria dar aqui como aprovado o que quer que fosse aprovado em 2-3-4 outros países (não em todos, bastaria num). Automaticamente ficávamos a par do mais rápido desses páises.

Para o 4º bastaria adoptar as regras de quem permite os transgénicos.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-04-30 16:43:20
O mig já explicou alguns nesse mesmo post:

1) "custos de transporte"
2) "as homologações de fitofármacos  andam sempre atrasadas em anos em relação a Espanha"
3) "o problema da dimensão, os terrenos são pequenos e não se consegue competir com países que pulverizam de avioneta"
4) "o problema dos transgénicos"

Alguns destes problemas seriam bastante fáceis de resolver, como o 2º e o 4º. Para o 2º bastaria dar aqui como aprovado o que quer que fosse aprovado em 2-3-4 outros países (não em todos, bastaria num). Automaticamente ficávamos a par do mais rápido desses páises.

Para o 4º bastaria adoptar as regras de quem permite os transgénicos.

eu gostaria de saber qual o primeiro dos primeiros. O meu intelecto não abarca muita coisa ao mesmo tempo.
qual é o maior, aquele que se não for resolvido impede total e absolutamente o progresso da agricultura em Portugal?
depois logo vamos aos outros.

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Local em 2015-04-30 16:44:39
Penso que o maior problema é a dimensão das propriedades.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-04-30 16:45:58
O mig já explicou alguns nesse mesmo post:

1) "custos de transporte"
2) "as homologações de fitofármacos  andam sempre atrasadas em anos em relação a Espanha"
3) "o problema da dimensão, os terrenos são pequenos e não se consegue competir com países que pulverizam de avioneta"
4) "o problema dos transgénicos"

Alguns destes problemas seriam bastante fáceis de resolver, como o 2º e o 4º. Para o 2º bastaria dar aqui como aprovado o que quer que fosse aprovado em 2-3-4 outros países (não em todos, bastaria num). Automaticamente ficávamos a par do mais rápido desses páises.

Para o 4º bastaria adoptar as regras de quem permite os transgénicos.

eu gostaria de saber qual o primeiro dos primeiros. O meu intelecto não abarca muita coisa ao mesmo tempo.
qual é o maior, aquele que se não for resolvido impede total e absolutamente o progresso da agricultura em Portugal?
depois logo vamos aos outros.

L

Duvido que exista UM problema que estraga tudo. Deve ser, como o mig reporta, um acumular de problemas. Alguns dos problemas até nem devem estar citados e são culturais, tipo "ir para a agricultura" ser visto como sendo "ir para o castigo".
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-04-30 16:53:44
O mig já explicou alguns nesse mesmo post:

1) "custos de transporte"
2) "as homologações de fitofármacos  andam sempre atrasadas em anos em relação a Espanha"
3) "o problema da dimensão, os terrenos são pequenos e não se consegue competir com países que pulverizam de avioneta"
4) "o problema dos transgénicos"

Alguns destes problemas seriam bastante fáceis de resolver, como o 2º e o 4º. Para o 2º bastaria dar aqui como aprovado o que quer que fosse aprovado em 2-3-4 outros países (não em todos, bastaria num). Automaticamente ficávamos a par do mais rápido desses páises.

Para o 4º bastaria adoptar as regras de quem permite os transgénicos.

eu gostaria de saber qual o primeiro dos primeiros. O meu intelecto não abarca muita coisa ao mesmo tempo.
qual é o maior, aquele que se não for resolvido impede total e absolutamente o progresso da agricultura em Portugal?
depois logo vamos aos outros.

L

Duvido que exista UM problema que estraga tudo. Deve ser, como o mig reporta, um acumular de problemas. Alguns dos problemas até nem devem estar citados e são culturais, tipo "ir para a agricultura" ser visto como sendo "ir para o castigo".

deixa o pessoal expressar-se. o local já deu como 1º motivo o que tu reputas como terceiro.
há aqui conhecedores da temática. nem tu nem eu somos. deixa-os falar.

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-04-30 16:55:22
O mig já explicou alguns nesse mesmo post:

1) "custos de transporte"
2) "as homologações de fitofármacos  andam sempre atrasadas em anos em relação a Espanha"
3) "o problema da dimensão, os terrenos são pequenos e não se consegue competir com países que pulverizam de avioneta"
4) "o problema dos transgénicos"

Alguns destes problemas seriam bastante fáceis de resolver, como o 2º e o 4º. Para o 2º bastaria dar aqui como aprovado o que quer que fosse aprovado em 2-3-4 outros países (não em todos, bastaria num). Automaticamente ficávamos a par do mais rápido desses páises.

Para o 4º bastaria adoptar as regras de quem permite os transgénicos.

eu gostaria de saber qual o primeiro dos primeiros. O meu intelecto não abarca muita coisa ao mesmo tempo.
qual é o maior, aquele que se não for resolvido impede total e absolutamente o progresso da agricultura em Portugal?
depois logo vamos aos outros.

L

Duvido que exista UM problema que estraga tudo. Deve ser, como o mig reporta, um acumular de problemas. Alguns dos problemas até nem devem estar citados e são culturais, tipo "ir para a agricultura" ser visto como sendo "ir para o castigo".

deixa o pessoal expressar-se. o local já deu como 1º motivo o que tu reputas como terceiro.
há aqui conhecedores da temática. nem tu nem eu somos. deixa-os falar.

L

Eu não ordenei os problemas de acordo com a sua possível importância e sim de acordo com a ordem pela qual o mig os citou. Numerei-os apenas para que de seguida pudesse referir-me a dois específicos que são fáceis de resolver.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-04-30 17:17:36
O mig já explicou alguns nesse mesmo post:

1) "custos de transporte"
2) "as homologações de fitofármacos  andam sempre atrasadas em anos em relação a Espanha"
3) "o problema da dimensão, os terrenos são pequenos e não se consegue competir com países que pulverizam de avioneta"
4) "o problema dos transgénicos"

Alguns destes problemas seriam bastante fáceis de resolver, como o 2º e o 4º. Para o 2º bastaria dar aqui como aprovado o que quer que fosse aprovado em 2-3-4 outros países (não em todos, bastaria num). Automaticamente ficávamos a par do mais rápido desses páises.

Para o 4º bastaria adoptar as regras de quem permite os transgénicos.

eu gostaria de saber qual o primeiro dos primeiros. O meu intelecto não abarca muita coisa ao mesmo tempo.
qual é o maior, aquele que se não for resolvido impede total e absolutamente o progresso da agricultura em Portugal?
depois logo vamos aos outros.

L

Duvido que exista UM problema que estraga tudo. Deve ser, como o mig reporta, um acumular de problemas. Alguns dos problemas até nem devem estar citados e são culturais, tipo "ir para a agricultura" ser visto como sendo "ir para o castigo".

deixa o pessoal expressar-se. o local já deu como 1º motivo o que tu reputas como terceiro.
há aqui conhecedores da temática. nem tu nem eu somos. deixa-os falar.

L

Eu não ordenei os problemas de acordo com a sua possível importância e sim de acordo com a ordem pela qual o mig os citou. Numerei-os apenas para que de seguida pudesse referir-me a dois específicos que são fáceis de resolver.

tá bem!
não transformes tudo numa luta.
fiz uma pergunta ao mig, e acolho todas as respostas que qualquer pessoa quiser dar.
escusas de estar a intervir constantemente em temas laterais.

pus a questão tal como ele é relevante para mim.
não definas tu o que é relevante para mim.

L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-01 11:35:23



L

Lark, realmente o país têm um clima único para agricultura, por exemplo no tomate fresco juntamente com a califórnia é o mais produtivo do mundo por m2. o problema são os "anexos"
Estamos numa ponta da Europa, exportar têm custos de transporte que perde a competitividade, as homologações de fitofármacos  andam

obg pela resposta.
temos as condições da califórnia - sem o problema da seca, por enquanto. a califórnia é a maior exportadora de produtos alimentares dentro dos estado unidos.
temos portanto um potencial brutal.

qual é para ti o primeiro dos primeiros obstáculos ao realizar desse potencial?

L

Os obstáculos são não conseguir ser competitivo, em Espanha como referi há produtos que estão a ser usados que aqui ainda não estão homologados. Depois em território estamos numa ponta, o produto agrícola é de baixo custo e transportar para o resto da Europa sai muito caro.
A vantagem da Polónia é essa, produz a baixo custo e têm países muito perto com poder de compra como Alemanha.
Os subsídios também não contribuem, se tens um grande terreno preferes receber de Bruxelas do que alugar, é que pensas bem...vou alugar e o gajo se a coisa não corre bem não paga a renda, da CEE  não falha.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-01 11:56:57
mig é errado ver a agricultura portuguesa como um todo.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-05-01 15:05:44



L

Lark, realmente o país têm um clima único para agricultura, por exemplo no tomate fresco juntamente com a califórnia é o mais produtivo do mundo por m2. o problema são os "anexos"
Estamos numa ponta da Europa, exportar têm custos de transporte que perde a competitividade, as homologações de fitofármacos  andam

obg pela resposta.
temos as condições da califórnia - sem o problema da seca, por enquanto. a califórnia é a maior exportadora de produtos alimentares dentro dos estado unidos.
temos portanto um potencial brutal.

qual é para ti o primeiro dos primeiros obstáculos ao realizar desse potencial?

L

Os obstáculos são não conseguir ser competitivo, em Espanha como referi há produtos que estão a ser usados que aqui ainda não estão homologados. Depois em território estamos numa ponta, o produto agrícola é de baixo custo e transportar para o resto da Europa sai muito caro.
A vantagem da Polónia é essa, produz a baixo custo e têm países muito perto com poder de compra como Alemanha.
Os subsídios também não contribuem, se tens um grande terreno preferes receber de Bruxelas do que alugar, é que pensas bem...vou alugar e o gajo se a coisa não corre bem não paga a renda, da CEE  não falha.

Competitividade. Então o problema da agricultura não é muito diferente de qualquer outo sector.
outra pergunta:
em relação à dimensão dos terrenos.
A holanda é bem avançada na agricultura e não acredito que a dimensão dos terrenos seja muito superior que aqui. A holanda é minúscula. também é plana. poderá ser isso.

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-01 15:13:21
Eu não conheço a agricultura holandesa mas eu penso que eles dominam os canais de distribuição, aqui em Portugal o produto do agricultor passa por muitos intermediários para chegar ao consumidor.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-01 16:02:33
Eu não conheço a agricultura holandesa mas eu penso que eles dominam os canais de distribuição, aqui em Portugal o produto do agricultor passa por muitos intermediários para chegar ao consumidor.

Exatamente. As flores têm uma cotação diária e é pago um preço justo, aqui os intermediários esmagam. Outro problema nas flores é que se for made in Portugal não entra no mercado de Paris. A maioria dos que exportam vendem para a Holanda, leva etiqueta holandesa e depois é que vai para o mercado de Paris.
No governo de Sócrates apostaram muito nas flores, melhor clima que a Holanda foi a grande bandeira, anos depois falhou quase tudo e a maioria fechou passados cinco anos. Produzem bem, o clima é ótimo, falha o restante que já mencionei.
Agora estão nas rua da amargura, Colômbia e Equador metem flor na Europa a preços impossíveis de competir.
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-05-01 16:07:03
Competitividade. Então o problema da agricultura não é muito diferente de qualquer outo sector.

a falta de competitividade é um sintoma, não é exactamente o problema.
voltamos às dimensões dos terrenos.

pelos vistos os holandeses não têm esse problema mesmo tendo um país mais pequeno que o nosso e com pior clima.
conseguem cortar na intermediação.

o que é a holanda tem de especial em relação a nós.

de qualquer forma, conmsideram que é a dimensão dos terrenos ou a intermediação o principal problema?

L
Título: Re:Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-01 16:13:32
Competitividade. Então o problema da agricultura não é muito diferente de qualquer outo sector.

a falta de competitividade é um sintoma, não é exactamente o problema.
voltamos às dimensões dos terrenos.

pelos vistos os holandeses não têm esse problema mesmo tendo um país mais pequeno que o nosso e com pior clima.
conseguem cortar na intermediação.

o que é a holanda tem de especial em relação a nós.

de qualquer forma, conmsideram que é a dimensão dos terrenos ou a intermediação o principal problema?

L

Lark a situação na Holanda também mudou bastante. Muitos mudaram para o Quénia e outros países, a Holanda já não produz muito. vive da imagem de marca e compra a outros países para depois etiquetar e vender nos mercados com valor acrescentado como o francês. Essa flor se entrar no mercado de luxo com etiqueta do Equador ou outro país já não vende.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-05-09 17:57:26
http://www.ted.com/talks/pamela_ronald_the_case_for_engineering_our_food/transcript?language=en (http://www.ted.com/talks/pamela_ronald_the_case_for_engineering_our_food/transcript?language=en)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-14 18:27:27
Tenho terrenos agrícolas em duas aldeias distintas uma tem jovens agricultores que têm tratores e pago e lavram terrenos noutra aldeia não existem jovens agricultores e quem me lavra os terrenos é uma pessoa com certa idade e estou preocupado é que daqui a uns anos não tenho tratorista para lavrar as terras.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-05-14 20:17:48
https://www.youtube.com/watch?v=8ORBmW2yry8&index=2&list=TL6xIIk9RzwHM (https://www.youtube.com/watch?v=8ORBmW2yry8&index=2&list=TL6xIIk9RzwHM)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: jeab em 2015-05-14 20:51:18
http://www.marketwatch.com/story/more-than-40-of-us-honeybee-colonies-died-in-past-12-months-usda-2015-05-13?dist=afterbell&link=sfmw (http://www.marketwatch.com/story/more-than-40-of-us-honeybee-colonies-died-in-past-12-months-usda-2015-05-13?dist=afterbell&link=sfmw)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-14 23:52:00
Tenho terrenos agrícolas em duas aldeias distintas uma tem jovens agricultores que têm tratores e pago e lavram terrenos noutra aldeia não existem jovens agricultores e quem me lavra os terrenos é uma pessoa com certa idade e estou preocupado é que daqui a uns anos não tenho tratorista para lavrar as terras.

No país o que não falta é jovens a querer lavrar a terra, a aldeia em questão pode não ter mas a realidade nacional é outra.
De qualquer maneira lavrar a terra hoje é um erro, aplicar glifosato é muito mais eficaz e mais barato.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mibusiness em 2015-05-15 00:02:49
Tenho terrenos agrícolas em duas aldeias distintas uma tem jovens agricultores que têm tratores e pago e lavram terrenos noutra aldeia não existem jovens agricultores e quem me lavra os terrenos é uma pessoa com certa idade e estou preocupado é que daqui a uns anos não tenho tratorista para lavrar as terras.

No país o que não falta é jovens a querer lavrar a terra, a aldeia em questão pode não ter mas a realidade nacional é outra.
De qualquer maneira lavrar a terra hoje é um erro, aplicar glifosato é muito mais eficaz e mais barato.

ironia?
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-15 00:16:16
Ironia não, é um facto. Primeiro lavrar a terra toda a gente quer fazer que é rentável e depois é um erro, o glifosato é mais barato e deixa o terreno mais limpo uma vez que é sistémico.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-05-15 00:24:30
é verdade que não percebo pevide disto.
mas ainda não vi a minha questão esclarecida.

temos um clima tão bom como a Califórnia (não contando com a seca que por lá vai)
temos um território maior que a holanda.
por favor não me façam documentar isto. a holanda é uma potência agro-pecuária na europa, mesmo considerando o output absoluto. se considerarmos o racio território/ output agro-pecuário então é uma hiper-potência.

alguém me explica como se eu tivesse cinco anos porque é que a agricultura em portugal é algo inviável?

L

Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-15 11:55:42
Ironia não, é um facto. Primeiro lavrar a terra toda a gente quer fazer que é rentável e depois é um erro, o glifosato é mais barato e deixa o terreno mais limpo uma vez que é sistémico.

Este ano o meu tio veio de Lisboa e plantou lá batatas mas geralmente lavramos e depois o pastor come a erva e dá nos um borrego dois em dois anos, aplicando o glifosato não dava depois para as ovelhas comer a erva.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-15 12:17:52
é verdade que não percebo pevide disto.
mas ainda não vi a minha questão esclarecida.

temos um clima tão bom como a Califórnia (não contando com a seca que por lá vai)
temos um território maior que a holanda.
por favor não me façam documentar isto. a holanda é uma potência agro-pecuária na europa, mesmo considerando o output absoluto. se considerarmos o racio território/ output agro-pecuário então é uma hiper-potência.

alguém me explica como se eu tivesse cinco anos porque é que a agricultura em portugal é algo inviável?

L

É inviável por todas as razões que já apontamos aqui, desde atraso nas homologações a terrenos pequenos e distantes uns dos outros no Norte,etc,etc
No Alentejo e Oeste pode ter viabilidade, no restante país é muito difícil. A Holanda têm território que apenas serve agricultura, em volta têm rio e até os barcos passam perto das produções para recolher a produção.
Aqui por ex. no Norte as produções são muito distantes umas das outras, isso têm custos no transporte muito altos. Um camião que carrega 21 toneladas deve carregar a mercadoria numa zona com aglomerado de produtores, aqui para fazer essa carga têm de percorrer várias localidades, muito distantes umas das outras. Só esse fator já aumenta muito o custo do produto, aí perdes logo competitividade.
O grande problema aqui é estrutural, não vai ser fácil inverter esta situação.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: itg00022289 em 2015-05-15 14:27:05
é verdade que não percebo pevide disto.
mas ainda não vi a minha questão esclarecida.

temos um clima tão bom como a Califórnia (não contando com a seca que por lá vai)
temos um território maior que a holanda.
por favor não me façam documentar isto. a holanda é uma potência agro-pecuária na europa, mesmo considerando o output absoluto. se considerarmos o racio território/ output agro-pecuário então é uma hiper-potência.

alguém me explica como se eu tivesse cinco anos porque é que a agricultura em portugal é algo inviável?

L

É inviável por todas as razões que já apontamos aqui, desde atraso nas homologações a terrenos pequenos e distantes uns dos outros no Norte,etc,etc
No Alentejo e Oeste pode ter viabilidade, no restante país é muito difícil. A Holanda têm território que apenas serve agricultura, em volta têm rio e até os barcos passam perto das produções para recolher a produção.
Aqui por ex. no Norte as produções são muito distantes umas das outras, isso têm custos no transporte muito altos. Um camião que carrega 21 toneladas deve carregar a mercadoria numa zona com aglomerado de produtores, aqui para fazer essa carga têm de percorrer várias localidades, muito distantes umas das outras. Só esse fator já aumenta muito o custo do produto, aí perdes logo competitividade.
O grande problema aqui é estrutural, não vai ser fácil inverter esta situação.

Em termos comparativos com a Holanda, a nosso topografia também é bastante desfavorável para a actividade agrícola.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-05-15 14:59:18
é verdade que não percebo pevide disto.
mas ainda não vi a minha questão esclarecida.

temos um clima tão bom como a Califórnia (não contando com a seca que por lá vai)
temos um território maior que a holanda.
por favor não me façam documentar isto. a holanda é uma potência agro-pecuária na europa, mesmo considerando o output absoluto. se considerarmos o racio território/ output agro-pecuário então é uma hiper-potência.

alguém me explica como se eu tivesse cinco anos porque é que a agricultura em portugal é algo inviável?

L

É inviável por todas as razões que já apontamos aqui, desde atraso nas homologações a terrenos pequenos e distantes uns dos outros no Norte,etc,etc
No Alentejo e Oeste pode ter viabilidade, no restante país é muito difícil. A Holanda têm território que apenas serve agricultura, em volta têm rio e até os barcos passam perto das produções para recolher a produção.
Aqui por ex. no Norte as produções são muito distantes umas das outras, isso têm custos no transporte muito altos. Um camião que carrega 21 toneladas deve carregar a mercadoria numa zona com aglomerado de produtores, aqui para fazer essa carga têm de percorrer várias localidades, muito distantes umas das outras. Só esse fator já aumenta muito o custo do produto, aí perdes logo competitividade.
O grande problema aqui é estrutural, não vai ser fácil inverter esta situação.

Em termos comparativos com a Holanda, a nosso topografia também é bastante desfavorável para a actividade agrícola.

sim a holanda é plana, a nossa topogafia não é comparável.
mas também somos maiores.
e estamos muito mais ao sul.
há algo que me escapa.

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Pip-Boy em 2015-05-15 15:42:17
Houve um Olhos nos Olhos (o programa com o Medina Carreira) aqui ha uns bons meses em que foi la alguém entendido da matéria e do que me lembro indicou que as condições para agricultura em Portugal não são tão boas como julga quem esta de fora. O clima não é o melhor, por ser demasiado quente e seco, e os terrenos são pobres em matéria, não se podendo comparar as condições com uma Franca, por exemplo. So se poderia ser competitivo em coisas muito especificas, como vinho, azeite.

Isto foi a ideia com que fiquei Lark, que percebo zero do assunto, mas tenta ver se encontras o programa, pode ter alguma info util.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-15 16:07:21
Houve um Olhos nos Olhos (o programa com o Medina Carreira) aqui ha uns bons meses em que foi la alguém entendido da matéria e do que me lembro indicou que as condições para agricultura em Portugal não são tão boas como julga quem esta de fora. O clima não é o melhor, por ser demasiado quente e seco, e os terrenos são pobres em matéria, não se podendo comparar as condições com uma Franca, por exemplo. So se poderia ser competitivo em coisas muito especificas, como vinho, azeite.

Isto foi a ideia com que fiquei Lark, que percebo zero do assunto, mas tenta ver se encontras o programa, pode ter alguma info util.

Tens de ter produção de tudo se existir produção de batata por exemplo os preços caiem se não existir produção os preços sobem.
Se abdicarmos da produção de algum produto esses produtos vão subir no mercado.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Zenith em 2015-05-15 16:28:45
Houve um Olhos nos Olhos (o programa com o Medina Carreira) aqui ha uns bons meses em que foi la alguém entendido da matéria e do que me lembro indicou que as condições para agricultura em Portugal não são tão boas como julga quem esta de fora. O clima não é o melhor, por ser demasiado quente e seco, e os terrenos são pobres em matéria, não se podendo comparar as condições com uma Franca, por exemplo. So se poderia ser competitivo em coisas muito especificas, como vinho, azeite.

Isto foi a ideia com que fiquei Lark, que percebo zero do assunto, mas tenta ver se encontras o programa, pode ter alguma info util.

Eu também não percebo nada de agricultura, mas a ideia que tenho é que para culturas cerealíferas que exigem solos com bons nutrientes, os melhores terrenos em Portugal são medianos a nível europeu (os melhores parece que estão na Ucrânia e França também algumas zonas muito boas), mas penso que para árvores de fruto onde os nutrientes dos solos já não são tão importantes o clima é bastante bom e alguma seca no verão pode ser colmatada para determindas árvores pela irrigação. Acho que é aí que Portugal se deve focar. Já temos a vinha, mas por exemplo laranja, maçã e mesmo oliveiras estamos muito aquém do potencial. Portugal não é deficitário em água (desde que espanhois não cortem), se os planos de retenção nas albufeiras e irrigação nas estações mais secas forem bem feitos.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Lark em 2015-05-15 18:08:01
sim, suponho que os solos sejam pobres para os cereais, mas os holandeses também não produzem cereais.
estava a pensar em horto-fruticultura (não o disse claramente, de facto).
e a riqueza dos solos holandeses também é algo que ponho em dúvida.
muito do terreno foi reclamado ao oceano. não deve  ter assim grande quantidade de matéria orgánica.

os holandeses são bons em horto-fruticultura. com pior clima colocam cá produtos mais cedo que nós próprios - frutos vermelhos é um exemplo.
porquê?

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mibusiness em 2015-05-15 19:09:28
Ironia não, é um facto. Primeiro lavrar a terra toda a gente quer fazer que é rentável e depois é um erro, o glifosato é mais barato e deixa o terreno mais limpo uma vez que é sistémico.

eu percebi que as terras do vanilla seriam lavradas só para incorporar a matéria orgânica numa cultura extensiva , é certo que não sei a cultura, no entanto o glifosato ou outro herbicida aplica-se na linha , enquanto que na entrelinha deixa-se um relvado ou ervas secas cortadas.

aplicar herbicida quando não é mesmo preciso como nos cereais é quase crime já que se está a promover as resistências, nem contando com a parte toxicológica/ecotoxicologica
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-15 20:00:15
Acabei de tirar as ervas às batatas e tomei um bom banho e concordo com mibusiness não é só a parte do herbicida mas também a cadeia económica que se cria, dou dinheiro ao tratorista, o pastor paga -me em géneros. Isto para uma economia de auto sustento, agora ser competitiva não dá.

Só se for rotulada high quality e vendida a alto preço isso sim este tipo de agricultura dá.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-15 21:48:11
sim, suponho que os solos sejam pobres para os cereais, mas os holandeses também não produzem cereais.
estava a pensar em horto-fruticultura (não o disse claramente, de facto).
e a riqueza dos solos holandeses também é algo que ponho em dúvida.
muito do terreno foi reclamado ao oceano. não deve  ter assim grande quantidade de matéria orgánica.

os holandeses são bons em horto-fruticultura. com pior clima colocam cá produtos mais cedo que nós próprios - frutos vermelhos é um exemplo.
porquê?

L

Colocam os frutos vermelhos com pior clima porque produzem em estufas em vidro climatizadas a 25 graus todo o ano.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-15 21:52:42
Ironia não, é um facto. Primeiro lavrar a terra toda a gente quer fazer que é rentável e depois é um erro, o glifosato é mais barato e deixa o terreno mais limpo uma vez que é sistémico.


aplicar herbicida quando não é mesmo preciso como nos cereais é quase crime já que se está a promover as resistências, nem contando com a parte toxicológica/ecotoxicologica

Pois...pois.. mete-te a incorporar matéria orgânica tipo junça e vais ver onde o terreno é produtivo em algumas culturas. o glifosato vai limpando a terra e é a única maneira de manter uma boa produção em alguns casos. na relva em tapete chegam a estar 2 anos só aplicar o glifosato e  só depois começam a produzir. estes herbicidas não têm impacto ambiental, os de contato foram proibidos, estes só atuam na folha, não são residuais.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Haroun Al Poussah em 2015-05-15 22:04:45
sim, suponho que os solos sejam pobres para os cereais, mas os holandeses também não produzem cereais.
estava a pensar em horto-fruticultura (não o disse claramente, de facto).
e a riqueza dos solos holandeses também é algo que ponho em dúvida.
muito do terreno foi reclamado ao oceano. não deve  ter assim grande quantidade de matéria orgánica.

os holandeses são bons em horto-fruticultura. com pior clima colocam cá produtos mais cedo que nós próprios - frutos vermelhos é um exemplo.
porquê?

L

Colocam os frutos vermelhos com pior clima porque produzem em estufas em vidro climatizadas a 25 graus todo o ano.

se nós fizéssemos o mesmo não poderíamos ser nós a colocar os frutos vermelho na europa primeiro?
e gastaríamos muito menos em climatização já que o clima é mais ameno.

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mibusiness em 2015-05-15 22:05:07
Ironia não, é um facto. Primeiro lavrar a terra toda a gente quer fazer que é rentável e depois é um erro, o glifosato é mais barato e deixa o terreno mais limpo uma vez que é sistémico.


aplicar herbicida quando não é mesmo preciso como nos cereais é quase crime já que se está a promover as resistências, nem contando com a parte toxicológica/ecotoxicologica

Pois...pois.. mete-te a incorporar matéria orgânica tipo junça e vais ver onde o terreno é produtivo em algumas culturas. o glifosato vai limpando a terra e é a única maneira de manter uma boa produção em alguns casos. na relva em tapete chegam a estar 2 anos só aplicar o glifosato e  só depois começam a produzir. estes herbicidas não têm impacto ambiental, os de contato foram proibidos, estes só atuam na folha, não são residuais.

sim depende da cultura como horticulas e cereais ao ar livre que não dispensam o herbicida, mas o que eu percebi não era esse o caso no vanilla (posso estar enganado mas imaginei um terreno em repouso ou um olival extensivo por exemplo)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-16 00:19:22

porquê?

L

Colocam os frutos vermelhos com pior clima porque produzem em estufas em vidro climatizadas a 25 graus todo o ano.

se nós fizéssemos o mesmo não poderíamos ser nós a colocar os frutos vermelho na europa primeiro?
e gastaríamos muito menos em climatização já que o clima é mais ameno.

L

Aqui já se está a produzir frutos vermelhos em estufas de plástico, as estufas de vidro são investimentos de milhões,está ao alcance de poucos.
Mas o problema persiste, os custos na distribuição, esses países têm consumidores internos e países vizinhos. aqui estamos longe de todos, o mercado interno pouco consome e para Espanha e Marrocos que são os que estão perto não temos hipótese de exportar.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Haroun Al Poussah em 2015-05-16 00:24:12

porquê?

L

Colocam os frutos vermelhos com pior clima porque produzem em estufas em vidro climatizadas a 25 graus todo o ano.

se nós fizéssemos o mesmo não poderíamos ser nós a colocar os frutos vermelho na europa primeiro?
e gastaríamos muito menos em climatização já que o clima é mais ameno.

L

Aqui já se está a produzir frutos vermelhos em estufas de plástico, as estufas de vidro são investimentos de milhões,está ao alcance de poucos.
Mas o problema persiste, os custos na distribuição, esses países têm consumidores internos e países vizinhos. aqui estamos longe de todos, o mercado interno pouco consome e para Espanha e Marrocos que são os que estão perto não temos hipótese de exportar.

não temos hipótese com os frutos vermelhos em espanha?

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-16 00:27:22

porquê?

L





L



não temos hipótese com os frutos vermelhos em espanha?

L

Conheço alguns que produzem framboesa e não conseguem meter em Espanha. acha que se escoa bem para lá?
A Espanha por exemplo têm à alguns anos um fitofármaco da Bayer chamado Oberon que combate a mosca branca em modo bio,o maior pesadelo dos agricultores, aqui pelo menos até à pouco tempo ainda não estava homologado, pesquisem no site da Bayer.pt se já está disponível nos inseticidas. Como querem que os agricultores sejam competitivos com tanto obstáculo?
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Haroun Al Poussah em 2015-05-16 00:43:27

porquê?

L





L



não temos hipótese com os frutos vermelhos em espanha?

L

Conheço alguns que produzem framboesa e não conseguem meter em Espanha. acha que se escoa bem para lá?

não faço ideia. não percebo nada disto.
mas uma coisa sei: se os holandeses vendem cá framboesas é porque ganham dinheiro com isso.
portanto nós se vendêssemos lá antes das deles esterm maduras também ganharíamos dinheiro
e se conseguíssemos ganhar dinheiro na holanda, era sinal que também seria possível ganhá-lo na frança e bélgica e provavelmente nalgumas partes da alemanha.
e espanha certamente. a não ser que eles façam a mesma coisa que estou a descrever.

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-16 00:52:54
Eles metem cá framboesa ou metiam porque têm uma estrutura bem montada, os camiões com cargas de 21 ton. percorrem as estufas todas perto uma das outras e fazem cargas em grupagem.
Aqui os únicos casos de grupagem bem sucedida é o Oeste e o mirtilo em Sever do Vouga, tiveram visão e produzem todos no mesmo local.
Outro fator é o de usarem os fitofármacos mais cedo, como o caso do Oberon que agora dei o exemplo, têm um fator de produção muito superior ao nosso.
Convençam-se de uma coisa, este país só cronstroí muros a quem quer trabalhar, a m....da classe politica nunca se preocupou em criar pontes, sempre preferiu muros.


Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Haroun Al Poussah em 2015-05-16 00:58:28
Eles metem cá framboesa ou metiam porque têm uma estrutura bem montada, os camiões com cargas de 21 ton. percorrem as estufas todas perto uma das outras e fazem cargas em grupagem.
Aqui os únicos casos de grupagem bem sucedida é o Oeste e o mirtilo em Sever do Vouga, tiveram visão e produzem todos no mesmo local.
Outro fator é o de usarem os fitofármacos mais cedo, como o caso do Oberon que agora dei o exemplo, têm um fator de produção muito superior ao nosso.
Convençam-se de uma coisa, este país só cronstroí muros a quem quer trabalhar, a m....da classe politica nunca se preocupou em criar pontes, sempre preferiu muros.

pois...
estou aqui a coçar a cabeça, não percebo nada disto.
não conseguimos fazer exactamente o que eles fazem?
é que se conseguíssemos fazer exactamente o que eles fazem, devido ao clima, produzíriamos framboesas mais cedo e mais barato porque não seria necessária tanta climatização.
eu vejo aqui uma vantagem competitiva clara.

a parte política e a parte associativa....
isso é que não faço nem ideia.

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-16 01:06:49


pois...

não conseguimos fazer exactamente o que eles fazem?


Fazemos igual ou melhor, a mãe natureza privilegiou este país. agora não consegues é competir com tanta adversidade. eles têm as homologações no ano que os laboratórios lançam o produto e aqui não o podes usar e se vais buscar a Espanha e és apanhado a usar estás tramado.
Este país o problema não são as pessoas, o grande problema é a corja da classe politica formada nas jotas,  são uma cambada de parasitas e que só criam entraves a que trabalha.
Quem investir na agricultura vai trabalhar como um escravo e só vai encontrar barreiras. este país só é bom para a gatunagem.


Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Haroun Al Poussah em 2015-05-16 01:09:42


pois...

não conseguimos fazer exactamente o que eles fazem?


Fazemos igual ou melhor, a mãe natureza privilegiou este país. agora não consegues é competir com tanta adversidade. eles têm as homologações no ano que os laboratórios lançam o produto e aqui não o podes usar e se vais buscar a Espanha e és apanhado a usar estás tramado.
Este país o problema não são as pessoas, o grande problema é a corja da classe politica formada nas jotas,  são uma cambada de parasitas e que só criam entraves a que trabalha.
Quem investir na agricultura vai trabalhar como um escravo e só vai encontrar barreiras. este país só é bom para a gatunagem.

ok...
não encontro mais nada para dizer...

L
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-16 11:54:46
A agricultura do interior não é competitiva, só se for me marca, e para criar uma marca é necessário tempo e acordo entre produtores, a marca "interior " é uma marca que é aceite por todos e já vende nacional mas internacionalmente não vende.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mibusiness em 2015-05-16 12:10:23

porquê?

L





L



não temos hipótese com os frutos vermelhos em espanha?

L

Conheço alguns que produzem framboesa e não conseguem meter em Espanha. acha que se escoa bem para lá?
A Espanha por exemplo têm à alguns anos um fitofármaco da Bayer chamado Oberon que combate a mosca branca em modo bio,o maior pesadelo dos agricultores, aqui pelo menos até à pouco tempo ainda não estava homologado, pesquisem no site da Bayer.pt se já está disponível nos inseticidas. Como querem que os agricultores sejam competitivos com tanto obstáculo?

os agricultores vão buscar o produto a espanha e não dizem nada a ninguém  ;)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-05-16 12:19:29


pois...

não conseguimos fazer exactamente o que eles fazem?


Fazemos igual ou melhor, a mãe natureza privilegiou este país. agora não consegues é competir com tanta adversidade. eles têm as homologações no ano que os laboratórios lançam o produto e aqui não o podes usar e se vais buscar a Espanha e és apanhado a usar estás tramado.
Este país o problema não são as pessoas, o grande problema é a corja da classe politica formada nas jotas,  são uma cambada de parasitas e que só criam entraves a que trabalha.
Quem investir na agricultura vai trabalhar como um escravo e só vai encontrar barreiras. este país só é bom para a gatunagem.

É mais complexo do que ser só a classe política.

A dinâmica que leva à lentidão de que falas não parte da classe política ou só da classe política. Parte também de instituições do Estado cujas pessoas são as mesmas independentemente de quem ganha as eleições. As instituições que aprovam, fiscalizam, etc.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-05-16 12:22:44


pois...

não conseguimos fazer exactamente o que eles fazem?


Fazemos igual ou melhor, a mãe natureza privilegiou este país. agora não consegues é competir com tanta adversidade. eles têm as homologações no ano que os laboratórios lançam o produto e aqui não o podes usar e se vais buscar a Espanha e és apanhado a usar estás tramado.
Este país o problema não são as pessoas, o grande problema é a corja da classe politica formada nas jotas,  são uma cambada de parasitas e que só criam entraves a que trabalha.
Quem investir na agricultura vai trabalhar como um escravo e só vai encontrar barreiras. este país só é bom para a gatunagem.

ok...
não encontro mais nada para dizer...

L

Nestes casos seria simplesmente de anular a instituição política/administrativa nacional, e adoptar o output de instituições similares estrangeiras com uma regra "ou". Ou seja, bastaria que um produto estivesse aprovado no país X OU Y OU Z OU W, e estaria automaticamente aprovado em Portugal. Isto garantiria que Portugal estaria SEMPRE colado ao país mais eficiente (que poderia nem sequer ser o mesmo em todos os casos, pelo que Portugal assim tenderia a ser o primeiro de entre todos) e ainda por cima gastaria uma fracção do que qualquer dos outros gasta. Parasitismo político/administrativo, mas funcionaria extraordinariamente bem.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-16 12:49:20
Nem as fábricas se querem no interior.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4571526 (http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4571526)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2015-05-17 10:50:13
http://www.sapo.pt/noticias/producao-de-cereja-deixa-mais-de-20-me-anuais_555860581f4c4301574d8cc6 (http://www.sapo.pt/noticias/producao-de-cereja-deixa-mais-de-20-me-anuais_555860581f4c4301574d8cc6)


http://visao.sapo.pt/cerfundao-eleva-fasquia-e-quer-chegar-as-900-toneladas-de-cereja-em-2015=f819953 (http://visao.sapo.pt/cerfundao-eleva-fasquia-e-quer-chegar-as-900-toneladas-de-cereja-em-2015=f819953)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-17 18:46:31
As doenças causadas pelos pesticidas na agricultura :

http://www.esquerda.net/artigo/uso-de-pesticidas-por-agricultores-ligado-altas-taxas-de-depressao-e-suicidios/34545 (http://www.esquerda.net/artigo/uso-de-pesticidas-por-agricultores-ligado-altas-taxas-de-depressao-e-suicidios/34545)


http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Monsanto-25-doencas-que-podem-ser-causadas-pelo-agrotoxico-glifosato/3/32891 (http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Monsanto-25-doencas-que-podem-ser-causadas-pelo-agrotoxico-glifosato/3/32891)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-18 11:41:32
As doenças causadas pelos pesticidas na agricultura :

[url]http://www.esquerda.net/artigo/uso-de-pesticidas-por-agricultores-ligado-altas-taxas-de-depressao-e-suicidios/34545[/url] ([url]http://www.esquerda.net/artigo/uso-de-pesticidas-por-agricultores-ligado-altas-taxas-de-depressao-e-suicidios/34545[/url])


[url]http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Monsanto-25-doencas-que-podem-ser-causadas-pelo-agrotoxico-glifosato/3/32891[/url] ([url]http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Monsanto-25-doencas-que-podem-ser-causadas-pelo-agrotoxico-glifosato/3/32891[/url])


Com herbicidas nunca senti problemas, mas nos inseticidas e fungicidas senti vários sintomas, mal estar, estados de confusão, náuseas,etc
A agricultura com uso de auxiliares felizmente veio acabar com esse problema, mas para já não é usada em todas as culturas. Os laboratórios estão a trabalhar nesse sentido, de momento os auxiliares só substituem os inseticidas, mas os fitofármacos homologados para serem usados com os auxiliares já são bio e sem efeitos para a saúde.
Fungicidas e inseticidas são autenticas bombas nucleares, infelizmente muita gente morreu pelo seu uso durante anos e sem saber a causa.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-18 12:04:38
A agricultura Biológica :

http://naturlink.sapo.pt/Intervir/Artigos-Praticos/content/Pode-a-Agricultura-Biologica-Alimentar-o-Mundo?viewall=true&print=true (http://naturlink.sapo.pt/Intervir/Artigos-Praticos/content/Pode-a-Agricultura-Biologica-Alimentar-o-Mundo?viewall=true&print=true)

boom biológico no mercado


O desenvolvimento do mercado e a procura por parte dos consumidores são paralelos ao rápido aumento da conversão ao método biológico. O mercado nos Estados Unidos é da ordem dos 3 biliões de dólares, prevendo-se a sua duplicação nos próximos dois ou três anos. Na Alemanha, todo o sector de alimentos para crianças encontra-se já em conversão ao biológico. Em Munique, mais de 30% do pão é elaborado com ingredientes biológicos certificados.


Na Dinamarca, a Agricultura Biológica pode atingir os 100% no ano 2010. O governo dinamarquês iniciou um estudo de viabilidade da Agricultura Biológica, considerando também aspectos legais, laborais, económicos, sanitários e agronómicos. O grupo de especialistas que levará a cabo este trabalho terá apresentado as suas conclusões até ao final de 1998.
 
É surpreendente como, inclusivamente num país como o Egipto, a produção biológica assume já tanta importância. O projecto SEKEM, que emprega cerca de 1.000 pessoas, distribui produtos biodinâmicos a 6.000 farmácias e a 1.200 estabelecimentos. Num país de amantes de chá, aquele que é mais vendido é de produção biológica.


Este crescimento não é um luxo dos países desenvolvidos. Os mercados locais de produtos biológicos estão também a instalar-se em países do Terceiro Mundo. Neste contexto, é de extrema importância a cooperação entre a Agricultura Biológica e o movimento por um comércio justo.


O sector biológico é um dos que revela maior crescimento a nível mundial no que refere à alimentação. Alguns analistas de mercado, como o professor Ulrich Hamm calculam taxas de crescimento anual de 20 a 30% e inclusivamente de 50% em alguns países. O maior distribuidor de produtos biológicos do Reino Unido espera que os actuais 11 biliões em que se calcula o comércio mundial destes produtos alcance os 100 biliões nos próximos 10 anos, sendo os Estados Unidos e Japão os países com maior crescimento.

Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Incognitus em 2015-05-18 12:09:43
Citar
Na Dinamarca, a Agricultura Biológica pode atingir os 100% no ano 2010. O governo dinamarquês iniciou um estudo de viabilidade da Agricultura Biológica, considerando também aspectos legais, laborais, económicos, sanitários e agronómicos. O grupo de especialistas que levará a cabo este trabalho terá apresentado as suas conclusões até ao final de 1998.

 :D
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: mig em 2015-05-18 12:16:06
Citar
Na Dinamarca, a Agricultura Biológica pode atingir os 100% no ano 2010. O governo dinamarquês iniciou um estudo de viabilidade da Agricultura Biológica, considerando também aspectos legais, laborais, económicos, sanitários e agronómicos. O grupo de especialistas que levará a cabo este trabalho terá apresentado as suas conclusões até ao final de 1998.

 :D

Cá está as diferenças que falei anteriormente. aqui não estamos atrasados nos métodos de produção, a diferença é nos fitof. homologados nesses países e aqui não estão.
E o problema não são atrasos burocráticos, o governo pede fortunas pela homologação desses fitos, como é um mercado pequeno os laboratórios preferem não homologar cá, e proíbe a compra no estrangeiro e uso cá. enfim é uma autentica máfia. outra vergonha é os fitofármacos aqui serem mais caros que nos restantes países.
Este país é a vergonha da Europa, simplesmente decadente.nem temos a perfeita noção do que cá se passa. eu acho que a democracia aqui nunca chegou e continuamos a viver num fascismo encapotado.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Mystery em 2015-05-18 16:52:34
Citar
Na Dinamarca, a Agricultura Biológica pode atingir os 100% no ano 2010. O governo dinamarquês iniciou um estudo de viabilidade da Agricultura Biológica, considerando também aspectos legais, laborais, económicos, sanitários e agronómicos. O grupo de especialistas que levará a cabo este trabalho terá apresentado as suas conclusões até ao final de 1998.

 :D

Cá está as diferenças que falei anteriormente. aqui não estamos atrasados nos métodos de produção, a diferença é nos fitof. homologados nesses países e aqui não estão.
E o problema não são atrasos burocráticos, o governo pede fortunas pela homologação desses fitos, como é um mercado pequeno os laboratórios preferem não homologar cá, e proíbe a compra no estrangeiro e uso cá. enfim é uma autentica máfia. outra vergonha é os fitofármacos aqui serem mais caros que nos restantes países.
Este país é a vergonha da Europa, simplesmente decadente.nem temos a perfeita noção do que cá se passa. eu acho que a democracia aqui nunca chegou e continuamos a viver num fascismo encapotado.

Máfia é o termo certo. Mas não é propriamente o "governo" mas sim todo o aparelho (sectores publico e privado) que está montado para continuar a alimentar o sistema vigente. A única solução é acabar com o ministério da agricultura e afins, mas ninguém no sector vai defender isso porque vão todos comer ao pote.
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-18 18:46:03
Os dez lugares habitados mais poluídos do mundo.

http://www.envolverde.com.br/saude/os-10-lugares-habitados-mais-poluidos-mundo/ (http://www.envolverde.com.br/saude/os-10-lugares-habitados-mais-poluidos-mundo/)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-05-22 18:11:44
Este documentário é antigo mas vale a pena ver

https://www.youtube.com/watch?v=ju4Cl3mm_ik (https://www.youtube.com/watch?v=ju4Cl3mm_ik)
Título: Re: Agricultura- novos caminhos
Enviado por: 5555 em 2015-06-07 13:54:17
http://greensavers.sapo.pt/2015/06/06/cientistas-descobrem-maneira-de-produzir-fruta-de-tamanho-gigante/ (http://greensavers.sapo.pt/2015/06/06/cientistas-descobrem-maneira-de-produzir-fruta-de-tamanho-gigante/)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2015-07-14 23:20:40
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PDR 2020. Agricultores já estão a receber apoios ao investimento

OJE.pt14 Julho, 2015 12:44

Os primeiros apoios do novo quadro comunitário às medidas de investimento nas explorações agrícolas e na agro-indústria, já chegaram aos agricultores. Foram veiculados cerca de 44 milhões de euros no mês de junho no âmbito de projetos de investimento do PDR 2020, que equivalem a um aumento de 1% na taxa de execução deste programa, esclarece, em comunicado, a secretaria de Estado da Agricultura.

“Já estamos a disponibilizar aos agricultores os apoios ao investimento no âmbito do PDR 2020. Já tínhamos veiculado apoios às regiões desfavorecidas e aos seguros e agora chegam os apoios para as medidas de investimento. Assim, contamos já com uma taxa de execução de cerca de 5%, o que é bastante positivo. Depois de sermos o primeiro país a abrir as medidas do investimento e de estarmos entre os primeiros países a ter o seu Programa de Desenvolvimento Rural aprovado, somos dos primeiros a veicular os respectivos fundos”, elucida o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

“De salientar que este é o primeiro ano de operacionalização do PDR 2020 e no entanto, vai ser possível veicular aos agricultores, contabilizando os apoios do ProDer e do PDR 2020, o mesmo montante que temos disponibilizado nos últimos anos, cerca de 700 milhões de euros, o que significa que conseguimos fazer pela primeira vez na nossa história de política agrícola uma transição entre quadros comunitários de uma forma completamente suave e sem criar instabilidades no sector”, acrescenta ainda o secretário de Estado.

A taxa de execução de cerca de 5% contempla já os apoios veiculados em 2014 à Medida Manutenção da Atividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas (MZD’s) e aos Seguros. No total e até ao momento já chegaram aos agricultores do PDR 2020, um total de cerca de 165 milhões de euros.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2015-07-31 13:53:48
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Conheça os apoios para os agricultores

12:30  Diário Económico 

São 4,2 mil milhões de euros que o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) tem disponíveis para a dinamização de projetos com potencial no setor agro-florestal.

O PDR 2020 é o novo programa operacional de apoio específico aos agricultores portugueses, no âmbito do quadro de apoios comunitários Portugal 2020. No total, este programa tem uma dotação de 4,2 mil milhões de euros. Conheça com mais detalhe as linhas mestras deste programa.

Quais os objetivos do PDR 2020?

O Programa de Desenvolvimento Rural tem como principal meta “o crescimento sustentável do setor agro-fl orestal em todo o território nacional” e assenta nos seguintes objetivos estratégicos: crescimento do setor agrofl orestal e rentabilidade económica da agricultura; promoção de uma gestão efi ciente e proteção dos recursos; criação de condições para a dinamização económica e social do espaço rural. As candidaturas podem ser apresentadas através do Balcão 2020 (em balcao.portugal2020.pt), mas também submetidas através do portal do PDR 2020 ([url=http://www.pdr-2020.pt]www.pdr-2020.pt[/url] ([url]http://www.pdr-2020.pt[/url])).

Que áreas serão apoiadas pelo novo Plano de Desenvolvimento Rural?

Para a concretização dos principais objetivos do PDR 2020, destacam-se as seguintes áreas de apoio:

1- Modernização e desenvolvimento do setor agrofl orestal. Investimento nas explorações, na transformação, na comercialização e nas infraestruturas coletivas, com apoios superiores a 1 600 milhões de euros para modernizar e reestruturar cerca de 8 000 explorações agrícolas.

2 - Apoios à inovação e à transferência de conhecimento. Apoio no valor de cerca de 100 milhões de euros que envolve aproximadamente 80 projetos de cooperação e a aquisição de conhecimentos no âmbito setorial, envolvendo
cerca de 20 000 formandos.

3 - Melhoria da organização da produção. Este apoio disponibiliza um valor superior a 100 milhões de euros para 30 novos agrupamentos ou criação de organizações de produtores.

4 - Rejuvenescimento do setor. Com apoios específi cos superiores a 200 milhões de euros, esta área visa contribuir para a primeira instalação de cerca de 5 000 jovens.

5 - Efi ciência na utilização de recursos (água, solo, energia). Engloba a conservação da fl oresta e a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas, com um valor global superior a 1 900 milhões de euros.

 

Notícia publicada em "Caixa Empresas" - Julho 2015
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-08-19 14:26:56
Andam certos partidos a dizer que vão criar empregos mas não olham para os empregos que esta seca vai destruir.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-08-19 14:48:04
http://phys.org/news/2015-08-drought-california-agriculture-184b-jobs.html (http://phys.org/news/2015-08-drought-california-agriculture-184b-jobs.html)

Drought costs California agriculture $1.84B and 10,100 jobs in 2015
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2015-08-20 19:36:41
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Agricultores preocupados com seca e conflitos entre rega e produção elétrica

Lusa 06 Ago, 2015, 17:47 |


A seca que está a afetar o território português e os conflitos pontuais entre as necessidades de rega e a produção de eletricidade estão a preocupar as associações de agricultores que exigem medidas ao Governo.

- See more at: [url]http://www.rtp.pt/noticias/economia/agricultores-preocupados-com-seca-e-conflitos-entre-rega-e-producao-eletrica_n849809#sthash.ngCgMyv2.dpuf[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/economia/agricultores-preocupados-com-seca-e-conflitos-entre-rega-e-producao-eletrica_n849809#sthash.ngCgMyv2.dpuf[/url])
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2015-08-20 20:10:13
esqueçam a agricultura enquanto houver grandes superfícies e nos mantivermos no euro
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-08-21 10:34:27
esqueçam a agricultura enquanto houver grandes superfícies e nos mantivermos no euro

Esqueçam este ano de seca poucas hortas deram e o feijão verde atinge 4 euros por quilo e muitos outros produtos agrícolas, o que sobra da baixa dos combustíveis vai todo para os produtos hortícolas.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2015-08-23 08:11:13
esqueçam a agricultura enquanto houver grandes superfícies e nos mantivermos no euro

Esqueçam este ano de seca poucas hortas deram e o feijão verde atinge 4 euros por quilo e muitos outros produtos agrícolas, o que sobra da baixa dos combustíveis vai todo para os produtos hortícolas.


4 € o kg? mas esse preço é no produtor ou no super mercado?
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-08-23 11:01:07
esqueçam a agricultura enquanto houver grandes superfícies e nos mantivermos no euro

Esqueçam este ano de seca poucas hortas deram e o feijão verde atinge 4 euros por quilo e muitos outros produtos agrícolas, o que sobra da baixa dos combustíveis vai todo para os produtos hortícolas.


4 € o kg? mas esse preço é no produtor ou no super mercado?

No mercado
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2015-08-23 12:07:15
Pois mas para um agricultor interessam são os preços ao produtor, os do supermercado não interessam

dou um exemplo quando foi no inicio da colheita das primeiras cebolas elas estavam no supermercado a 1,38€ no produtor estavam a 0.20€
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-08-23 18:59:31
Está cá uma ventania a azeitona cai toda e acompanhada por nada de chuva, a colheita de azeite vai ser fraquinha.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-08-31 16:12:15
o preço da amêndoa continua a subir.

http://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2015/07/06/precos-de-amendoas-comecam-a-gerar-tensao-diante-de-choque-entre-demanda-e-seca-em-regioes-produtoras.htm (http://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2015/07/06/precos-de-amendoas-comecam-a-gerar-tensao-diante-de-choque-entre-demanda-e-seca-em-regioes-produtoras.htm)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-09-10 11:51:26
A situação é muito delicada para algumas regiões que não têm água, os municípios deviam apoiar estes agricultores.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: jeab em 2015-09-15 18:05:21
http://youtu.be/bma6poAXyUw (http://youtu.be/bma6poAXyUw)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-09-15 18:24:53
Veio a chuva e vieram os milhões de Bruxelas é por isso que a Europa nunca perderá a agricultura.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2015-10-18 13:48:23
....um caso interessante, um herdeiro da Novartis e do banco privado Landolt & cie, em Genebra.......eh...eh....


http://www.youtube.com/watch?v=R3a8j3VfKQI#t=273 (http://www.youtube.com/watch?v=R3a8j3VfKQI#t=273)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Lark em 2015-10-18 13:59:21
....um caso interessante, um herdeiro da Novartis e do banco privado Landolt & cie, em Genebra.......eh...eh....

parece-me ser um adepto da permacultura...
é interessante

L
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: justin em 2015-10-18 15:11:40
Complicado. Hoje em dia...
Saber o que é saudável ou menos mau ou não.  :-X
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-19 11:58:51
....um caso interessante, um herdeiro da Novartis e do banco privado Landolt & cie, em Genebra.......eh...eh....


O único Landolt , em Genebra , que conheço é ao lado de Uni Bastions, onde o Lenine
passava as tardes a discutir o proletariado e mais tarde O Medeiros Ferreira,Barreto  &
co....
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2015-10-20 17:16:59
....um caso interessante, um herdeiro da Novartis e do banco privado Landolt & cie, em Genebra.......eh...eh....


O único Landolt , em Genebra , que conheço é ao lado de Uni Bastions, onde o Lenine
passava as tardes a discutir o proletariado e mais tarde O Medeiros Ferreira,Barreto  &
co....


....et oui.....

Citar
Genève
 Place de Longemalle 18
1204 Genève
Case postale 3315
1211 Genève 3

......malgré que le siége soit à Lausanne...... :P
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-04-03 10:35:20
Muita gente está apostar nas vacas de carne, este ano é um bom ano de pasto, mas se o próximo ano vier seco vai ser o fim de muitos produtores, por enquanto quem está a vender vacas é que está a fazer dinheiro.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-04-04 01:46:44
Muita gente está apostar nas vacas de carne, este ano é um bom ano de pasto, mas se o próximo ano vier seco vai ser o fim de muitos produtores, por enquanto quem está a vender vacas é que está a fazer dinheiro.


mas vocês não estão a ver os protestos dos agricultores na tv? eles estão a manifestar-se porque? pela carne estar bem paga ou mal paga?

se estão a protestar pela carne estar a ser bem paga então criem-se mais bois e vacas, e se está a ser mal paga o melhor é estar quieto, ou estou enganado???
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Deus Menor em 2016-04-04 11:08:08

se estão a protestar pela carne estar a ser bem paga então criem-se mais bois e vacas, e se está a ser mal paga o melhor é estar quieto, ou estou enganado???


Não estás, o grande problema da agricultura está nos custos de instalação, muitos deixam-se
enredar em investimentos demasiado pesados e logo aí perdem competitividade.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-04-04 12:13:47

se estão a protestar pela carne estar a ser bem paga então criem-se mais bois e vacas, e se está a ser mal paga o melhor é estar quieto, ou estou enganado???


Não estás, o grande problema da agricultura está nos custos de instalação, muitos deixam-se
enredar em investimentos demasiado pesados e logo aí perdem competitividade.


esse é um dos problemas, devido aos custos dos serviços continuarem altos e os produtos baratos, aqui existe algo que tem que quebrar, ou os serviços caem, ou os produtores desaparecem.

no entanto existe ainda a oferta muito alta em relação á procura.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-04-20 14:07:14
O preço da batata para o ano deve subir, aqui no concelho que era exportador de batata este ano vai ter que importar devido ás hortas alagadas, quem vai sofrer são os pensionistas  que têm reformas baixas que vão ter que pagar muito por um bem essencial que é a batata.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-04-20 14:30:25
dá se

isto está lindo

http://www.potatobusiness.com/event2/822-potato-prices-doubled-in-india-in-one-week (http://www.potatobusiness.com/event2/822-potato-prices-doubled-in-india-in-one-week)
 ::)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Incognitus em 2016-04-20 14:46:41
dá se

isto está lindo

[url]http://www.potatobusiness.com/event2/822-potato-prices-doubled-in-india-in-one-week[/url] ([url]http://www.potatobusiness.com/event2/822-potato-prices-doubled-in-india-in-one-week[/url])
 ::)


Isso foi há um ano atrás.

Pelo menos olha para as datas do que colocas ...
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-04-20 14:54:18
Não é nada olha outro artigo.

http://economictimes.indiatimes.com/news/economy/agriculture/potato-prices-may-shoot-up-50-65-by-april-may/articleshow/51114718.cms (http://economictimes.indiatimes.com/news/economy/agriculture/potato-prices-may-shoot-up-50-65-by-april-may/articleshow/51114718.cms)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-04-20 15:19:42
muita fome vai haver nos pensionistas.

http://www.besana.es/es/web/revista/201004/una-campana-de-patata-temprana-con-menos-produccion-y-precios-mas-altos (http://www.besana.es/es/web/revista/201004/una-campana-de-patata-temprana-con-menos-produccion-y-precios-mas-altos)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-04-20 16:06:38
a prepósito de porcos.

http://www.pigprogress.net/Finishers/Articles/2015/7/Netherlands-can-export-pork-to-India-2659643W/ (http://www.pigprogress.net/Finishers/Articles/2015/7/Netherlands-can-export-pork-to-India-2659643W/)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-04-22 10:48:28
interessante

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/pme/produtividade_e_inovacao/detalhe/utilizar_a_internet_para_plantar_batatas.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/pme/produtividade_e_inovacao/detalhe/utilizar_a_internet_para_plantar_batatas.html)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-05-02 12:02:00
A Rússia vai produzir muita batata.

http://www.potatopro.com/news/2016/potato-breeder-hzpc-invests-russia-and-finland (http://www.potatopro.com/news/2016/potato-breeder-hzpc-invests-russia-and-finland)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-05-16 11:39:26
Ontem participei numa festa religiosa local e fiquei junto de um antigo criador de gado que me contou enumeras rezas para proteger o seu gado, este património religioso está se a perder, rezas para o gado, agricultura e pescas estão se a perder.
Depois do que foi o sucesso do 13 de maio em Fátima, as televisões penso que podem investir em festas religiosas que existem por esse pais a fora, existem as infraestruturas só falta uma projeção para todo mundo.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Incognitus em 2016-05-16 12:08:53
Ontem participei numa festa religiosa local e fiquei junto de um antigo criador de gado que me contou enumeras rezas para proteger o seu gado, este património religioso está se a perder, rezas para o gado, agricultura e pescas estão se a perder.
Depois do que foi o sucesso do 13 de maio em Fátima, as televisões penso que podem investir em festas religiosas que existem por esse pais a fora, existem as infraestruturas só falta uma projeção para todo mundo.

Tu pensas, mas quem gere essas estações televisivas não pensa a mesma coisa. E provavelmente não o pensa porque não há mercado para isso.

Eu nisto só posso dizer que em puto, quando só existiam 2 canais, a maior tortura que existia era um deles estar a passar folclore.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-05-16 12:16:43
Ontem participei numa festa religiosa local e fiquei junto de um antigo criador de gado que me contou enumeras rezas para proteger o seu gado, este património religioso está se a perder, rezas para o gado, agricultura e pescas estão se a perder.
Depois do que foi o sucesso do 13 de maio em Fátima, as televisões penso que podem investir em festas religiosas que existem por esse pais a fora, existem as infraestruturas só falta uma projeção para todo mundo.

Tu pensas, mas quem gere essas estações televisivas não pensa a mesma coisa. E provavelmente não o pensa porque não há mercado para isso.

Eu nisto só posso dizer que em puto, quando só existiam 2 canais, a maior tortura que existia era um deles estar a passar folclore.


Incognitus tu tens de participar ao vivo, agora os 3 ou 4 milhões de desempregados que este pais tem ´que se entreter com alguma coisa.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-06-29 19:21:10
Este ano a colheita dos vinhos não é tão boa, agora com Brexit Portugal vai perder no mercado dos vinhos.

http://www.revistadevinhos.pt/artigos/show.aspx?seccao=noticias&artigo=20104&title=exportacoes-e-preco-medio-voltam-a-crescer-em-2015&idioma=PT (http://www.revistadevinhos.pt/artigos/show.aspx?seccao=noticias&artigo=20104&title=exportacoes-e-preco-medio-voltam-a-crescer-em-2015&idioma=PT)

Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-06-29 19:45:30
O azeite

Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite, explica que as vendas de azeite para o estrangeiro cresceram em valor cerca de 15%, para os 431,5 milhões de euros em 2015. Trata-se de “uma performance interessante, sobretudo se atendermos a que o Brasil e Angola, os principais destinos do azeite engarrafado português, se debatem com graves dificuldades internas”, explica. As vendas para o Brasil cairam 9,5% para 149 milhões de euros e a quebra em Angola foi de 14%, para se situar em 15,4 milhões de euros, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

http://executiva.pt/mariana-matos/ (http://executiva.pt/mariana-matos/)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-08-02 19:31:38
Muita gente está apostar nas vacas de carne, este ano é um bom ano de pasto, mas se o próximo ano vier seco vai ser o fim de muitos produtores, por enquanto quem está a vender vacas é que está a fazer dinheiro.


mas vocês não estão a ver os protestos dos agricultores na tv? eles estão a manifestar-se porque? pela carne estar bem paga ou mal paga?

se estão a protestar pela carne estar a ser bem paga então criem-se mais bois e vacas, e se está a ser mal paga o melhor é estar quieto, ou estou enganado???

https://www.publico.pt/local/noticia/apos-dois-anos-de-seca-os-produtores-pecuarios-de-mertola-estao-a-beira-da-calamidade-1740115 (https://www.publico.pt/local/noticia/apos-dois-anos-de-seca-os-produtores-pecuarios-de-mertola-estao-a-beira-da-calamidade-1740115)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-08-02 23:32:10
Muita gente está apostar nas vacas de carne, este ano é um bom ano de pasto, mas se o próximo ano vier seco vai ser o fim de muitos produtores, por enquanto quem está a vender vacas é que está a fazer dinheiro.


mas vocês não estão a ver os protestos dos agricultores na tv? eles estão a manifestar-se porque? pela carne estar bem paga ou mal paga?

se estão a protestar pela carne estar a ser bem paga então criem-se mais bois e vacas, e se está a ser mal paga o melhor é estar quieto, ou estou enganado???

https://www.publico.pt/local/noticia/apos-dois-anos-de-seca-os-produtores-pecuarios-de-mertola-estao-a-beira-da-calamidade-1740115 (https://www.publico.pt/local/noticia/apos-dois-anos-de-seca-os-produtores-pecuarios-de-mertola-estao-a-beira-da-calamidade-1740115)


esquece mertola e arredores, esqueces-te que estas numa UE?
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: jeab em 2016-08-17 15:02:26
Nem só de Olival intensivo deve viver o Alentejo, há mais culturas


http://safeshare.tv/v/ss56895ca0cf5ac (http://safeshare.tv/v/ss56895ca0cf5ac)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-09-19 12:11:22
Está instalada a confusão numa aldeia.

O meu pai tinha uma horta onde plantou um olival e mandava sempre lavrar e pagava a lavra, as oliveiras cresceram. Depois da morte do meu pai a minha mãe deu esse olival novo a tratar a um agricultor com a condição ele plantava e lavrava e a minha mãe colhia as oliveiras, mas ultimamente ele lavrava e matava as oliveiras e começou a colocar cabras e oliveiras a pastar, as cabras comiam as oliveiras. A minha mãe apanhou os lá com as cabras dentro do olival, e disse que o contrato tinha acabado depois de eles apanharem o que tinham semeado o contrato acabava.
Depois surgiram muitos casos de proprietários que tinham olivais onde os arrendatários estavam a matar as oliveiras  ao lavrar e para colocarem gado.
A oliveira dá mais lucro ao país do que o gado para carne, vai haver luta entre olivicultores e criadores de gado.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-19 22:06:13
a agricultura só tornará a ser rentável quando Portugal sair da UE, caso contrario esqueçam.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Local em 2016-09-20 13:21:52
Enquanto o emparcelamento se mantiver como actualmente, nem fora da UE se torna rentável.
Dito de outra forma, não é a UE o principal entrave ao desenvolvimento agrícola nacional.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-21 00:29:40
Enquanto o emparcelamento se mantiver como actualmente, nem fora da UE se torna rentável.
Dito de outra forma, não é a UE o principal entrave ao desenvolvimento agrícola nacional.


eu digo que sim, porque a moeda € permite ir fazer compras ao chile argentina tailandia  enfim aos quatro cantos do mundo, e claro como não podia dexar de ser aqui aos nuestros hermanos

tanto que se voltássemos ao escudo essas compras feitas pelos grupos jeronimo martins, sonae entre outros simplesmente iriam desaparecer, porque afinal temos também boas terras para cultivar, é claro que não são tão extensas como as de alguns países, mas enfim cada um tem que consumir aquilo que produz , caso contrario nada é sustentável, dá mais trabalho é possível mas seria uma forma de colocar mais gente no activo trabalhar faz bem a tudo desde o stress á auto estima e assim por diante.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2016-09-21 00:35:46
com protecionismo  geronimo/sonae ficavam na mesma  so mudava o preço mais cara ao consumidor  o que fazia aumentar agricultura subsistencia

ou seja voltamos para o antigamente  onde quase todos tinham uma horta e uns frangos


Portugal pouco conta para geronimo martins  como eles dizem "somos empresa polaca com sede em portugal"
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/pedro_soares_dos_santos_somos_uma_companhia_polaca_em_portugal.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/pedro_soares_dos_santos_somos_uma_companhia_polaca_em_portugal.html)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-21 01:01:59
so com protecionismo e ficava mais cara ao consumidor  o que fazia aumentar agricultura subsistencia

ou seja voltamos para o antigamente  onde quase todos tinham uma horta e uns frangos

protecionismo? agora sim o protecionismo está ao rubro, coisa que não acontecia no passado e então em alguns países isso ée uma pratica quase selvagem fazem dumping, retiram dinheiro da industria e colocam na agricultura para ser ainda mais competitivo (estou a falar de paise dentro da UE) nos outros países os ordenados são de 1 euro por dia ou coisa parecida,

quanto á agricultura de subsistência isso é uma falacia, Portugal  tem condições para produzir desde a carne ás hortaliças, teem excelentes espaços marítimos para viveiros de peixe, tem uma costa gigante, enfim tem muita coisa que não está explorada por nós mas por alguns estrangeiros, olhem para os israelitas que conseguem fazer de uma terra arida (onde não nasce nem uma erva), terras de produção vegetal é claro que para isto é preciso trabalho e haver quem saiba dar valor ao trabalho, mas aqui infelizmente toda a gente quer a comida de borla para depois comprar um telemóvel que custa 600€ e entregar assim o dinheiro aos americanos e a outros como eles, o mesmo acontece com os automóveis, 

dentro da UE os subsídios á agricultura deviam ser eliminados, eu olho para esse sector como qualquer outro devia ser liberalizado a 100% apenas regulado devido á saúde publica



Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2016-09-21 01:06:38
Os franceses  tem protecionismo  e terras deles  sao melhores da europa
 o que eu digo
quem tem terras baratas  e boas sao africanos..


A europa subsidia  os agricultores  tu nao entras nos outros paises estando fora da UE facilmente  mesmo tendo boas terras ou produtos  baratos

tambem ha protecionismo do consumidor  ha paises europa  mais abertos  receber produtos extrangeiros  mas consumidor so quer o que e nacional  mesmo a pagar mais.

um exemplo sao vinhos e cervejas  maioria quer consumir marcas nacionais!
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Local em 2016-09-21 10:44:34
Enquanto o emparcelamento se mantiver como actualmente, nem fora da UE se torna rentável.
Dito de outra forma, não é a UE o principal entrave ao desenvolvimento agrícola nacional.


eu digo que sim, porque a moeda € permite ir fazer compras ao chile argentina tailandia  enfim aos quatro cantos do mundo, e claro como não podia dexar de ser aqui aos nuestros hermanos

tanto que se voltássemos ao escudo essas compras feitas pelos grupos jeronimo martins, sonae entre outros simplesmente iriam desaparecer, porque afinal temos também boas terras para cultivar, é claro que não são tão extensas como as de alguns países, mas enfim cada um tem que consumir aquilo que produz , caso contrario nada é sustentável, dá mais trabalho é possível mas seria uma forma de colocar mais gente no activo trabalhar faz bem a tudo desde o stress á auto estima e assim por diante.
A maioria dos terrenos não tem qualidade para a agricultura, tem sim aptidão silvícola. Aliás, mesmo com o escudo fomos sempre grandes importadores de bens alimentares. E a tentativa de eliminar a importação de trigo tornou-se num fracasso fundamental. Continuarias a importar grande parte dos bens alimentares e pagarias um preço mais elevado que actualmente (devido à desvalorização do $).
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2016-09-21 11:16:53
o castelobranco fala mais destes casos

acores tem bons terrenos para produaço leite e mesmo assim falta a capacidade competir com outros
O presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, diz que quase dois terços - cerca de 60% - dos mais de dois mil (2.132) produtores de leite dos Açores encontram-se em situação de falência técnica.
Para Jorge Rita, é claro que, um ano após o fim das quotas leiteiras na União Europeia (UE), o sector está a atravessar a sua "maior crise de sempre". O presidente da Federação Agrícola dos Açores, que representa 30% da produção nacional

isto tambem nao ajudou nada
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/embargo_russo_tem_impacto_relevante_nas_exportacoes_agro_alimentares_portuguesas.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/embargo_russo_tem_impacto_relevante_nas_exportacoes_agro_alimentares_portuguesas.html)
 a Federação Russa é o 15.º destino das exportações agro-alimentares, representando cerca de 50 milhões de euros anuais
No caso português, a carne de porco, que representa cerca de 6,7 milhões de euros, o peixe e pescado, os lacticínios, as tripas e a horticultura são os produtos mais afectados pelas sanções, adiantou o governante.
aplica-se à carne de vaca, porco e aves, ao peixe, ao queijo e ao leite, aos legumes e às frutas produzidos nos Estados Unidos, na União Europeia, na Austrália, no Canadá e na Noruega.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Automek em 2016-09-21 14:54:05
o castelobranco fala mais destes casos

acores tem bons terrenos para produaço leite e mesmo assim falta a capacidade competir com outros
O presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, diz que quase dois terços - cerca de 60% - dos mais de dois mil (2.132) produtores de leite dos Açores encontram-se em situação de falência técnica.
Para Jorge Rita, é claro que, um ano após o fim das quotas leiteiras na União Europeia (UE), o sector está a atravessar a sua "maior crise de sempre". O presidente da Federação Agrícola dos Açores, que representa 30% da produção nacional
mais de 2.000 produtores de leite numa região tão pequena... se calhar o mal não é da concorrência externa.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-09-21 15:09:17
A Faia brava deve ser um caso de estudo para o caso da agricultura.

http://www.atnatureza.org/index.php/visitar/2-uncategorised/39-faia-brava (http://www.atnatureza.org/index.php/visitar/2-uncategorised/39-faia-brava)

https://www.facebook.com/faiabrava/?fref=ts (https://www.facebook.com/faiabrava/?fref=ts)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-21 22:47:23
Enquanto o emparcelamento se mantiver como actualmente, nem fora da UE se torna rentável.
Dito de outra forma, não é a UE o principal entrave ao desenvolvimento agrícola nacional.


eu digo que sim, porque a moeda € permite ir fazer compras ao chile argentina tailandia  enfim aos quatro cantos do mundo, e claro como não podia dexar de ser aqui aos nuestros hermanos

tanto que se voltássemos ao escudo essas compras feitas pelos grupos jeronimo martins, sonae entre outros simplesmente iriam desaparecer, porque afinal temos também boas terras para cultivar, é claro que não são tão extensas como as de alguns países, mas enfim cada um tem que consumir aquilo que produz , caso contrario nada é sustentável, dá mais trabalho é possível mas seria uma forma de colocar mais gente no activo trabalhar faz bem a tudo desde o stress á auto estima e assim por diante.
A maioria dos terrenos não tem qualidade para a agricultura, tem sim aptidão silvícola. Aliás, mesmo com o escudo fomos sempre grandes importadores de bens alimentares. E a tentativa de eliminar a importação de trigo tornou-se num fracasso fundamental. Continuarias a importar grande parte dos bens alimentares e pagarias um preço mais elevado que actualmente (devido à desvalorização do $).

isso é uma autentica mentira, Portugal na segunda guerra mundial foi um grande exportador de alimentos para a europa em guerra, nessa época a tecnologia era inexistente, pelo que, eu acredito e pelo meu conhecimento do terreno de norte a sul temos todas as condições para nos governar a nível  alimentar, não quero deixar de dizer que Portugal é um dos países da europa com uma grande costa marítima o que permite não só a pesca como também criação de peixes em viveiros naturais.

em relação aos açores pois é sem duvida um grande produtor de gado devido ás suas pastagens, quase toda a gente fala em leite, mas esquecem a carne

o Alentejo é um grande criador de gado, e  de cereais

não esqueçam que a barragem do alqueva é uma das maiores da europa a nível de regadio

o norte é rico em tudo desde pastagens floresta e tudo o que nasce da terra

eu tenho pena é de ouvir falar certas personagens que não sabem sequer como é que nasce uma alface virem para aqui mandar postas de pescada

acreditem que Portugal tem potencial para governar o seu povo e a coisa bem feita ainda cria excedente, agora existe uma coisa, não podemos nos colocar a nível de custos junto de países que são riquíssimos, pois é e sempre foi o que eu disse cada qual no seu galho, assim como não nos podemos colocar ao pé da Alemanha na produção industrial também não podemos nos colocar na area agricola 

eu acho uma certa piada a certas pessoas  falarem sobre a agricultura em Portugal mas esquecem todos os outros sectores e porque?

Portugal é maravilhoso em industria?, em tecnologia? em outras areas? em medalhas olímpicas?

fazendo uma reflecção  é notável que o país tem seus limites e como tal temos que viver com eles, pois se temos um solo mais pobre que o de certos países temos que viver com essa realidade, e se temos uma industria mais pobre também temos que viver com essa realidade, porque Portugal não foi grande em industria como o japão? a resposta é simples, porque não foi e pronto,

o importante e a base fundamental de qualquer coisa seja na vida de uma pessoa singular, colectiva , zona económica ou país é iniciar a casa pela base e não pelo telhado, isto é, ir subindo de forma sustentada, criando bases solidas, mesmo que se avistem foguetes dos vizinhos não olhar para eles mas sim olhar e concentrar naquilo que está a fazer e deixar os outros, porque uma coisa que quase toda a gente tem que interiorizar é deixar de olhar aa vida dos outros porque isso significa uma perda de tempo.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2016-09-21 22:50:34
A treta do trigo fez do alentejo comunista

ou seja ainda hoje estamos pagar   o trigo  do estado novo
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-21 22:52:37
A treta do trigo fez do alentejo comunista

ou seja ainda hoje estamos pagar   o trigo.....

se chamas a isso treta, então teus pais ou avós comiam o que e de onde vinha?
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2016-09-21 22:59:48
A treta do trigo fez do alentejo comunista

ou seja ainda hoje estamos pagar   o trigo.....

se chamas a isso treta, então teus pais ou avós comiam o que e de onde vinha?


era treta para alentejanos  que eram muito mal pagos

no norte pais  com minifundio dava agricultura subsistencia   e viver da floresta os meus avos mesmo pobres   estavam muito melhor  que alentejanos

Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-21 23:05:10
A treta do trigo fez do alentejo comunista

ou seja ainda hoje estamos pagar   o trigo.....

se chamas a isso treta, então teus pais ou avós comiam o que e de onde vinha?


era treta para alentejanos  que eram muito mal pagos

no norte pais  com minifundio dava agricultura subsistencia   e viver da floresta os meus avos mesmo pobres   estavam muito melhor  que alentejanos

acho que te esqueces te de um pormenor alguém alguma vez te ensinou que tinhas que viver com aquilo que conseguias produzir?
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2016-09-21 23:07:33
o trigo alentejo foi medida coletivista   do governo

ou seja  tinha ser trigo mesmo


alguem em lisboa governo  meteu cabeça alentejo tinha ser celeiro portugal
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-21 23:15:06
o trigo alentejo foi medida coletivista   do governo

ou seja  tinha ser trigo mesmo


alguem em lisboa governo  meteu cabeça alentejo tinha ser celeiro portugal

sempre foi celeiro quando o comercio global iniciou sua rampa de lançamento para a catástrofe é que deixou de ser.... isto por outras palavras foi quando se iniciaram as engenharias financeiras e outras, e ponto final não estou aqui a gastar meu tempo com alguém que não consegue ver nada á frente.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2016-09-21 23:22:40
eu estou dizer quem trabalhava  no celeiro portugal  alentejano  eram os mais pobres portugal

discordas?
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-21 23:29:48
eu estou dizer quem trabalhava  no celeiro portugal  alentejano  eram os mais pobres portugal

discordas?


eu não sei se eram pobres ou ricos, apenas sei que as terras são férteis o suficiente para fazer aquilo que tem que ser feito, a não ser que Portugal tenha ou possa vir a ter algo interessante que seja adquirido pelos estrangeiros e que sirva de moeda de troca, sem isso esquece toda a conversa.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2016-09-21 23:37:22
eu estou dizer quem trabalhava  no celeiro portugal  alentejano  eram os mais pobres portugal

discordas?



eu não sei se eram pobres ou ricos, apenas sei que as terras são férteis o suficiente para fazer aquilo que tem que ser feito, a não ser que Portugal tenha ou possa vir a ter algo interessante que seja adquirido pelos estrangeiros e que sirva de moeda de troca, sem isso esquece toda a conversa.



o eu estou dizer e deixar mercado funcionar  o que da dinheiro e o azeite  hoje
hoje produzem azeite  no alentejo e algarve  o maior produtor  que vende caro azeite  e Sueco  ;D

https://www.youtube.com/watch?v=04AnuH5XWcc (https://www.youtube.com/watch?v=04AnuH5XWcc)
http://observador.pt/2016/08/01/azeite-alentejano-eleito-o-melhor-do-mundo/ (http://observador.pt/2016/08/01/azeite-alentejano-eleito-o-melhor-do-mundo/)
http://observador.pt/especiais/azeite-portugues-mundo-o-que-e-que-o-alentejo-tem/ (http://observador.pt/especiais/azeite-portugues-mundo-o-que-e-que-o-alentejo-tem/)



Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-21 23:49:34
eu estou dizer quem trabalhava  no celeiro portugal  alentejano  eram os mais pobres portugal

discordas?


eu não sei se eram pobres ou ricos, apenas sei que as terras são férteis o suficiente para fazer aquilo que tem que ser feito, a não ser que Portugal tenha ou possa vir a ter algo interessante que seja adquirido pelos estrangeiros e que sirva de moeda de troca, sem isso esquece toda a conversa.


o eu estou dizer e deixar mercado funcionar  o que da dinheiro e o azeite  hoje
hoje produzem azeite  no alentejo e algarve  o maior produtor  que vende caro azeite  e Sueco  ;D

https://www.youtube.com/watch?v=04AnuH5XWcc (https://www.youtube.com/watch?v=04AnuH5XWcc)


pois mas não é isso que está a acontecer deixar o mercado funcionar, porque existem subsidios? porque existem quotas de produção? aqueles tipos lá de bruxelas sabes o que eles são? BURROS, sabes porque? em menos de 2 anos alteram as quotas de produção de carne (por exemplo) mas esquecem que par aumentar a produção de carne a vaca tem que andar com a vitela na barriga uns tantos meses, depois a vitela ou o boi tem que crescer tal e qual como  nós, nós temos que andar 9 meses na barriga das nossas mães e depois nascemos e até chegar aos vinte anos teem que passar 20 períodos com 365 dias, cada dia tem 24 horas e cada hora tem 60 minutos

isto tudo para dizer o que? para dizer que a nível da natureza nada mudou ao longo dos milénios muito embora exista muita gente pense que sim.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Local em 2016-09-22 09:58:35
Enquanto o emparcelamento se mantiver como actualmente, nem fora da UE se torna rentável.
Dito de outra forma, não é a UE o principal entrave ao desenvolvimento agrícola nacional.



eu digo que sim, porque a moeda € permite ir fazer compras ao chile argentina tailandia  enfim aos quatro cantos do mundo, e claro como não podia dexar de ser aqui aos nuestros hermanos

tanto que se voltássemos ao escudo essas compras feitas pelos grupos jeronimo martins, sonae entre outros simplesmente iriam desaparecer, porque afinal temos também boas terras para cultivar, é claro que não são tão extensas como as de alguns países, mas enfim cada um tem que consumir aquilo que produz , caso contrario nada é sustentável, dá mais trabalho é possível mas seria uma forma de colocar mais gente no activo trabalhar faz bem a tudo desde o stress á auto estima e assim por diante.

A maioria dos terrenos não tem qualidade para a agricultura, tem sim aptidão silvícola. Aliás, mesmo com o escudo fomos sempre grandes importadores de bens alimentares. E a tentativa de eliminar a importação de trigo tornou-se num fracasso fundamental. Continuarias a importar grande parte dos bens alimentares e pagarias um preço mais elevado que actualmente (devido à desvalorização do $).


isso é uma autentica mentira, Portugal na segunda guerra mundial foi um grande exportador de alimentos para a europa em guerra, nessa época a tecnologia era inexistente, pelo que, eu acredito e pelo meu conhecimento do terreno de norte a sul temos todas as condições para nos governar a nível  alimentar, não quero deixar de dizer que Portugal é um dos países da europa com uma grande costa marítima o que permite não só a pesca como também criação de peixes em viveiros naturais.

em relação aos açores pois é sem duvida um grande produtor de gado devido ás suas pastagens, quase toda a gente fala em leite, mas esquecem a carne

o Alentejo é um grande criador de gado, e  de cereais

não esqueçam que a barragem do alqueva é uma das maiores da europa a nível de regadio

o norte é rico em tudo desde pastagens floresta e tudo o que nasce da terra

eu tenho pena é de ouvir falar certas personagens que não sabem sequer como é que nasce uma alface virem para aqui mandar postas de pescada

acreditem que Portugal tem potencial para governar o seu povo e a coisa bem feita ainda cria excedente, agora existe uma coisa, não podemos nos colocar a nível de custos junto de países que são riquíssimos, pois é e sempre foi o que eu disse cada qual no seu galho, assim como não nos podemos colocar ao pé da Alemanha na produção industrial também não podemos nos colocar na area agricola 

eu acho uma certa piada a certas pessoas  falarem sobre a agricultura em Portugal mas esquecem todos os outros sectores e porque?

Portugal é maravilhoso em industria?, em tecnologia? em outras areas? em medalhas olímpicas?

fazendo uma reflecção  é notável que o país tem seus limites e como tal temos que viver com eles, pois se temos um solo mais pobre que o de certos países temos que viver com essa realidade, e se temos uma industria mais pobre também temos que viver com essa realidade, porque Portugal não foi grande em industria como o japão? a resposta é simples, porque não foi e pronto,

o importante e a base fundamental de qualquer coisa seja na vida de uma pessoa singular, colectiva , zona económica ou país é iniciar a casa pela base e não pelo telhado, isto é, ir subindo de forma sustentada, criando bases solidas, mesmo que se avistem foguetes dos vizinhos não olhar para eles mas sim olhar e concentrar naquilo que está a fazer e deixar os outros, porque uma coisa que quase toda a gente tem que interiorizar é deixar de olhar aa vida dos outros porque isso significa uma perda de tempo.

Agora não resisto...
Por acaso as minhas férias eram passadas no Ministério da Agricultura e o primeiro veículo que conduzi foi um tractor. E por acaso até sou silvicultor... Quando não se conheces as pessoas e a soberba é excessiva arrisca-se a passar por parvo.

A produtividade dos solos portugueses nem tem discussão possível, basta consultar os relatórios do Ministério da agricultura. Está por demais identificado o problema de produtividade.

Citar
Para a maioria dos especialistas, as condições do solo e do clima impedem grandes ambições. “Não tenhamos ilusões a esse respeito”, diz Arlindo Cunha, doutorado em Economia Agrária e ex-ministro da Agricultura. Francisco Avillez, professor universitário jubilado, acredita que as novas áreas de regadio que estão a nascer no Alqueva podem aumentar áreas de produção, mas sem grande impacte nas contas gerais da cultura. António Serrano, ministro da Agricultura, admite que a produção se eleve, mas dificilmente poderemos produzir mais de um terço dos grãos do que consumimos.

http://esa.ipb.pt/blogs/agricultura/2011/03/08/portugal-importa-30-por-cento-dos-alimentos-por-produzir-poucos-cereais/ (http://esa.ipb.pt/blogs/agricultura/2011/03/08/portugal-importa-30-por-cento-dos-alimentos-por-produzir-poucos-cereais/)

É claro que Portugal foi um exportador de cereais durante a 2.ª guerra mundial, dado que os principais produtores estavam em guerra. Mas a maior exportação foi de volfrâmio. Mas a campanha do Trigo de Salazar criou graves problemas ambientais e económicos. As serras do Algarve foram desbastadas para produzir trigo, mas a fraca produtividade dos solos implicou o abandono da sua produção, dando origem a uma erosão dos solos e diminuindo ainda mais a produtividade desses solos. Os proprietários desses terrenos, que antes ainda tiravam algum rendimento, deixaram de o ter e muitos dos terrenos foram abandonados.

A agricultura portuguesa só se mantem devido aos apoios da PAC, assim como os produtores agrícolas açoreanos. Sem ajudas, o leite e a manteiga não chegavam ao continente a preços competitivos. Tal como antes, apenas se viria à venda os queijos dos Açores.

Em termos agrícolas, Portugal tem que se focar nas suas vantagens competitivas, nomeadamente no sector hortofrutícola, onde consegue produzir mais cedo que os concorrentes do Norte da Europa e assim vender a um preço mais alto.

E o celeiro de Portugal é o Ribatejo, não o Alentejo...
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-22 14:43:14
Enquanto o emparcelamento se mantiver como actualmente, nem fora da UE se torna rentável.
Dito de outra forma, não é a UE o principal entrave ao desenvolvimento agrícola nacional.



eu digo que sim, porque a moeda € permite ir fazer compras ao chile argentina tailandia  enfim aos quatro cantos do mundo, e claro como não podia dexar de ser aqui aos nuestros hermanos

tanto que se voltássemos ao escudo essas compras feitas pelos grupos jeronimo martins, sonae entre outros simplesmente iriam desaparecer, porque afinal temos também boas terras para cultivar, é claro que não são tão extensas como as de alguns países, mas enfim cada um tem que consumir aquilo que produz , caso contrario nada é sustentável, dá mais trabalho é possível mas seria uma forma de colocar mais gente no activo trabalhar faz bem a tudo desde o stress á auto estima e assim por diante.

A maioria dos terrenos não tem qualidade para a agricultura, tem sim aptidão silvícola. Aliás, mesmo com o escudo fomos sempre grandes importadores de bens alimentares. E a tentativa de eliminar a importação de trigo tornou-se num fracasso fundamental. Continuarias a importar grande parte dos bens alimentares e pagarias um preço mais elevado que actualmente (devido à desvalorização do $).


isso é uma autentica mentira, Portugal na segunda guerra mundial foi um grande exportador de alimentos para a europa em guerra, nessa época a tecnologia era inexistente, pelo que, eu acredito e pelo meu conhecimento do terreno de norte a sul temos todas as condições para nos governar a nível  alimentar, não quero deixar de dizer que Portugal é um dos países da europa com uma grande costa marítima o que permite não só a pesca como também criação de peixes em viveiros naturais.

em relação aos açores pois é sem duvida um grande produtor de gado devido ás suas pastagens, quase toda a gente fala em leite, mas esquecem a carne

o Alentejo é um grande criador de gado, e  de cereais

não esqueçam que a barragem do alqueva é uma das maiores da europa a nível de regadio

o norte é rico em tudo desde pastagens floresta e tudo o que nasce da terra

eu tenho pena é de ouvir falar certas personagens que não sabem sequer como é que nasce uma alface virem para aqui mandar postas de pescada

acreditem que Portugal tem potencial para governar o seu povo e a coisa bem feita ainda cria excedente, agora existe uma coisa, não podemos nos colocar a nível de custos junto de países que são riquíssimos, pois é e sempre foi o que eu disse cada qual no seu galho, assim como não nos podemos colocar ao pé da Alemanha na produção industrial também não podemos nos colocar na area agricola 

eu acho uma certa piada a certas pessoas  falarem sobre a agricultura em Portugal mas esquecem todos os outros sectores e porque?

Portugal é maravilhoso em industria?, em tecnologia? em outras areas? em medalhas olímpicas?

fazendo uma reflecção  é notável que o país tem seus limites e como tal temos que viver com eles, pois se temos um solo mais pobre que o de certos países temos que viver com essa realidade, e se temos uma industria mais pobre também temos que viver com essa realidade, porque Portugal não foi grande em industria como o japão? a resposta é simples, porque não foi e pronto,

o importante e a base fundamental de qualquer coisa seja na vida de uma pessoa singular, colectiva , zona económica ou país é iniciar a casa pela base e não pelo telhado, isto é, ir subindo de forma sustentada, criando bases solidas, mesmo que se avistem foguetes dos vizinhos não olhar para eles mas sim olhar e concentrar naquilo que está a fazer e deixar os outros, porque uma coisa que quase toda a gente tem que interiorizar é deixar de olhar aa vida dos outros porque isso significa uma perda de tempo.

Agora não resisto...
Por acaso as minhas férias eram passadas no Ministério da Agricultura e o primeiro veículo que conduzi foi um tractor. E por acaso até sou silvicultor... Quando não se conheces as pessoas e a soberba é excessiva arrisca-se a passar por parvo.

A produtividade dos solos portugueses nem tem discussão possível, basta consultar os relatórios do Ministério da agricultura. Está por demais identificado o problema de produtividade.

Citar
Para a maioria dos especialistas, as condições do solo e do clima impedem grandes ambições. “Não tenhamos ilusões a esse respeito”, diz Arlindo Cunha, doutorado em Economia Agrária e ex-ministro da Agricultura. Francisco Avillez, professor universitário jubilado, acredita que as novas áreas de regadio que estão a nascer no Alqueva podem aumentar áreas de produção, mas sem grande impacte nas contas gerais da cultura. António Serrano, ministro da Agricultura, admite que a produção se eleve, mas dificilmente poderemos produzir mais de um terço dos grãos do que consumimos.

[url]http://esa.ipb.pt/blogs/agricultura/2011/03/08/portugal-importa-30-por-cento-dos-alimentos-por-produzir-poucos-cereais/[/url] ([url]http://esa.ipb.pt/blogs/agricultura/2011/03/08/portugal-importa-30-por-cento-dos-alimentos-por-produzir-poucos-cereais/[/url])

É claro que Portugal foi um exportador de cereais durante a 2.ª guerra mundial, dado que os principais produtores estavam em guerra. Mas a maior exportação foi de volfrâmio. Mas a campanha do Trigo de Salazar criou graves problemas ambientais e económicos. As serras do Algarve foram desbastadas para produzir trigo, mas a fraca produtividade dos solos implicou o abandono da sua produção, dando origem a uma erosão dos solos e diminuindo ainda mais a produtividade desses solos. Os proprietários desses terrenos, que antes ainda tiravam algum rendimento, deixaram de o ter e muitos dos terrenos foram abandonados.

A agricultura portuguesa só se mantem devido aos apoios da PAC, assim como os produtores agrícolas açoreanos. Sem ajudas, o leite e a manteiga não chegavam ao continente a preços competitivos. Tal como antes, apenas se viria à venda os queijos dos Açores.

Em termos agrícolas, Portugal tem que se focar nas suas vantagens competitivas, nomeadamente no sector hortofrutícola, onde consegue produzir mais cedo que os concorrentes do Norte da Europa e assim vender a um preço mais alto.

E o celeiro de Portugal é o Ribatejo, não o Alentejo...


seja como for ó Local, Portugal tem terenos mais pobres que a frança (por exemplo) a minha resposta é sim, a questão é a seguinte: nasces-te a vives na frança ou nasces-te e vives cá? Uma coisa eu te digo a ti e a todos quem não está bem muda-se, agora andar a ouvir sempre a mesma musica acaba por aborrecer, se é verdade que o nosso território é habitado á milhares de anos porque este espanto todo agora?

a mentalidade das pessoas nesta fase do tempo é arrogante e gananciosa, ou seja aqueles que vivem em zonas mais pobres querem viver da mesma forma que aqueles que estão sentados num banco de ouro, ora isso não é possível nunca foi e nunca será.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Incognitus em 2016-09-22 18:08:10
No mundo actual a riqueza dos terrenos ou a existência de recursos, com raras excepções, determina pouco. Excepto para a agricultura, claro. Mas para a riqueza em geral importa pouco.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Castelbranco em 2016-09-22 18:30:23
No mundo actual a riqueza dos terrenos ou a existência de recursos, com raras excepções, determina pouco. Excepto para a agricultura, claro. Mas para a riqueza em geral importa pouco.

não tão pouco assim, por exemplo o gdp da agricultura oscila por volta dos 200 biliões trimestre

o da construção é de pouco mais do dobro, mas existe aqui uma diferença, as pessoas teem que comer todos os dias mas nem todos os dias precisam de uma casa nova,

é verdade que estamos com os serviços em máximos de sempre, mas á custa de uma bolha de divida, os serviços podem duplicar triplicar etc assim como podem contrair, a agricultura é a base de uma economia ou seja é um sector primário indispensável.

num cenário que pelas previsões da ocde o comercio mundial deverá sofrer umaa forte contração, e também tanto a nível fundamental como técnico tudo aponta para isso, a agricultura deverá ser um dos principais sectores a não deixar cair devido a possíveis agitações internacionais.

vocês teem um belo exemplo o da Venezuela que se fiou no petróleo agora não teem alimentos.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-10-22 12:27:52
Uma coisa que escapou ao Costa foi taxar pesticidas.

encontrei este link onde mostra que a produção de vinho biológico cria muitos empregos.

http://www.lefigaro.fr/conjoncture/2016/10/22/20002-20161022ARTFIG00002-le-vin-bio-cree-50-d-emplois-en-plus-que-le-vignoble-classique.php (http://www.lefigaro.fr/conjoncture/2016/10/22/20002-20161022ARTFIG00002-le-vin-bio-cree-50-d-emplois-en-plus-que-le-vignoble-classique.php)

Malgré la crise du secteur agricole, il existe une filière en France qui gagne des parts de marché et crée des emplois. Il s'agit de la viticulture bio.


«Une exploitation viticole bio génère plus d'emplois qu'un domaine conventionnel», souligne Louis-Antoine Saïsset, enseignant chercheur à l'Unité mixte de recherche Moisa Inra-Sup Agro de Montpellier, à l'origine d'une étude sur le sujet. En effet, une propriété bio, dont les tâches sont moins mécanisées, emploie en moyenne 1,8 personne, contre 1,2 dans une exploitation classique. L'écart est donc de 50%. «Avec 60.000 personnes, la viticulture bio compte pour environ 11 % des emplois de la viticulture française, alors qu'elle représente quelque 5 % du nombre d'exploitations», ajoute le chercheur.


Cependant, la filière bio a du mal à trouver la main-d'œuvre adéquate en raison du manque de formations spécialisées bio dans les écoles Éric de la chesnais
 


En quinze ans, le nombre d'exploitations de viticulture bio (5186 au total) a été multiplié par 4,6, pour un chiffre d'affaires de 670 millions d'euros. Par ailleurs, les postes de travail y sont plus stables et plus qualifiés. Près des trois quarts des emplois dans le secteur viticole bio sont à temps complet, contre les deux tiers dans le conventionnel. D'après le site Vitijob, les métiers les plus recherchés par les viticulteurs bio sont ceux d'œnologue, de maître de chai ou de caviste. Sont aussi demandés des chefs de culture, ainsi que des commerciaux ou des gestionnaires. Cependant, la filière bio a du mal à trouver la main-d'œuvre adéquate en raison du manque de formations spécialisées bio dans les écoles.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-10-22 12:41:34
Parece que a União Europeia já legislou as leis para o vinho Biológico.

http://www.italianwinesandfood.com/wine-tours/biological-wine-eu-approves-the-rules-0031 (http://www.italianwinesandfood.com/wine-tours/biological-wine-eu-approves-the-rules-0031)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-11-02 15:35:03
A bolha do alho na China.

http://www.expansion.com/sociedad/2016/11/01/5818e1ba22601d6c038b45ee.html (http://www.expansion.com/sociedad/2016/11/01/5818e1ba22601d6c038b45ee.html)

As commodities parecem ser o casino na China.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-11-28 09:48:44
Cuidado com o vinho Argentino.

http://www.eleconomista.com.ar/2016-11-el-vino-argentino-busca-estrategias-para-crecer-mas/ (http://www.eleconomista.com.ar/2016-11-el-vino-argentino-busca-estrategias-para-crecer-mas/)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-12-02 12:02:46
Tenho andado à azeitona, agora tenho que comprar uma máquina para limpar azeitona.

fica este link para não perder mais tempo à procura .


http://www.custojusto.pt/guarda/equipamento/maquina-para-limpar-azeitona-campanha-17795984 (http://www.custojusto.pt/guarda/equipamento/maquina-para-limpar-azeitona-campanha-17795984)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-12-05 17:43:00
hoje estou todo partido. andei à azeitona que no meio tinha um nabal. Tive que vir embora mais cedo.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: vv em 2016-12-05 17:56:44
hoje estou todo partido. andei à azeitona que no meio tinha um nabal. Tive que vir embora mais cedo.

Qual é o fim? produção de azeite? E qual é a qualidade da azeitona, galega, cordovil, mistura?
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-12-05 17:58:50
È produzir azeite.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-12-07 17:49:50
Falta apanhar um olival de meias com um familiar entre amanhã e o fim de semana se o tempo ajudar, apanhamos a azeitona se tirar 700 kg de azeitona limpa faço azeite e vendo cerca de 400 kg dela com folha. O preço dela com folha vai em  27 cêntimos o quilo.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: vv em 2016-12-07 18:05:34
700 kg rende quantos litros? Vais fazer virgem ou extra virgem?
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-12-07 18:28:07
700 kg rende quantos litros? Vais fazer virgem ou extra virgem?

Fazer ai uns 70 litros depois de pagar a maquia. eu não sei se ~´e virgem ou extra virgem mas é azeite verde.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: vv em 2016-12-07 18:54:18
700 kg rende quantos litros? Vais fazer virgem ou extra virgem?

Fazer ai uns 70 litros depois de pagar a maquia. eu não sei se ~´e virgem ou extra virgem mas é azeite verde.

Porreiro, nao ha nada como um bom azeite. Eu tambem compro o meu num pequeno produtor de portalegre. Aldrabar azeite é facil.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-12-08 18:10:32
hoje o dia de trabalho na apanha da azeitona não rendeu tanto. O olival que tinha a meias não rendeu tanto e a pessoa (família) depende mais da colheita desse olival do que eu, no meu entender esse familiar limpa a azeitona e dou -lhe 100 a 150 kg da minha azeitona e não empato dinheiro em máquinas de limpar azeitona, ou seja dou o dinheiro a um familiar e não a especuladores de azeitona a pagar 27 cêntimos o quilo com folha.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-12-12 11:34:41
A máfia dos lagares de azeite.

Estive a falar com um sr que já fez o azeite num lagar e disse -me que estão a trocar as nossas azeitonas por outras e isso leva a fundir menos.
E os nossos ciganos que têm carrinhas de transporte de gado vão longe a fazer o azeite deles.

A ASAE devia investigar.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2016-12-21 11:03:37
Já tenho o azeite em casa.
Estou todo arrebentado de puxar aos bidões de azeite. Agora este ano é um ano de limpeza das oliveiras e para o ano não vai haver azeite.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-01-03 11:24:33
Já existe a região de turismo do Douro onde existe o turismo dos vinhos, mas pode -se criar a rota dos azeites, onde se combina o turismo com a prova de azeites.


O Turismo do azeite não tem a facilidade do transporte dos turistas ( barco e comboio) mas pode ser feita em autocarros.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-01-03 11:28:05
Aqui está um bom trabalho mas não tem grande exposição mundial.

http://quilometrosquecontam.com/onde-practicar-olivoturismo/ (http://quilometrosquecontam.com/onde-practicar-olivoturismo/)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-01-07 09:54:33
Faltam trabalhadores para a agricultura, mas são empregos sazonais como a poda das vinhas. Não se conseguem arranjar trabalhadores.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-01-15 10:36:56
Isto de unirem as freguesias foi mau para  a agricultura, muitas junções de freguesias levam a grandes uniões de terrenos agrícolas e isso faz com que exista alguma dificuldade em manter os caminhos rurais em bom estado porque a área explorada é muito maior. Sendo mais um fator a levar ao abandono de propriedades.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-01-17 12:33:56
A precariedade no trabalho é combatida contra o empregador por certas fações politicas, enquanto que os trabalhos sazonais é aceite pelos políticos e é combatida por certos empregadores.
Os partidos aceitam o trabalho sazonal e não aceitam a precariedade.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-01-18 11:04:29
Aqui também precisamos desses trabalhadores.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/autarca-denuncia-trabalho-escravo-no-alqueva-111895 (http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/autarca-denuncia-trabalho-escravo-no-alqueva-111895)

O problema é que são trabalhos sazonais, têm trabalho até um determinado tempo e que fazem o resto do tempo?
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-02-03 10:39:10
O Reino Unido está a enfrentar uma crise no preço dos vegetais, os preços destes estão a subir em flecha.

http://www.bbc.com/news/uk-38666752 (http://www.bbc.com/news/uk-38666752)


http://www.expansion.com/empresas/distribucion/2017/02/03/58944a7c268e3ecf3d8b4724.html (http://www.expansion.com/empresas/distribucion/2017/02/03/58944a7c268e3ecf3d8b4724.html)


Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Pip-Boy em 2017-02-03 11:35:22
O problema deriva da redução de produção em Espanha, Italia, pelo inverno rigoroso, nao é especifico ao Reino Unido, embora possa ser mais sensível por estar mais dependente de importação de vegetais.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-02-10 17:46:07
o Ouro verde.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/agricultura-e-pescas/detalhe/preco-do-azeite-pago-ao-produtor-dispara-70-em-italia?ref=HP_UltimasNoticias (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/agricultura-e-pescas/detalhe/preco-do-azeite-pago-ao-produtor-dispara-70-em-italia?ref=HP_UltimasNoticias)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-02-19 12:43:16
Tenho que voltar às atividades agrícolas nomeadamente à poda da vinha, parece que vai haver bom tempo é de aproveitar. Já estou farto desta rotina e a única maneira de quebrar a rotina é dedicar -me um pouco à agricultura.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-03-11 18:50:04
Não tinha a noção que a limpeza das oliveiras fosse tão duro, eu apenas apanhei os galhos que eram cortados, mas tive dois limpadores que estiveram oito horas a serrar é muito duro, só que se limpam as oliveiras de dois em dois anos, é um trabalho duro.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-03-29 19:27:03
Mesmo no meio da guerra civil na Síria  eles continuam a exportar azeite.

Despite War, Syria's Olive Oil Industry Witnesses Highest Exports in a Decade

Iqtissad speaks to producers and traders about why Gulf and European countries are turning to Syria for olive oil after the country witnessed a 10-year high boom in 2016

http://syrianobserver.com/EN/Features/32252/Despite_War_Syria_Olive_Oil_Industry_Witnesses_Highest_Exports_a_Decade (http://syrianobserver.com/EN/Features/32252/Despite_War_Syria_Olive_Oil_Industry_Witnesses_Highest_Exports_a_Decade)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-03-29 19:37:29
As pessoas que vemos a fugir da guerra civil Síria são pessoas da cidade as pessoas das quintas e aldeias que ao serem ocupadas fogem para os campos e sobrevivem mais.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-03-30 10:37:06
Onde estão os bancos portugueses a financiar o que realmente dá lucro : agricultura, pescas e turismo,

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/grupo-credito-agricola-aumenta-lucros-para-60-milhoes?ref=DestaquesTopo (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/grupo-credito-agricola-aumenta-lucros-para-60-milhoes?ref=DestaquesTopo)


Em vez de estarem reféns do imobiliário.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-04-28 18:33:32
Portugal não se encontra referido.

https://moneyish.com/ish/the-wrath-of-grapes-winemakers-lose-10-billion-to-weather-and-natural-disasters-every-year/?link=mktw
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-05-06 12:56:05
Numa década, Portugal passou de importador de azeite a 4.º exportador mundial

https://www.publico.pt/2017/05/06/economia/noticia/numa-decada-portugal-passou-de-importador-de-azeite-a-4-exportador-mundial-1771182 (https://www.publico.pt/2017/05/06/economia/noticia/numa-decada-portugal-passou-de-importador-de-azeite-a-4-exportador-mundial-1771182)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2017-05-06 19:33:43
....vou começar a produzir cerejas destas....eh.eh.... ;)

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/1-minuto-e-9-segundos-foi-quanto-bastou-para-uma-caixa-de-cerejas-do-fundao-ser-vendida-por-300-euros (http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/1-minuto-e-9-segundos-foi-quanto-bastou-para-uma-caixa-de-cerejas-do-fundao-ser-vendida-por-300-euros)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-05-11 15:50:44
Alguém sabe se existe franchising na agricultura?

Isto é uma pessoa colocava os terrenos e eles analisavam os solos, e diziam o que se podia plantar. uma pessoa comprava a eles os pesticidas, sementes e outros produtos. Uma pessoa colocava o trabalho e depois eles colocavam os nossos produtos no mercado.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: jeab em 2017-05-11 16:01:43
Alguém sabe se existe franchising na agricultura?

Isto é uma pessoa colocava os terrenos e eles analisavam os solos, e diziam o que se podia plantar. uma pessoa comprava a eles os pesticidas, sementes e outros produtos. Uma pessoa colocava o trabalho e depois eles colocavam os nossos produtos no mercado.


franshising não conheço   mas esta empresa foi quem iniciou a divulgação dos pequenos frutos , mirtilos, etc.  pode ter algumas coisas de interesse para o que pretendes


http://www.espaco-visual.pt/ (http://www.espaco-visual.pt/)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-05-11 16:03:50
Não existem empresas de franchising na Agricultura.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-05-11 16:36:34
Afina há 

http://www.getdistributors.com/franchises/agriculture-franchises.html (http://www.getdistributors.com/franchises/agriculture-franchises.html)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-05-14 13:06:10
O franchising em Portugal não dá mas quem queira investir na agricultura nos PALOP´s pode ser através de franchishing como muitas empresas fizeram na India.


http://99franchiseideas.com/agriculture-business/ (http://99franchiseideas.com/agriculture-business/)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-05-17 11:32:05
Estes são os nossos governantes


Portugal perdeu o recurso para recuperar 145,5 milhões de euros em fundos comunitários agrícolas, por ter apresentado a reclamação fora de prazo


http://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/portugal-perde-146-milhoes-em-fundos-por-recurso-fora-do-prazo?ref=HP_UltimasNoticias (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/portugal-perde-146-milhoes-em-fundos-por-recurso-fora-do-prazo?ref=HP_UltimasNoticias)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-05-23 12:21:07
Tive cerejas este ano, há mais de 7 anos que não tinha cerejas, a cerejeira estava tão alta que tivemos de bater com um pau e as cerejas caíram. Vamos fazer compota.

Viu -se a intervenção do parque na introdução de aves de rapina, antes do parque introduzir as aves de rapina aqui ninguém colhia cerejas, as que colhiam, gastavam dinheiro.
Colocavam redes, aparelhos de lata que faziam ruido. Mas foi a introdução de aves de rapina que graças a ela tive cerejas.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-05-25 11:55:28
China is Building Some of the World's Biggest Packaged Food Companies


Demand for premium brands in China is growing to accommodate changing consumer tastes

Bloomberg News
‎24‎ de ‎maio‎ de ‎2017‎ ‎14‎:‎00

https://www.bloomberg.com/news/features/2017-05-24/bacon-and-noodles-are-fattening-up-china-s-food-giants (https://www.bloomberg.com/news/features/2017-05-24/bacon-and-noodles-are-fattening-up-china-s-food-giants)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Visitante em 2017-06-13 23:13:20
Conhecem algum bom fórum sobre hortas biológicas?
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: leprechaun em 2017-06-14 01:08:55
Duas sugestões:

http://permaculturaportugal.ning.com/ (http://permaculturaportugal.ning.com/)

http://www.wwoof.pt/hosts/ (http://www.wwoof.pt/hosts/)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Visitante em 2017-06-14 07:26:28
Obrigado Rui. Estou interessado em saber como combater pragas em hortas biológicas caseiras, mais em concreto a traça das batatas. Li que a desinfecção dos armazéns se faz queimando enxofre durante 24 horas, só que o enxofre não queima bem em ar, tem uma taxa de reacção muito baixa e tem o problema da chama se auto-extinguir muito facilmente. Além disso emite o S02 que é um gás poluente, contribui para o efeito de estufa.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-06-14 12:58:32
quem queira reestruturar as vinhas está aqui os formulários.

http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_ajudas/GC_ajudas_forms/GC_modelosvinha#.WUEkU-Y2xMs (http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_ajudas/GC_ajudas_forms/GC_modelosvinha#.WUEkU-Y2xMs)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-07-01 11:19:40
Fui de manhã a uma ameixoeira minha e colhi 12 kg de ameixas já dá para dar amêixoas aos meus vizinhos e família.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-07-05 18:12:29
Fogo só faltava esta

"Ébola das oliveiras" chega a Espanha e deixa autoridades alarmadas

http://www.dn.pt/mundo/interior/ebola-das-oliveiras-chega-a-espanha-e-deixa-autoridades-alarmadas-8614914.html (http://www.dn.pt/mundo/interior/ebola-das-oliveiras-chega-a-espanha-e-deixa-autoridades-alarmadas-8614914.html)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-07-14 15:56:51
Um aumento das taxas de juro poderia fazer crescer a produtividade agrícola.

Muitos pensam que o aumento das taxas de juro faria encarecer os produtos agrícolas, não acredito pelo menos no caso de Portugal.
Neste momento o crescimento da produtividade agrícola deve -se a dinheiro em caixa e incentivos estatais, o aumento das taxas de juro faria com que muita gente que tem dinheiro  mas não tem uma fonte certa de rendimento ( caso das taxas de juro) deixa -se os grandes centros e se estabelecessem  em meios onde a habitação é mais barata, coloco nestes casos pessoas que herdassem algum bem, vendessem algum imóvel ou simplesmente tenham acumulado algumas poupanças da vida.

Por outro lado o aumento da taxa de juro faria a que muitos donos de terras vendessem para outros agricultores os seus terrenos que neste momento  estão mal explorados ou abandonados, este stand by que muitos terrenos agrícolas estão, devido a não existir alternativa de rendimento fixo, como o caso das taxas de juro.

Este meu raciocino pode estar dependente de dizer que as taxas de juro não são fixas e variam, mas eu estou tão errado em pensar que as taxas de juro nunca subem tal como estou errado em dizer que nunca descem.

É neste jogo do pensar que nunca descem  ou nunca sobem que os donos dos terrenos vendem ou compram.

Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-07-15 09:32:24
Deste artigo destaco  :

- However, farmland prices could decline if interest rate increases continue

- Rising interest rates put downward pressures on farmland prices for two reasons. First, higher interest rates increase the financing costs of land purchases, making it more expensive to debt finance farmland. Second, higher rates signal higher returns on alternative investments, thereby making alternative investments more attractive than farmland.


Aqui está algo que eu não sabia :

A straight-forward way of evaluating the impacts of both cash rents and interest rates on farmland prices is the following capitalization formula:

Capitalized value = cash rent / ten-year Treasury yield.


The relationship between capitalized values and farmland prices is important. When farmland price is above the capitalized value, the fundamental return and rate drivers of farmland prices suggest that either farmland prices are too high or that there are expectations for future increases in returns or lower rates.


- The ten-year rate decreased from 2.54% in 2014 to 1.78% - a greater percentage decline than the percentage decline in cash rents. Importantly, at low interest rate levels, capitalized values are very sensitive to rate changes.


- Since 1962, the ten-year Treasury yield has average 1.06% higher than the Federal fund rate, suggesting a 4.0% ten-year Treasury yield if a 3.0% Federal fund rate target is obtained. Given the 2016 cash rent of $221 per acre, a 4.0% yield results in a $5,525 per acre capitalize value, $1,925 below the 2016 farmland price. If those rates occur, the above capitalization formula suggests that farmland prices could face significant downward pressures.

Summary

Recent increases in interest rates are not large enough to suggest that decreases in farmland prices need to occur. However, farmland prices could face downward pressure if interest rates continue to increase.


http://farmdocdaily.illinois.edu/2016/12/rising-interest-rates-and-farmland-prices.html (http://farmdocdaily.illinois.edu/2016/12/rising-interest-rates-and-farmland-prices.html)



Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-07-19 16:49:39
Como os americanos mudaram o que os britânicos comem.

- Where the human diet is concerned a similar myopia seems to have descended upon the British. Instead of relying on a food culture developed over centuries, we have come to defer top the pseudo-scientific instructions of professionals and marketeers.


- The rise of breakfast cereal makes a revealing case study in the evolutionary process behind the modern diet. One of the earliest convenience foods, processed cereals represents a triumph of marketing, packaging and US economic and foreign policy. They are the epitome of cheap commodity converted by manufacturing to higher value goods; of agricultural surplus turned into profitable export.

- To understand where not we, but rather it, all went wrong, you have to understand the economic and political structures behind today's food system.


- Today, instead, the British and the Irish are the largest eaters of puffed, flaked, flavoured, shaped, sugared, salted and extruded cereals in the world. We munch an average of 6.7kg of the dehydrated stuff per person in the UK and 8.4kg each in Ireland.


- Kellogg, his wife and his younger brother William Keith experimented in the Sanatarium kitchen to produce an easily digested form of cereal. They came up with their own highly profitable Granula, but were promptly sued by Jackson, the original maker of Granula, and had to change the name to Granola. Victorian prudery and religion may have been at the root of processed cereal development, but parables about camels and eyes of needles did not discourage any of these evangelicals from seeing the commercial advantage and using the law to protect their business interests.

- The UK market for those cereal boxes was worth over £1.27 billion in 2005.

-Improving the world's eating habits has the attraction, as the nineteenth-century American entrepreneurs discovered, of being what economic analysts call a 'high margin to cost business'. The raw materials of breakfast cereals, commodity grains, are cheap (or at least were cheap until biofuels recently entered the equation). US agricultural subsidies totalled $165 billion in the eleven years 1995 to 2005. Just five crops accounted for 90 per cent of the money – corn, rice, wheat, soya beans and cotton.

https://www.theguardian.com/business/2010/nov/23/food-book-extract-felicity-lawrence (https://www.theguardian.com/business/2010/nov/23/food-book-extract-felicity-lawrence)


Depois de ler este extenso artigo que mostra que os grandes desafios da alimentação em laboratório começaram  no século XIX onde a partir de cereais se conseguiu mudar os hábitos alimentares de um pais como o UK.

Agora vamos ver os desafios das nossas empresas alimentares na China e na India.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-07-19 18:31:39
Os portugueses também têm as suas invenções alimentares, caso da feijoada que é o prato típico do Brasil.

"“O paladar não é tão universal como a fome”, disse Luís da Câmara Cascudo em 1968. O ilustre etnógrafo e mais importante folclorista do País referia-se a um prato brasileiro, talvez o mais tipicamente brasileiro: a feijoada."

http://www.portalsaofrancisco.com.br/culinaria/historia-da-feijoada (http://www.portalsaofrancisco.com.br/culinaria/historia-da-feijoada)

Mas o que penso na industria alimentar portuguesa é que ninguém é dona dela mas todos podem contribuir para o seu crescimento.

Ou seja, não existe uma grande multinacional com 20 a 50 B de euros de capitalização bolsista como a kellog do post anterior que explore a feijoada, mas existem milhares de restaurantes a melhorar o sabor e a tornar mais barata a  feijoada, é uma economia diferente da americana.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-07-21 10:56:25
Five ways agriculture could benefit from artificial intelligence

Agriculture is the industry that accompanied the evolution of humanity from pre-historic times to modern days and fulfilled faithfully one of its most basic needs: food supply. Today this still remains its core mission, but it’s integrated in a more complex than ever mechanism driven by multiple sociological, economic and environmental forces.

This $5 trillion industry representing 10 percent of global consumer spending, 40 percent of employment and 30 percent of greenhouse gas emissions continues to keep pace with world’s evolution, changing tremendously over the past years. Digital and technological advancements are taking over the industry, enhancing food production while adding value to the entire farm-to-fork supply chain and helping it make use of natural resources more efficiently.

Data generated by sensors or agricultural drones collected at farms, on the field or during transportation offer a wealth of information about soil, seeds, livestock, crops, costs, farm equipment or the use of water and fertilizer. Internet of Things technologies and advanced analytics help farmers analyze real time data like weather, temperature, moisture, prices or GPS signals and provide insights on how to optimize and increase yield, improve farm planning, make smarter decisions about the level of resources needed, when and where to distribute them in order to prevent waste.

Efficiency and productivity will increase in the next years as ‘precision agriculture’ grows bigger and farms become smarter and more connected. It is estimated that by 2020, over 75 million agricultural IoT devices will be in use, while the average farm is expected to generate an average of 4.1 million data points every day in 2050, up from 190.000 in 2014.

While the growing number of connected devices represents a big opportunity for food and agribusiness players, it also adds more complexity for farmers and organizations. Moreover, the explosion of unstructured data, like social media posts, imagery or video content drives the need to know more, to receive real time recommendations on close at hand devices, like smartphones or tablets. The solution? The use of cognitive technologies that help understand, learn, reason, interact and thus, increase efficiency.

agri-blog-quotable-vff

Here are five ways agriculture could benefit from these technologies:

1. Help IoT achieve its maximum potential

While digital transformation is disrupting the agricultural world and more data comes feed the systems, solutions like the Watson IoT platform enhance value by applying machine learning abilities to sensor or drone data, transforming management systems in real artificial intelligence systems. Cognitive IoT technologies allow many types of correlations of large amount of structured and unstructured data from multiple sources, such as historic weather data, social media posts, research notes, soil information, market place information, images, etc., to extract knowledge and provide organizations with richer insights and recommendations to take action and improve yields.

2. Image recognition and insight

Agricultural drones help already farmers scan fields, monitor crops and seeding or analyze plant health. Farm activities can become much more effective when drone data, IoT and computer vision technologies join forces to optimize strategies. Very recently, Aerialtronics, manufacturer of unmanned aircraft systems, partnered with IBM to bring the IBM Watson IoT Platform and the Visual Recognition APIs to commercial drones in order to capture images, analyze them in near-real time, identify areas of concern and take actions. These artificial intelligence systems will save time, increase safety and reduce potential human error while improving effectiveness. Agriculture could benefit greatly out of it.

3. Skills and workforce

In its most recent World Urbanization Prospects report, UN predicts that, by 2050, 66% of the world’s population will live in urban areas. This growing urbanization will lead to a decrease of workforce in the rural areas. Innovative technologies using cognitive systems will help address this challenge by easing farmers’ work, removing the need for large numbers of people to work the land. Many operations will be done remotely, processes will be automated, risks will by identified and issues solved before occurring. Farmers will be able to take more informed and rapid decisions. In the future, the right mix of skills will probably increasingly be technology and agricultural skills rather than pure agricultural.

4. Determine the best options to maximize return on crops

The use of cognitive technologies in agriculture could help determine the best crop choice or the best hybrid seed choices for a crop mix adapted to various objectives, conditions and better suited for farm’s needs. Watson can use diverse capabilities to understand how seeds react to different soil types, weather forecasts and local conditions. By analyzing and correlating information about weather, type of seeds, types of soil or infestations in a certain area, probability of diseases, data about what worked best, year to year outcomes, marketplace trends, prices or consumer needs, farmers can make decisions to maximize return on crops.

5. Chatbots for farmers

Chatbots are conversational virtual assistants who automate interactions with end users. Artificial intelligence powered chatbots, using machine learning techniques, understand natural language and interact with users in a personalized way. While it’s still early days and chatbots are used mostly by retail, travel, media or insurance players, agriculture could also leverage this emerging technology by assisting farmers with answers to their questions, giving advice and recommendations on specific farm problems.

Although at the beginning, these ways of using cognitive technologies predict exciting times ahead for agriculture on its road towards efficiency, sustainability and meeting the world’s food needs. We’re looking forward to seeing how farmers, agribusinesses and other decision makers on the value chain will harness the power of IoT and artificial intelligence to shape the industry’s future.

Learn how Watson helped a winery save water and produce better wine
Read case study


https://www.ibm.com/blogs/watson/2016/12/five-ways-agriculture-benefit-artificial-intelligence/ (https://www.ibm.com/blogs/watson/2016/12/five-ways-agriculture-benefit-artificial-intelligence/)

 
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2017-08-28 19:01:25
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Água salgada está a substituir água doce em rios e campos agrícolas

Na região mediterrânea houve nos últimos 55 anos uma redução da precipitação de 40 milímetros por década

A seca está a provocar a diminuição dos caudais dos rios e a substituição da água doce por água salgada, que afecta terrenos agrícolas e mesmo aquíferos, alertam especialistas ouvidos pela Lusa.

Em 2004/2005 a maré alta no rio Tejo chegou a Valada do Ribatejo, concelho do Cartaxo, e em Vila Franca apanhavam-se corvinas e robalos (peixes de água salgada que toleram água de baixa salinidade), recordou à Lusa Eugénio Sequeira, ambientalista e antigo presidente da Liga de Protecção da Natureza. E agora, acrescenta, está a acontecer de novo, “em qualquer rio, em Aveiro, em Coimbra, na foz do Guadiana...”.

Mas além da entrada da água do mar rios dentro, a especialista em recursos hídricos Carla Graça, da associação ambientalista Zero, aponta “a introdução salina nos aquíferos” (reservas de água subterrâneas) como outra consequência da seca.

texto integral: https://zap.aeiou.pt/agua-salgada-esta-a-substituir-agua-doce-em-rios-e-campos-agricolas-171723 (https://zap.aeiou.pt/agua-salgada-esta-a-substituir-agua-doce-em-rios-e-campos-agricolas-171723)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2017-09-06 16:27:03
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Como Portugal se pode tornar o grande produtor europeu de canábis

Cultivar canábis. A polémica sobre a legalização da droga muda de foco, e em vez de discutirmos o seu consumo discutimos o seu cultivo. Uma reportagem deste fim-de-semana do EL ESPAÑOL aponta Portugal como país com melhores condições para dar o primeiro passo na legalização do cultivo de canábis. Mas o que é que o nosso país tem de diferentes dos outros? Clima, um sistema agrícola em queda e um passado de inovação no que toca à legislação do consumo de drogas.

Poderá Portugal ser a primeira potência produtora de canábis da Europa? A pergunta é lançada pelo diário espanhol EL ESPAÑOL na sequência do anúncio do Bloco de Esquerda que fez saber, no início deste mês, que, ainda em 2017, vai apresentar um projecto-lei de legalização da canábis. O projeto terá duas frentes: o uso para fins medicinais e o fim para o uso recreativo.

Mas o jornal espanhol vai mais longe, e expõe argumentos não para que, especificamente, Portugal legalize o consumo da marijuana, mas para que Portugal legalize o cultivo da planta. É necessário, diz o EL ESPAÑOL, que haja uma fonte lícita de produção de marijuana numa altura em que existem 12,5 milhões de pessoas na Europa que consomem canábis de uma forma regular, e 87 milhões que consomem esta droga leve ocasionalmente.

Torna-se ainda mais necessário quando existem países onde o consumo de canábis para fins recreativos é legal, mas que não têm uma fonte lícita próxima de onde possam importar a planta, acabando, os estabelecimentos, por ser alvo de pressões de grupos criminalizados que traficam o produto e impõe a sua venda nos espaços autorizados. A Holanda é o melhor exemplo.

É urgente que alguém dê o primeiro passo e tome conta deste mercado virgem, na Europa, que se estima que valha, anualmente, entre 15 a 35 mil milhões de euros. E o EL ESPAÑOL aponta Portugal como o cenário ideal para se dar a legalização da plantação da canábis. Há duas grandes razões: o clima, altamente propício à produção da planta, e a possibilidade de utilizar esta planta para reformular o setor agrícola, em crise desde a entrada do país na Comunidade Económica Europeia (atual União Europeia).

O diário espanhol diz que o clima português é uma grande vantagem para a plantação de marijuana, uma vez que apresenta condições tanto de luz, como de água, muito favoráveis à plantação da canábis. Segundo o grupo Marijuana Policy Group (MPG), a principal consultora do mercado internacional da canábis, o clima de Portugal torna-se ainda mais apelativo quando comparado com os países do norte da Europa, onde seriam necessários vários custos para que se produzisse a planta em larga escala.

Em declarações à publicação espanhola, Dinis Dias, diretor de la Cooperativa para o Desenvolvimento do Cânhamo e editor de A Folha, a principal revista de cultura canábica em Portugal vai de encontro à mesma ideia: “Poderia-se produzir em qualquer parte do país, temos condições muito melhores que os outros Estados europeus”, salienta.

 
Além disso, o EL ESPAÑOL diz ainda que a legalização do cultivo da marijuana poderia ser revolucionário para a agricultura portuguesa, devastada desde a entrada do nosso país na União Europeia. A publicação fala na possibilidade de se reativarem os campos no Alentejo e nos vales do Douro, onde mais de 100 mil hectares foram abandonados por pequenos agricultores sem meios para se tornarem competitivos no mercado único europeu.

A primeira plantação legal de marijuana em Portugal aconteceu há 3 anos

Em 2014 o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento) deu a autorização para a primeira plantação de canábis destinada à produção de uma espécie de marijuana (canábis sativa) com concentrações muito baixas de THC , a substância psicotrópica da planta.

A licença teve a duração de um ano e foi concedida à Terra Verde, Lda., empresa que passou a estar autorizada a cultivar canábis sativa em Portugal. A marijuana plantada seria transformada em pó que terá sido 100% exportado para o Reino Unido e utilizado para a produção de medicamentos a utilizar no alívio da dor derivada da doença oncológica, na esclerose múltipla e na epilepsia.

A localização da plantação nunca foi revelada, mas sabe-se que há mais empresas interessadas em produzir esta planta, para fins medicinais e para a indústria têxtil, apesar de ter muitas restrições e de estar dependente do “sim” do Infarmed. A publicação espanhola fala em duas empresas, uma israelita e outra canadiana, que têm neste momento projetos a serem avaliados junto do Governo português que representam, no seu conjunto, um possível investimento de 107 milhões de euros na economia do país.

Da inovação à estagnação nas legislação

Portugal foi sido pioneiro no que tocas às políticas de descriminalização de drogas. Em 2000, o consumo de todas as drogas foi descriminalizado. Atualmente, ninguém que tenha em sua posse uma quantidade de droga considerada inferior ao suficiente para um consumo de 10 dias - um grama de ecstasy, heroína, ou anfetaminas, dois gramas de cocaína, ou 25 gramas de canábis -, é preso. Por outro lado, as pessoas intimadas são citadas e obrigadas a comparecer num “painel de dissuasão”, formado por psiquiatras, psicólogos e especialistas legais. No caso de ser um indivíduo reincidente, pode ser prescrito algum tipo de tratamento.

Na altura, a medida foi revolucionária, uma vez que se estava a combater algo que todo o mundo queria colocar um fim com a descriminalização. Aliás, uma vez adotada a medida, os primeiros inquéritos que Portugal recebeu do Comité internacional de Controlo de Narcóticos - a estrutura de monitorização da organização da ONU - chegavam com um tom repreensivo.

Mas a realidade é que os resultados não tardaram: a taxa de novas infeções por HIV em Portugal caíram drasticamente, as mortes por overdose caíram e o número de consumidores, em vez aumentar, como tanto sentenciaram, baixou.

O ano passado, em Nova Iorque, João Goulão, médico especialista português em casos de adição, e um dos responsáveis pela lei de 2000, disse, numa reunião da ONU para discutir o futuro das políticas de combate à droga a nível global que as “as coisas mudaram por completo. Somos apontados como um exemplo de boas práticas".

No entanto, a legislação em Portugal estagnou no novo milénio. O consumo de drogas é descriminalizado, mas a compra e a plantação são considerados crimes. Nesse âmbito nada mudou, e espera-se que o ‘enguiço’ seja quebrado pela correlação de forças que sustenta o Governo minoritário do Partido Socialista, que é publicamente a favor da liberalização do consumo, tanto para fins recreativos como medicinais, assim como da plantação.

[url]http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/como-portugal-se-pode-tornar-o-grande-produtor-europeu-de-canabis[/url] ([url]http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/como-portugal-se-pode-tornar-o-grande-produtor-europeu-de-canabis[/url])
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2017-10-04 19:25:21
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Este calor abrasador vai continuar até sábado

As temperaturas só começam a descer no domingo. Em algumas zonas do País os termómetros chegam aos 36 graus.

https://nit.pt/out-of-town/back-in-town/calor-abrasador-vai-continuar-ate-sabado (https://nit.pt/out-of-town/back-in-town/calor-abrasador-vai-continuar-ate-sabado)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2017-10-06 12:34:38
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Mais de 80% de Portugal continental em seca severa em setembro

....Segundo o IPMA, a 30 de setembro cerca de 81% do território estava em seca severa, 7,4% em seca extrema, 10,7% em seca moderada e 0,8% em seca fraca.....

https://www.dn.pt/sociedade/interior/mais-de-80-de-portugal-continental-em-seca-severa-em-setembro-8823272.html (https://www.dn.pt/sociedade/interior/mais-de-80-de-portugal-continental-em-seca-severa-em-setembro-8823272.html)

.....e em outubro, as previsões não melhoram....... :-\

https://www.publico.pt/2017/07/07/sociedade/noticia/quase-80-do-territorio-nacional-com-seca-em-junho-governo-fala-em-situacao-gravissima-1778281 (https://www.publico.pt/2017/07/07/sociedade/noticia/quase-80-do-territorio-nacional-com-seca-em-junho-governo-fala-em-situacao-gravissima-1778281)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Kaspov em 2017-10-08 02:35:08
Citar
Mais de 80% de Portugal continental em seca severa em setembro

....Segundo o IPMA, a 30 de setembro cerca de 81% do território estava em seca severa, 7,4% em seca extrema, 10,7% em seca moderada e 0,8% em seca fraca.....

https://www.dn.pt/sociedade/interior/mais-de-80-de-portugal-continental-em-seca-severa-em-setembro-8823272.html (https://www.dn.pt/sociedade/interior/mais-de-80-de-portugal-continental-em-seca-severa-em-setembro-8823272.html)

.....e em outubro, as previsões não melhoram....... :-\

https://www.publico.pt/2017/07/07/sociedade/noticia/quase-80-do-territorio-nacional-com-seca-em-junho-governo-fala-em-situacao-gravissima-1778281 (https://www.publico.pt/2017/07/07/sociedade/noticia/quase-80-do-territorio-nacional-com-seca-em-junho-governo-fala-em-situacao-gravissima-1778281)

Grande e grave seca, efectivamente....  :(
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-10-10 12:25:57
O preço da carne vai ter que subir com crescimento do preço da palha.

Paja a precio de grano
 

España, con una producción de cinco millones de toneladas, es uno de los mayores exportadores del produto

La humilde paja es un negocio de cerca de 400 millones de euros al año solo en España, según estiman algunas fuentes del sector. Considerada tradicionalmente como un subproducto de los cultivos de cereal, es utilizada para cubrir los suelos de las cabañas ganaderas de vacuno y ovino; para alimentación animal; para las explotaciones de champiñones (ofreciendo un sustrato nutritivo para los hongos), e, incluso, para generar combustible. Con la implantación progresiva de las máquinas para empacar en las propias parcelas de cultivo, la paja ha ido ganando valor hasta desarrollarse como una mercancía importante en las principales lonjas de productos agrícolas. Las ventas se realizan tanto dentro como fuera del país, con exportaciones hasta a Japón.

La paja española “destaca por su calidad”, según Fernando Martínez, gerente de la empresa Nual, “debido al componente de fibra de la caña a raíz de las condiciones climatológicas en las que se desarrolla el cultivo de los cereales de invierno y hasta por su color frente al que presentan otros productores del norte de la Unión Europea”. Nual, ubicada en Arenillas de Muñó, en el alfoz de Burgos, ha experimentado un fuerte crecimiento en los últimos años al comercializar paja picada y desfibrilada por un volumen de 24.000 toneladas. El 75% se exporta.

Con casi seis millones de hectáreas cultivadas de cereales de invierno, España puede considerarse un gran productor de paja. En un año normal, por cada hectárea cultivada se obtienen aproximadamente 2.500 kilos de grano (sobre todo trigo de invierno y cebada) y 1.000 kilos de paja. Pero 2017 no está siendo un año normal: por la sequía, la producción amenaza con reducirse a cinco millones de toneladas. Responsables de la empresa abulense Europaja calculan que el 80% de la paja disponible este año será de esta campaña y que el resto procederá de las existencias de la cosecha anterior en manos de los agricultores. “Hasta no hace demasiado tiempo, muchos agricultores sin cabañas ganaderas quemaban la paja en los rastrojos, pero eso ya no se puede hacer porque está prohibido”, explican. “Hoy, en la mayoría de los casos la paja se recoge, salvo en las tierras donde se practique la agricultura de conservación”, explican.

Efecto en los precios

El efecto al alza en el precio del producto ya se nota en el mercado, y ello repercutirá sobre todo en mayores costes para las explotaciones de ganado vacuno y caballar. La cotización arrancó entre seis y 11 céntimos de euro por kilo en origen y empacado dependiendo del tipo de producto. A medida que avanzó la recolección, los precios se han ido encareciendo semana tras semana. Actualmente, rondan de media los ocho céntimos por kilo en origen. Además, la paja que se obtiene en las zonas del norte, más lluviosas y productivas, tiene un color oscuro que no facilita una buena salida en los mercados. El campo y los ganaderos están ahora a merced del clima de los próximos dos meses y del volumen final de producción. Los costes de transporte son elevados, pero muy variables en función de la distancia: si no hay lluvias suficientes o hay escasez, la cotización de la paja se disparará.

El precio final también tendrá un impacto en las exportaciones del sector. La firma Europaja, que opera en todo el territorio español y en todas las etapas del negocio, vende en el exterior la mitad de su cosecha. Un 10% se destina a la producción de combustible y el resto al consumo animal, bien directamente en las explotaciones o para fábricas de piensos. En España es cada vez menor la demanda de paja por el cierre o la reducción de cabezas en cabañas ganaderas extensivas frente al crecimiento o la estabilidad en otros tipos de explotaciones, como avicultura y sobre todo en el porcino, donde el consumo de paja es muy reducido o inexistente.
 

Continua

https://elpais.com/economia/2017/08/03/actualidad/1501773552_652931.html



Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-10-12 09:57:35
interessante este artigo sobre a aveia.

http://www.heraldo.es/noticias/suplementos/salud/2014/05/29/la_avena_alimento_que_ayuda_adelgazar_vivir_mas_290624_1381024.html (http://www.heraldo.es/noticias/suplementos/salud/2014/05/29/la_avena_alimento_que_ayuda_adelgazar_vivir_mas_290624_1381024.html)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: jeab em 2017-10-12 14:31:56
Mais um ano que fico sem azeite, dasss  Os ouriços dos castanheiros cá de casa estão a abrir e a castanha mirrada e reguei-os. A fruta no verão bichada e sem gosto. Um ano para esquecer :(
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-10-17 11:14:40
Um artigo interessante

Guía para obrar el ‘milagro’: que trigo y girasol sean rentables

http://elcorreoweb.es/economia/guia-para-obrar-el-milagro--que-trigo-y-girasol-sean-rentables-XD3162725 (http://elcorreoweb.es/economia/guia-para-obrar-el-milagro--que-trigo-y-girasol-sean-rentables-XD3162725)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-10-23 15:50:49
From Bitcoin to Agriculture: How Can Farmers Benefit from Blockchain?

https://agfundernews.com/from-bitcoin-to-agriculture-how-can-farmers-benefit-from-blockchain6380.html
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-10-24 10:32:44

Queda da produção na Europa faz disparar preço do vinho a granel

https://www.dn.pt/dinheiro/interior/queda-da-producao-na-europa-faz-disparar-preco-do-vinho-a-granel-8867321.html (https://www.dn.pt/dinheiro/interior/queda-da-producao-na-europa-faz-disparar-preco-do-vinho-a-granel-8867321.html)







Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-10-27 10:06:10
Aplicações da azeitona

http://www.expansion.com/pymes/2017/10/25/59e9f821468aeba97d8b45cb.html (http://www.expansion.com/pymes/2017/10/25/59e9f821468aeba97d8b45cb.html)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-11-09 11:42:59
A própria União Europeia tem fundos


Turning sea water into drinking water

https://ec.europa.eu/programmes/horizon2020/en/news/turning-sea-water-drinking-water
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-11-23 12:45:35
A India está a mudar.


http://www.expansion.com/empresas/distribucion/2017/11/23/5a15d8f346163f1a568b4601.html (http://www.expansion.com/empresas/distribucion/2017/11/23/5a15d8f346163f1a568b4601.html)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-11-29 15:04:23

El sector agroalimentario aumentó sus ventas un 7,2% durante la crisis

http://www.expansion.com/andalucia/2017/11/29/5a1dd5bde2704e6e258b4573.html (http://www.expansion.com/andalucia/2017/11/29/5a1dd5bde2704e6e258b4573.html)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-11-30 10:28:27
Não tenho acompanhado a crise do leite na India.

Mas fica um artigo que informa sobre a crise em números.


Record Milk Surge In India, But Crisis For Small Dairy Farmers   

http://www.indiaspend.com/cover-story/record-milk-surge-in-india-but-crisis-for-small-dairy-farmers-76826 (http://www.indiaspend.com/cover-story/record-milk-surge-in-india-but-crisis-for-small-dairy-farmers-76826)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-11-30 14:28:38
Interessante este artigo.

https://propelsteps.wordpress.com/2013/11/07/know-price-of-1-5-liter-of-drinking-water-across-the-world/

Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: jeab em 2018-03-02 08:01:45
Já tivemos boas culturas  :D
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: meopeace em 2018-03-15 05:37:52
Governo insiste em corte de árvores - o que pode ser ilegal
SOCIEDADE  22.02.2018 às 17h43

Os contribuintes têm estado a receber avisos da Autoridade Tributária para cortarem árvores à volta das casas, com ameaças de coimas. Mas se o fizerem podem estar a cometer uma ilegalidade, coisa que os avisos não referem


É obrigatório: limpar o mato e cortar árvores: 50 metros à volta das casas, armazéns, oficinas, fábricas ou estaleiros; 100 metros nos terrenos à volta das aldeias, parques de campismo, parques industriais, plataformas de logística e aterros sanitários; limpar as copas das árvores 4 metros acima do solo e mantê-las afastadas pelo menos 4 metros umas das outras; cortar todas as árvores e arbustos a menos de 5 metros das casas e impedir que os ramos cresçam sobre o telhado. Se não o fizer até 15 de março, pode ser sujeito a processo de contraordenação. As coimas podem variar entre €140 e €5 mil, no caso de pessoa singular, e de €1500 a €60 mil, no caso de pessoas coletivas. E este ano são a dobrar."

É este texto ameaçador, acompanhado de um folheto em pdf da campanha "Portugal sem fogos depende de todos", que milhares de portugueses estão a receber por email da Autoridade Tributária e Aduaneira. O problema é que o texto e a campanha (da responsabilidade do Ministério da Administração Interna e do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural) não avisam que as árvores não são todas iguais. Por exemplo, é proibido cortar, sem autorização, sobreiros, azinheiras e árvores monumentais ou classificadas. Além disso, há zonas com regulamentação específica, como é o caso da Serra de Sintra. E não só.

"A lei não obriga a cortar as árvores todas", explica o arquiteto paisagista Henrique Pereira dos Santos. Obriga, sim, a deixar 4 metros entre as copas e a fazer a desramação. A pessoa não tem de cortar árvores e mato a direito."

Além das inconsistências legais, a campanha tem deficiências técnicas. "Não faz sentido nenhum. Primeiro, porque se cortarmos em março, o mato ainda tem tempo de crescer até agosto. Mas mais do que isso: quanto mais sombra de árvores houver, menos cresce o mato. A produtividade das plantas é menor. Ao dizerem para as pessoas cortarem as árvores, estão a fomentar o crescimento de combustível", diz o especialista.

Henrique Pereira dos Santos deixa ainda uma provocação: "Porque é que não aplicam a lei em Monsanto, à volta dos edifícios públicos que lá há?"

Porque a lei, quando nasce, é para todos. Incluindo para o Estado.

http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2018-02-22-Governo-insiste-em-corte-de-arvores---o-que-pode-ser-ilegal (http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2018-02-22-Governo-insiste-em-corte-de-arvores---o-que-pode-ser-ilegal)



Esta Lei e a forma como pressionam os proprietários com ameaça de coimas a valores absurdamente elevados é um autêntico aborto que o Parlamento ejaculou: querem fazer em 3 meses o que não se fez em 44 anos de democracia.

Não têm a mínima noção do trabalho, do esforço e do tempo necessário que demora a limpar...
Estes imbecis que têm transporte pago por nós para o Parlamento e não usam recorrentemente os transportes públicos, comem nos melhores restaurantes, barrigudos que nem sabem agarrar numa enxada, insultam quem pode cuidar das terras exigindo 2 ou 3 meses o que o Estado nunca fez de forma planeada e organizada em 44 anos...

Mais importante é que os incêndios vão voltar: enquanto as empresas privadas de combate aéreo aos fogos estiverem a 'servir' o Estado e forem pagas à hora - existem para trabalhar e não para dormir - é do interesse delas que haja incêndios e quantos mais houver melhor para elas.

Este Verão vai ser um fartar de incêndios.
Nem imaginam as matas e florestas que ainda há para serem ardidas.
Nem este Verão os incêndios esgotarão tudo o que é verde em Portugal.

Eu quando passo de carro ao lado das paisagens costumo dizer:
-"Olhem para este verde que ainda falta arder, ainda há muito por arder...".

Portugal nos próximos anos vai ser totalmente queimado e nem as limpezas o evitarão.
E a culpa é do Parlamento e dos políticos que se servem do pais. Tenho dito.


Já pensei o seguinte:

1) Comprar uma moto-serra e cortar todas as árvores do meu bairro a menos de 5 metros do prédio onde resido.
2) Depois aparecia a policia porque alguém denunciaria.
3) Eu entregava a notificação da AT que me dá ordens, como cidadão, a cortar as árvores a menos de 5 metros do local em que resido.
4) A policia autuava-me.
5) Eu levava o caso a Tribunal porque: o Estado dá-me uma ordem e autua-me por cumprir a ordem.
6) Seria interessante observar o que o Tribunal decidiria...

Mas desisti da ideia porque as complicações seriam só para mim.


Na Avenida de Liberdade, em Lisboa, as empresas têm muitos troncos de árvores para cortar...
E as coimas são elevadas...
Lolololol

   :D
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Elder em 2018-03-15 14:39:00
A aplicação desta lei por este governo é mais uma medida de demagogia e de chico-espertice que já estamos habituados a ver desde 2015.

Esta então desta lei é fantástica: chantagear velhotes com multas, obrigarem-nos a destruir toda a paisagem verde que vêm à frente e só com o objetivo de salvar politicamente o Costa no verão. Já o estou mesmo a ver no verão: "há incêndios? a culpa não é minha, nem da proteção civil, nem do SIRESP... A culpa é dos malditos proprietários". É um preço muito alto a pagar. Ainda por cima, quando de se chover em abril e maio, de março a julho volta tudo a nascer nos campos mas com mais força!  :-\ 
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2018-03-15 14:44:20
culpa é dos malditos proprietários  e bom argumento numa terra socialista  ;D


mas isto nao tem nada ver fogos florestais, portugal ja tem floresta arder muitos anos...nada de novo


tem ver e pessoas a morrer  dentro das casas  e nas estradas nacionais por causa dos fogos


Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: vbm em 2018-03-15 16:16:23
[ ]. Ainda por cima, quando de se chover em abril e maio, de março a julho volta tudo a nascer nos campos mas com mais força!  :-\

Quem tem um país com Interior e Raia, para lá do 'habitável' Litoral, tem mesmo de enfrentar os custos da  natureza. Foi também impressivo ouvir no último 'Prós e Contra' da 1, o bastonário  da Ordem dos Engenheiros fazendo notar uma coisa simples: o edificado e construído nos últimos anos aumentou muito o capital técnico que exige manutenção, ou seja um puro gasto de conservação do que existe, trabalho para muita gente, só para usufruir do que há, ou substituir o que se acaba!
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2018-03-15 21:38:31
https://observador.pt/2017/11/25/capitulo-oculto-revela-que-so-quatro-pessoas-morreram-dentro-de-casa/ (https://observador.pt/2017/11/25/capitulo-oculto-revela-que-so-quatro-pessoas-morreram-dentro-de-casa/)

pelo visto morreram foi fora...


apenas 4 pessoas morreram dentro de casa

São ainda elencadas as razões dadas pelas pessoas para saírem de casa quando o fogo se aproximou.

Aspeto do incêndio, do vento e do ruido que produzia, que pareceu ser fora do comum e de ter uma capacidade de destruição que aterrorizava as pessoas.
Sensação de que o fogo iria destruir as casas todas da aldeia.
Noção de que a casa em que estava era vulnerável, por ser antiga, ter sobrado e estrutura em madeira.
Noção de que tinham muita vegetação e materiais inflamáveis em volta da casa.
Ter pessoas com problemas de saúde, incapacidades motoras, crianças ou idosos, presentes em casa.
Não haver Bombeiros presentes, ou por perto.
CEIF/Universidade de Coimbra 237
Universidade de Coimbra O GIF de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes (2017)
Ter faltado a água da rede.
Ter faltado a eletricidade.
Ver outras pessoas a sair, nomeadamente vizinhos ou familiares.
Ter sido convidados ou impulsionados a sair, por familiares ou amigos. x Ter sido coagidos a sair pelas autoridades.

Ter a intenção de colocar os carros a salvo.
Ter a intenção de ir ajudar outras pessoas.

se para proxima vez andar limpar isto depois serem  obrigado a sair casa... vai dar mesmo...

https://www.jn.pt/nacional/interior/casal-morre-a-tentar-fugir-de-casa-que-ficou-intactainferno-matou-e-chegou-ao-sino-dizem-que-este-fogo-nao-se-vencia-8854537.html (https://www.jn.pt/nacional/interior/casal-morre-a-tentar-fugir-de-casa-que-ficou-intactainferno-matou-e-chegou-ao-sino-dizem-que-este-fogo-nao-se-vencia-8854537.html)
O casal saiu de casa a seguir ao filho no domingo à noite, para fugir às chamas, mas o fumo desorientou-os. Os corpos foram encontrados por vizinhos às 5.30 horas da madrugada, a cerca de 200 metros de casa, que ficou intacta.
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: jeab em 2018-06-05 17:43:02
Uma maneira de reflorestar barata, a zona ardida e não só.

https://youtu.be/6t6Gae13RZI
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: jeab em 2019-02-06 18:57:51
Uma boa noticia

http://www.lr21.com.uy/ecologia/1391688-herbicida-a-base-de-azucar-sustituye-glifosato-roundup?fbclid=IwAR0zGWGW2tTcQIF_g6tiG118PVR3LGeAAQQVtV52USQw_lzCNf8Fr3EK6oA (http://www.lr21.com.uy/ecologia/1391688-herbicida-a-base-de-azucar-sustituye-glifosato-roundup?fbclid=IwAR0zGWGW2tTcQIF_g6tiG118PVR3LGeAAQQVtV52USQw_lzCNf8Fr3EK6oA)
Título: Re: Agricultura - Tópico principal
Enviado por: jeab em 2020-09-17 15:12:40
 :D