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Autor Tópico: Agricultura - Tópico principal  (Lida 169445 vezes)

JoaoAP

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #200 em: 2014-02-21 11:32:06 »
Batata da Serra da Nave,
Aqui tens um ideia muita boa para escoar a tua batata.
Excelente projecto este!
Vejam... e experimentem:
http://www.prove.com.pt/www/

Grande ideia esta! De uma amiga que está a experimentar, o preço é bastante concorrencial com os produtos de outros locais e estes têm vantagens... pelo menos do grupo que ela recebe.
Pode haver algumas diferenças entre agrupamentos ... mas ela está contente.

Vanilla-Swap

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #201 em: 2014-02-21 16:42:33 »
João

O problema da agricultura não deve ser feito individualmente, um projeto deve ser feito em associação não individualista deve ser feito com apoio de vários tipos conhecimentos em várias áreas, eu penso que as cooperativas antigas foram feitas com poucos conhecimentos científicos de várias áreas, os novos projetos devem ser feitos com a cooperação de vários tipos de mão de obra desempregada, o problema desses projetos é quando vai dar dinheiro.

Batata da Serra da Nave

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #202 em: 2014-02-21 21:40:50 »
Batata da Serra da Nave,
Aqui tens um ideia muita boa para escoar a tua batata.
Excelente projecto este!
Vejam... e experimentem:
http://www.prove.com.pt/www/

Grande ideia esta! De uma amiga que está a experimentar, o preço é bastante concorrencial com os produtos de outros locais e estes têm vantagens... pelo menos do grupo que ela recebe.
Pode haver algumas diferenças entre agrupamentos ... mas ela está contente.


A ideia é excelente , mas tal como diz o Vanilla-Swap tudo tem que ser planeado em conjunto com toda a comunidade , todo o tipo de associações e instituições . Nós planeamos criar uma associação de produtores aqui da zona e defender o nosso produto e com escala podemos realmente conseguir algo neste mercado selvagem .

Eu não tenho nada contra os intermediarios , mas parece-me que no futuro eles têm necessariamente de deixar de existir seja porque o consumidor tem toda a informação disponivel , seja porque os produtores em conjunto passam a fazer a distribuição .

Tudo é possivel na sociedade da informação .

JoaoAP

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #203 em: 2014-02-21 21:50:58 »
... mas aquilo já são associações de pequenos agricultores!!!
Só que existe uma plataforma que lhes dá apoio!!!
Não são é cooperativas... o estatuto é diferente...

leiam os vários núcleos... são formados por 1, 2, 3 ou mais... e vejam os nomes dos agricultores etc...
uns produzem mais de uma coisa outros de outra ... mas claro que alguém tem de ter vegetais frescos... é o álibi e fruta da época...

Mas podes contactar alguém e propores juntar-te ... alguém por perto!.
mas olha que os preços são competitivos, segundo a minha amiga.

Podem ser individuais ou complementarem-se.... leiam!
Acho ... repito, um excelente projecto!!!
Directamente do produtor... para o consumidor!!!!!!
« Última modificação: 2014-02-21 22:06:15 por JoaoAP »

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #204 em: 2014-02-21 23:00:16 »
aqui na minha zona há uma associação desse tipo. O que me levou a não aderir foi eu não ter escolha directa sobre os produtos comprados. De um cabaz de produtos poderia eliminar quatro, que depois eles entregavam-me os produtos e as quantidades por eles escolhidas.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

JoaoAP

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #205 em: 2014-02-22 13:04:02 »
Normalmente trazem um pouco de tudo.
Pedi à minha amiga o último cabaz, o mais pequeno (existem este e um maior):
salsa, Kiwi, batatas, grelos/espigos, cebolas, repolho, alface
na anterior parece que em vez de Kiwi trouxe tangerinas... etc.. em vez de salsa trouxe rúcula e coentros...

Algo que se consome habitualmente... produtos habituais da época.
Sinceramente... repito, um bom projecto! Mas pode depender do grupo a que estejas ligado.

Batata da Serra da Nave

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #206 em: 2014-02-22 13:47:04 »
... mas aquilo já são associações de pequenos agricultores!!!
Só que existe uma plataforma que lhes dá apoio!!!
Não são é cooperativas... o estatuto é diferente...

leiam os vários núcleos... são formados por 1, 2, 3 ou mais... e vejam os nomes dos agricultores etc...
uns produzem mais de uma coisa outros de outra ... mas claro que alguém tem de ter vegetais frescos... é o álibi e fruta da época...

Mas podes contactar alguém e propores juntar-te ... alguém por perto!.
mas olha que os preços são competitivos, segundo a minha amiga.

Podem ser individuais ou complementarem-se.... leiam!
Acho ... repito, um excelente projecto!!!
Directamente do produtor... para o consumidor!!!!!!

Vou dar uma olhada mais a serio , já vi que está difundido por todo o país . Eu pensei inicialmente que era só em Torres Vedras .

Quem sabe ...

Mystery

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #207 em: 2014-02-22 20:34:31 »
... mas aquilo já são associações de pequenos agricultores!!!
Só que existe uma plataforma que lhes dá apoio!!!
Não são é cooperativas... o estatuto é diferente...

leiam os vários núcleos... são formados por 1, 2, 3 ou mais... e vejam os nomes dos agricultores etc...
uns produzem mais de uma coisa outros de outra ... mas claro que alguém tem de ter vegetais frescos... é o álibi e fruta da época...

Mas podes contactar alguém e propores juntar-te ... alguém por perto!.
mas olha que os preços são competitivos, segundo a minha amiga.

Podem ser individuais ou complementarem-se.... leiam!
Acho ... repito, um excelente projecto!!!
Directamente do produtor... para o consumidor!!!!!!

Eu já dei consultoria a um projecto desses.

Na altura fiquei com a sensação que era uma plataforma com uma missão muito nobre mas os custos eram claramente exagerados para os objectivos e para o trabalho que se propunham a fazer.

O financiamento era público (várias dezenas de milhares de euros para criar um núcleo). Mas julgo que as empresas que davam formação e apoio eram privadas.

Os agricultores que visitaram a exploração de um dos núcleos não encontraram produção de relevo (deitando por terra a tese do "directamente do produtor para o consumidor"). E encontraram condições de higiene e segurança alimentar eram deploráveis.

Não me pareceu um "excelente projecto".
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vbm

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #208 em: 2014-02-23 10:33:17 »
Dê por onde der.
Custe o que custar.
Queira o fmi ou não.

É obrigação dos governantes
reunir as condições para colocar
os desempregados a trabalhar
mediante uma remuneração
que lhes permita sustentarem-se.

Não pode ser só subsidiar-lhes
a sobrevivência material; é preciso
que façam trabalho de que resulte
utilidade para os outros e para
a sociedade. Empregar, pagar
assim a um milhão de desempregados,
mediante um salário inferior ao salário
mínimo deve orçar por 3 mil milhões - ano.

Aceitam-se sugestões onde cobrar tais fundos,
para lá do que se consiga pela simples tributação
indirecta do consumo induzido pela emprego-ocupação criado.

JoaoAP

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #209 em: 2014-02-23 21:40:26 »
Discordo do que escreveste Mistery.

Se a higiene aqui não é a adequada, referes-te a quê?
Os produtos serão apanhados como são os que são enviados para os Hipermercados... apesar de que alguns, como maças são lavadas posteriormente... ??? É isto?
São os controlos fito-sanitários? Aqui são melhores quase de certeza e qualquer pessoa pode ir ver. Aliás são convidados a tal.

Na sexta quis ver com os meus olhos o cabaz. Excelente em termos de limpeza e com um aspecto que não encontras em nenhum hipermercado!


Mystery

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #210 em: 2014-02-24 00:25:08 »
A higiene não era adequada porque o manuseio dos produtos estava muito aquém do que é exigido num sistema de HACCP (existiam demasiados factores de risco). Podia ser apenas aquele núcleo em particular mas sugeria a inexistência de qualquer tipo de controlo.




A fool with a tool is still a fool.

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #211 em: 2014-02-27 14:56:47 »
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Nunca existiram tão poucos trabalhadores na agricultura

Agricultura voltou a perder empregos em 2013. O ano acabou com menos 50 mil trabalhadores neste setor que em igual período do ano passado.

O presidente da CNA, João Dinis, diz que os resultados apurados pelo INE desmentem o discurso de oásis sobre o setor feito pelo Governo

Nunca existiram tão poucos portugueses a trabalhar na agricultura como no último ano. A queda de pessoas empregadas no setor primário agravou-se mesmo no último trimestre de 2013, que teve os valores mais baixos desde que existem registos no Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em resposta enviada à TSF, o Ministério da Agricultura defende que a evolução do emprego no setor caracteriza-se frequentemente por uma diminuição «cíclica» no último trimestre «associada às características da própria atividade».

O gabinete de Assunção Cristas sublinha ainda que menos emprego não significa menos rendimento, como provam alguns números: em 2013 o setor agrícola cresceu 4,8%, em volume; de setembro a novembro as exportações aumentaram 9,3%; e a produtividade do trabalho agrícola cresceu 33,3% entre 2000 e 2013.

O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) diz que os resultados apurados pelo INE são claros e desmentem o discurso de oásis sobre o setor feito pelo Governo. João Dinis considera que a culpa é do Executivo e das políticas que tem seguido, dando como exemplo a carga tributária.

Os dados consultados pela TSF mostram ainda que, para além da agricultura, também a pesca e a indústria perderam trabalhadores no último trimestre (e no último ano). Pelo contrário, o setor dos serviços foi claramente aquele que mais ajudou à quebra da taxa de desemprego.

O regresso às minas, por exemplo, tão falado pelo Governo em 2012, está longe de ter efeitos no emprego. As indústrias extrativas empregaram no último trimestre de 2013 menos 21% das pessoas que em igual período do ano anterior (15.500 pessoas para 13.000).

Nas indústrias transformadoras também existiu uma queda, mas muito ligeira (-2% de população empregada no setor).

A maior descida sentiu-se contudo no setor primário. Os dados consultados permitem perceber que por norma os últimos trimestres de cada ano têm uma queda do emprego neste setor, mas outubro a dezembro de 2013 registou o número mais baixo de sempre de portugueses a trabalhar na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (pelo menos desde que o Instituto Nacional de Estatística faz o inquérito ao emprego que começou em 1998).

A descida foi muito acentuada nos setores associados ao trabalho no campo, que tinham recuperado, pela primeira vez, numa década, postos de trabalho em 2012.

Perto de 401 mil portugueses trabalhavam no final de 2013 nos setores da agricultura, produção animal, caça, floresta. Eram 451 mil em igual período do ano anterior.

Para além do campo, também a pesca e a aquicultura tiveram uma queda acentuada (-17%). No final de 2013, apenas 13.500 portugueses viviam da apanha de peixe.

http://www.ulisboa.pt/wp-content/uploads/Clipping/8fev_agricultura_ISA.pdf

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #212 em: 2014-04-05 12:09:34 »
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Portugal tem que devolver a Bruxelas 12,56 milhões de ajudas para agricultores

Lusa

Portugal tem que devolver a Bruxelas 12,56  milhões de euros de ajudas indevidamente usadas no setor da Agricultura,  principalmente por incumprimento de regras de condicionalidade, divulgou  hoje a Comissão Europeia. 

A maior parcela, de 12,04 milhões de euros, da verba que Portugal terá  que devolver à Comissão Europeia tem que ver com o incumprimento da, condicionalidade,  que é conjunto de condições de base por agricultores que beneficiam de pagamentos  diretos.

Lisboa terá ainda que enviar para os cofres comunitários 0,62 milhões  de euros, relativos restituições às exportações, um mecanismo de compensação  financeira que visa permitir aos operadores económicos comunitários escoar  os seus produtos para países fora da UE.

A multa a Portugal inclui 3,90 milhões por "prémios animais", devido  a controlos locais insuficientes e por pagamentos a animais não identificados. Bruxelas irá reaver um total de 315 milhões de euros de 11 Estados-membros,  cabendo à França a maior multa, no valor global de 289,77.

mig

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #213 em: 2014-04-06 18:43:06 »
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Nunca existiram tão poucos trabalhadores na agricultura

Agricultura voltou a perder empregos em 2013. O ano acabou com menos 50 mil trabalhadores neste setor que em igual período do ano passado.

O presidente da CNA, João Dinis, diz que os resultados apurados pelo INE desmentem o discurso de oásis sobre o setor feito pelo Governo

Nunca existiram tão poucos portugueses a trabalhar na agricultura como no último ano. A queda de pessoas empregadas no setor primário agravou-se mesmo no último trimestre de 2013, que teve os valores mais baixos desde que existem registos no Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em resposta enviada à TSF, o Ministério da Agricultura defende que a evolução do emprego no setor caracteriza-se frequentemente por uma diminuição «cíclica» no último trimestre «associada às características da própria atividade».

O gabinete de Assunção Cristas sublinha ainda que menos emprego não significa menos rendimento, como provam alguns números: em 2013 o setor agrícola cresceu 4,8%, em volume; de setembro a novembro as exportações aumentaram 9,3%; e a produtividade do trabalho agrícola cresceu 33,3% entre 2000 e 2013.

O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) diz que os resultados apurados pelo INE são claros e desmentem o discurso de oásis sobre o setor feito pelo Governo. João Dinis considera que a culpa é do Executivo e das políticas que tem seguido, dando como exemplo a carga tributária.

Os dados consultados pela TSF mostram ainda que, para além da agricultura, também a pesca e a indústria perderam trabalhadores no último trimestre (e no último ano). Pelo contrário, o setor dos serviços foi claramente aquele que mais ajudou à quebra da taxa de desemprego.

O regresso às minas, por exemplo, tão falado pelo Governo em 2012, está longe de ter efeitos no emprego. As indústrias extrativas empregaram no último trimestre de 2013 menos 21% das pessoas que em igual período do ano anterior (15.500 pessoas para 13.000).

Nas indústrias transformadoras também existiu uma queda, mas muito ligeira (-2% de população empregada no setor).

A maior descida sentiu-se contudo no setor primário. Os dados consultados permitem perceber que por norma os últimos trimestres de cada ano têm uma queda do emprego neste setor, mas outubro a dezembro de 2013 registou o número mais baixo de sempre de portugueses a trabalhar na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (pelo menos desde que o Instituto Nacional de Estatística faz o inquérito ao emprego que começou em 1998).

A descida foi muito acentuada nos setores associados ao trabalho no campo, que tinham recuperado, pela primeira vez, numa década, postos de trabalho em 2012.

Perto de 401 mil portugueses trabalhavam no final de 2013 nos setores da agricultura, produção animal, caça, floresta. Eram 451 mil em igual período do ano anterior.

Para além do campo, também a pesca e a aquicultura tiveram uma queda acentuada (-17%). No final de 2013, apenas 13.500 portugueses viviam da apanha de peixe.

http://www.ulisboa.pt/wp-content/uploads/Clipping/8fev_agricultura_ISA.pdf



Portugal têm mais gente a trabalhar na agricultura do que se pensa. trabalham é sem contrato e não entram na estatística.
Produzir em portugal não é fácil, os produtos de tratamento fitofármaco demoram muito a ser homologados o que gera perda de competitividade.um exemplo, sai um produto para determinada praga, em espanha é homologado em 2010, em portugal 3 anos depois, esses 3 anos os espanhois têm uma grande vantagem quer ao nível da produção como também de custo de produção. os governos falam muito na agricultura, mas não entendem nada do assunto e gabinetes e cooperativas apenas se preocupam em segurar tachos e sugar subsídios.
O exemplo mais flagrante é o que se está a passar com os auxiliares, método de produção sem pesticidas e altamente produtivo, em Espanha à 5 anos o governo subsidiou as estufas em almeria com redes e duplas entradas,tecnologia que permite produzir em modo biológico. aqui no algarve as estufas têm o mesmo problema do vírus mediterrânico que levou o governo espanhol a tomar medidas urgentes, fez-se alguma coisa no algarve? é obvio que não,existe gente que já têm as estufas com esse equipamento,os que meteram projecto recentemente, os outros não têm dinheiro para o fazer,logo perdem competitividade com o país vizinho. Os projectos também há muita vigarice, metem faturas de máquinas novas e compram usadas, facturas sobre valorizadas,etc,etc.a fiscalização ao investimento continua a ser muito má. este país sempre foi melhor a roubar do que a produzir, basta ver o que se passou quando abriu o primeiro quadro comunitário, a área agricola que entrou em bruxelas para ter apoio comunitário aos agricultores era 3 vezes superior o território nacional. :D
Quantos aos portugueses não quererem trabalhar na agricultura é mentira. este verão estive numa grande produção agrícola no algarve, eu e a minha mulher estivemos à frente daquilo. é uma vergonha, os patrões são gente da alta, um deles ligado à banca(gerente), só tinham a trabalhar romenos, dá jeito porque não sabem falar a língua e contar o que lá se passa. são escravizados, o sef e act passam a vida a fiscalizar aquilo e apanhar irregularidades, mas ninguém vai preso, pagam a multa e continua tudo na mesma.
Viemos horrorizados com o que encontramos , é indescritível o que lá se passa, fomos ganhar salários altíssimos e não tínhamos como recusar.quando chegamos percebemos porque nos ofereceram aqueles vencimentos, só um hitler tolerava ver o que lá se passa.
« Última modificação: 2014-04-06 19:00:50 por mig »

jeab

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #214 em: 2014-04-06 18:49:33 »
 este país sempre foi melhor a roubar do que a produzir, basta ver o que se passou quando abriu o primeiro quadro comunitário, a área agricola que entrou em bruxelas para ter apoio comunitário aos agricultores era 3 vezes superior o território nacional.

eh pá ... mas que grande verdade ... infelizmente  :(

Um colega meu fp mesmo na muge ( começou no INGA e agora IFAP ) sacou montes, desde ovelhas, trigo de regadio  :o , etc. etc. em nome dele e dos sogros ( o sogro era camionista de autocarros e passou a agricultor com terras arrendadas) até finalmente transformar o casão em salão de festas e o tanque em piscina, mais charrete para os noivos ... agora só diz-me ... só tenho que contar as cabeças do casório no fim-de-semana e receber a massa.  As terras estão em poisio e as máquinas de rega, ceifeiras, etc. estão podres e enferrujadas... até o monte foi arranjado com massa de turismo rural ... que estava sempre "cheio" sem vagas, para ninguém lá aparecer.

Não foi por acaso que a maior fatia da massa de bruxelas nos anos 90 foi para a agricultura e bem vemos como está e em Beja conhece-se as pessoas pelo carro que têm ... mínimo de status é um cayenne ... o resto é plebe  :D
« Última modificação: 2014-04-06 19:03:42 por jeab »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

mig

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #215 em: 2014-04-06 19:41:37 »


Não foi por acaso que a maior fatia da massa de bruxelas nos anos 90 foi para a agricultura e bem vemos como está e em Beja conhece-se as pessoas pelo carro que têm ... mínimo de status é um cayenne ... o resto é plebe  :D

Geralmente os grandes projectos agrícolas são de gente da alta, com ligações à politica e banca. São sugadores de subsídios, conhecem bem os meandros e sabem como as fazer. A mão de obra é estrangeira, trabalham no verão em estufas como 50 graus, não estão autorizados pelo(a) capataz a fazer pausas para beberem agua. O inem por vezes têm de ser chamado para os socorrer, desmaios, vómitos,etc,etc
Os trabalhadores não querem que se chame o inem, têm medo que sejam apelidados de "fracos" e dispensados do trabalho,uma vez que muitos não têm contrato de trabalho.
Sou português, mas confesso que deve haver pouca gente tão ordinária no mundo ocidental como o nosso povo. vivem de fachada, bons carros, boas casas e ostentam tudo e mais alguma coisa. olham para os imigrantes como fossem mercadoria. um bom trabalho jornalístico era investigar o dia a dia de algumas produções agrícolas no sul, é um verdadeiro filme do holocausto, e olhem que não estou a exagerar.
Há muito empresário agrícola e capataz que o seu lugar era na cadeia.
Apaguei o resto,quando dei conta estava a falar da minha vida pessoal. :)
« Última modificação: 2014-04-06 22:13:19 por mig »

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #216 em: 2014-04-06 22:52:49 »
Sim, o sistema está totalmente viciado nos subsídios. O ministério da agricultura é um mero distribuidor e sorvedor de dinheiros públicos.
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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #217 em: 2014-04-07 16:16:50 »
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Desenvolvimento Rural: Governo apresenta programa incompatível com adaptação às alterações climáticas

SPEA, LPN, Quercus e GEOTA (07-04-2014)

Em reunião do Secretário de Estado da Agricultura com as Organizações não Governamentais de Ambiente, o Governo apresentou a sua proposta de Programa de Desenvolvimento Rural. A estratégia do Governo para o mundo rural ignora as alterações climáticas, insistindo na implementação de um regadio público inviável. O Governo anunciou no entanto um recuo na proposta anterior de financiar plantações de eucaliptos com dinheiro comunitário.

As organizações subscritoras reuniram na passada sexta feira com o Secretário de Estado da Agricultura para discutir a proposta do Governo sobre o Programa de Desenvolvimento Rural. À luz das mais recentes previsões para as alterações climáticas, e considerando que as mesmas vêm apenas confirmar as previsões anteriores, o programa apresentado tem uma estratégia errada e contrária às evidências científicas.

O programa, que delineia o investimento europeu no mundo rural para os próximos 7 anos, não prepara o país para as alterações climáticas mas antes agrava a falta de preparação para os cenários previstos. Neste aspeto, o Programa de Desenvolvimento Rural para 2014-2020 representa mais uma grande oportunidade perdida para Portugal.

O Governo elegeu prioridades para o mundo rural que não fortalecem o país mas, ao invés, o vulnerabilizam ainda mais. A prioridade dada à construção de regadios e ao aproveitamento dos recursos hídricos de açudes em especial nas zonas semiáridas como forma de aumentar a produção agrícola é um erro. Além da crescente má qualidade da água, a quantidade será cada vez menor, com redução dos caudais nos rios e no subsolo e com impactes negativos significativos nas espécies aquáticas autóctones e na proliferação de espécies animais e vegetais exóticas invasoras. A agricultura de regadio é o maior consumidor de água e não internaliza devidamente os custos associados nem os impactes decorrentes. Acresce que o regadio não é uma medida de mitigação das alterações climáticas, contrariamente ao que tem vindo a ser insistentemente defendido pelo Governo podendo mesmo causar degradação irreversível dos solos (salinização e sodização). O apoio dado às culturas de regadio e às culturas intensivas solidifica uma aposta no rumo errado que não prepara o país para as perspetivas de aquecimento e desertificação que estão presentes em todos os relatórios com previsões nacionais e internacionais. Desta forma, perpetua-se o apoio à agricultura com fins meramente lucrativos imediatos em detrimento de uma agricultura extensiva mas sustentável que existe na maioria das nossas áreas rurais.

As organizações presentes na reunião reconhecem no entanto uma melhoria em relação ao documento anteriormente apresentado: o recuo do Governo na sua proposta de financiar a plantação de eucaliptos através do Programa de Desenvolvimento Rural. O Secretário de Estado garantiu nesta reunião com as ONGA que não haverá financiamento para a criação de novas áreas de eucaliptal em Portugal.

No programa apresentado pelo Governo toda a componente de utilização sustentável dos recursos naturais, como as medidas agro e silvo-ambientais, assim como o apoio às áreas da Rede Natura 2000 (que ocupa mais de 20% do território nacional) não está devidamente acautelado, existindo medidas contraditórias, desarticuladas, mal desenhadas ou com níveis de apoio insignificantes. Esta situação agravará a perda de biodiversidade e favorecerá ainda mais o abandono da atividade agrícola e o despovoamento no interior. A medida do Pagamento Natura irá atribuir verbas a agricultores, sem nenhum compromisso de manterem a conservação dos habitats e as espécies existentes (apenas são indicados compromissos muito gerais agronómicos não correspondentes aos serviços prestados). Desta forma, não existe uma discriminação positiva para quem efetivamente protege os habitats e espécies nas suas propriedades.”

As organizações ambientalistas lamentam a escolha da cedência por parte do Governo aos grupos de pressão industriais agrícolas, porque tal terá como consequência a fragilização crescente do país, do mundo rural, da sua biodiversidade, da sua economia e da sua população.
Este programa compromete a preservação dos recursos naturais como a água, o solo e não garante a preservação da biodiversidade e da paisagem. É uma estratégia que decreta a incapacidade de prever, adequar o território e mitigar as alterações climáticas em curso.



Thorn Gilts

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #218 em: 2014-04-07 22:15:51 »
Em Portugal a agricultura só da para nichos. Não temos escala, desde logo devido a constrangimentos de espaço e a falta de organização entre produtores.
we all have a story we nevel tell

MordomoDoBuffett

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Re:Agricultura- novos caminhos
« Responder #219 em: 2014-04-07 23:49:00 »


Não foi por acaso que a maior fatia da massa de bruxelas nos anos 90 foi para a agricultura e bem vemos como está e em Beja conhece-se as pessoas pelo carro que têm ... mínimo de status é um cayenne ... o resto é plebe  :D

Geralmente os grandes projectos agrícolas são de gente da alta, com ligações à politica e banca. São sugadores de subsídios, conhecem bem os meandros e sabem como as fazer. A mão de obra é estrangeira, trabalham no verão em estufas como 50 graus, não estão autorizados pelo(a) capataz a fazer pausas para beberem agua. O inem por vezes têm de ser chamado para os socorrer, desmaios, vómitos,etc,etc
Os trabalhadores não querem que se chame o inem, têm medo que sejam apelidados de "fracos" e dispensados do trabalho,uma vez que muitos não têm contrato de trabalho.
Sou português, mas confesso que deve haver pouca gente tão ordinária no mundo ocidental como o nosso povo. vivem de fachada, bons carros, boas casas e ostentam tudo e mais alguma coisa. olham para os imigrantes como fossem mercadoria. um bom trabalho jornalístico era investigar o dia a dia de algumas produções agrícolas no sul, é um verdadeiro filme do holocausto, e olhem que não estou a exagerar.
Há muito empresário agrícola e capataz que o seu lugar era na cadeia.
Apaguei o resto,quando dei conta estava a falar da minha vida pessoal. :)

Companheiro tem toda a razão e essa e a realidade. E acrescento mais...os italianos em comparação são meninos de coro só que por la aparecem as vezes uns corpos caídos na rua...por aqui são "cozidos" lentamente. País de brandos costumes=music for childrens!!!!
Sem falsas modéstias conheço bem o sítio onde nasci, a sociologia e as "ditas" elites tudo no TERRENO AO VIVO E A CORES.
cumprimentos
bons negocios