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Geral => Comunidade de Traders => Tópico iniciado por: hermes em 2012-11-06 11:30:03

Título: O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-06 11:30:03
While Nobody Was Paying Attention, The Bank Of Japan Took A Surprise Step That Could Change The Future Of Central Banks

by: Joe Weisenthal
Nov. 4, 2012, 7:54 AM

http://www.businessinsider.com/zervos-on-boj-decision-losing-independence-2012-11 (http://www.businessinsider.com/zervos-on-boj-decision-losing-independence-2012-11)

Over the past few weeks, there's been a growing buzz about central banks playing a greater role in explicitly serving as funders of government.

The idea that people (journalists and Wall Streeters, mostly) have been talking about is the notion that central banks could buy government debt (as they do in quantitative easing) but then just rip up those bonds (http://www.businessinsider.com/bank-of-england-debt-cancelation-2012-10), and cancel the debt, with few consequences, except perhaps some inflation (which central banks wants, anyway).

This kind of blatant monetization seems unlikely (especially in countries like the UK and the US, which are borrowing at super-low rates) but the idea of central banks working more closely with their government to stimulate the economy may be on the road to happening.

While the US was distracted by all of the Sandy and election news this week, the Bank of Japan took a shocking step in this direction, according to David Zervos of Jefferies, who notes that the latest easing announcement was a joint production between the Bank of Japan and the Ministry of Finance, amove that never happens:

Citar
BoJ policies, by virtually any measure, have been an abject failure. The institution has consistently remained too tight in the face of worsening economic conditions for over 2 decades. And while the economy has had to pay a horrible price for these errors, the tables look like they are about to turn in a nasty way on the institution itself.

Accompanying the depressing standard BoJ statement on 30-Oct was this very curious additional release - [url]http://www.boj.or.jp/en/announcements/release_2012/k121030b.pdf.[/url] ([url]http://www.boj.or.jp/en/announcements/release_2012/k121030b.pdf.[/url]) Here we have the BoJ governor, the Minister of Finance and the Minister of State for Economic and Fiscal Policy jointly issuing a press release on the BoJ website entitled - "Measures Aimed at Overcoming Deflation". A press release of this kind is completely unprecedented. And it was published in the "Monetary Policy Releases" section of the BoJ website.

So here we have two executive branch government ministers issuing declarations on the monetary policy portion of the BoJ website regarding price stability. Can anyone imagine if Tim Geithner, Ben Bernanke and Hillary Clinton were to issue a joint statement on fighting deflation that was in turn prominently displayed under in the monetary policy section of the Fed's website? It would be mutiny!

The executive branch politicians in Japan have, for the first time ever, infiltrated the mother ship. BoJ independence is now under explicit political attack. This should be a warning to all central bankers with "sound money" religion - if you don't let the inflation dogs out and crank up the printing presses as the economy deteriorates, the politicians will come and shut you down. What we are witnessing is the beginning of the end for independent Japanese monetary policy.


Zervos was far from the only analyst to notice the big news.

FT Alphaville has a good note from Bank of New York-Mellon’s Neil Mellor (http://ftalphaville.ft.com/2012/10/30/1237371/a-bento-box-of-pressure-at-the-boj/), who writes:

Citar
Japan’s failure to emerge from its deflationary mire has been both a tragedy and testament to the hazards of asset price booms; but it has also encouraged an entertaining verbal interplay between successive governments (yearning a constant drip of palliative policy easing) and central bank (keen to enforce its own independence.) The interplay, at MOF’s instigation, has ranged from mild insinuation (per the need for more policy easing) to outright threats to the Bank’s independence; but today’s policy decision perhaps shows that the BOJ board’s current incumbents are keen to keep the peace.

...

The question that inevitably arises in the wake of today’s asset-purchase top-up therefore is to what extent government pressure, and the presence of economy minister Maehara, influenced the decision? In view of the unwavering emphasis that Shirakawa has placed upon reform (as recently as last week in fact) and upon the impotence of monetary easing in its absence, it is very difficult to believe that politics was not a factor. Yet if keeping the peace was an element in today’s decision, then Maehara and co may be forgiven for looking to leverage this ‘susceptibility’ between here and the as yet undeclared date for the next general election. Indeed, note that when Seiji Maehara emerged from today’s meeting, he said, “We have confirmed that we will make the utmost efforts to achieve the common goal with a strong sense of responsibility.” ‘Will’, ‘common goal’, ‘strong sense of responsibility’? The BOJ’s next meeting on November 19th and its aftermath could well be very interesting.


So it's possible that this presages a change in central bank policy around the world, but it's worth noting the idea that it's pressure from the Ministry of Finance that's pushing the BoJ to act, whereas in the US, the current winds prevail in the opposite direction, towards less easing.

Still, for a country that's been mired in deflation, it will be fascinating to watch whether there's any beneficial impact from this kind joint Ministry Of Finance/BoJ action.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-10 22:06:34
em que é que o que está aqui transcrito sugere o aparecimento da hiperinflação? ou sequer da inflação?

como dizem agora nos EUA, parece que 'facts have a liberal bias'. Os conservadores encerraram-se a si próprios num sistema de crenças do qual não querem e parece não poderem sair.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-10 22:08:34
em que é que o que está aqui transcrito sugere o aparecimento da hiperinflação? ou sequer da inflação?

como dizem agora nos EUA, parece que 'facts have a liberal bias'. Os conservadores encerraram-se a si próprios num sistema de crenças do qual não querem e parece não poderem sair.

Que sistema de crenças é esse? O de que se se imprimir dinheiro livremente, em alguma altura o valor do mesmo vai com os porcos?
 
Então se até temos bancos centrais independentes mesmo por causa disso, não é como se a experiência não tivesse já sido feita algumas vezes antes de chegarmos aqui.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-10 22:10:28
em que é que o que está aqui transcrito sugere o aparecimento da hiperinflação? ou sequer da inflação?

como dizem agora nos EUA, parece que 'facts have a liberal bias'. Os conservadores encerraram-se a si próprios num sistema de crenças do qual não querem e parece não poderem sair.

Que sistema de crenças é esse? O de que se se imprimir dinheiro livremente, em alguma altura o valor do mesmo vai com os porcos?
 
Então se até temos bancos centrais independentes mesmo por causa disso, não é como se a experiência não tivesse já sido feita algumas vezes antes de chegarmos aqui.

quantas vezes tenho que repetir que num contexto de armadilha de liquidez isso não é, de todo, verdade?
quantos anos ou décadas terão de passar para que isto entre nessas cabeças?
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-10 23:16:33
em que é que o que está aqui transcrito sugere o aparecimento da hiperinflação? ou sequer da inflação?

como dizem agora nos EUA, parece que 'facts have a liberal bias'. Os conservadores encerraram-se a si próprios num sistema de crenças do qual não querem e parece não poderem sair.

Que sistema de crenças é esse? O de que se se imprimir dinheiro livremente, em alguma altura o valor do mesmo vai com os porcos?
 
Então se até temos bancos centrais independentes mesmo por causa disso, não é como se a experiência não tivesse já sido feita algumas vezes antes de chegarmos aqui.

quantas vezes tenho que repetir que num contexto de armadilha de liquidez isso não é, de todo, verdade?
quantos anos ou décadas terão de passar para que isto entre nessas cabeças?

Impossível dizer, porque a questão é mesmo essa - quando olhamos para trás, para a história, parece tudo quase instantâneo, quando na verdade alguns destes processos demoram um tempo incrível até produzirem efeitos, além de dependerem de muitas variáveis difíceis de controlar (para se saber o que é equivalente e o que não é).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-11 07:43:10
em que é que o que está aqui transcrito sugere o aparecimento da hiperinflação? ou sequer da inflação?

como dizem agora nos EUA, parece que 'facts have a liberal bias'. Os conservadores encerraram-se a si próprios num sistema de crenças do qual não querem e parece não poderem sair.

Que sistema de crenças é esse? O de que se se imprimir dinheiro livremente, em alguma altura o valor do mesmo vai com os porcos?
 
Então se até temos bancos centrais independentes mesmo por causa disso, não é como se a experiência não tivesse já sido feita algumas vezes antes de chegarmos aqui.

quantas vezes tenho que repetir que num contexto de armadilha de liquidez isso não é, de todo, verdade?
quantos anos ou décadas terão de passar para que isto entre nessas cabeças?

Impossível dizer, porque a questão é mesmo essa - quando olhamos para trás, para a história, parece tudo quase instantâneo, quando na verdade alguns destes processos demoram um tempo incrível até produzirem efeitos, além de dependerem de muitas variáveis difíceis de controlar (para se saber o que é equivalente e o que não é).

Impossível dizer?? Keynes já o dizia nos anos 30
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-11 09:47:31
Bem, nesse espaço temporal e via criação monetária na banca comercial, o dólar perdeu para aí uns 90% do valor. Não foi catastrófico porque foi num espaço de tempo alargado, resta saber se com produção monetária ao nível do banco central se terá o mesmo luxo.
 
Nota que já existiram muitas experiências deste tipo que não acabaram bem, na Alemanha, Brazil, Zimbabwe. De resto, se te parece que produzir dinheiro do nada para comprar o esforço de terceiros é uma coisa muito ética ... enfim. É o próprio conceito de dinheiro que está em causa.

Tenho notado que a questão ética muitas vezes afecta pouco os raciocínios progressistas. Parece até ser uma coisa de base. (a coisa é mais ou menos assim "eu acho que isto é bom, portanto vamos obrigar os outros todos a isto". O que me mete mais confusão é porque é que não chega a essa ideologia limitar as suas ideias brilhantes a quem com elas concorda - aliás, a falha acaba por ser mesmo aí - essa ideologia parece só estar satisfeita se as aplicar explicitamente a quem com elas não concorda)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-11 10:38:18
Nota que já existiram muitas experiências deste tipo que não acabaram bem, na Alemanha, Brazil, Zimbabwe. De resto, se te parece que produzir dinheiro do nada para comprar o esforço de terceiros é uma coisa muito ética ... enfim. É o próprio conceito de dinheiro que está em causa.

A questão "ética" só se põe porque historicamente a humanidade tem usado o dinheiro como meio de troca e como reserva de valor. O problema ético desaparece sem se alterar a natureza humana a partir do momento em que os que são prejudicados [produtores/aforradores] não usem o dinheiro como reserva de valor para poupanças de longo prazo.

A única coisa que está em causa é o conceito da alegada reserva de valor do dinheiro [conceito que apenas existe na mente de alguns produtores/aforradores] e que a história abundantemente tem provado ser falso, não o meio de troca. Nunca houve uma moeda tão flexível para facilitar as trocas comercias e acho que mais flexível que electrónico é impossível.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: amsf em 2012-11-11 19:01:55
Mas não é evidente que ainda não existe hiperinflação simplesmente porque a não existir QE haveria deflação? O iato entre essa deflação hipotética e a inflação normal a que assistimos tem sido preenchido com a injecção de capital por parte dos bancos centrais...Difícil vai ser deixar de recorrer a essas políticas monetárias quando hipotéticamente deixarem de se justificar pois afinal elas são uma arma de classe da classe dos participantes nos mercados de capitais.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-20 13:35:11
O japão tem um encontro marcado com o destino, pois o que até agora protegeu o yen foi a balança comercial positiva do Japão. Ora depois de Fukushima o Japão prescindiu da sua independência energética e por isso agora tem de importar combustíveis fósseis e isso está a reflectir-se na balança comercial do Japão.

Não foi só a independência energética que se foi, com ela foi-se o fosso que protegia o yen e a dívida pública japonesa dos especuladores...

Citar
Japan posts record first-half trade deficit

[url]http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/9425344/Japan-posts-record-first-half-trade-deficit.html[/url] ([url]http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/9425344/Japan-posts-record-first-half-trade-deficit.html[/url])

Japan posted its biggest first-half trade deficit since records began, as energy costs soared and exports to key markets slumped, while analysts warned of further pain for the next six months.

The ¥2.9 trillion deficit stemmed largely from energy costs, with the resource-poor nation seeing a nearly 50 percent jump in purchases of liquefied natural gas and a 16pc increase in crude oil shipments, the data showed.

As the country struggles to recover from last year's quake-tsunami and nuclear crisis, costs have shot up while income has plummeted owing to the rolling debt crisis in Europe and a stuttering recovery in the United States and a strong yen.

Japan has struggled to meet its energy needs and has turned to pricey fossil fuel alternatives after its nuclear reactors were switched off following the crisis at the Fukushima Daiichi plant caused by the March 11 quake-tsunami.

"Japan's trade balance continues to show a trend of weak exports and extreme sensitivity to import prices, such as those of crude oil," said RBS Securities chief Japan economist Junko Nishioka.

"The crisis in Europe is posing a growing risk to Japan's economic recovery scenario."

In the first half, Japan's imports rose 7.4 percent on-year, while exports grew just 1.5pc.

The country's trade surplus with the European Union during the first half was at a record low, according to the ministry, as vehicles and semiconductor shipments dived.

Europe is a major market for a wide range of Japanese products and Tokyo has repeatedly warned that the continent's economic woes would directly impact its recovery prospects.

May saw a bigger-than-expected trade deficit of about 907 billion yen, Japan's first monthly trade deficit with the European Union since records began in 1979.

Adding to the downward pressure on exports is the strengthening yen - which is at a 12-year high against the euro - as investors flock to the safe haven unit owing to uncertainty over the global outlook. Last year it touched a record high against the dollar.

The rise has prompted Tokyo to repeat warnings that the currency was overvalued, with officials in recent days hinting that they may intervene again in foreign exchange markets.

Japan's benchmark Nikkei 225 index fell 1.44pc to 8,365.00 following the disappointing data.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: itg00022289 em 2012-11-20 14:54:48
O japão tem um encontro marcado com o destino, pois o que até agora protegeu o yen foi a balança comercial positiva do Japão. Ora depois de Fukushima o Japão prescindiu da sua independência energética e por isso agora tem de importar combustíveis fósseis e isso está a reflectir-se na balança comercial do Japão.

Não foi só a independência energética que se foi, com ela foi-se o fosso que protegia o yen e a dívida pública japonesa dos especuladores...


O grande Kyle Bass, que vem apostando na "falência" do Japão, na sua última carta refere tudo isso e mais umas coisas que vale mesmo a pena ler.
A carta está em http://pt.scribd.com/doc/113621307/Kyle-Bass (http://pt.scribd.com/doc/113621307/Kyle-Bass)

Um dos muitos gráficos que ilustram a situação:
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-23 10:54:45
O Kyle Bass escreveu um bom artigo sobre o Japão o ano passado. Segue-se a parte referente ao Japão, onde o Kyle fala da marcha para valores abaixo de zero da taxa de poupança devido a pressões demográficas. O Japão parece o proverbial insecto à procura do para-brisas para crashar.

Citação de: [url]http://www.safehaven.com/article/20204/the-cognitive-dissonance-of-it-all[/url]
What Other Macro Participants Have Missed and the Coming of "X-Day" pan has been a key focus of our firm for the last few years. We could spend another 10 pages doing a deep dive into our entire thesis, but for now we are going to stick with the catalysts for the upcoming Japanese bond crisis.

Investing with the expectations of rising rates in Japan has been dubbed "the widow maker" by some of the world's most talented macro investors over the past 15-20 years. It is our belief that these investors missed a crucial piece to the puzzle that might have saved them untold millions (and maybe billions). They operated under the assumption that Japanese investors would simply grow tired of financing the government - directly or indirectly - with such a low return on capital. However, we believe that the absence of attractive domestic investment alternatives and the preponderance of new domestic savings generated each year enabled the Japanese government to "self-finance" by selling government bonds (JGBs) to its households and corporations. This is done despite their preference for cash and time deposits via financial institutions (such as the Government Pension Investment Fund, other pension funds, life insurance companies, and banks like Japan Post) that have little appetite for more volatile alternatives and little opportunity to invest in new private sector fixed-income assets. Essentially, they take in the savings as deposits and recycle them into government debt. Thus, it is necessary to understand how large the pool of capital for the sale of new government bonds.

We focus on incremental sales or "flow" versus the "stock" of aggregated debt. To simplify, the available pools of capital are comprised of two accounts - household and corporate sector. The former is the incremental personal savings of the Japanese population, and the latter is the after-tax corporate profits of Japanese corporations. These two pieces of the puzzle are the incremental pools of capital to which the government can sell bonds. As reflected in the chart below, as long as the sum of these two numbers exceeds the running government fiscal deficit, the Japanese government (in theory) has the ability to self-finance or sell additional government bonds into the domestic pool of capital. As long as the blue line stays above the red line, the Japanese government can continue to self-finance. This is the key relationship the macro investors have missed for the last decade - it is not a question of willingness, but one of capacity. As the Japanese government's structural deficit grows wider (driven by the increasing cost of an ageing population, higher debt service, and secularly declining revenues) the divergence between savings and the deficit will increase. Interestingly enough, Alan Stanford and Bernie Madoff have recently shown us what tends to happen when this self-financing relationship inverts. When the available incremental pool of capital becomes smaller than the incremental financing needs of the government or a Ponzi scheme, the rubber finally meets the road. The severe decline in the population in addition to Japanese resistance to large scale immigration combine to form a volatile catalyst for a toxic bond crisis that could very likely be the largest the world has ever witnessed. Below is chart depicting this relationship:

([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=4987;image[/url])

Personal savings in Japan, while historically higher than almost any other nation, is now approaching zero and will fall below zero in the coming years (as recently pointed out by the Bank of Tokyo Mitsubishi) as more people leave the workforce than enter. For at least the next 20 years, we believe that Japan will have one of the largest natural population declines in a developed country.

([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=4988;image[/url])

One last point about Japan that is more psychological than quantitative: there is an interesting psychological parallel between JGBs and US housing. In the last 20 years, Japanese stocks have dropped 75%, Japanese real estate has declined 70% (with high-end real estate dropping 50% in the last two years), and nominal GDP is exactly where it was 20 years ago. What one asset has never hurt the buyer? What one asset has earned a 20-year procyclical, 'Pavlovian' response associated with safety and even more safety? The buyers and owners of JGBs have never lost money in the purchase of these instruments as their interest rates have done nothing but fall for the better part of the last 2 decades. It is fascinating to see an instrument/asset be viewed as one of the safest in the world (10-yr JGB cash rates are currently 1.21%) at a period of time in which the credit fundamentals have never been riskier. Without revealing the Master Fund's positioning here, we certainly intend to exploit the inefficiencies of option pricing models over the next few years. The primary flaw in pricing the risk of rising JGB yields is the reliance on historical volatility which, to this point in time, has remained very low. We believe that volatility will rise significantly and that current models undervalue the potential magnitude of future moves in JGB yields.

With all of the evidence literally stacking up against Japan, a few members of some of the major political parties are beginning to discuss and plan for the ominously named "X-Day". According to The Wall Street Journal and BusinessWeek, X-Day is the day the market will no longer willingly purchase JGBs. Planning is in the very early stages, but centers around having a set of serious fiscal changes that could be announced immediately with the intention of giving the Bank of Japan the cover they will need to purchase massive amounts of JGBs with money printed out of thin air. If the BOJ were to engage in this type of behavior, we believe the Yen would plummet against the basket of key world currencies which would in turn drive Japanese interest rates higher and further aggravate their bond crisis. Neither the Fed, the Bank of England nor the European Central Bank have been able to consistently suppress bond yields through purchases with printed money - the bigger the purchase, the greater the risk of a collapse in confidence in the currency and capital flight. No matter how they attempt to quell the crisis, no matter where they turn, they will realize that they are in checkmate.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-25 22:32:40

Japan Is Turning Into The United States
http://seekingalpha.com/article/1026871-japan-is-turning-into-the-united-states (http://seekingalpha.com/article/1026871-japan-is-turning-into-the-united-states)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: JoaoAP em 2012-11-25 23:53:07
De facto o artigo do Hermes chamou-me a atenção para este país que não fazia a ideia de estar assim tão mal.
Já aqui se tinha falado de alguns problemas, mas desta vez com o artigo do Hermes e agora do Inc., tudo está mais claro.

Quanto a outros países que não se referem por aqui, como Singapura e Tailândia, o que acham?
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-26 11:20:33
A Índia, o país onde as donas de casa seguram o Banqueiro Central pelos tomates,  tb parece estar bem posicionada.

Assim que arranjar um bom título, escreverei alguma coisa sobre a Índia.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-26 11:38:11

Japan Is Turning Into The United States
[url]http://seekingalpha.com/article/1026871-japan-is-turning-into-the-united-states[/url] ([url]http://seekingalpha.com/article/1026871-japan-is-turning-into-the-united-states[/url])


Bem vista essa perspectiva.

Resta agora saber, se o Japão crasha sozinho contra o pára-brisas [o yen não é a divisa de referência] ou se os EUA vão atrás, pois é espectável que as donas de casa japonesas na reforma tenham de vender títulos do tesouro americanos para porem pão em cima da mesa [lembrar que o Japão é o segundo maior detentor de dívida pública americana].
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-26 12:50:42

Japan Is Turning Into The United States
[url]http://seekingalpha.com/article/1026871-japan-is-turning-into-the-united-states[/url] ([url]http://seekingalpha.com/article/1026871-japan-is-turning-into-the-united-states[/url])


Bem vista essa perspectiva.

Resta agora saber, se o Japão crasha sozinho contra o pára-brisas [o yen não é a divisa de referência] ou se os EUA vão atrás, pois é espectável que as donas de casa japonesas na reforma tenham de vender títulos do tesouro americanos para porem pão em cima da mesa [lembrar que o Japão é o segundo maior detentor de dívida pública americana].


Já agora, trago para aqui tb o que escrevi nos Negócios da China [o 1º detentor de dívida pública americana] para salientar esta perspectiva.

Russell Napier's "Most Important Chart In The World"

by Tyler Durden
on 11/22/2012 11:28 -0500

[url]http://www.zerohedge.com/news/2012-11-22/russell-napiers-most-important-chart-world[/url] ([url]http://www.zerohedge.com/news/2012-11-22/russell-napiers-most-important-chart-world[/url])

Hopes for an early recovery in the global economy may be overoptimistic, according to CLSA's Russel Napier, as he notes the expansion of China's reserves, which has been an engine of global economic growth, is about to come to a shuddering halt. As eFinancial News notes ([url]http://www.efinancialnews.com/story/2012-11-22/slowdown-in-chinese-reserve-growth-heralds-global-downturn[/url]), Chinese reserves have decelerated dramatically over the last five years and are now close to zero. Napier said of the graph: "It is the most important chart in the world. The growth in Chinese reserves has determined all the key developments in financial markets in the last two decades. It printed lots of currency and artificially depressed the US yield curve. It has been the cornerstone of global growth, and now it's over."

([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=5022;image[/url])

Via eFinancial News ([url]http://www.efinancialnews.com/story/2012-11-22/slowdown-in-chinese-reserve-growth-heralds-global-downturn[/url]):

Citar
...

The last time the Chinese reserve growth rate was below 10% was at the end of the 1990s, just before the bursting of the technology stock market bubble and a recession. The recovery in the growth rate from 2001 onwards was followed by the economic boom of the last decade. The growth rate turned down decisively in 2007, just before the onset of the financial crisis.

China's reserves have come from a trading surplus, and the Chinese authorities have used the money to buy US Treasury bonds. The finance that China supplied to the US helped fuel economic growth in that country and the rest of the world.


Once again, we are reminded that it is the flow not the stock that counts for 'growth' is credit expansion and credit is growth...
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lucky Luke em 2012-11-26 15:10:12
Bem, nesse espaço temporal e via criação monetária na banca comercial, o dólar perdeu para aí uns 90% do valor. Não foi catastrófico porque foi num espaço de tempo alargado, resta saber se com produção monetária ao nível do banco central se terá o mesmo luxo.
 
Nota que já existiram muitas experiências deste tipo que não acabaram bem, na Alemanha, Brazil, Zimbabwe. De resto, se te parece que produzir dinheiro do nada para comprar o esforço de terceiros é uma coisa muito ética ... enfim. É o próprio conceito de dinheiro que está em causa.

Tenho notado que a questão ética muitas vezes afecta pouco os raciocínios progressistas. Parece até ser uma coisa de base. (a coisa é mais ou menos assim "eu acho que isto é bom, portanto vamos obrigar os outros todos a isto". O que me mete mais confusão é porque é que não chega a essa ideologia limitar as suas ideias brilhantes a quem com elas concorda - aliás, a falha acaba por ser mesmo aí - essa ideologia parece só estar satisfeita se as aplicar explicitamente a quem com elas não concorda)

sempre achei piada a este tipo de argumentação tua que em linguagem vulgar se chama pura e simplesmente virar o bico ao prego
a isto eu chamo desonestidade intelecutal
quando por todo o lado nos tentam impôr o liberalismo ultrapassando pela direita todos os trâmites democráticos vens tu falar de ética ? de imposição ?
espero que estejas a conseguir ouvir a minha desbragada gargalhada
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 15:52:09
Bem, nesse espaço temporal e via criação monetária na banca comercial, o dólar perdeu para aí uns 90% do valor. Não foi catastrófico porque foi num espaço de tempo alargado, resta saber se com produção monetária ao nível do banco central se terá o mesmo luxo.
 
Nota que já existiram muitas experiências deste tipo que não acabaram bem, na Alemanha, Brazil, Zimbabwe. De resto, se te parece que produzir dinheiro do nada para comprar o esforço de terceiros é uma coisa muito ética ... enfim. É o próprio conceito de dinheiro que está em causa.

Tenho notado que a questão ética muitas vezes afecta pouco os raciocínios progressistas. Parece até ser uma coisa de base. (a coisa é mais ou menos assim "eu acho que isto é bom, portanto vamos obrigar os outros todos a isto". O que me mete mais confusão é porque é que não chega a essa ideologia limitar as suas ideias brilhantes a quem com elas concorda - aliás, a falha acaba por ser mesmo aí - essa ideologia parece só estar satisfeita se as aplicar explicitamente a quem com elas não concorda)

sempre achei piada a este tipo de argumentação tua que em linguagem vulgar se chama pura e simplesmente virar o bico ao prego
a isto eu chamo desonestidade intelecutal
quando por todo o lado nos tentam impôr o liberalismo ultrapassando pela direita todos os trâmites democráticos vens tu falar de ética ? de imposição ?
espero que estejas a conseguir ouvir a minha desbragada gargalhada

Estou à procura de um argumento naquilo que disseste, mas francamente não o encontro.
 
Eu, por outro lado, falo de coisas concretas. Um exemplo daquilo que falei no tópico que comentas - porque é que aos progressistas não chega que quem quer apoiar o Manoel Oliveira, o apoie? Qual a razão para quererem expressamente que quem NÃO o quer apoiar, seja obrigado a apoiá-lo?
 
É aí que reside a grande dúvida, e a grande falta de ética. Numa coisa concreta, não no teu sentimento de que estás do lado dos justos "porque sim".
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-26 16:16:12
Bem, nesse espaço temporal e via criação monetária na banca comercial, o dólar perdeu para aí uns 90% do valor. Não foi catastrófico porque foi num espaço de tempo alargado, resta saber se com produção monetária ao nível do banco central se terá o mesmo luxo.
 
Nota que já existiram muitas experiências deste tipo que não acabaram bem, na Alemanha, Brazil, Zimbabwe. De resto, se te parece que produzir dinheiro do nada para comprar o esforço de terceiros é uma coisa muito ética ... enfim. É o próprio conceito de dinheiro que está em causa.

Tenho notado que a questão ética muitas vezes afecta pouco os raciocínios progressistas. Parece até ser uma coisa de base. (a coisa é mais ou menos assim "eu acho que isto é bom, portanto vamos obrigar os outros todos a isto". O que me mete mais confusão é porque é que não chega a essa ideologia limitar as suas ideias brilhantes a quem com elas concorda - aliás, a falha acaba por ser mesmo aí - essa ideologia parece só estar satisfeita se as aplicar explicitamente a quem com elas não concorda)

sempre achei piada a este tipo de argumentação tua que em linguagem vulgar se chama pura e simplesmente virar o bico ao prego
a isto eu chamo desonestidade intelecutal
quando por todo o lado nos tentam impôr o liberalismo ultrapassando pela direita todos os trâmites democráticos vens tu falar de ética ? de imposição ?
espero que estejas a conseguir ouvir a minha desbragada gargalhada

Estou à procura de um argumento naquilo que disseste, mas francamente não o encontro.
 
Eu, por outro lado, falo de coisas concretas. Um exemplo daquilo que falei no tópico que comentas - porque é que aos progressistas não chega que quem quer apoiar o Manoel Oliveira, o apoie? Qual a razão para quererem expressamente que quem NÃO o quer apoiar, seja obrigado a apoiá-lo?
 
É aí que reside a grande dúvida, e a grande falta de ética. Numa coisa concreta, não no teu sentimento de que estás do lado dos justos "porque sim".

essa argumentação já se torna cansativa.
implica o desconhecimento do conceito de estado-nação e do conceito de república democrática.

1. neste estado-nação chamado Portugal, mandamos nós os portugueses*

2. este estado-nação chamado Portugal com o seu território já bem demarcado há centenas de ano, é uma república democrática.

3. o fato de ser uma república democrática implica que a maioria de nós os portugueses defina e faça cumprir a legislação.

4. alguma legislação pode ser aprovada por maioria simples, outra por maioria absoluta, outra por maioria qualificada - normalmente dois terços.

5 a legislação produzida pelo orgão legislativo está sujeita a uma série de normas  - estar de acordo com a constituição portuguesa - e tratados internacionais - nomeadamente a declaração universal dos direitos do homem, equivalente à bill of rights norte-americana.

6. uma vez a legislação aprovada, seja por maioria simples, maioria absoluta ou maioria qualificada, TODOS os portugueses são forçados a submeter-se a ela. a lei é igual para todos e não há opting-outs. quero dizer, haver há mas normalmente os que optam por essa via - os criminosos - vão malhar com os ossos na cadeia.

portanto não venhas com essa conversa de só se aplica aos que querem. a lei aplica-se a TODOS.
se não queres submeter-te ao estado de direito e queres desrespeitar as leis tens três hipóteses: ou emigras para algum sítio do mundo onde não haja leis ou crias a república libertária das berlengas ou tornas-te um criminoso. todas essa opções têm consequências.
não podes é ter o bolo e comê-lo. seres protegido pela lei e optares por lhe desobedecer quando entenderes.

a ver se esta história fica enterrada de uma vez por todas e não se torna numa ideia zombie que por mais que seja desmontada e provada falsa, volta a emergir ciclicamente.

* ou devíamos mandar. neste momento não mandamos a 100%. entregámos parte da soberania à UE e ao FMI.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-26 16:29:20
e antes que venhas com a história da coercção e afins posso dizer que:

1. sim, a lei é defendida, em última instância pela força das armas
2. sim, o estado de direito democrático tem o monopólio do uso da força
3. este uso da força é excercido pela PSP, PJ, GNR e em última instância pelas forças armadas, se a constituição estiver em perigo.

dúvidas?
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 16:37:43
Bem, nesse espaço temporal e via criação monetária na banca comercial, o dólar perdeu para aí uns 90% do valor. Não foi catastrófico porque foi num espaço de tempo alargado, resta saber se com produção monetária ao nível do banco central se terá o mesmo luxo.
 
Nota que já existiram muitas experiências deste tipo que não acabaram bem, na Alemanha, Brazil, Zimbabwe. De resto, se te parece que produzir dinheiro do nada para comprar o esforço de terceiros é uma coisa muito ética ... enfim. É o próprio conceito de dinheiro que está em causa.

Tenho notado que a questão ética muitas vezes afecta pouco os raciocínios progressistas. Parece até ser uma coisa de base. (a coisa é mais ou menos assim "eu acho que isto é bom, portanto vamos obrigar os outros todos a isto". O que me mete mais confusão é porque é que não chega a essa ideologia limitar as suas ideias brilhantes a quem com elas concorda - aliás, a falha acaba por ser mesmo aí - essa ideologia parece só estar satisfeita se as aplicar explicitamente a quem com elas não concorda)

sempre achei piada a este tipo de argumentação tua que em linguagem vulgar se chama pura e simplesmente virar o bico ao prego
a isto eu chamo desonestidade intelecutal
quando por todo o lado nos tentam impôr o liberalismo ultrapassando pela direita todos os trâmites democráticos vens tu falar de ética ? de imposição ?
espero que estejas a conseguir ouvir a minha desbragada gargalhada

Estou à procura de um argumento naquilo que disseste, mas francamente não o encontro.
 
Eu, por outro lado, falo de coisas concretas. Um exemplo daquilo que falei no tópico que comentas - porque é que aos progressistas não chega que quem quer apoiar o Manoel Oliveira, o apoie? Qual a razão para quererem expressamente que quem NÃO o quer apoiar, seja obrigado a apoiá-lo?
 
É aí que reside a grande dúvida, e a grande falta de ética. Numa coisa concreta, não no teu sentimento de que estás do lado dos justos "porque sim".

essa argumentação já se torna cansativa.
implica o desconhecimento do conceito de estado-nação e do conceito de república democrática.

1. neste estado-nação chamado Portugal, mandamos nós os portugueses*

2. este estado-nação chamado Portugal com o seu território já bem demarcado há centenas de ano, é uma república democrática.

3. o fato de ser uma república democrática implica que a maioria de nós os portugueses defina e faça cumprir a legislação.

4. alguma legislação pode ser aprovada por maioria simples, outra por maioria absoluta, outra por maioria qualificada - normalmente dois terços.

5 a legislação produzida pelo orgão legislativo está sujeita a uma série de normas  - estar de acordo com a constituição portuguesa - e tratados internacionais - nomeadamente a declaração universal dos direitos do homem, equivalente à bill of rights norte-americana.

6. uma vez a legislação aprovada, seja por maioria simples, maioria absoluta ou maioria qualificada, TODOS os portugueses são forçados a submeter-se a ela. a lei é igual para todos e não há opting-outs. quero dizer, haver há mas normalmente os que optam por essa via - os criminosos - vão malhar com os ossos na cadeia.

portanto não venhas com essa conversa de só se aplica aos que querem. a lei aplica-se a TODOS.
se não queres submeter-te ao estado de direito e queres desrespeitar as leis tens três hipóteses: ou emigras para algum sítio do mundo onde não haja leis ou crias a república libertária das berlengas ou tornas-te um criminoso. todas essa opções têm consequências.
não podes é ter o bolo e comê-lo. seres protegido pela lei e optares por lhe desobedecer quando entenderes.

a ver se esta história fica enterrada de uma vez por todas e não se torna numa ideia zombie que por mais que seja desmontada e provada falsa, volta a emergir ciclicamente.

* ou devíamos mandar. neste momento não mandamos a 100%. entregámos parte da soberania à UE e ao FMI.

Nada disso explica a necessidade de uma das ideologias em confronto impor a todos determinadas opções, Lark. Não está em causa o mecanismo através do qual o faz.
 
Nada disso explica porque é que a um conjunto de pessoas não lhes chega limitar algumas das coisas que defendem apenas aos que pensam da mesma forma. Por exemplo o MO - uma coisa claramente opcional - facilmente poderia ser sustido apenas por quem acha que ele deve ser sustido. Porque é que a essas pessoas, para lá do motivo óbvio (diluir os custos pelos outros), não aceitam que tal coisa claramente opcional seja apoiada apenas porque quem deseja apoiá-lo?
 
O argumento não é cansativo - é um argumento bem simples, até. Quem diz o MO diz centenas de outras coisas diferentes. Não estamos a falar de opções centrais à sociedade, como saúde, educação, etc, onde quanto muito poderia existir um debate na forma como seriam prestadas, cláusulas de opting-out, etc.
 
(será que já entendeste o que está em causa? As leis podem ser escritas de muitas formas e não é o seu desrespeitar que está em causa - é algo mais profundo)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 16:40:49
e antes que venhas com a história da coercção e afins posso dizer que:

1. sim, a lei é defendida, em última instância pela força das armas
2. sim, o estado de direito democrático tem o monopólio do uso da força
3. este uso da força é excercido pela PSP, PJ, GNR e em última instância pelas forças armadas, se a constituição estiver em perigo.

dúvidas?

Isso não explica nada do que está em questão. Num microcosmos de uma relação com um ladrão ele também pode ter o monopólio da força, e isso não justifica a sua actuação eticamente.
 
A questão que está aqui em cima da mesa, é porque é que a uma determinada ideologia, parece central a necessidade de impor o que pensa a todos os outros, não lhe bastando em muitos casos impô-lo apenas a quem pensa da mesma forma e o aceita.
 
Isto faz com que o que esteja em causa, em muitos casos, nem sejam as opções em si, mas sim a necessidade clara de impor algo especificamente a quem com ele NÃO concorda (porque a quem concorda, não existe questão já que ambos concordamos, mesmo que discordemos da opção).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 16:48:54
Uma coisa, para se conseguir discutir isto é melhor centrarmo-nos em algo concreto. Daí eu falar do Manoel Oliveira.
 
Porque não limitar o apoio ao mesmo a quem concorda com o apoio?
 
Eu até vejo uma razão engraçada - porque quem acha que ele deve ser apoiado, acha simultanemente que se o apoio ao mesmo for voluntário não conseguirão realmente apoiá-lo. Ou seja, basicamente quem quer usar o mecanismo democrático para o apoiar, acha que não existe realmente uma maioria (ou sequer um conjunto de pessoas suficiente) que queira REALMENTE apoiá-lo. Portanto, visa usar o mecanismo democrático precisamente para subverter a democracia.
 
Alternativamente, esse conjunto de pessoas que deseja apoiar o homem, está conciente de que não existe uma apoio voluntário para o dito, mas vê-se como uma vanguarda iluminada que sabe melhor que as próprias pessoas o que é do seu interesse e como estas devem gastar parte da sua vida. Ou seja, essa vanguarda iluminada vai obrigar ao apoio ao MO mesmo que as pessoas não o queiram e até mesmo que não vejam os filmes resultantes. "Porque é a coisa certa a fazer".
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-26 16:51:55
o subsídio (se é que existe, acho duvidoso) do manoel de oliveira, desgraçado que está sempre a ser chamado à colaçao, já com 103 anos, a existir faria parte da política cultural do governo. essa política cultural foi aprovada através da aprovação de leis específicas na assembleia de república.

pode até nem ser uma boa legislação.
pode ser péssima.
pode ser injusta.
pode ser pouco ética.
mas foi a que foi aprovada por maioria.
e enquanto estiver em vigor neste estado de direito e república democrática que é Portugal é igual para TODOS e TODOS estão obrigados a obedecer-lhe.
se isso implica subsidiar o Manoel de Oliveira ou estudo do comportamento sexual das formigas em Poiares da Beira é irrelevante.

se achas que a legislação é má, que é injusta, que não é ética tens que te esforçar para que essa legislação seja revogada. suponho que isoo pode acontecer por petição pública até. já sabes o que tens que fazer. cria e subscreve uma petição para revogar a legislação que permite subsidiar o Manoel de Oliveira.
Chegando a petição ao parlamento, certifica-te que tens uma maioria para a revogar. revoga-la e aí tens o teu problema resolvido.
até lá todas as atoardas sobre o MO são completamente irrelevantes.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 16:55:11
o subsídio (se é que existe, acho duvidoso) do manoel de oliveira, desgraçado que está sempre a ser chamado à colaçao, já com 103 anos, a existir faria parte da política cultural do governo. essa política cultural foi aprovada através da aprovação de leis específicas na assembleia de república.

pode até nem ser uma boa legislação.
pode ser péssima.
pode ser injusta.
pode ser pouco ética.
mas foi a que foi aprovada por maioria.
e enquanto estiver em vigor neste estado de direito e república democrática que é Portugal é igual para TODOS e TODOS estão obrigados a obedecer-lhe.
se isso implica subsidiar o Manoel de Oliveira ou estudo do comportamento sexual das formigas em Poiares da Beira é irrelevante.

se achas que a legislação é má, que é injusta, que não é ética tens que te esforçar para que essa legislação seja revogada. suponho que isoo pode acontecer por petição pública até. já sabes o que tens que fazer. cria e subscreve uma petição para revogar a legislação que permite subsidiar o Manoel de Oliveira.
Chegando a petição ao parlamento, certifica-te que tens uma maioria para a revogar. revoga-la e aí tens o teu problema resolvido.
até lá todas as atoardas sobre o MO são completamente irrelevantes.

O MO é apenas um placeholder aqui, para se compreender porque é que determinadas pessoas pensam de determinada forma.
 
A democracia e leis são apenas mecanismos pelos quais essa forma de pensar se consegue impor.
 
Agora aqui a questão é "porquê"? Porque é que se é possível ter as várias opções apoiadas apenas por quem com elas concorda, porque é que nesse ambiente se exige - determinada ideologia exige - que as suas opções sejam impostas a todos?
 
Essa é a questão aqui, foi o que lançou este debate.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-26 17:01:31

Agora aqui a questão é "porquê"? Porque é que se é possível ter as várias opções apoiadas apenas por quem com elas concorda, porque é que nesse ambiente se exige - determinada ideologia exige - que as suas opções sejam impostas a todos?
 
Essa é a questão aqui, foi o que lançou este debate.

aqui e em todo o lado do mundo o estado de direito obedece ao princípio da universalidade. Todos são iguais perante a lei e todos estão submetidos à lei.
não é uns sim e outros não. é todos.

se tens em vista um sistema mais interessante (para ti) tipo república libertária não tens mais que avançar para a formação de um partido libertário, ganhares as eleições com maioria qualificada, redigir uma nova constituição e voilá. tens tudo o que querias e esperavas.

até lá tens que viver com o que tens. não podes ser um jogador de futebol que só segue uma regras e outras não. que põe a mão na bola no meio da área e defende que isso não é penalizável devido ao seu direito inalianável de colocar a mão onde bem entender quando bem entender.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 17:05:30

Agora aqui a questão é "porquê"? Porque é que se é possível ter as várias opções apoiadas apenas por quem com elas concorda, porque é que nesse ambiente se exige - determinada ideologia exige - que as suas opções sejam impostas a todos?
 
Essa é a questão aqui, foi o que lançou este debate.

aqui e em todo o lado do mundo o estado de direito obedece ao princípio da universalidade. Todos são iguais perante a lei e todos estão submetidos à lei.
não é uns sim e outros não. é todos.

se tens em vista um sistema mais interessante (para ti) tipo república libertária não tens mais que avançar para a formação de um partido libertário, ganhares as eleições com maioria qualificada, redigir uma nova constituição e voilá. tens tudo o que querias e esperavas.

até lá tens que viver com o que tens. não podes ser um jogador de futebol que só segue uma regras e outras não. que põe a mão na bola no meio da área e defende que isso não é penalizável devido ao seu direito inalianável de colocar a mão onde bem entender quando bem entender.

Novamente, não é isso que está em questão.
 
As leis facilmente teriam lá escrito que naquele âmbito se criaria um sistema para dirigir os apoios a cada coisa apenas por parte de quem quisesse apoiá-la.
 
É uma IDEOLOGIA que leva a que a escrita seja no sentido de apoiar uns com os recursos de todos.
 
Aqui a questão é, o que é que motiva essa ideologia e pessoas a pensar dessa forma, já que é uma forma claramente anti-ética (não é difícil compreender que sendo possível cada subgrupo apoiar o que acha mais meritório, é anti-ético um grupo querer obrigar todos a apoiar as suas opções).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 17:08:54
Nota que esta filosofia se manifesta em muito mais instâncias.
 
O fio geral é "isto é o melhor por isso deve ser imposto a todos". É mesmo uma questão ideológica - nunca parecem pensar "acho que isto é o melhor mas outros podem pensar diferente". Como resultado, os sistemas não são desenhados dessa forma (capaz de abarcar diferentes opções) embora o pudessem ser.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-26 17:19:10

Agora aqui a questão é "porquê"? Porque é que se é possível ter as várias opções apoiadas apenas por quem com elas concorda, porque é que nesse ambiente se exige - determinada ideologia exige - que as suas opções sejam impostas a todos?
 
Essa é a questão aqui, foi o que lançou este debate.

aqui e em todo o lado do mundo o estado de direito obedece ao princípio da universalidade. Todos são iguais perante a lei e todos estão submetidos à lei.
não é uns sim e outros não. é todos.

se tens em vista um sistema mais interessante (para ti) tipo república libertária não tens mais que avançar para a formação de um partido libertário, ganhares as eleições com maioria qualificada, redigir uma nova constituição e voilá. tens tudo o que querias e esperavas.

até lá tens que viver com o que tens. não podes ser um jogador de futebol que só segue uma regras e outras não. que põe a mão na bola no meio da área e defende que isso não é penalizável devido ao seu direito inalianável de colocar a mão onde bem entender quando bem entender.

Novamente, não é isso que está em questão.
 
As leis facilmente teriam lá escrito que naquele âmbito se criaria um sistema para dirigir os apoios a cada coisa apenas por parte de quem quisesse apoiá-la.
 
É uma IDEOLOGIA que leva a que a escrita seja no sentido de apoiar uns com os recursos de todos.
 
Aqui a questão é, o que é que motiva essa ideologia e pessoas a pensar dessa forma, já que é uma forma claramente anti-ética (não é difícil compreender que sendo possível cada subgrupo apoiar o que acha mais meritório, é anti-ético um grupo querer obrigar todos a apoiar as suas opções).

mas é evidente que a maioria que aprovou a legislação entendeu que a lei da subsidiação da cultura deveria ser universal sem opting-outs.
se queres fazer leis qua não sejam universais e com opting-outs já sabes o que fazer.

evidentemente que não se fazem leis não universais porque se tornaria impossível te gerir as obrigações  e os opting-outs.
a população do porto entende que não deve participar no custo de uma estrada em lisboa. ok. lisboa não particpa na construção das estradas no porto.
depois tens emitir cartões com a naturalidade e com as estrada que cada um pode usar. e um sistema para fiscalizar isso tudo. e legislação para punir a utilização indevida.
depois estendes o conceito  a todos os aspectos da vida dos cidadãos. um cidadão de faro só pode utilizar um hospital de faro. os filhos de um cidadão de freixo-de-espada-à-cinta só podem uilizar a escola pública da zona. aquela que pagaram.

já um dia dei um exemplo do isso seria.

um jogo jogados com três bolas, um melão de rugby, um melão de futebol americano e uma bola de futebol, três balizas, seis equipas, três conjuntos de regras e jogado num campo com um jogo de matraquilhos por metro quadrado.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 17:23:27
Citar
mas é evidente que a maioria que aprovou a legislação entendeu que a lei da subsidiação da cultura deveria ser universal sem opting-outs.
se queres fazer leis qua não sejam universais e com opting-outs já sabes o que fazer.

Novamente, ísso não está em questão. O que está em questão é porque é que para alguns - talvez para essa maioria, embora duvide porque as pessoas votam clubisticamente - é necessário impor as opções quando é perfeitamente possível não o fazer.
 
Citar

um jogo jogados com três bolas, um melão de rugby, um melão de futebol americano e uma bola de futebol, três balizas, seis equipas, três conjuntos de regras e jogado num campo com um jogo de matraquilhos por metro quadrado.

O futebol é um exemplo do que EU digo. Porquê? Porque um subgrupo aprova as suas regras específicas e só participa quem quer. Não és proibido de jogar outra coisa qualquer - Andebol, por exemplo - com outras regras quaisquer. É isso mesmo que eu defendo, que coisas opcionais podem ter os seus grupos a elas dedicadas, sem comprometerem todos à mesma coisa.
 
A questão aqui é, porque é que para coisas altamente opcionais, ainda assim existe uma ideologia e pessoas cuja missão parece na mesma ser submeter todos às mesmas regras e opções?
 
É isso que eu acho incrível, estranho mesmo. Além de anti-ético, claro.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-26 17:29:55
bom, parece que não nos estamos a entender.
para o andebol há um conjunto de regras e aplica-se a todos: será como a legislação para a cultura
para o futebol há um conjunto de regras e aplica-se a todos: será com a legislação para a educação.

os jogadores de futebol que queiram jogar andebol têm que se submeter às regras do andebol. as regras do andebol são universais.
os jogadores de andebol que queiram jogar futebol têm que se submeter à regras do futebol. as regras do futebol são universais.

TODA A GENTE que queira jogar futebol em Portugal tem que submeter às regras do futebol.
TODA A GENTE que queira jogar andebol em Portugal tem que se submeter às regras do andebol.

alguém jogar andebol em vez de futebol não é fazer um opting out às regras do futebol. é jogar um outro jogo com outras regras que são UNIVERSAIS, que se aplicam a todos.

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-26 18:00:05
o subsídio (se é que existe, acho duvidoso) do manoel de oliveira, desgraçado que está sempre a ser chamado à colaçao, já com 103 anos, a existir faria parte da política cultural do governo. essa política cultural foi aprovada através da aprovação de leis específicas na assembleia de república.

pode até nem ser uma boa legislação.
pode ser péssima.
pode ser injusta.
pode ser pouco ética.
mas foi a que foi aprovada por maioria.
e enquanto estiver em vigor neste estado de direito e república democrática que é Portugal é igual para TODOS e TODOS estão obrigados a obedecer-lhe.
se isso implica subsidiar o Manoel de Oliveira ou estudo do comportamento sexual das formigas em Poiares da Beira é irrelevante.

se achas que a legislação é má, que é injusta, que não é ética tens que te esforçar para que essa legislação seja revogada. suponho que isoo pode acontecer por petição pública até. já sabes o que tens que fazer. cria e subscreve uma petição para revogar a legislação que permite subsidiar o Manoel de Oliveira.
Chegando a petição ao parlamento, certifica-te que tens uma maioria para a revogar. revoga-la e aí tens o teu problema resolvido.
até lá todas as atoardas sobre o MO são completamente irrelevantes.

O MO é apenas um placeholder aqui, para se compreender porque é que determinadas pessoas pensam de determinada forma.
 
A democracia e leis são apenas mecanismos pelos quais essa forma de pensar se consegue impor.
 
Agora aqui a questão é "porquê"? Porque é que se é possível ter as várias opções apoiadas apenas por quem com elas concorda, porque é que nesse ambiente se exige - determinada ideologia exige - que as suas opções sejam impostas a todos?
 
Essa é a questão aqui, foi o que lançou este debate.

Caso uma democracia opte sistematicamente por taxar cada vez mais os produtores/aforradores [exemplo: inflação e impostos sobre os juros], a selecção natural em tal sistema cria a dinâmica virtuosa, onde cada vez mais produtores/aforradores aprendem a exercer o seu grau de liberdade de não pouparem na moeda transaccional desse país e passam esse conhecimento à sua descedência.  :D

O problema resolve-se por si próprio. Em tal ambiente não custa nada concluir que se uma moeda é boa para transaccionar, tal não implica que ela sirva para poupar [a médio/longo prazo], principalmente quando os incentivos estão todos lá para tirar tal conclusão... Com dizia o Silvio Gesell:

Citar
All the physical assets of the world are at the disposal of those who wish to save, so why should they make their savings in the form of money? Money was not made to be saved!

Já agora, o problema resolve-se a si mesmo, porque democracias que não têm dinheiro, não têm vícios.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-26 18:11:04
Ó hermes, mas não era isso que se estava a discutir...
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 18:12:44
bom, parece que não nos estamos a entender.
para o andebol há um conjunto de regras e aplica-se a todos: será como a legislação para a cultura
para o futebol há um conjunto de regras e aplica-se a todos: será com a legislação para a educação.

os jogadores de futebol que queiram jogar andebol têm que se submeter às regras do andebol. as regras do andebol são universais.
os jogadores de andebol que queiram jogar futebol têm que se submeter à regras do futebol. as regras do futebol são universais.

TODA A GENTE que queira jogar futebol em Portugal tem que submeter às regras do futebol.
TODA A GENTE que queira jogar andebol em Portugal tem que se submeter às regras do andebol.

alguém jogar andebol em vez de futebol não é fazer um opting out às regras do futebol. é jogar um outro jogo com outras regras que são UNIVERSAIS, que se aplicam a todos.

Mas tens a possibilidade de as regras se aplicarem apenas a quem deseja fazer parte desse grupo (jogar futebol, jogar andebol).
 
Da mesma forma que em muitos casos poderias ter regras para grupos que aceitam determinadas opções, no entanto existe uma ideologia que advoga uma série de coisas que têm que se aplicadas a todos, sem razão aparente. É esse o cerne da questão.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2012-11-26 18:17:12
bom, parece que não nos estamos a entender.
para o andebol há um conjunto de regras e aplica-se a todos: será como a legislação para a cultura
para o futebol há um conjunto de regras e aplica-se a todos: será com a legislação para a educação.

os jogadores de futebol que queiram jogar andebol têm que se submeter às regras do andebol. as regras do andebol são universais.
os jogadores de andebol que queiram jogar futebol têm que se submeter à regras do futebol. as regras do futebol são universais.

TODA A GENTE que queira jogar futebol em Portugal tem que submeter às regras do futebol.
TODA A GENTE que queira jogar andebol em Portugal tem que se submeter às regras do andebol.

alguém jogar andebol em vez de futebol não é fazer um opting out às regras do futebol. é jogar um outro jogo com outras regras que são UNIVERSAIS, que se aplicam a todos.

Mas tens a possibilidade de as regras se aplicarem apenas a quem deseja fazer parte desse grupo (jogar futebol, jogar andebol).
 
Da mesma forma que em muitos casos poderias ter regras para grupos que aceitam determinadas opções, no entanto existe uma ideologia que advoga uma série de coisas que têm que se aplicadas a todos, sem razão aparente. É esse o cerne da questão.

Não! Mil vezes não! as regras do futebol aplicam-se a todos mesmo que não joguem. no dia em que jogarem terão que obedecer às regras.
neste e em qualquer desporto.

as regras, por definição, são universais. não são optativas. senão não eram regras.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-26 18:20:02
Ó hermes, mas não era isso que se estava a discutir...


A sério?!

o subsídio (se é que existe, acho duvidoso) do manoel de oliveira, desgraçado que está sempre a ser chamado à colaçao, já com 103 anos, a existir faria parte da política cultural do governo. essa política cultural foi aprovada através da aprovação de leis específicas na assembleia de república.

pode até nem ser uma boa legislação.
pode ser péssima.
pode ser injusta.
pode ser pouco ética.
mas foi a que foi aprovada por maioria.
e enquanto estiver em vigor neste estado de direito e república democrática que é Portugal é igual para TODOS e TODOS estão obrigados a obedecer-lhe.
se isso implica subsidiar o Manoel de Oliveira ou estudo do comportamento sexual das formigas em Poiares da Beira é irrelevante.

se achas que a legislação é má, que é injusta, que não é ética tens que te esforçar para que essa legislação seja revogada. suponho que isoo pode acontecer por petição pública até. já sabes o que tens que fazer. cria e subscreve uma petição para revogar a legislação que permite subsidiar o Manoel de Oliveira.
Chegando a petição ao parlamento, certifica-te que tens uma maioria para a revogar. revoga-la e aí tens o teu problema resolvido.
até lá todas as atoardas sobre o MO são completamente irrelevantes.


Provavelmente não gostaste mas foi de estar a desermetizar o conhecimento para toda a gente que o leia de como todos os produtores/aforradores se podem proteger de todas as legislações do tipo que mencionaste. (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/Smileys/yarex2/evil.gif)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 18:21:09
Lark, não estás a compreender.
 
Podes optar pelo grupo de pessoasque joga futebol segundo as regras oficiais do futebol. Podes até começar um grupo de pessoas que joga futebol com outras regras quaisquer. COmo o futebol não é algo essencial, pertencer ao grupo que joga segundo essas ou outras regras quaisquer é opcional. Podes também optar por um grupo que joga andebol, e por aí adiante.
 
Ora, exactamente o mesmo se poderia aplicar em muitas outras circunstâncias, no entanto a ideologia de algumas pessoas leva-as a defender, em muitas instâncias, uma obrigatoriedade geral. É o caso do Manoel Oliveira, mas também se manifesta noutros casos, por exemplo na forma como uma série de pessoas são contra os outros pais escolherem as escolas onde os seus filhos andam e coisas assim.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: tatanka em 2012-11-26 18:33:52
Lark, não estás a compreender.
 
Podes optar pelo grupo de pessoasque joga futebol segundo as regras oficiais do futebol. Podes até começar um grupo de pessoas que joga futebol com outras regras quaisquer. COmo o futebol não é algo essencial, pertencer ao grupo que joga segundo essas ou outras regras quaisquer é opcional. Podes também optar por um grupo que joga andebol, e por aí adiante.
 
Ora, exactamente o mesmo se poderia aplicar em muitas outras circunstâncias, no entanto a ideologia de algumas pessoas leva-as a defender, em muitas instâncias, uma obrigatoriedade geral. É o caso do Manoel Oliveira, mas também se manifesta noutros casos, por exemplo na forma como uma série de pessoas são contra os outros pais escolherem as escolas onde os seus filhos andam e coisas assim.

Parece-me que o Lark já explicou muito bem o que havia para explicar:

Citar
... uma vez a legislação aprovada, seja por maioria simples, maioria absoluta ou maioria qualificada, TODOS os portugueses são forçados a submeter-se a ela. a lei é igual para todos e não há opting-outs. quero dizer, haver há mas normalmente os que optam por essa via - os criminosos - vão malhar com os ossos na cadeia....

Citar
...o subsídio (se é que existe, acho duvidoso) do manoel de oliveira, desgraçado que está sempre a ser chamado à colaçao, já com 103 anos, a existir faria parte da política cultural do governo. essa política cultural foi aprovada através da aprovação de leis específicas na assembleia de república....


Um sistema em que o povo teria que ser consultado para cada pequena decisão do estado, é uma perfeita utopia, sem grande jeito.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2012-11-26 18:50:31
Citar
... uma vez a legislação aprovada, seja por maioria simples, maioria absoluta ou maioria qualificada, TODOS os portugueses são forçados a submeter-se a ela. a lei é igual para todos e não há opting-outs. quero dizer, haver há mas normalmente os que optam por essa via - os criminosos - vão malhar com os ossos na cadeia....

Claro que opting-outs legais. Tudo o que é preciso é que as poupanças ensinem aos produtores/aforradores a deixarem de ser pagadores de festas de último recurso. Naturalmente que quando tal acontecer, tais minorias/grupos de pressão serão tão viris, quanto eunucos.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2012-11-26 18:54:53
Não se trata de um sistema onde o povo teria que ser consultado, etc.
 
Trata-se simplesmente de um sistema que facilite organizar grupos de interesse - de resto, o actual já facilita. Não existe problema em as pessoas criarem e apoiarem clubes, associações culturais, etc, uma de entre as quais se poderia facilmente dedicar ao MO.
 
Novamente, existe aqui uma nuance que não estão a compreender, e é onde está o diferendo. Em coisas largamente opcionais onde as opiniões são extraordinariamente divididas, não faz sentido o Estado meter o bedelho e usar os recursos de todos para favorecer as opções de alguns. O facto de existir uma ideologia que gosta de fazer isso mesmo, é o estranho aqui.
 
Porquê? Se o MO é assim tão popular, o apoio actual sairia a apenas 0.7 euros a 1 milhão de Portugueses. Exactamente porque é que este género de coisa opcional tem que ser forçada a todos os Portugueses?
 
E quem diz isto diz centenas de outras pequenas coisas, onde essa forma intervencionista de pensar acaba por ditar as suas leis.
 
Ora, isto além de anti-ético, muito provavelmente contribui para um menor nivel de vida da população, pois em muitos casos restringe as opções que se podem desenvolver àquelas escolhidas por meia dúzia de pessoas, podendo assim eliminar outras opções que poderiam de outra forma florescer, obter a preferência das pessoas e resultar numa actividade económica muito acrescida.
 
De notar que o mesmo tipo de pensamento uniformizador e centralizado vai afectar muitos campos diferentes. Isto é particularmente grave quando a tendência para a globalização, especialização e aumento de produtividade dita a necessidade de uma economia cada vez mais diversificada, como único contrapeso possível a um aumento do desemprego. Ora, uma corrente uniformizadora nesse contexto é um problema grave.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-01-11 11:32:29
Japanese yen tumbles after current-account data

By Michael Kitchen
On Jan. 10, 2013, 7:09 p.m.

http://www.marketwatch.com/story/japanese-yen-tumbles-after-current-account-data-2013-01-10?link=MW_home_latest_news (http://www.marketwatch.com/story/japanese-yen-tumbles-after-current-account-data-2013-01-10?link=MW_home_latest_news)

LOS ANGELES (MarketWatch) -- The Japanese yen fell sharply against rivals early Thursday after Japan posted its first current-account deficit in 10 months during November. The dollar jumped above the ¥89 mark to buy ¥89.20, again hitting levels not seen since 2010, while the euro rose to ¥118.36, its highest in more than a year. The moves came after Japan reported an unadjusted November current-account deficit of ¥222.4 billion, far above the expected ¥33.5 billion deficit tipped in a Dow Jones Newswires survey.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-11 19:15:34
Is Japan the Country of the Future Again?
In the broad sense, surely not, if only because of demography: the Japanese combine a low birth rate with a deep cultural aversion to immigration, so the future role of Japan will be severely constrained by a shortage of Japanese.

But something very odd is happening on the short- to medium-term macroeconomic front. For the past three years macro policy all across the advanced world has been dominated by Austerian orthodoxy; even where there haven’t been explicit austerity policies, as in the United States, fear of deficits has led to de facto fiscal tightening, while monetary policy has fallen far short of the kind of dramatic expectation-changing moves theoretical analysis suggests are crucial to getting traction in a liquidity trap.

Now, one country seems to be breaking with the orthodoxy — and it is, surprisingly, Japan:

The Japanese government approved emergency stimulus spending of ¥10.3 trillion Friday, part of an aggressive push by Prime Minister Shinzo Abe to kick-start growth in a long-moribund economy.

Mr. Abe also reiterated his desire for the Japanese central bank to make a firmer commitment to stopping deflation by pumping more money into the economy, which the prime minister has said is crucial to getting businesses to invest and consumers to spend.

“We will put an end to this shrinking and aim to build a stronger economy where earnings and incomes can grow,” Mr. Abe said. “For that, the government must first take the initiative to create demand and boost the entire economy.”
This is especially remarkable because Japan has been held up so often as a cautionary tale: look at how big their debt is! Disaster looms! Indeed, back in 2009 there were many stories to the effect that the long-awaited Japanese debt catastrophe was finally coming.

But, actually, not. Japanese long-term interest rates rose in the spring of 2009 because of hopes of recovery, not fear of bond vigilantes; and when those hopes faded, rates went back down, and are currently well under 1 percent.

Now comes Shinzo Abe. As Noah Smith informs us, he is not anybody’s idea of an economic hero; he’s a nationalist, a denier of World War II atrocities, a man with little obvious interest in economic policy. If he’s defying the orthodoxy, it probably reflects his general contempt for learned opinion rather than a considered embrace of heterodox theory.

But that may not matter. Abe may be ignoring the conventional wisdom on spending, and bullying the Bank of Japan, for all the wrong reasons — but the fact is that he is actually providing fiscal and monetary stimulus at a time when every other advanced-country government is too much in the thrall of the Very Serious People to do something different. And so far the results have been entirely positive: no spike in interest rates, but a sharp fall in the yen, which is a very good thing for Japan.

It will be a bitter irony if a pretty bad guy, with all the wrong motives, ends up doing the right thing economically, while all the good guys fail because they’re too determined to be, well, good guys. But that’s what happened in the 1930s, too …

krugman (http://krugman.blogs.nytimes.com/)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-11 19:19:25
será que esta narrativa se vai tornar um zombie tal como a hiperinflação que nos vai arruinar a todos?

já desde 2009 (http://www.nytimes.com/2009/10/21/business/global/21yen.html?ref=business&_r=0) que os suspeitos do costume andam a profetizar a catástrofe para o país do sol nascente.

já vamos com 4 anos de profecia.

vamos colocar alguns parâmetros nesta narrativa, tipo ano provável da desgraça e o que se entende por desgraça, ou vamos deixar isto em aberto, para o zombie poder caminhar livre para sempre?

quatro anos and counting...
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-11 19:21:49
parece que o krugman ja andava a desmontar a narrativa (http://krugman.blogs.nytimes.com/2009/10/21/is-japan-on-the-fiscal-brink/) muito antes de ela chegar aqui ao nosso cantinho

4 anos and counting

Is Japan on the fiscal brink?
This article in today’s Times stresses the rise in government debt, which is true enough. But it’s important to realize that the bond market is conspicuously not worried.

Thus, when the article says

For jittery investors, Japan’s rising sea of debt is the stuff of nightmares: the possibility of an eventual sovereign debt crisis, where the country would be unable to pay some holders of its bonds, or a destabilizing collapse in the value of the yen.

In the immediate term, Mr. Fujii’s remarks prompted concerns of a supply glut in bond markets, sending prices on 10-year Japanese government bonds down 0.087 yen, to 99.56 yen, and yields to their highest point in six weeks.
it’s worth noticing what that 6-week high yield on 10-year bonds is: namely, 1.36%. That’s actually the lowest interest rate being paid by any advanced economy, two percentage points lower than Germany’s rate. If investors fear a default or a destabilizing collapse in the yen, that fear certainly isn’t reflected in Japan’s borrowing costs.

The reason Japanese bond yields are so low is, of course, that investors expect much lower inflation in Japan than elsewhere — in fact, the spread between ordinary bonds and inflation-linked bonds suggests that investors expect substantial deflation in Japan over the next five years, hardly what you’d see if they were worried about an imminent collapse in the yen.

Oh, and the CDS spread on Japanese debt is slightly higher than that of Germany, but nowhere near the levels of countries that are in clear and present fiscal danger.

So, is Japan on the fiscal brink? Mr. Market doesn’t seem to think so.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-12 18:42:08
Worthwhile Japanese Initiative

Shinzo Abe has taken Japan off in a surprisingly Keynesian direction. Noah Smith points out, again, that he’s probably doing it for disreputable reasons, mainly old-fashioned LDP pork-barrel (katsu barrel? tofu barrel?) politics. But this may not matter.

Noah also raises a different point: does Japan really need a big boost? He points to the low measured unemployment rate; after a couple of decades of watching Japanese unemployment numbers, I don’t think that tells us much. But there is a case to be made that Japan’s economy is in better shape than most people believe. Overall GDP growth since the crisis has been roughly comparable to the euro area, but with far worse demography:


In fact, given that Japan’s working-age population is actually shrinking, there’s a reasonable argument to the effect that Japan is closer to potential output than the US.

But if Japan is doing relatively well in cyclical terms, it’s still far from clear that macroeconomic caution is appropriate. After all, Japan has a much longer-term monetary issue: persistent deflation, which among other things has meant that Japanese real interest rates have been well above those in the United States even though nominal rates are low. (I wrote about that here.)

What Japan needs, then, is to boot itself out of its deflationary trap; and a situation where there isn’t too much economic slack is actually a very good time to do that.

And here’s an important point that has gone remarkably unreported, except on a few financial blogs: something dramatic does seem to be happening on the expected inflation front. Here’s the 5-year breakeven, the spread between indexed and non-indexed bonds:


The big move actually came before Abe took office, maybe reflecting the sense that the political environment had changed and that the Bank of Japan’s freedom to impose monetary orthodoxy was about to end. Whatever caused it, this is a remarkable change — it’s the kind of upward move in inflation expectations advocates of radical monetary policy in the US can only dream of. And coupled with a fiscal boost, it could mean that Japan’s long deflationary era is finally coming to an end.

So while I very much dislike what Abe stands for on cultural issues, and take very seriously Noah Smith’s warning that he may be basically about patronage politics, none of that matters on the macro front; it sure looks as if Japan is, for whatever reason, doing the kinds of things an economy still stuck in the Lesser Depression should be doing.

krugman (http://krugman.blogs.nytimes.com/)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-12 21:30:02
Japan’s Teachable Moment

Whatever else you can say about the new turn in Japanese policy, it’s offering a great demonstration of the peculiarities of zero-lower-bound economics. (JGBs meet the ZLB, OK!)

The key point here is that Japanese short-term rates are hard up against zero. Long-term rates aren’t, but they’re still constrained: the long rate is, to a first approximation, the average of expected future short rates; short rates can go up but not down; so the long rate is kept some ways above zero, no matter how bad the current economy, by this one-way option. Long rates are also, as part of this process, fairly sticky, responding only slightly to changes in economic fundamentals. (Serious econowonks may recognize the affinity with the old target zones literature).

As a result, Japanese long rates have dropped much less than rates in other advanced countries:


And now that Japanese policy makers have, at least for now, managed to persuade markets that deflation will give rise to mild inflation, this has not been reflected at all in a rise in nominal interest rates; instead, it’s all a fall in real rates. In the figure below, from here, the orange line is the nominal rate on 10-year Japanese bonds; the green line the rate on inflation-indexed bonds; and the red line the implied forecast of inflation:


It’s actually quite beautiful, if you have an economist’s warped aesthetic sense. And it’s also very good news for Japan.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-13 17:30:33
ó Hermes, parece que o krugman se decidiu a esclarecer por completo, a questão japonesa, de própósito para ti.
mas tu vê lá!
qualquer coisa que não concordes, vai dizendo.

Notes on Japanese Numbers (Boring)
A bit of a backup, utility post, for those trying to keep track of these things.


First, about Japanese employment performance. I’ve been getting some comments from people who look at the FRED numbers of the employment-population ratio, which look like this:

1º gráfico

Catastrophe, right? Well, you want to read the fine print: the “working-age” population used here is everyone 16 and up — that is, it doesn’t correct for aging. If you use the ep ratio for Japanese aged 16-64, available from Eurostat, it looks like this:

2º gráfico

Kind of a different story.

Second, some people have been pointing out that the Japan breakeven, the implied inflation forecast from the spread between ordinary and inflation-linked bonds, behaved very erratically in 2008-2009, and they suggest that this casts doubt on the measure’s usefulness. But this isn’t a uniquely Japanese phenomenon: the same thing happened to the US breakeven. And we know why: in the immediate post-Lehman environments, anything that wasn’t hugely liquid, including indexed bonds, sold at a huge discount. There’s no reason to believe that recent breakevens are anything like that unreliable.

And we have good reason to believe that something important really has happened to Japanese expectations — namely, the sharp depreciation of the yen:

3º gráfico

In a way, recent developments can be seen as a demonstration of a point I’ve tried to make about bond vigilantes: even if they show up, they won’t drive interest rates up, they’ll drive the dollar down, which is a good thing. In Japan’s case, you can think of what’s happening as a growing belief on the part of investors that Japan will end up inflating away part of its debt. This has led to a currency drop; it has *not* led to an interest rate spike:

4º gráfico

Anyway, that’s what you need to know.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-01-13 17:35:59
Uma quebra da moeda só pode ser sustentada se em algum ponto existir inflação, senão a PPP (paridade do poder de compra, purchasing power parity) acaba por fazer a moeda oscilar, não a deixa ir "muito" longe.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-13 17:55:52
Citar
In a way, recent developments can be seen as a demonstration of a point I’ve tried to make about bond vigilantes: even if they show up, they won’t drive interest rates up, they’ll drive the dollar down, which is a good thing. In Japan’s case, you can think of what’s happening as a growing belief on the part of investors that Japan will end up inflating away part of its debt. This has led to a currency drop; it has *not* led to an interest rate spike:
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-01-19 15:45:30
"Detonating The Japanese Debt Time Bomb" With Kyle Bass

by Tyler Durden
on 01/18/2013 19:30 -0500

http://www.zerohedge.com/news/2013-01-18/detonating-japanese-debt-time-bomb-kyle-bass (http://www.zerohedge.com/news/2013-01-18/detonating-japanese-debt-time-bomb-kyle-bass)

The hyper-correlation of Japanese stocks and the JPY have led many to believe that Abe's miracle promise will be just the ticket to bring the nation's two-decade slump to an end - a 2% inflation target is all you need. However, in a brief CNBC interview, Kyle Bass explains that not only are 99.9% of people wrong about the crisis (explaining the critical aspect of the abrupt turn of twenty years of the 'procylicality of thought' - that deflation is the norm), but Abe's actions have actually brought forward the date of the "detonation of Japan's Debt Time Bomb.

It is the Japanese institutions that own JGBs and they own them at meager rates of interest simply because of the ingrained belief in deflation; when the government begins to target 2% inflation, the swing in forward expectations (he notes to monitor inflation swap breakevens) will be the trigger for Japan's implosion. Bass warns that "Japanese debt is around 24x central government tax revenue and when you sail into the zone of insolvency, nothing you can do will help," though he realizes that calling the end of the 70-year debt super-cyle to a specific date is naive, he does expect the 'bomb' to explode within 18 month to two years.

All of the components for this [bomb] to go off 'all of a sudden' are in place. The clock has started on the qualitative shift in participants' minds that the situation is untenable as the realization that Japan spends 25% of revenue on interest now - and with higher rates (via this supposed inflation) the entire situation becomes farcical as every 1% rise in their cost of capital (or rates) costs them another 25% of revenue!.

On JPY devaluation - The signs are already there that elites are exiting the JPY - with recent M&A transactions - he warns. 20% of exports go to China; this could be halved given the tensions, and a JPY devaluation is not going to restore the competitiveness of that secular decline.

On Japanese stocks - The people buying Japanese stocks, are picking up dimes in front of a bulldozer.

Bass goes on to discuss the US Housing stabilization, European stress, and China's economic opacity.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-19 17:15:22
18 meses a dois anos.
ok, cá estaremos para ver.

um pormenor: a inflação faz decrescer a dívida, não a faz aumentar.embora o senhor 'ameace' que o serviço da dívida vai aumentar por via da inflação.
os japoneses vão desinflacionar a dívida através de inflação moderada. não o contrário. mas pode estar a aescpar-me alguma coisa aqui.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-01-19 17:52:23
um pormenor: a inflação faz decrescer a dívida, não a faz aumentar.embora o senhor 'ameace' que o serviço da dívida vai aumentar por via da inflação.

Um pormenor. Não obstante a inflação positiva em Portugal, a nossa dívida não para de aumentar ainda mais.

É uma questão de velocidades [algumas coisas vão dos zero aos cem mais depressa do que outras]. Por exemplo, os gastos com os juros estão a aumentar mais depressa do que a poupança com a erosão da dívida pela inflação em Portugal. A médio/longo prazo, atingir-se-á a situação que dizes, porém o problema não está no destino, mas sim no trajecto.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-19 19:18:59
um pormenor: a inflação faz decrescer a dívida, não a faz aumentar.embora o senhor 'ameace' que o serviço da dívida vai aumentar por via da inflação.

Um pormenor. Não obstante a inflação positiva em Portugal, a nossa dívida não para de aumentar ainda mais.

É uma questão de velocidades [algumas coisas vão dos zero aos cem mais depressa do que outras]. Por exemplo, os gastos com os juros estão a aumentar mais depressa do que a poupança com a erosão da dívida pela inflação em Portugal. A médio/longo prazo, atingir-se-á a situação que dizes, porém o problema não está no destino, mas sim no trajecto.

estamos a falar do Japão, um país com moeda própria que pode atingir a inflação que pretender no espaço de tempo que pretender.
nós, não podemos fazer nada.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: itg00022289 em 2013-01-21 15:18:32
não é só sobre o Japão (talvez só a partir de metade do video) mas é muito interessante

AC2012 The Engtanglement KB (http://www.youtube.com/watch?v=JUc8-GUC1hY#noexternalembed-ws)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-01-22 12:00:02
não é só sobre o Japão (talvez só a partir de metade do video) mas é muito interessante

AC2012 The Engtanglement KB ([url]http://www.youtube.com/watch?v=JUc8-GUC1hY#noexternalembed-ws[/url])


Já o tinha visto o ano passado e de facto é interessante. Só é pena não mostrar os gráficos.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-01-22 12:03:18
Tio Sam, os japoneses bateram-me!  :D

Citar
U.S. Carmakers Urge Obama to Punish Japan for Weak Yen

By Brian Wingfield
On Jan 18, 2013 2:16 AM GMT

[url]http://www.bloomberg.com/news/2013-01-17/u-s-carmakers-urge-obama-to-punish-japan-for-weak-yen.html[/url] ([url]http://www.bloomberg.com/news/2013-01-17/u-s-carmakers-urge-obama-to-punish-japan-for-weak-yen.html[/url])

President Barack Obama should tell Japan’s new government that the U.S. will retaliate for policies aimed at weakening the yen, a group representing Ford Motor Co. (F), General Motors Co. (GM) and Chrysler LLC said.

Japan’s Liberal Democratic Party, which reclaimed power last month, has let the yen continue its slide against the dollar, making U.S. auto exports relatively expensive, the American Automotive Policy Council said yesterday in a statement.

“We urge the Obama administration to make it clear to Japan that such policies are unacceptable and will be met by reciprocal measures,” Matt Blunt, a former Republican governor of Missouri and president of the Washington-based industry group, said in the statement.

U.S. automakers have said the undervalued yen distorts trade and stunts job growth for American manufacturers. The group has said Japan should be blocked from joining Pacific- region trade talks that include the U.S. until the Asian nation’s auto market is more open to foreign competition.

The yen has declined 14 percent against the dollar since Sept. 13 and fell to a 30-month low against the U.S. currency on Jan. 10. Japanese Prime Minister Shinzo Abe has pledged to weaken the yen to boost his nation’s economic growth..

Japan is “determined to repeat the ‘beggar thy neighbor’ policies of the past,” Blunt said.

The group wrote Obama three days before the start of his second term. His administration bailed out General Motors and Chrysler in 2010 and has made Asia a focus of U.S. trade policy.

“We want the yen to be at an appropriate level,” Hirokazu Furukawa, a spokesman for Japan Automobile Manufacturers Association, said by phone today. He declined to comment on the American Automotive Policy Council statement.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Kin2010 em 2013-01-22 15:19:44
A falta de vergonha não tem limites. Acham muito bem o seu país imprimir e não querem que os outros façam o mesmo. É óbvio que isto vai tender para uma desvalorização generalizada das moedas, e logo inflacção. E se calhar vai ser da forte, não vai ser uma coisinha.

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-22 15:42:03
A falta de vergonha não tem limites. Acham muito bem o seu país imprimir e não querem que os outros façam o mesmo. É óbvio que isto vai tender para uma desvalorização generalizada das moedas, e logo inflacção. E se calhar vai ser da forte, não vai ser uma coisinha.

vai ser à volta de 2%. um pouco mais talvez. uma inflação benigna de até 5% é perfeitamente aceitável para tirar a economia do buraco e diminuir o desemprego.
o problema é o desemprego. não é o trabalho que os pobres riquinhos vão ter que ter para pôr o seu dinheiro a mexer e a render, quando confrontados com inflação.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-22 16:53:09
Japan Steps Out
By PAUL KRUGMAN
Published: January 13, 2013

For three years economic policy throughout the advanced world has been paralyzed, despite high unemployment, by a dismal orthodoxy. Every suggestion of action to create jobs has been shot down with warnings of dire consequences. If we spend more, the Very Serious People say, the bond markets will punish us. If we print more money, inflation will soar. Nothing should be done because nothing can be done, except ever harsher austerity, which will someday, somehow, be rewarded.

But now it seems that one major nation is breaking ranks — and that nation is, of all places, Japan.

This isn’t the maverick we were looking for. In Japan governments come and governments go, but nothing ever seems to change — indeed, Shinzo Abe, the new prime minister, has had the job before, and his party’s victory was widely seen as the return of the “dinosaurs” who misruled the country for decades. Furthermore, Japan, with its huge government debt and aging population, was supposed to have even less room for maneuver than other advanced countries.

But Mr. Abe returned to office pledging to end Japan’s long economic stagnation, and he has already taken steps orthodoxy says we mustn’t take. And the early indications are that it’s going pretty well.

Some background: Long before the 2008 financial crisis plunged America and Europe into a deep and prolonged economic slump, Japan held a dress rehearsal in the economics of stagnation. When a burst stock and real estate bubble pushed Japan into recession, the policy response was too little, too late and too inconsistent.

To be sure, there was a lot of spending on public works, but the government, worried about debt, always pulled back before a solid recovery could get established, and by the late 1990s persistent deflation was already entrenched. In the early 2000s the Bank of Japan, the counterpart of the Federal Reserve, tried to fight deflation by printing a lot of money. But it, too, pulled back at the first hint of improvement, and the deflation never went away.

That said, Japan never had the kind of employment and human disaster we’ve experienced since 2008. Indeed, our policy response has been so inadequate that I’ve suggested that American economists who used to be very harsh in their condemnations of Japanese policy, a group that includes Ben Bernanke and, well, me, visit Tokyo to apologize to the emperor. We have, after all, done even worse.

And there’s another lesson in Japan’s experience: While getting out of a prolonged slump turns out to be very difficult, that’s mainly because it’s hard getting policy makers to accept the need for bold action. That is, the problem is mainly political and intellectual, rather than strictly economic. For the risks of action are much smaller than the Very Serious People want you to believe.

Consider, in particular, the alleged dangers of debt and deficits. Here in America, we are constantly warned that we must slash spending now now now or we’ll turn into Greece, Greece I tell you. But Greece, a country without a currency, doesn’t look much like the United States; surely Japan offers a more relevant model. And while doomsayers keep predicting a fiscal crisis in Japan, hyping each uptick in interest rates as a sign of the imminent apocalypse, it keeps not happening: Japan’s government can still borrow long term at a rate of less than 1 percent.

Enter Mr. Abe, who has been pressuring the Bank of Japan into seeking higher inflation — in effect, helping to inflate away part of the government’s debt — and has also just announced a large new program of fiscal stimulus. How have the market gods responded?

The answer is, it’s all good. Market measures of expected inflation, which were negative not long ago — the market was expecting deflation to continue — have now moved well into positive territory. But government borrowing costs have hardly changed at all; given the prospect of moderate inflation, this means that Japan’s fiscal outlook has actually improved sharply. True, the foreign-exchange value of the yen has fallen considerably — but that’s actually very good news, and Japanese exporters are cheering.

In short, Mr. Abe has thumbed his nose at orthodoxy, with excellent results.

Now, people who know something about Japanese politics warn me not to think of Mr. Abe as a good guy. His foreign policy, they tell me, is very bad, and his support for stimulus may have more to do with old-fashioned pork-barrel (tofu barrel?) politics than with a sophisticated rejection of conventional wisdom.

But none of that may matter. Whatever his motives, Mr. Abe is breaking with a bad orthodoxy. And if he succeeds, something remarkable may be about to happen: Japan, which pioneered the economics of stagnation, may also end up showing the rest of us the way out.

krugman (http://www.nytimes.com/2013/01/14/opinion/krugman-japan-steps-out.html?partner=rssnyt&emc=rss&_r=0)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-01-22 17:02:28
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To be sure, there was a lot of spending on public works, but the government, worried about debt, always pulled back before a solid recovery could get established

Se o investimento que é feito não for reprodutivo, não existe razão para pensar que medidas que visam manter a procura para um sistema desequilibrado lancem um crescimento económico sustentado - excepto por sorte.
 
Isto pode não ser intuitivo - mas se pensarmos em sistemas simples rapidamente se compreende. Se tivermos uma sociedade com apenas 2 pessoas, uma produz batatas a outra compra-lhas a crédito. Esta "sociedade" pode manter-se durante algum tempo se formos dando dinheiro à segunda pessoa para comprar mais e mais batatas (e a primeira aceitar esse dinheiro), porém só se torna sustentável e só gera crescimento se a segunda pessoa criar uma actividade para trocar pelas batatas da primeira.
 
A austeridade que visa um reequilíbrio da sociedade, com todos os seus efeitos recessivos, provoca isso. O Keynesianismo não necessariamente. Depende. Depende daquilo em que o Estado faz o investimento e se esse investimento "pega" em termos de actividades produtivas para trocar pela produção das outras (para as quais agora há menos procura mas que possuem capacidade produtiva).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-01-22 18:23:33
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To be sure, there was a lot of spending on public works, but the government, worried about debt, always pulled back before a solid recovery could get established

 
Se o investimento que é feito não for reprodutivo, não existe razão para pensar que medidas que visam manter a procura para um sistema desequilibrado lancem um crescimento económico sustentado - excepto por sorte.
 
Isto pode não ser intuitivo - mas se pensarmos em sistemas simples rapidamente se compreende. Se tivermos uma sociedade com apenas 2 pessoas, uma produz batatas a outra compra-lhas a crédito. Esta "sociedade" pode manter-se durante algum tempo se formos dando dinheiro à segunda pessoa para comprar mais e mais batatas (e a primeira aceitar esse dinheiro), porém só se torna sustentável e só gera crescimento se a segunda pessoa criar uma actividade para trocar pelas batatas da primeira.
 
A austeridade que visa um reequilíbrio da sociedade, com todos os seus efeitos recessivos, provoca isso. O Keynesianismo não necessariamente. Depende. Depende daquilo em que o Estado faz o investimento e se esse investimento "pega" em termos de actividades produtivas para trocar pela produção das outras (para as quais agora há menos procura mas que possuem capacidade produtiva).


Talvez seja de sugerir uma pequena leitura do That Which Is Seen, and That Which Is Not Seen do Frederic Bastiat. Segue-se um excerpto:

Citar
That Which Is Seen, and That Which Is Not Seen

[url]http://mises.org/page/1434[/url] ([url]http://mises.org/page/1434[/url])

[...]

V. Public Works

Nothing is more natural than that a nation, after having assured itself that an enterprise will benefit the community, should have it executed by means of a general assessment. But I lose patience, I confess, when I hear this economic blunder advanced in support of such a project—" Besides, it will be a means of creating labor for the workmen."

The State opens a road, builds a palace, straightens a street, cuts a canal, and so gives work to certain workmen—this is what is seen: but it deprives certain other workmen of work—and this is what is not seen.

The road is begun. A thousand workmen come every morning, leave every evening, and take their wages-this is certain. If the road had not been decreed, if the supplies had not been voted, these good people would have had neither work nor salary there; this also is certain.

But is this all? Does not the operation, as a whole, contain something else? At the moment when M. Dupin pronounces the emphatic words, "The Assembly has adopted," do the millions descend miraculously on a moonbeam into the coffers of MM. Fould and Bineau? In order that the evolution may be complete, as it is said, must not the State organize the receipts as well as the expenditure? must it not set its tax-gatherers and tax-payers to work, the former to gather and the latter to pay?

Study the question, now, in both its elements. While you state the destination given by the State to the millions voted, do not neglect to state also the destination which the tax-payer would have given, but cannot now give, to the same. Then you will understand that a public enterprise is a coin with two sides. Upon one is engraved a laborer at work, with this device, that which is seen; on the other is a laborer out of work, with the device, that which is not seen.

The sophism which this work is intended to refute is the more dangerous when applied to public works, inasmuch as it serves to justify the most wanton enterprises and extravagance. When a railroad or a bridge are of real utility, it is sufficient to mention this utility. But if it does not exist, what do they do? Recourse is had to this mystification: "We must find work for the workmen."

Accordingly, orders are given that the drains in the Champ-de-Mars be made and unmade. The great Napoleon, it is said, thought he was doing a very philanthropic work by causing ditches to be made and then filled up. He said, therefore, " What signifies the result? All we want is to see wealth spread among the laboring classes."

But let us go to the root of the matter. We are deceived by money. To demand the cooperation of all the citizens in a common work, in the form of money, is in reality to demand a concurrence in kind; for every one procures, by his own labor, the sum to which he is taxed. Now, if all the citizens were to be called together, and made to execute, in conjunction, a work useful to all, this would be easily understood; their reward would be found in the results of the work itself.

But after having called them together, if you force them to make roads which no one will pass through, palaces which no one will inhabit, and this under the pretext of finding them work, it would be absurd, and they would have a right to argue, "With this labor we have nothing to do; we prefer working on our own account."

A proceeding which consists in making the citizens cooperate in giving money but not labor, does not, in any way, alter the general results. The only thing is, that the loss would react upon all parties. By the former, those whom the State employs, escape their part of the loss, by adding it to that which their fellow-citizens have already suffered.

There is an article in our constitution which says: "Society favors and encourages the development of labor—by the establishment of public works, by the State, the departments, and the parishes, as a means of employing persons who are in want of work."

As a temporary measure, on any emergency, during a hard winter, this interference with the tax-payers may have its use. It acts in the same way as securities. It adds nothing either to labor or to wages, but it takes labor and wages from ordinary times to give them, at a loss it is true, to times of difficulty.

As a permanent, general, systematic measure, it is nothing else than a ruinous mystification, an impossibility, which shows a little excited labor which is seen, and hides a great deal of prevented labor which is not seen.

[...]
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-22 19:25:47
ah, ok.
parlapié libertário.

nem me vou dar ao trabalho.
já cá faltava são mises e o beato bastiat.
poupa-nos a essa xaropada, hermes.

nos US até já os conservadores fogem de vcs como o diabo da cruz.
já ninguém suporta ouvir o xarope do ron paul para lá de provavelmente terem custado uma eleição ao GOP.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-01-22 19:32:06
O texto é simples, a obra (visível) feita pelo Estado que seja financiada via impostos, elimina obra (invisível) que teria sido financiada na ausência desses impostos (sendo esses montantes gastos noutra coisa).
 
Obviamente existem instâncias em que isto não se aplica, como a monetarização ou tomada de dívida (neste caso no imediato não elimina obra, no futuro se a dívida for para pagar, eliminará). Mas é um raciocínio válido e que até pode ser extendido: a obra financiada pelo Estado não é necessariamente útil/desejado, ao passo que os gastos voluntários em algo destinam-se a financiar algo útil/desejado (pois se levam a esses gastos voluntários ...).
 
(não é preciso ser-se libertário para deduzir isto, e ser-se outra coisa qualquer não muda ou elimina esta lógica)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-22 19:54:07
ah, ok.
parlapié libertário.

nem me vou dar ao trabalho.
já cá faltava são mises e o beato bastiat.
poupa-nos a essa xaropada, hermes.

nos US até já os conservadores fogem de vcs como o diabo da cruz.
já ninguém suporta ouvir o xarope do ron paul para lá de provavelmente terem custado uma eleição ao GOP.

L

eu fico banzado como é que há ainda alguém que compre esta banha da cobra.

se o estado investe é porque o sector privado está a poupar e não investe. o que tem acontecido no Japão e nos US.

qual seen e unseen! se o estado não investisse era unseen e unseen e vá de espiral deflacionária para baixo.

o keynesianismo é isso que é e o tu já o devias saber hermes. até colocaste, se não me engano, um gráfico do ciclo económico com os pontos em que o estado deve investir contraciclicamente à fase de poupança dos privados. e poupar contraciclicamente à fase de investimento dos privados.

é da fase 'poupança dos privados' que se fala. essa ausência de investimento (unseen em qualquer situação)  deve ser colmatada pelo investimento público.
quando o privado se chega à frente, investindo (seen portanto) o estado dev poupar (unseen suponho eu).

bolas, keynes é muito mais recente que bastiat.

vais desenfiar argumentos da idade da pedra para contrariar argumentos modernos?

volto a dizer: poupa o pessoal dessa xaropada quasi religiosa.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Zel em 2013-01-22 20:06:04
se o keyes estivesse vivo limpava-te a boca com sabao   :D
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-01-22 20:29:37
se o keyes estivesse vivo limpava-te a boca com sabao   :D

??!!!

tb estás a ficar hermético?
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: kitano em 2013-01-22 21:38:38
se o keyes estivesse vivo limpava-te a boca com sabao   :D

??!!!

tb estás a ficar hermético?

 :D
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-02 22:59:06
Números impressionantes os do Japão... Fonte: http://www.cobdencentre.org/2013/01/the-walking-dead/ (http://www.cobdencentre.org/2013/01/the-walking-dead/)

Citar
[...]

It would not, however, be too wise for the authorities to flout the wishes of their long-suffering citizens, especially not when they have such a deep, vested interest in seeing neither their money, nor the banks and government debt which provide its backstop undermined.

It would not, however, be too wise for the authorities to flout the wishes of their long-suffering citizens, especially not when they have such a deep, vested interest in seeing neither their money, nor the banks and government debt which provide its backstop undermined. At a massive 115% of GDP, M1 money plays a bigger role in the economy than it does in most other developed nations (c.f., the ~50% in the Eurozone, or the ~20% which prevails in the US). As such, it makes up 55% of household financial assets and over 70% of financial net worth, with another 25% of the total exposed directly or otherwise to government debt.

[...]
Título: Re: Isn't that a good thing?!
Enviado por: hermes em 2013-02-03 09:24:56
It would not, however, be too wise for the authorities to flout the wishes of their long-suffering citizens, especially not when they have such a deep, vested interest in seeing neither their money, nor the banks and government debt which provide its backstop undermined. At a massive 115% of GDP, M1 money plays a bigger role in the economy than it does in most other developed nations (c.f., the ~50% in the Eurozone, or the ~20% which prevails in the US). As such, it makes up 55% of household financial assets and over 70% of financial net worth, with another 25% of the total exposed directly or otherwise to government debt.


Creio que esses números significam que o dinheiro em circulação no Japão é percentualmente muito superior ao que sucede na UE ou nos EUA. Isso parece ser positivo em termos de dinamização da economia, pelo menos no curto prazo. Aliás, isso parece natural num ambiente não inflacionário, onde o incentivo para aforrar é menor... may be!

[...]

So, what do those numbers mean?! :)


Este tópico é sobre o Japão, pelo que só vou responder a coisas sobre o Japão [idem para outros tópicos que criei].

Voltando à vaca fria, estes números significam que os japoneses já se acumularam no fundo da pirâmide de Exte (http://en.wikipedia.org/wiki/John_Exter)r:

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=6912;image)

e que por isso já têm montes de dinheiro à mão de semear para encher os carrinhos de mão.

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=6911;image)
Título: Re: Not the whole picture!
Enviado por: Incognitus em 2013-02-03 12:59:07
To demand the cooperation of all the citizens in a common work, in the form of money, is in reality to demand a concurrence in kind; for every one procures, by his own labor, the sum to which he is taxed. Now, if all the citizens were to be called together, and made to execute, in conjunction, a work useful to all, this would be easily understood; their reward would be found in the results of the work itself.

But after having called them together, if you force them to make roads which no one will pass through, palaces which no one will inhabit, and this under the pretext of finding them work, it would be absurd, and they would have a right to argue, "With this labor we have nothing to do; we prefer working on our own account."

A proceeding which consists in making the citizens cooperate in giving money but not labor, does not, in any way, alter the general results. The only thing is, that the loss would react upon all parties. By the former, those whom the State employs, escape their part of the loss, by adding it to that which their fellow-citizens have already suffered.

Muitíssimo interessante essa perspetiva já de inícios do séc. XIX! No ano passado, revi um curto relatório onde se defendia a "flat tax". Aliás, lembro-me de alguém referir, no fórum antigo, que estava a fazer um estudo acerca da simplificação fiscal que também ia nesse sentido. Mas não é isso que pretendo comentar, mas sim aquilo que Bastiat diz acerca da natureza do trabalho que resulta em bens socialmente úteis e não apenas no fazer coisas de menor utilidade só para que mais gente esteja empregada.

Em 1º lugar, isto aplica-se tanto ao setor público como ao privado, ou seja, é contraproducente usar recursos materiais e humanos para fabricar produtos ou proporcionar serviços que não correspondem a necessidades reais das pessoas. Dir-se-á que, nesse caso, não havendo procura também a oferta terá de cessar, mas essa é uma visão superficial do assunto. A procura de um bem inútil, ou mesmo prejudicial, pode ser induzida de forma mais ou menos subtil, e é esse o papel do marketing - bem como das corporações e dos lóbis. Ironicamente, o próprio mecanismo da concorrência favorece a multiplicação de bens de qualidade inferior, em todos os setores de atividade, consoante o poder aquisitivo do segmento de mercado a que se destinam. A excelência, que tira partido da tecnologia de ponta e do uso dos melhores materiais, fica quase sempre reservada para uma elite ou então é posta ao serviço da comunidade através de instituições públicas ou privadas.

No sistema monetário e económico vigente, dificilmente se poderá escapar deste paradigma que sacrifica a qualidade ao valor da iniciativa privada ou ao lucro empresarial e a diminuição do desemprego (aqui visto como um objetivo social desejável). Mas não tem necessariamente de ser sempre assim, embora uma mudança de paradigma talvez exija uma crise violenta e duradoura que obrigue a reflexão e inversão de marcha... ou não! Parte dessa mudança reside, sem margem para dúvidas, no espírito empreendedor das comunidades, que podem elas próprias criar atividades económicas significativas para os seus membros, incluindo os respetivos meios de pagamento fora da moeda legal tender. Isto foi ilegalizado outrora, mas já não o poderá ser agora... at least, that would be much tougher!

Bem, mas não vou repetir os argumentos que já venho esgrimindo em Off-Topic, nos últimos 3 meses. Há, sem dúvida, algum sentido aquilo que Bastiat afirma, mas o problema da redistribuição da riqueza via impostos está indissoluvelmente ligado à transferência líquida de valor dos mais pobres para os mais ricos, via o fluxo de juros. Gostava de saber o que diz a escola austríaca sobre isto, embora desconfie que nem refere essa realidade oculta, tal como a economia clássica igualmente a ignora. Deve notar-se ainda que uma percentagem muito substancial do valor dos bens e produtos se deve ao "juro escondido", através do financiamento e consequente endividamento das empresas. E, contudo, existem alternativas menos gravosas em termos sociais ao modelo da banca comercial, mesmo que ainda tímidas e nascentes... but they shall grow!

So the REAL question is: como podemos sair deste círculo vicioso e quem é que lucra com ele? Pois não há dificuldade em ver o lastro que o juro composto coloca na economia, mas isso nem parece incomodar a vastíssima maioria que se acomodou ao "status quo"... why not?!

Time to get out from the comfort zone... this reckless order sucks to the bone! :P

Os pobres são geralmente pouco endividados. O que transfere a riqueza monetária da sociedade para os ricos é essencialmente a venda de produtos e serviços no sentido contrário.
 
E claro, no modelo mais actual, também esquemas usando o Estado.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Kin2010 em 2013-02-05 00:21:55
Inc, estás-te a esquecer de esquemas corruptos não usando o Estado.

Um exemplo é a cáfila do BCP, quando $$ ela esfolou ao próprio banco, cujos accionistas são privados.

Aposto que 90% das fortunas em Portugal são desonestas, de uma forma ou de outra (envolvendo corrupção ou tráfico de influências).

Não tenho provas, mas poderia elaborar uma lista longuíssima de casos prováveis (não uma lista de nomes de pessoas, mas sim de empresas, e de tipos de negócios).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-02-05 18:58:38
A tese (the BS...)

Robert J. Samuelson
Opinion Writer

Japan is caught in a stimulus trap

Japan’s new prime minister, Shinzo Abe, is trying to revive the country’s flagging economy, and we could all learn from the exercise. You may recall that, in the 1980s, Japan was widely anointed as the next economic superpower, displacing the United States. It’s been a long slide since. In the 1990s, the “bubble economy” of high stock and real estate prices burst. The stock market is roughly a quarter of its high. Land prices have tumbled to 1975 levels. Since 2000, economic growth has averaged less than 1 percent annually. Government debt has ballooned to 214 percent of the economy (gross national product), about double the level of most advanced countries. Some superpower.

To get the economy moving, Abe has proposed a “stimulus” package of 10.3 trillion yen ($114 billion), about 2.2 percent of gross domestic product (GDP), and pushed the Bank of Japan (BOJ) — Japan’s Federal Reserve — to ease credit. This is familiar stuff. For years, Japanese governments have adopted stimulus plans. Since 1995, budget deficits have averaged 6 percent of GDP; that’s why debt (all past deficits) has exploded. The BOJ has repeatedly eased credit. In 1999, it cut short-term rates to near zero. It has had two episodes of “quantitative easing” — pumping more money into the economy — one from 2001 to 2006, the other from 2009 to now.

None of this has restored Japan’s glory days. In the largest sense, Japan is searching for a new economic model. Until the mid-1980s, it relied on export-led growth. Toyota, Panasonic and other multinationals seemed invincible. Exports and investment in new factories provided the main engine of growth. Unfortunately for Japan, developments in the 1980s doomed this model. The yen appreciated on foreign exchange markets, making exports more expensive. And the emergence of other low-cost Asian producers — first South Korea and Taiwan and later Thailand, Malaysia and China — displaced Japan as an export platform.

So the growth engine slowed. What could replace it? Japan has wrestled with this question for two decades. “Japan’s [economic] dynamism was exaggerated,” says economist Adam Posen of the Peterson Institute. “In the 1980s, people focused on a few great companies and ignored how much of Japanese business was relatively backward.” Japan’s domestic-based businesses (retailing, distribution, food production and health care, among others) have not powered the economy the way exports did.

Stimulus policies have been the substitute. To combat deep recessions, they’re justified; President Obama’s 2009 stimulus was warranted. But stimulus is supposed to be temporary. It’s supposed to “jump-start the economy.” Expansion becomes self-sustaining. In Japan, this transition never really occurred. The longest period of growth (2002-07) depended heavily on a cheap yen that revived the export model. Richard Katz, editor of the Oriental Economist, calculates that about 60 percent of GDP growth in those years reflected exports and investment tied to exports. This ended with the 2008-09 financial crisis.

The lesson is that huge budget deficits and ultra-low interest rates — the basics of stimulus — have limits and can be self-defeating. To use a well-worn metaphor: Stimulus becomes a narcotic. People feel better for a while, but the effect wears off. The economy then needs a new fix. Too many fixes may spawn new problems (examples: excessive debt, asset “bubbles,” inflation). That’s already happened in Japan.

It’s caught in a trap. On the one hand, it needs stimulus to grow. On the other, the debt from past stimulus measures threatens future growth. About 95 percent of government debt is held by Japanese investors — banks, insurance companies and pensions — that have been patient, report economists Takeo Hoshi and Takatoshi Ito. If investors lose patience and balk at buying government debt, the economy could implode. But their patience presumes that annual deficits will someday shrink. The trouble is that the required tax increases or spending cuts could act as a drag on the economy. Already, the Diet has voted to raise the consumption tax in 2014 and 2015 from 5 percent to 10 percent.

Considering this, Japan isn’t an attractive place for private investment. A declining population reinforces the effect. Katz of the Oriental Economist suggests spurring growth by dismantling protections for sheltered domestic industries. Higher growth would emerge as “inefficient firms die [and are] replaced by better firms.” But Japan’s leaders have generally shunned this complex and contentious approach. Once the present stimulus fades, Katz writes, it’s likely “Japan will fall back to stagnation.”

The United States isn’t Japan. The American economy is more flexible and entrepreneurial. The natural gas and oil boom is a godsend. Housing is reviving. Still, similarities with Japan loom. Growth rates have been stubbornly low. Both countries rely on stimulus policies — cheap credit, big deficits — to cure problems that are fundamentally structural and psychological. The parallels are worrying.

WaPo (http://www.washingtonpost.com/opinions/robert-samuelson-japans-self-defeating-stimulus-cycle/2013/02/03/6c3ba148-6c9b-11e2-bd36-c0fe61a205f6_story.html)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-02-05 18:59:57
A refutação

It’s Monday and Robert Samuelson Is Confused
Dean Baker
Monday, 04 February 2013 14:43

The cause for complaint this morning is Japan (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,969.msg43398.html#msg43398) where the new Prime Minister, Shinzo Abe, has plans for an ambitious new stimulus program. This makes Samuelson unhappy since he is much more fond of the sort of austerity that has given Greece a 26 percent unemployment rate or now threatens the United Kingdom with a triple dip recession.

Samuelson tells us that Abe’s plan won’t work because it doesn’t address the structural problems in Japan’s economy, especially in its service sector. Samuelson notes that Japan has had several stimulus programs over the last two decades. He tells readers:

“The lesson is that huge budget deficits and ultra-low interest rates — the basics of stimulus — have limits and can be self-defeating. To use a well-worn metaphor: Stimulus becomes a narcotic. People feel better for a while, but the effect wears off. The economy then needs a new fix. Too many fixes may spawn new problems (examples: excessive debt, asset “bubbles,” inflation). That’s already happened in Japan.”

Yes, this is where we can see that Samuelson is badly confused. Japan did have asset bubbles, but that was back in the 1980s. At the that time the country was not pursuing any stimulus at all. In fact, it had balanced budgets and a very low debt to GDP ratio.

As far as inflation, here again someone has to introduce Samuelson to the data. Japan’s problem is the opposite of inflation. Its consumer price level in 2012 was about 3 percent lower than it had been in 2000, implying an average annual rate of deflation of 0.3 percent.

In fact one of the most intriguing ways that Abe hopes to boost the economy is to have the central bank deliberately target a higher rate of inflation, committing itself to buy as many assets as necessary to raise the inflation rate to 2.0 percent. It is difficult to understand how Samuelson could think Japan has a problem with inflation.

Whether Japan’s debt is “excessive” can be debated, but it certainly does not have an excessive interest burden. Its interest burden is currently around 1.0 percent of GDP. It would be even lower if the interest paid to the central bank, and refunded to Japan’s treasury, were subtracted.

This low burden is possible because the interest rate on Japan’s debt is extremely low, with short-term debt getting near zero interest and long-term interest rates hovering near 1.0 percent. Samuelson wrongly imagines that the government would face a disaster if interest rates rose. In fact, it would be able to buy up its long-term debt at huge discounts and quickly reduce its debt to GDP ratio.

(Bond prices move inversely to interest rates, so if interest rates on 10-year treasury bonds rose to 3 percent, Japan’s central bank could buy them back for around half of their current price. There would be no real reason to do this, but it would placate the sort of ignorant people who tend to dominate economic policy debates and get obsessed about debt to GDP ratios.)

It is undoubtedly true that Japan, like all countries, has serious structural problems. The real issue is whether these would be more easily addressed in an economy that is growing at a healthy pace or whether structural reform is somehow advanced by stagnation and high unemployment. The latter view has been tested extensively in the last five years throughout the euro zone, the U.K., and perhaps now in the United States. Thus far it has been shown wrong everywhere.       

Dean Baker (http://www.cepr.net/index.php/blogs/beat-the-press/its-monday-and-robert-samuelson-is-confused?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+beat_the_press+%28Beat+the+Press%29)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-02-05 19:05:14
further thoughts by DA MAN

The Japan Story

Dean Baker is annoyed at Robert Samuelson (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,969.msg43399.html#msg43399), not for the first time, and with reason. The idea of invoking Japan, of all places, to justify fears that stimulus leads to inflation or asset bubbles is just bizarre. And while there is much shaking of heads about Japanese debt, the ill-effects if any of that debt are by no means obvious.

But what remains true is that Japan has run budget deficits for many years while delivering what appears on the surface to be very disappointing economic performance. What’s the story there?


My answer would run in two parts.

First, you should never make comments on Japanese growth or lack thereof without taking demography into account. Japan has low fertility and low immigration; this has translated into a dramatically aging population and a declining working-age population. So what does Japan’s performance look like if you calculate real GDP per working-age adult? (In the picture below I define working-age as 15-64; this is one case in which you DO NOT WANT to look at FRED, which defines working age as 16+ and therefore takes no account of aging).

[gráfico 1]

I’ve used a log scale, so you can view vertical distances as percentage changes. If we look at growth from the early 1990s to the business cycle peak in 2007, we have growth of about 1.2% per year. That’s actually not bad; you can argue that demographically adjusted, the whole tale of Japanese stagnation is a myth.

What is true is that there were two long periods of depressed output relative to trend, one in the mid-1990s and another, much worse, between 1997 and 2007. And one other thing: Japanese monetary policy was still up against the zero lower bound in 2007, leaving it no room to counter the Great Recession, and hence leaving Japan open to a deep slump when exports plunged.

So how do we think about this problem? Here’s my take. Japan has pretty much spent the past 20 years in a liquidity trap; as I’ve been explaining for years, one way to understand such traps is that they happen when, even at a zero real interest rate, the amount that people would want to save at full employment exceeds the amount they would be willing to invest, also at full employment:

[gráfico 2]

Why is Japan in this situation? A debt overhang from the 1980s bubble surely started the process; but surely it’s reasonable to suggest that the demography also contributes, since a declining working-age population depresses the demand for investment.

What you need in this situation is a negative real interest rate — which means that you need some expected inflation, because nominal rates face the zero lower bound.

But Japanese policy has never sought to achieve this. Deficit spending has put part, but only part, of the excess desired private saving to work; this has mitigated the slump, but not produced a booming economy, except perhaps briefly circa 2007. And the Bank of Japan has always pulled back on monetary policy when the economy looks better, instead of doing what it should, which is to keep the pedal to the metal until the inflation rate is solidly into positive territory.

The point is that as an analytical matter, Japan’s experience is perfectly consistent with an IS-LM type story, with nothing in there to suggest that fiscal stimulus has somehow backfired; stimulus has done exactly what you’d expect given its limited size and the refusal to take the opportunity to break out of the liquidity trap.

What Abenomics seems to be is an attempt, finally, to do what should have been done long ago: combine temporary fiscal stimulus with a real effort to move inflation up.

Oh, and what about the US relevance? We are, for the time being, in the same situation diagrammed above. What I think you can argue is that because we don’t share Japan’s demographic challenge, our liquidity trap is probably temporary, the product of an episode of deleveraging. So in our case fiscal stimulus is much more likely to serve as a bridge to a revived era of normal macroeconomics. That said, I welcome efforts by the Fed to modestly raise inflation expectations, and would like to see more.

So, is Japan a cautionary tale? Yes, but not the tale everyone tells. Its performance isn’t that bad given the shortage of Japanese; and it’s a tale of fiscal and monetary policy that have been too cautious, not of stimulus that failed.

krugman (http://krugman.blogs.nytimes.com/2013/02/05/the-japan-story/#more-33700)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-06 03:36:49
O aumento da inflação, a partir de níveis baixos tal como existe no Japão, penso que até tem havido deflação, é fortemente favorável ao mercado accionista. Depois de mais de 20 anos de queda do NIKKEI 225 talvez seja agora o momento de recuperar.

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-11 17:39:14
No Japão as coisas estão a começar a ficar mais surreais, com o Ministro da Economia a dar targets para o Nikkei ...
 
Japan’s economic minister wants Nikkei to surge 17% to 13,000 by March~
http://www.japantimes.co.jp/news/2013/02/10/business/japans-economic-minister-wants-nikkei-to-surge-17-to-13000-by-march/#.URkB31rjk87 (http://www.japantimes.co.jp/news/2013/02/10/business/japans-economic-minister-wants-nikkei-to-surge-17-to-13000-by-march/#.URkB31rjk87)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: rnbc em 2013-02-11 17:45:12
No Japão as coisas estão a começar a ficar mais surreais, com o Ministro da Economia a dar targets para o Nikkei ...
 
Japan’s economic minister wants Nikkei to surge 17% to 13,000 by March~
[url]http://www.japantimes.co.jp/news/2013/02/10/business/japans-economic-minister-wants-nikkei-to-surge-17-to-13000-by-march/#.URkB31rjk87[/url] ([url]http://www.japantimes.co.jp/news/2013/02/10/business/japans-economic-minister-wants-nikkei-to-surge-17-to-13000-by-march/#.URkB31rjk87[/url])


Não percebi bem se isso é só um palpite ou se é "a bem ou a mal!" :D

É que se o governo meter lá guito para aquilo subir por decreto eu até comprava :P
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: kitano em 2013-02-11 17:51:12
Será de comprar com cobertura cambial.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: as em 2013-02-13 01:42:14
Hermes,

Queres comentar "Why Hyperinflation Is A Myth (And What It Means For Gold Prices)"

http://seekingalpha.com/article/1174331-why-hyperinflation-is-a-myth-and-what-it-means-for-gold-prices (http://seekingalpha.com/article/1174331-why-hyperinflation-is-a-myth-and-what-it-means-for-gold-prices)

Cpmts,

  As
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 10:12:53
Hermes,

Queres comentar "Why Hyperinflation Is A Myth (And What It Means For Gold Prices)"

[url]http://seekingalpha.com/article/1174331-why-hyperinflation-is-a-myth-and-what-it-means-for-gold-prices[/url] ([url]http://seekingalpha.com/article/1174331-why-hyperinflation-is-a-myth-and-what-it-means-for-gold-prices[/url])

Cpmts,

  As


Sim, claro. Hiperinflação não é inflação a tomar esteróides. Não é o merceiro que fica ganacioso e começa a exigir um carrinho de mão cheio de notas pela sua maçã, antes pelo contrário. É sim o merceiro a dizer afasta de mim esse carrinho de mão enquanto o cliente riposta, mas Sr., veja, eu tenho aqui dois carrinhos de mão cheios de dinheiro!

Ou seja, hiperinflação é o que acontece quando as pessoas perdem a confiança na moeda, e por isso despacham-se dela que nem uma batata quente [o tal aumento da velocidade de circulação do dinheiro].
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: as em 2013-02-13 10:17:50
Hermes,

Concordarás que:

1. antes de existir hiperinflação terá de existir inflação.

2. não existem neste momento quaisquer indícios de inflação (>4%) nos blocos desenvolvidos (EUA, Euro, Japão).

Cpmts
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 11:02:04
Hermes,

Concordarás que:

1. antes de existir hiperinflação terá de existir inflação.

2. não existem neste momento quaisquer indícios de inflação (>4%) nos blocos desenvolvidos (EUA, Euro, Japão).

Cpmts


Bem, vê lá tu que antes da hiperinflação na República de Weimar até houve períodos de deflação e períodos em que os preços se mantiveram mais o menos constantes.

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7190;image)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 11:14:57
Caso estejas farto da República de Weimar, tb se arranja aqui uma Argentina:

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7191;image)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-13 12:18:11
Aquele período em 1918-1919 já era fortemente inflaccionário.
 
Na Argentina pode não ser comparável o período imediatamente anterior por ainda ter uma moeda ligada ao dólar, não? Teriam que se ver os timings.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-13 12:53:10
Não haverá um gráfico da hiperinflação de Weimar em escala logarítmica? Isso evidenciaria o período inflacionista de que fala o Incognitus. Esse pico inflacionista na Argentina deveu-se seguramente a um qualquer choque, não se trata de um processo progressivo como o do Japão.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-13 13:12:31
O pico de inflação na Argentina é diferente porque a Argentina tinha a sua moeda ligada ao dólar. Seria como Portugal agora ter pouca inflação porque usa o EUR, e amanhã sair do EUR. A inflação apareceria rapidamente.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: aos_pouquinhos em 2013-02-13 13:14:06
Engraçado o discurso de ontem do Obama para a Europa. Lembrou-se agora da Europa para montar a maior zona económica do mundo de comércio, sem barreiras, entraves, e sem excessos.

Mais valia dizer....Temos aqui shit paper, não querem trocar o vosso pelo nosso?
Os Chineses estão cheios de shit-paper e de ouro, e nós não temos muito que nos valha!!!

Principio básico da economia. Quando um bem (mesmo dinheiro) deixa de ser escasso passa a ser m******.

A economia é a gestão de recursos escassos, não a gestão de recursos hiper abundantes.

Neste ano, até Keynes chamaria por Hayek....

Cumprimentos
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-13 13:45:12
Então quais são as soluções da Escola Austríaca para relançar a economia japonesa, estagnada há mais de 20 anos? Até agora os japoneses seguiram a cartilha Austríaca, esperaram que a ordem espontânea resolvesse o problema, coisa que não aconteceu.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-13 13:56:02
Então quais são as soluções da Escola Austríaca para relançar a economia japonesa, estagnada há mais de 20 anos? Até agora os japoneses seguiram a cartilha Austríaca, esperaram que a ordem espontânea resolvesse o problema, coisa que não aconteceu.

Como podes dizer isso quando eles acumularam déficits, dívidas gigantescas e impressão de papel?
 
Em todo o caso o Japão também tem um problema demográfico.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-13 14:00:06
Citar
Não haverá um gráfico da hiperinflação de Weimar em escala logarítmica?

Afinal o gráfico já está na escala logarítmica, embora à primeira vista não o pareça...  :-X

Qual é a definição de hiperinflação, a partir de que valor de aumento dos preços se considera haver hiperinflação?
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: aos_pouquinhos em 2013-02-13 14:02:17
O único polo económico que está aplicar a escola austriaca é a Europa, ainda que de forma muito tenue.

Há muito keynesianismo aí na praça, mas o passo incial foi dado em 2002, quando os Estados abandonaram a libre arbitrariedade monetária e adoptaram aquilo que se pode chamar o "padrão-euro".

No entanto o BCE cometeu erros. O caminho é longo e duro de corrigir.
O que os outros andam a fazer chama-se o caminho para a servidão, pese embora tenham pensado ter encontrado a solução.
MHO



Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-13 14:09:54

Como podes dizer isso quando eles acumularam déficits, dívidas gigantescas e impressão de papel?
 
Em todo o caso o Japão também tem um problema demográfico.

Isso reforça a tese de que em certas circunstâncias como diz o Krugman o estímulo à economia não gera inflação. A dívida do Japão é essencialmente interna, é dinheiro dos japoneses que deveria ter sido gasto no consumo e investimento. Se eles consumissem e investissem a economia crescia e o Estado não necessitava de se endividar tanto.

Mas qual é a solução Austríaca para o problema do Japão?




Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 15:05:28
Aquele período em 1918-1919 já era fortemente inflaccionário.
 
Na Argentina pode não ser comparável o período imediatamente anterior por ainda ter uma moeda ligada ao dólar, não? Teriam que se ver os timings.

O pico de inflação na Argentina é diferente porque a Argentina tinha a sua moeda ligada ao dólar. Seria como Portugal agora ter pouca inflação porque usa o EUR, e amanhã sair do EUR. A inflação apareceria rapidamente.


Portanto o teu argumento é que a inflação não é comparável, por causa do PEG com o dólar. Então dou-te um exemplo ainda mais forte, o do Panamá, que não tem um PEG, mas que simplesmente a sua moeda é o dólar:

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7201;image)

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7200;image)

Repare-se que desde 1941 (http://en.wikipedia.org/wiki/Panamanian_balboa) o Panamá não imprime uma única nota e mesmo assim o Panamá tem uma inflação diferente da dos EUA.

Assim sendo, qual das duas explicações é mais plausível:

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-13 15:17:58
Eu não digo que não possa ter inflação diferente, digo sim que a Argentina provavelmente tinha uma inflação deprimida por esse Peg, e quando perdeu o Peg teve imediatamente hiperinflação.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 15:26:03
Já agora para por em perspectiva a tese da inflação elevada. Tomemos o Exemplo do Brasil. Após o golpe de estado em 1964 o presidente usou a inflação como forma de taxar selectivamente parte da população nomeadamente os muitos funcionários públicos e manteve durante vários anos a inflação na casa dos 20% e sem gerar hiperinflação.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 15:37:07
1. antes de existir hiperinflação terá de existir inflação.

2. não existem neste momento quaisquer indícios de inflação (>4%) nos blocos desenvolvidos (EUA, Euro, Japão).


Assumindo o teu argumento, qual é fórmula de cálculo certa (http://www.shadowstats.com/alternate_data/inflation-charts) para a inflação dos EUA? [Note-se que nem sequer estou a falar de embalagens mais pequenas ou com ingredientes de pior qualidade, como carne de cavalo (http://www.google.com/search?hl=en&gl=us&tbm=nws&q=horsemeat), por exemplo.]

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7205;image)

As tuas condições já se verificam para os EUA?
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-13 16:09:29
É difícil dizer ... sabe-se lá qual está mais correcto. Quase 1/4 do CPI são coisas que nem sequer existem (não são compradas/vendidas).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-13 16:35:34
Eu não percebo nada de economia, mas tenho a minha teoria sobre hiperinflação, tem - se falado da Argentina e do Japão, eu para mim existe hiperinflação quando um país é muito exportador e escolhe como reserva uma determinada moeda, depois existe um choque económico que pode ser uma crise internacional e ele deixa de poder exportar, rapidamente tenta assegurar a sua moeda e faz estímulos internos para que a economia cresça, mas estas tentativas de segurar a sua moeda interna e assegurar o crescimento interno, leva á perda da moeda padrão e ficar com uma moeda que ninguém quer, levando à hiperinflação.

Isto pode ocorrer em Portugal se sair do euro e se virar para o escudo, a tentativa de segurar o escudo e a intenção de estímulos económicos para fazer crescer a economia podia levar a uma hiperinflação.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 16:53:37
Eu não percebo nada de economia, mas tenho a minha teoria sobre hiperinflação, tem - se falado da Argentina e do Japão, eu para mim existe hiperinflação quando um país é muito exportador e escolhe como reserva uma determinada moeda, depois existe um choque económico que pode ser uma crise internacional e ele deixa de poder exportar, rapidamente tenta assegurar a sua moeda e faz estímulos internos para que a economia cresça, mas estas tentativas de segurar a sua moeda interna e assegurar o crescimento interno, leva á perda da moeda padrão e ficar com uma moeda que ninguém quer, levando à hiperinflação.

Isto pode ocorrer em Portugal se sair do euro e se virar para o escudo, a tentativa de segurar o escudo e a intenção de estímulos económicos para fazer crescer a economia podia levar a uma hiperinflação.


A Rússia do início do séc. XX não estava em nenhuma união monetária e duvido que exportasse alguma coisa de tão pobre que era e ainda assim nesse melhor pano caiu a nódoa da hiperinflação (http://en.wikipedia.org/wiki/Hyperinflation_in_early_Soviet_Russia).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-13 17:09:32
Eu não percebo nada de economia, mas tenho a minha teoria sobre hiperinflação, tem - se falado da Argentina e do Japão, eu para mim existe hiperinflação quando um país é muito exportador e escolhe como reserva uma determinada moeda, depois existe um choque económico que pode ser uma crise internacional e ele deixa de poder exportar, rapidamente tenta assegurar a sua moeda e faz estímulos internos para que a economia cresça, mas estas tentativas de segurar a sua moeda interna e assegurar o crescimento interno, leva á perda da moeda padrão e ficar com uma moeda que ninguém quer, levando à hiperinflação.

Isto pode ocorrer em Portugal se sair do euro e se virar para o escudo, a tentativa de segurar o escudo e a intenção de estímulos económicos para fazer crescer a economia podia levar a uma hiperinflação.


A Rússia do início do séc. XX não estava em nenhuma união monetária e duvido que exportasse alguma coisa de tão pobre que era e ainda assim nesse melhor pano caiu a nódoa da hiperinflação ([url]http://en.wikipedia.org/wiki/Hyperinflation_in_early_Soviet_Russia[/url]).


No meu ponto de vista esse é o bang saído do cash. O crash para mim é aquilo que fica numa sociedade que não tem nada em troca aquilo que se chama uma sociedade medieval, a Rússia revolucionária quis modificar a sua estrutura económica e para isso teve que imprimir moeda então alguém vendia algo á Rússia por montantes de moeda elevados, então alguém dentro da Rússia queria algo tinha que pagar valores astronómicos, isso levou a uma cadeia de aumento da massa monetária.

Esta é a minha teoria.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-13 17:11:18
Citar
Qual é a definição de hiperinflação, a partir de que valor de aumento dos preços se considera haver hiperinflação?

Da pesquisa que fiz parece não haver um número a partir do qual se possa considerar hiperinflação.

Verifiquei que a hiperinflação por perda de confiança na moeda geralmente acontece associada a guerras, o que não é o caso presente do Japão. A hiperinflação alemã resultou, pelo menos em parte, da imputação dos custos da 1.ª Grande Guerra à Alemanha. A hiperinflação dos inícios da União Soviética também surgiu na esteira da Revolução Russa de 1917.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 17:30:08
Qual é a definição de hiperinflação, a partir de que valor de aumento dos preços se considera haver hiperinflação?

Não obstante ter uma ou outra discordância menor, tens aqui uma excelente FAQ: FAQ for Hyperinflation Skeptics (http://howfiatdies.blogspot.pt/2012/10/faq-for-hyperinflation-skeptics.html).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 17:45:22
Verifiquei que a hiperinflação por perda de confiança na moeda geralmente acontece associada a guerras, o que não é o caso presente do Japão.

A guerra é a envolvente política mais comum, mas há outras, nomeadamente regimes mais socialistas [fonte (http://dailycapitalist.com/2010/09/30/will-we-have-hyperinflation-in-america/)]:

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7211;image)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 17:53:44
Já agora, a forma abrupta como as hiperinflações acabam é outro ponto a corroborar a explicação da falta de confiança na moeda.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-13 18:12:35
Para além da falta de confiança na moeda, a outra causa de hiperinflação, pelo menos teoricamente, é a impressão pelos bancos centrais em épocas de depressão. Mas isto só causa inflação se a economia não responder aos estímulos, i.e. se com a impressão o PIB não crescer.

Seria interessante apontar casos históricos em que houve hiperinflação causada por intervenção dos bancos centrais em resposta a depressões económicas. A maioria dos casos na história mais recente, se não todos,  ocorrreram em países beligerantes ou condicionados politicamente por tiranos e regimes comunistas.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-13 19:11:08
Para além da falta de confiança na moeda, a outra causa de hiperinflação, pelo menos teoricamente, é a impressão pelos bancos centrais em épocas de depressão. Mas isto só causa inflação se a economia não responder aos estímulos, i.e. se com a impressão o PIB não crescer.

É a mesma causa. O dinheiro não é destribuido irmamente, ao contrário dum stock split. Tal faz com que percas a confiança no dinheiro como reserva de valor e mais cedo ou mais tarde descobres que quem gasta primeiro gasta melhor.

Seria interessante apontar casos históricos em que houve hiperinflação causada por intervenção dos bancos centrais em resposta a depressões económicas. A maioria dos casos na história mais recente, se não todos,  ocorrreram em países beligerantes ou condicionados politicamente por tiranos e regimes comunistas.

Se fores ver a tabela atrás, verás que os regimes socialistas tb não ficam atrás.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Kin2010 em 2013-02-13 19:36:39
No caso da Rússia, a hiperinflacção foi deliberadamente provocada pelo regime soviético para destruir as poupanças da burguesia e fazer as pessoas perder confiança no capitalismo. Isso foi dito explicitamente por Lenine.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-13 20:18:56
Este artigo "Money Growth Does Not Cause Inflation!" (http://www.forbes.com/sites/johntharvey/2011/05/14/money-growth-does-not-cause-inflation/) defende e tenta explicar porque a criação de dinheiro não provoca inflação. Segundo o autor trata-se de uma falácia que resulta de assumir erradamente que a velocidade com que o dinheiro é trocado e a quantidade de bens e serviços é constante. Segundo ele a equação

 M*V=P*q

em que M é o fornecimento de dinheiro, V a velocidade a que é trocado, P o preço e q a quantidade de bens e serviços disponíveis, é consensualmente aceite. As divergências estão em assumir ou não os valores de V e q constantes. Assumindo estes valores constantes, um aumento de M implica automaticamente o aumento de P, no entanto, no artigo é defendido que estas variáveis também variam, alterando assim a relação directa entre impressão monetária e aumento dos preços.

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-14 09:45:05
V depende de M. Não quer dizer que não haja um lag, pois graças a Deus para os políticos a maior parte das pessoas não sabem puto de economia e projectam o passado recente no futuro.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-02-14 10:46:10
V depende de M.

Errado!
o que se tem estado a passar demonstra exactamente isso. M aumentou (brutalmente) mas V não mexeu.
E porquê? pq os bancos não emprestam, as corporações estão sentadas em montanhas de cash e não investem e o públlico em geral está a poupar em vez de consumir.
Basicamente quem conta - bancos, grandes corporações e pequenas e médias empresas e também o estado, voltaram-se para a poupança em vez de para o consumo.
V não pode mexer, por mais que M aumente.

Isto é básico e já vem a ser explicado e demonstrado há anos. Aparentemente há quem não tenha aprendido.
E não aprendeu porque se recusa a ver uma realidade que desmente os mitos e as crenças,  profundamente implantadas naquelas cabeças.
Se se imprime há inflação. Ponto. Pois o facto é que não há. É essa a realidade. São esses os factos.
Onde é que ficariam as estruturas mentais deste pessoal, se aceitassem a realidade? Em ruínas... E isso não é aceitável para eles. É compreensível.
É a negação. E já um pouco de negociação com a realidade:  - Ah mas vai haver...
Pois sim algures no futuro é bem possível que haja inflação. nem que seja no próxio milénio.
Agora não. É essa a realidade.
Deal with it.
Ou não!. A escolha é vossa.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-14 11:41:46
Lark, o V caiu imenso com a subida do M.
 
O V só se mantém ou sobe se o M novo for gasto, isso na situação actual necessitaria não só de déficits gigantes (como os que existem nos EUA), mas também que eles fossem fortemente crescentes (não são).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-14 11:43:15
V depende de M.

Errado!
o que se tem estado a passar demonstra exactamente isso. M aumentou (brutalmente) mas V não mexeu.
E porquê? pq os bancos não emprestam, as corporações estão sentadas em montanhas de cash e não investem e o públlico em geral está a poupar em vez de consumir.
Basicamente quem conta - bancos, grandes corporações e pequenas e médias empresas e também o estado, voltaram-se para a poupança em vez de para o consumo.
V não pode mexer, por mais que M aumente.

Isto é básico e já vem a ser explicado e demonstrado há anos. Aparentemente há quem não tenha aprendido.
E não aprendeu porque se recusa a ver uma realidade que desmente os mitos e as crenças,  profundamente implantadas naquelas cabeças.
Se se imprime há inflação. Ponto. Pois o facto é que não há. É essa a realidade. São esses os factos.
Onde é que ficariam as estruturas mentais deste pessoal, se aceitassem a realidade? Em ruínas... E isso não é aceitável para eles. É compreensível.
É a negação. E já um pouco de negociação com a realidade:  - Ah mas vai haver...
Pois sim algures no futuro é bem possível que haja inflação. nem que seja no próxio milénio.
Agora não. É essa a realidade.
Deal with it.
Ou não!. A escolha é vossa.

L

V depende de M. Não quer dizer que não haja um lag [...]
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: as em 2013-02-14 13:00:47
Onde é que ficariam as estruturas mentais deste pessoal, se aceitassem a realidade? Em ruínas...

 ;D

Não sei se é original, mas é engraçada!
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: aos_pouquinhos em 2013-02-14 13:02:49
V depende de M.

Errado!
o que se tem estado a passar demonstra exactamente isso. M aumentou (brutalmente) mas V não mexeu.
E porquê? pq os bancos não emprestam, as corporações estão sentadas em montanhas de cash e não investem e o públlico em geral está a poupar em vez de consumir.
Basicamente quem conta - bancos, grandes corporações e pequenas e médias empresas e também o estado, voltaram-se para a poupança em vez de para o consumo.
V não pode mexer, por mais que M aumente.

Isto é básico e já vem a ser explicado e demonstrado há anos. Aparentemente há quem não tenha aprendido.
E não aprendeu porque se recusa a ver uma realidade que desmente os mitos e as crenças,  profundamente implantadas naquelas cabeças.
Se se imprime há inflação. Ponto. Pois o facto é que não há. É essa a realidade. São esses os factos.
Onde é que ficariam as estruturas mentais deste pessoal, se aceitassem a realidade? Em ruínas... E isso não é aceitável para eles. É compreensível.
É a negação. E já um pouco de negociação com a realidade:  - Ah mas vai haver...
Pois sim algures no futuro é bem possível que haja inflação. nem que seja no próxio milénio.
Agora não. É essa a realidade.
Deal with it.
Ou não!. A escolha é vossa.

L

E assim temos a solução para todos os nossos problemas.
Cada um consome aquilo que deve consumir, e quando não tiver mais, como não pode pedir emprestado vai ficar todo contente a assobiar para o ladfo e vai viver de ar e vento. Pelo contraponto, vamos ter os bancos cheios de dinheiro, de porta aberta a recusar emprestimos porque encontraram a sua solução para a crise tutelados pelos seus BCE's.

E mesmo que a coisa aperte, voltam a fazer mais monte. Fecham-se lá no cofre e comem papel. Enquanto outros vivem de ar e vento.

Esta desalavancadela social demora o seu tempo. Também a alavancar demorou tempo até depois até estourar.

Mas qual é o problema quando já não houver o que consumir? Eles vão dar o abençoado dolar, em que toda a gente passa a acreditar piamente.

O euro é o principio de algo bem maior, que custa muito aos Americanos e Ingleses. Eles olham para a Alemanhã como a reencarnação de Hitler, só que desta vez, parece-me, que são os aliados os maus da fita.

Cumprimentos
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-14 13:06:03
Citação de: Incognitus
Lark, o V caiu imenso com a subida do M.
 
O V só se mantém ou sobe se o M novo for gasto, isso na situação actual necessitaria não só de déficits gigantes (como os que existem nos EUA), mas também que eles fossem fortemente crescentes (não são).

Bem, se a velocidade de circulação de dinheiro V diminuiu, compensa o aumento da quantidade de dinheiro M. É esse um dos argumentos do autor do artigo para dizer que a impressão não causa inflação.

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: aos_pouquinhos em 2013-02-14 13:14:39
Bem, se a velocidade de circulação de dinheiro V diminuiu, compensa o aumento da quantidade de dinheiro M. É esse um dos argumentos do autor do artigo para dizer que a impressão não causa inflação.

Vai ser giro quando os monetaristas (FED, Banca, Financeiras) decidirem quem vão ser as entidades a quem emprestar.
O resto vai ficar a olhar e a fazer vénias de tal contentamento.

Chama-se a isso Comunismo.

Cumprimentos
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-14 13:53:20
Citação de: Incognitus
Lark, o V caiu imenso com a subida do M.
 
O V só se mantém ou sobe se o M novo for gasto, isso na situação actual necessitaria não só de déficits gigantes (como os que existem nos EUA), mas também que eles fossem fortemente crescentes (não são).

Bem, se a velocidade de circulação de dinheiro V diminuiu, compensa o aumento da quantidade de dinheiro M. É esse um dos argumentos do autor do artigo para dizer que a impressão não causa inflação.

O V caiu agora, porque para não cair seria necessário que alguém gastasse o  dinheiro, mas o stock de dinheiro está a aumentar, aumentar. Estás a criar-se o potencial para um problema no futuro, quando as pessoas quiserem efectivamente gastar o dinheiro. Agora, para este aumento de M fazer mossa  na inflação os gastos do Estado teriam que ser exponenciais independentemente do déficit.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-02-14 16:58:25
V depende de M. Não quer dizer que não haja um lag [...]

AH, ok.
As minhas sentidas desculpas.
um lag de.... uh vejamos... 20 anos como no Japão?
um lag de... digamos... os seis anos que já levamos nos USA?
Como disse atrás, até pode ser para o próximo milénio.
O lag poderá ser de 1000 anos?
Isso é que é a definição da long run.
And in the long run we're all dead.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-15 01:31:48
Segundo este gráfico o aumento da base monetária (o que faz a Federal Reserve) não aumenta o 'money supply', MZM no gráfico.

(http://www.macro-investing-strategy.com/wp-content/uploads/2010/10/money-base-and-supply.jpg)

Este outro gráfico mostra que mesmo que o 'money supply' aumente isso não faz aumentar a inflação, medida no gráfico pelos preços do ouro e do petróleo.

(http://www.macro-investing-strategy.com/wp-content/uploads/2010/10/money-supply-and-commodities.jpg)

Os gráficos foram retirados do artigo "Relationship Between the Money Supply and Inflation (http://www.macro-investing-strategy.com/money-supply-and-inflation/)", que penso que contribui para clarificar a discussão sobre o efeito da "impressão de dinheiro" na inflação, do qual cito o seguinte:

"Using gold or oil as a measure of price change (...), we see that changes in the money supply are TOTALLY INADEQUATE at describing changes in prices.

There was a big increase in commodity prices in the 1970’s and yet monetary growth was not unusually rapid, while the 1980’s and 1990’s were times of falling commodity prices, even though monetary growth was just as substantial in these decades. The reality is that the traditional view is simply not able to capture the relationship between money supply and inflation."


True Relationship between Money Supply and Inflation

The statistic that should concern us is monetary growth, not backed by economic growth. As the economy grows through productivity increases; prices should decrease. Money supply growth in line with economic growth will result in stable prices; money supply growth above economic growth will lead to increases in prices.


Conclusion

We now have a clear understanding of the relationship between money supply and inflation. Price inflation results from money supply growth that is in excess of economic growth. This may be in the face of a growing economy or a declining economy. The key is the RELATIVE RELATIONSHIP between money supply growth and economic growth.





 
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-15 02:47:59
Parece muito exigente para uma mostrar que uma relação não se verifica, mas depois sem exigência nenhuma para provar o que conclui ...
 
A relação é complexa. O que a Fed está a fazer permite ao Estado manter déficits mais elevados e também afecta substancialmente os mercados e vai criando dinheiro pelo caminho. A inflação aparecer dependerá de em algum momento existir uma mudança de atitude quanto a deter o dinheiro que vai sendo criado.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Castelbranco em 2013-02-15 13:31:57
...
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: as em 2013-02-15 16:33:54
Com as políticas em curso esperava-se que pelo menos não fossem aumentando as suas posições.

Parece que a expectativa de estagnação do crescimento na Europa tem maior peso do que a política do FED.

http://finance.yahoo.com/news/foreign-holdings-us-debt-hit-154744385.html (http://finance.yahoo.com/news/foreign-holdings-us-debt-hit-154744385.html)

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-16 14:02:13
Segundo este gráfico o aumento da base monetária (o que faz a Federal Reserve) não aumenta o 'money supply', MZM no gráfico.

([url]http://www.macro-investing-strategy.com/wp-content/uploads/2010/10/money-base-and-supply.jpg[/url])

Este outro gráfico mostra que mesmo que o 'money supply' aumente isso não faz aumentar a inflação, medida no gráfico pelos preços do ouro e do petróleo.

([url]http://www.macro-investing-strategy.com/wp-content/uploads/2010/10/money-supply-and-commodities.jpg[/url])

Os gráficos foram retirados do artigo "Relationship Between the Money Supply and Inflation ([url]http://www.macro-investing-strategy.com/money-supply-and-inflation/[/url])", que penso que contribui para clarificar a discussão sobre o efeito da "impressão de dinheiro" na inflação, do qual cito o seguinte:

"Using gold or oil as a measure of price change (...), we see that changes in the money supply are TOTALLY INADEQUATE at describing changes in prices.

There was a big increase in commodity prices in the 1970’s and yet monetary growth was not unusually rapid, while the 1980’s and 1990’s were times of falling commodity prices, even though monetary growth was just as substantial in these decades. The reality is that the traditional view is simply not able to capture the relationship between money supply and inflation."


True Relationship between Money Supply and Inflation

The statistic that should concern us is monetary growth, not backed by economic growth. As the economy grows through productivity increases; prices should decrease. Money supply growth in line with economic growth will result in stable prices; money supply growth above economic growth will lead to increases in prices.


Conclusion

We now have a clear understanding of the relationship between money supply and inflation. Price inflation results from money supply growth that is in excess of economic growth. This may be in the face of a growing economy or a declining economy. The key is the RELATIVE RELATIONSHIP between money supply growth and economic growth.



Visitante, o primeiro gráfico é a derivada [i.e. a taxa de crescimento do MZM], pelo que se segue o mesmo gráfico para os valores absolutos do M0 [que até é mais pequeno que o MZM], não vá haver outros leitores além de ti que sejam presas fáceis de sofismas baratos.

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7322;image)

Visitante, parece-me que estás com dificuldade em entender como o aumento do M0 leva à (hiper)inflação, nomeadamente quando este é (largamente) em excesso do cresmento económico (o que é conspicuamnete o caso). É que a FED já abriu a gaiola e esse M0 já voou para os ramos dos bancos e não vai voltar à FED [os bancos não têm o mínimo interesse em recomprar o lixo que a FED comprou at face value], pelo que a sua criação é eterna.

Como uma imagem vale mais que mil palavras, segue-se uma dúzia de imagens de hiperinflações passadas a mostrar esse mecanismo:

Alemanha

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7305;image)


Argentina

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7315;image)
(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7316;image)


Áustria

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7306;image)


Brasil

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7308;image)
(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7307;image)


Hungria

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7309;image)


Jugoslávia

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7313;image)


Peru

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7311;image)
(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7310;image)


Polónia

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7312;image)


Zimbabwe

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7314;image)

Um facto curioso visível nestas hiperinflações é o índice de preços ao consumidor correr à frente da inflação monetária, o que na minha opinião é uma prova da existência de um mecanismo psicológico em jogo [i.e. a perda de confiança na moeda].


Como bónus, para os que ainda duvidam da teoria da quantidade do dinheiro, seguem-se dois excerptos desta lição online (http://www.personal.kent.edu/~cupton/bbamacro/ma08.htm) dos Professores Greg Chase e Charles W. Upton:

Citar
Does the Quantity Theory Always Work?

Figure 8-5, taken from Bob Lucas’s Nobel Prize Lecture shows, for something like 100 countries, data on the inflation rate and growth of the money supply.  As you can see, there is a clear correlation between the inflation rate and money supply. High money growth means high inflation.

Citar
Figure 8-5
Inflation Rates and Money Supply Growth
([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7317;image[/url])
This graph plots average inflation rates against money growth for 100 countries over the past 30 years.  The results are just what we expect from the quantity theory.


[...]

Does it Work in the United States?

Of course, but like many economic laws, it does not work perfectly with mathematical precision.  See Figure 8-10, taken from Stockman, which plots inflation rates and money supply growth rates decade by decade.  The relationship is not perfect.  Both the 1940's and the 1880's were periods of higher than predicted inflation.  Nevertheless, the relationship is clear.

Citar
Figure 8-10
([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7318;image[/url])
Although the fit is not exact, there is a very close relationship between growth of the money stock and the rate of inflation, after allowing for real GDP growth.

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-16 14:46:37
V depende de M. Não quer dizer que não haja um lag [...]


AH, ok.
As minhas sentidas desculpas.
um lag de.... uh vejamos... 20 anos como no Japão?
um lag de... digamos... os seis anos que já levamos nos USA?
Como disse atrás, até pode ser para o próximo milénio.
O lag poderá ser de 1000 anos?
Isso é que é a definição da long run.
And in the long run we're all dead.

L


Bem, seis anos para os EUA, é realmente pouco tempo. Para a República de Weimar foram oito anos até começar a hiperinflação, como se pode ver nos seguintes gráficos extraídos do livro The Economics of Inflation do Costantino Bresciani-Turroni, publicado em 1937:

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7323;image)

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7324;image)

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7325;image)

Pelas razões apresentadas na thread Afinal havia outra [desalavancagem] (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,723.0.html) destinada a tornar compreensível os dois artigos do Tyler Durden no fim dessa mesma thread, cf. On The Verge Of A Historic Inversion In Shadow Banking (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,723.msg17709.html#msg17709) e The Historic Inversion In Shadow Banking Is Now Complete (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,723.msg32836.html#msg32836), é previsível que a almofada que estava a conter a massa monetária [desalavancagem do shadow banking] esteja a chegar ao fim, pelo que a diferença entre crédito e base vai começar a mostrar as suas cores.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-02-16 20:18:16
V depende de M. Não quer dizer que não haja um lag [...]


AH, ok.
As minhas sentidas desculpas.
um lag de.... uh vejamos... 20 anos como no Japão?
um lag de... digamos... os seis anos que já levamos nos USA?
Como disse atrás, até pode ser para o próximo milénio.
O lag poderá ser de 1000 anos?
Isso é que é a definição da long run.
And in the long run we're all dead.

L


Bem, seis anos para os EUA, é realmente pouco tempo. Para a República de Weimar foram oito anos até começar a hiperinflação, como se pode ver nos seguintes gráficos extraídos do livro The Economics of Inflation do Costantino Bresciani-Turroni, publicado em 1937:

([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7323;image[/url])

([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7324;image[/url])

([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7325;image[/url])

Pelas razões apresentadas na thread Afinal havia outra [desalavancagem] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,723.0.html[/url]) destinada a tornar compreensível os dois artigos do Tyler Durden no fim dessa mesma thread, cf. On The Verge Of A Historic Inversion In Shadow Banking ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,723.msg17709.html#msg17709[/url]) e The Historic Inversion In Shadow Banking Is Now Complete ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,723.msg32836.html#msg32836[/url]), é previsível que a almofada que estava a conter a massa monetária [desalavancagem do shadow banking] esteja a chegar ao fim, pelo que a diferença entre crédito e base vai começar a mostrar as suas cores.


e do Japão há vinte anos a injectar capital nada. O próprio tema deste tópico.

parece-me que tens alguma dificuldade em aceitar que o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.

Isto já aqui foi dito e redito e continuas a marrar com Weimar e outros strawmans que não tem nada a ver com o caso(s) em apreço. Japão e USA.

Tu és um caso típico daqueles que só falam para os que os já acreditam neles.
Qualquer coisa que caia fora do penico é para ignorar.

o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.
o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.
o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.
o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.
o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.
o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.
o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.
o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.
o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.
o aumento da massa monetária não leva a inflação, no contexto de uma armadilha de liquidez.

Importas-te de recentrar a coisa nisto em vez de nos querees afogar em gráficos?

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-18 17:12:54
Citação de: hermes
Visitante, o primeiro gráfico é a derivada [i.e. a taxa de crescimento do MZM], pelo que se segue o mesmo gráfico para os valores absolutos do M0 [que até é mais pequeno que o MZM], não vá haver outros leitores além de ti que sejam presas fáceis de sofismas baratos.

O gráfico pretende mostrar apenas que não há uma relação de proporcionalidade directa entre base monetária e o suprimento de dinheiro MZM. Julgo que a melhor forma de o fazer é comparar as taxas de variação dos dois indicadores e não os valores absolutos. Daqui tira-se a conclusão que o aumento da base monetária não se reflecte de forma directamente proporcional no aumento do suprimento de dinheiro. Mas julqo que aqui até há consenso, por isso não há razões para diabolizar o gráfico e considerá-lo um argumento capcioso.

Recentrando a discussão, o que importa para o investidor, muito para além das guerras de argumentos académicos, capciosos ou não, é saber se os estímulos à economia feitos pelos bancos centrais em períodos de recessão económica produzem inexoravelmente inflação.

Hermes, todos os gráficos que mostras, de que deverias indicar as fontes, não provam que os estímulos a economias deprimidas provocam inflação. O que mostram é que em determinados períodos, provavelmente períodos de guerra, convulsões políticas, ou choques económicos ou cambiais, o suprimento de dinheiro acompanha o aumento da inflação.


Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Vanilla-Swap em 2013-02-18 17:18:58
Estive a ver os gráficos, como está o rand da áfrica do sul, um país que sobreviveu a várias crises, hermes porque não houve hiperinflação na áfrica do sul?
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-18 17:19:37
Citação de: hermes
Visitante, o primeiro gráfico é a derivada [i.e. a taxa de crescimento do MZM], pelo que se segue o mesmo gráfico para os valores absolutos do M0 [que até é mais pequeno que o MZM], não vá haver outros leitores além de ti que sejam presas fáceis de sofismas baratos.

O gráfico pretende mostrar apenas que não há uma relação de proporcionalidade directa entre base monetária e o suprimento de dinheiro MZM. Julgo que a melhor forma de o fazer é comparar as taxas de variação dos dois indicadores e não os valores absolutos. Daqui tira-se a conclusão que o aumento da base monetária não se reflecte de forma directamente proporcional no aumento do suprimento de dinheiro. Mas julqo que aqui até há consenso, por isso não há razões para diabolizar o gráfico e considerá-lo um argumento capcioso.

Recentrando a discussão, o que importa para o investidor, muito para além das guerras de argumentos académicos, capciosos ou não, é saber se os estímulos à economia feitos pelos bancos centrais em períodos de recessão económica produzem inexoravelmente inflação.

Hermes, todos os gráficos que mostras, de que deverias indicar as fontes, não provam que os estímulos a economias deprimidas provocam inflação. O que mostram é que em determinados períodos, provavelmente períodos de guerra, convulsões políticas, ou choques económicos ou cambiais, o suprimento de dinheiro acompanha o aumento da inflação.

Os dois últimos dizem respeito à situação normal...
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-18 17:25:59
Estive a ver os gráficos, como está o rand da áfrica do sul, um país que sobreviveu a várias crises, hermes porque não houve hiperinflação na áfrica do sul?


Não estou ao corrente da África do Sul, mas podes consultar muita informação aqui: http://www.tradingeconomics.com/south-africa/indicators (http://www.tradingeconomics.com/south-africa/indicators)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-18 19:47:04
Citação de: hermes
Os dois últimos dizem respeito à situação normal...


No livro  "Monetary Theory and Policy (http://www.amazon.com/Monetary-Theory-Policy-Carl-Walsh/dp/0262013770/ref=la_B000APURP8_1_1?ie=UTF8&qid=1361212291&sr=1-1#reader_0262013770)" de Carl E. Walsh, 2010, pags. 9-11, é dito que há uma forte correlação de longo prazo (aprox. 1:1) entre taxa de crescimento de dinheiro e inflação, sendo esta correlação usada como suporte de um dos princípios básicos da 'quantity theory of money': uma variação na taxa de crescimento do dinheiro implica variação igual na taxa de inflação.

No entanto, é dito que esta correlação não tem qualquer nexo de causalidade, pois o aumento da inflação pode dever-se a causas diversas, e o aumento do suprimento de dinheiro ser uma consequência do ajustamento permitido pelos bancos centrais.

É dito ainda que o elevado grau de correlação dinheiro-inflação só é válido se forem filtradas as variações dos suprimentos de dinheiro de curto-prazo. Se a volatilidade de curto prazo for considerada na análise das séries de dados o grau de correlação baixa significativamente.

Por isso voltamos à estaca zero. Não está provada a causalidade entre suprimento de dinheiro e inflação.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-02-18 20:18:48
Que existe uma relação, é uma coisa óbvia.
 
Qual a natureza e aspecto da relação é que pode estar em dúvida. Muito provavelmente é uma coisa não-linear, pois as pessoas no seu dia a dia não estão a considerar quanto dinheiro existe e se é mais ou menos do que no dia anterior, mas se existir um mar de dinheiro produzido ao longo do tempo, mesmo sem as pessoas saberem exactamente quanto é e como passou a existir, ele acabará por ter efeito. Depois, se se torna óbvio que toda a gente anda com magotes de dinheiro, o seu valor implode rapidamente.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-18 23:05:10
É curioso que a ordenada na origem deste gráfico não é zero.
(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7317;image)

Segundo esse modelo linear, taxas de crescimento de moeda até cerca de 7,5% não produzem inflação.

Depois olhando ainda para o modelo, e atendendo à definição de hiperinflação apresentada no livro "The Hyperinflation Survival Guide" já aqui citado pelo Hermes, 50% de subida mensal dos preços!, resultaria da extrapolação dessa relação linear grosso modo num crescimento de moeda da mesma ordem de grandeza, i.e. acima de 12 000% de taxa anual composta.

De qualquer forma não é lícito fazer esta extrapolação, teremos que nos cingir à gama de taxas estudadas. E aqui os resultados só terão relevância para taxas de variação até aos 50%, com boa vontade, pois a grande densidade de pontos está até aos 20% de variação. Além disso os desvios deveriam estar indicados no gráfico, pois parecem-me elevados.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: aos_pouquinhos em 2013-02-18 23:42:05
Citação do texto:
A Armadilha da Liquidez
como a (in)segurança privada se transforma em insegurança pública
José Maria Castro Caldas


"Tal como na esfera política, também nas empresas e nas organizações pós-panópticas a liquidez está a dissolver os fundamentos da acção colectiva.
Mesmo no domínio das relações contratuais, na 'esfera' por excelência da liquidez, há alarmes a soar. Na medida em que todos os contratos são incompletos, embora em grau variável, a viabilidade dos laços contratuais dependem sempre do elemento não contratual que eles necessariamente envolvem - a obrigação normativa de respeitar os compromissos ou as promessas.
O fundamento da obrigação normativa, como é sabido, tanto pode ser a prudência como a honestidade. O problema é que a liquidez não parece ser o caldo de cultura apropriado para qualquer uma destas virtudes. Enquanto a prudência pressupõe um contexto relacional estável e continuado, a honestidade envolve necessariamente a expectativa de reciprocidade. O contexto de liquidez, por definição, é o mundo efémero e da incerteza normativa.
A dificuldade da acção colectiva e das relações contratuais são duas instâncias mais da armadilha da liquidez. Somadas à de Keynes, todas são ajustes de contas da liquidez com a esfera relacional que lhes deu origem."


Interessante este trecho, no sentido intrínseco de qualquer relação social.
Sem honestidade e confiança, qualquer coisa como a que está a ser feita, estará condenada à destruição das relações, demorem elas anos ou décadas.
O movimento experimentalista da "preferência pela liquidez (no sentido inflactivo do sistema)" por parte de agentes como FED's e Bancos Centrais provocara o não verdadeira correlação que haveria de existir com a sociedade como um todo e o desequilíbrio provocado ocorrerá num qualquer espaço de tempo.

A excepção (ainda inicial) neste movimento chama-se euro, por muito que isso custe aos armadilhadores da liquidez.
A "Fedarização" do mundo não é a solução deste sistema, antes pelo contrário, é a liquidação da simples e tão básica causa nobre das relações económicas e sociais......a confiança.

Cumprimentos


Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-02-19 00:24:33
pouquinhos, acreditas que não percebi a ponta de um corno do que está no post?

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Automek em 2013-02-19 01:39:46
Visitante, sabes qual o desfasamento temporal da inflação que é usado no gráfico ?
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-02-19 11:37:27
Visitante, sabes qual o desfasamento temporal da inflação que é usado no gráfico ?


Não sei. Aliás, julgo que não se sabe se é o crescimento de moeda que leva a inflação ou se é o contrário. Esses gráficos são discutidos em "Some Monetary Facts (http://www.minneapolisfed.org/research/qr/qr1931.pdf)". Como o título diz são factos, mas os factos não provam a relação de causalidade entre as duas variáveis.
Faz-me lembrar a história em que são retiradas as patas a uma formiga e depois é-lhe dito para andar. Como a formiga não anda, o observador conclui que a formiga sem patas não ouve!
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-02-19 13:31:25
Não sei. Aliás, julgo que não se sabe se é o crescimento de moeda que leva a inflação ou se é o contrário. Esses gráficos são discutidos em "Some Monetary Facts ([url]http://www.minneapolisfed.org/research/qr/qr1931.pdf[/url])". Como o título diz são factos, mas os factos não provam a relação de causalidade entre as duas variáveis.

Se o Banco Central imprimir uma montanha de dinheiro para dar apenas ao teu vizinho ele passa a ter direito a uma fatia maior da tarte da economia, consequentemente tu e o resto dos outros vizinhos passam a ter direito a uma fatia menor, pois a soma tem de ser 100%. Assim sendo qual é a atitude racional a tomar?

Pista 1: Os que gastam primeiro, gastam melhor [pois os preços são estabelecidos na margem].
Pista 2: Aqui não se aplica o dilema do prisioneiro (http://en.wikipedia.org/wiki/Prisoner%27s_dilemma), pois quem confessa depois, paga as favas.

Logo, qual é a conclusão a retirar?

Faz-me lembrar a história em que são retiradas as patas a uma formiga e depois é-lhe dito para andar. Como a formiga não anda, o observador conclui que a formiga sem patas não ouve!

De vez em quando ainda consegues pensar logicamente. Nada mal! Tal e qual a conclusão a retirar de quando se diz a uma formiga com patas para parar.  :D
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: aos_pouquinhos em 2013-02-19 22:12:11
pouquinhos, acreditas que não percebi a ponta de um corno do que está no post?

L

Cerca de 70 anos para provar a teoria, na ultima tentativa de a perpetuar.

A confiança não se compra.

Cumprimentos
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-02-25 17:53:02
Japan likely to nominate ADB's Kuroda as BOJ head
TOKYO | Sun Feb 24, 2013 6:32pm EST
(Reuters) - Japan's government is likely to nominate Asian Development Bank President Haruhiko Kuroda, an advocate of aggressive monetary easing, as its next central bank governor, sources told Reuters on Monday.

Prime Minister Shinzo Abe is also seen filling one of two deputy governor posts with Kikuo Iwata, an academic critical of Bank of Japan policy and an advocate of unorthodox monetary easing steps, the Nikkei newspaper reported.

The yen sank 1.4 percent in early trade to 94.67 against the dollar on expectations the reported nominees will steer the central bank toward bolder monetary stimulus measures.

"Kuroda's nomination won't change the course that has been dictated by Abe in recent months - that is aggressive monetary policy, but perhaps thanks to the inclusion of Iwata the market will expect more eye-catching bold easing measures," said Masamichi Adachi, senior economist at JPMorgan Securities in Tokyo.

The government will submit its nominations for the governor and two deputy governor posts to parliament this week. The incumbents leave on March 19.

Kuroda, 68, has been considered a strong candidate to replace current BOJ Governor Masaaki Shirakawa because of his extensive experience in international policy and his calls for more aggressive monetary easing that matched the views of Abe.

The choice of Kuroda, who has long criticized the BOJ as too slow in expanding stimulus, will likely nudge the central bank into more aggressive, unorthodox measures to achieve its new 2 percent inflation target set in January.

As Japan's top financial diplomat from 1999 to 2003, Kuroda aggressively intervened in the exchange-rate market to weaken the yen to support the country's export-reliant economy.

Iwata, one of the most vocal advocates of aggressive monetary expansion, is likely to be nominated as deputy BOJ governor, the Nikkei said on Monday without citing sources.

The other deputy governor post will probably be filled by a central banker, most likely BOJ Executive Director Hiroshi Nakaso, who now oversees the central bank's international operations, the paper said.

POLITICAL MANOEUVRING

Still, it remains uncertain whether Kuroda will get the job.

Abe must go through political maneuvering to close the deal, as the nomination must be approved by both houses of parliament including the upper house, where his ruling coalition lacks a majority.

The government hopes to garner support from either the main opposition Democratic Party of Japan (DPJ) or a group of smaller parties to pass the nomination.

Kuroda has also called on the central bank to achieve 2 percent inflation in two years by pumping money into the economy through unorthodox steps, such as expanding government bond purchases and buying shares.

If Kuroda were to be chosen as next BOJ governor, he would be cutting short his term as head of the ADB, which could weaken Japan's standing as the country that traditionally provides the head of an organization established in 1966.

Abe, who won a resounding election victory in December promising to finally rid Japan of nearly 20 years of deflation, has said he wants to choose a new BOJ governor keener to experiment with radical steps to revive the economy than the conventional-minded Shirakawa.

He has also stressed the need for the new governor to have international contacts, suggesting he prefers someone with experience in financial diplomacy like Kuroda who, as president of the 67-member ADB rubs shoulders with policymakers around the world.

The finance ministry, which wields a great deal of influence over monetary policy, lobbied for former financial bureaucrat Toshiro Muto, but was likely turned down by Abe and his aides who saw him as lacking international contacts and less willing to experiment with untried monetary easing steps.

Abe has the power to choose the government's nominee for BOJ governor, although the premier usually respects the views of the finance minister and the ministry's bureaucrats because they work closely with the central bank in economic policymaking.

reuters (http://www.reuters.com/article/2013/02/24/us-japan-economy-boj-nikkei-idUSBRE91N0DD20130224)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-04-22 10:48:01
Martin Wolf: How central banks beat deflation

The success of inflation targeting gives policy makers room to risk expansionary measures. Why are the high-income countries not mired in deflation? This is the puzzle today, not the absence of the hyperinflation that hysterics have wrongly expected.
link para o artigo (https://www.google.pt/search?q=martin+wolf+deflationaltri&ie=utf-8&oe=utf-8&aq=t&rls=org.mozilla:en-US:official&client=firefox-a#hl=pt-PT&gs_rn=9&gs_ri=psy-ab&pq=martin%20wolf%20deflationaltri&cp=21&gs_id=1s&xhr=t&q=martin+wolf+deflation&es_nrs=true&pf=p&client=firefox-a&hs=qSE&rls=org.mozilla:en-US%3Aofficial&sclient=psy-ab&oq=martin+wolf+deflation&gs_l=&pbx=1&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.45512109,d.ZGU&fp=b0948c43a15cbc30&biw=1143&bih=653&bs=1)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-22 12:11:59
eia...
krugmanism going mainstream?
artigo no ft e tudo

o link para o artigo (http://www.ft.com/intl/cms/s/0/15d1efc6-a4f2-11e2-a94c-00144feabdc0.html#axzz2RBnMBXo1)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-22 12:42:17
No sistema monetário fiduciário [actual]. Não há restrições físicas à quantidade de moeda que pode ser criada. Além disso há a vontade unânime dos governantes e da maioria dos governados para políticas de moeda fácil, pois dura já é a vida.

Com esta dinâmica, a única supresa é as pessoas ficarem tão surpreendidas por a deflação ser tão rara. :D
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-22 13:30:18
No sistema monetário fiduciário [actual]. Não há restrições físicas à quantidade de moeda que pode ser criada. Além disso há a vontade unânime dos governantes e da maioria dos governados para políticas de moeda fácil, pois dura já é a vida.

Com esta dinâmica, a única supresa é as pessoas ficarem tão surpreendidas por a deflação ser tão rara. :D

ah se eu conseguisse perceber onde queres chegar.
essa forma de escrever não te dá valor nenhum, sabes?
o facto de seres incompreensível não te torna relevante, a não ser para tolinhos.
escreve lá de forma a que as pessoas te entendam.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-22 13:39:38
No sistema monetário fiduciário [actual]. Não há restrições físicas à quantidade de moeda que pode ser criada. Além disso há a vontade unânime dos governantes e da maioria dos governados para políticas de moeda fácil, pois dura já é a vida.

Com esta dinâmica, a única supresa é as pessoas ficarem tão surpreendidas por a deflação ser tão rara. :D


ah se eu conseguisse perceber onde queres chegar.
essa forma de escrever não te dá valor nenhum, sabes?
o facto de seres incompreensível não te torna relevante, a não ser para tolinhos.
escreve lá de forma a que as pessoas te entendam.

L


Certamente que não é por falta de explicação da minha parte... Mas para te ajudar segue uma lista relativamente exaustiva onde isso já foi discutido:

site:www.thinkfn.com "aforradores" "devedores" (http://www.google.com/search?hl=xx-bork&source=hp&q=site%3Awww.thinkfn.com+%22aforradores%22+%22devedores%22&btnG=Google+Search&gbv=1&num=100)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-04-22 14:02:13
hermes,

As políticas expansionistas dos bancos centrais são um remédio a usar em casos como o que vivemos actualmente, não se defende o seu uso sem haver "doença", pondo em causa o esforço dos aforradores.

A questão é: perante o problema actual na Europa que remédio usar? Políticas monetaristas ou keynesianas? Ambas são remédios, e devem ser assim entendidas. Pessoalmente penso que as políticas keynesianas têm  menores efeitos colaterais. É preciso ter presente que ambas têm efeitos indesejáveis.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-22 15:02:47
hermes,

As políticas expansionistas dos bancos centrais são um remédio a usar em casos como o que vivemos actualmente, não se defende o seu uso sem haver "doença", pondo em causa o esforço dos aforradores.

A questão é: perante o problema actual na Europa que remédio usar? Políticas monetaristas ou keynesianas? Ambas são remédios, e devem ser assim entendidas. Pessoalmente penso que as políticas keynesianas têm  menores efeitos colaterais. É preciso ter presente que ambas têm efeitos indesejáveis.

Visitante, eu não estou nem vou perder tempo a discutir o que é que os políticos ou banqueiros centrais devem fazer ou o que é "justo" [a razão é muito simples: tal discussão não vai mudar nada].

Limito-me a prever [e a observar na fila da frente com as minhas pipocas] o que os diversos agentes [Banqueiro Centeral, políticos, devedores, aforradores e intermediários] farão para defender os seus interesses e a dizer aos aforradores o que estes podem fazer para não serem celindrados por todos os outros agentes [caso estes manifestem interesse em deixarem de ser pagadores da conta de último recurso].
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-04-22 15:33:38
hermes,

As políticas expansionistas dos bancos centrais são um remédio a usar em casos como o que vivemos actualmente, não se defende o seu uso sem haver "doença", pondo em causa o esforço dos aforradores.

A questão é: perante o problema actual na Europa que remédio usar? Políticas monetaristas ou keynesianas? Ambas são remédios, e devem ser assim entendidas. Pessoalmente penso que as políticas keynesianas têm  menores efeitos colaterais. É preciso ter presente que ambas têm efeitos indesejáveis.

Os aforradores são parte da "doença". Isto porque durante algum tempo é suposto quem consumiu em excesso do que produziu produzir em excesso do que consumiu, e vice-versa. Os aforradores são quem consumiu menos do que produziu. Chegados a este ponto a crise força a produção desses a cair (face ao seu consumo), e a produção de quem consumiu em excesso a subir (face ao seu consumo).
 
As medidas paliativas que visam impedir essa correcção tendem a não funcionar precisamente porque não permitem essa troca de ocorrer, já que são desenhadas para manter quem está a produzir em excesso a produzir, e quem está a consumir em excesso, a consumir. Só por sorte é que funcionam ... obviamente sem medidas a correcção é penosa embora inevitável e garantida.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-22 15:42:47
hermes,

As políticas expansionistas dos bancos centrais são um remédio a usar em casos como o que vivemos actualmente, não se defende o seu uso sem haver "doença", pondo em causa o esforço dos aforradores.

A questão é: perante o problema actual na Europa que remédio usar? Políticas monetaristas ou keynesianas? Ambas são remédios, e devem ser assim entendidas. Pessoalmente penso que as políticas keynesianas têm  menores efeitos colaterais. É preciso ter presente que ambas têm efeitos indesejáveis.

Os aforradores são parte da "doença".

Nem mais! E estes só são expoliados das suas poupanças por ignorância ou masoquismo. Mais ainda, os aforradores são a charneira que segura as rodas do sistema.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-22 16:08:22
vcs continuam a viver no vosso mundo à parte, não é?
a realidade é irrelevante.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-04-22 16:13:47
QUal mundo à parte? Aquilo que disse é a realidade - e o principal problema dos modelos económicos actuais é o não levarem em conta quem consome, quem produz e os desequilíbrios que se podem produzir. Não é indiferente que a produção e consumo variem em alguém (ou num grupo) que consome mais do que produz, o que façam o MESMO num grupo que produz mais do que consome. É esse o grande insight. Agora sistematizar isto tudo não é fácil.
 
 
 
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-22 16:21:31
hermes,

As políticas expansionistas dos bancos centrais são um remédio a usar em casos como o que vivemos actualmente, não se defende o seu uso sem haver "doença", pondo em causa o esforço dos aforradores.

A questão é: perante o problema actual na Europa que remédio usar? Políticas monetaristas ou keynesianas? Ambas são remédios, e devem ser assim entendidas. Pessoalmente penso que as políticas keynesianas têm  menores efeitos colaterais. É preciso ter presente que ambas têm efeitos indesejáveis.

Os aforradores são parte da "doença". Isto porque durante algum tempo é suposto quem consumiu em excesso do que produziu produzir em excesso do que consumiu, e vice-versa. Os aforradores são quem consumiu menos do que produziu. Chegados a este ponto a crise força a produção desses a cair (face ao seu consumo), e a produção de quem consumiu em excesso a subir (face ao seu consumo).
 
As medidas paliativas que visam impedir essa correcção tendem a não funcionar precisamente porque não permitem essa troca de ocorrer, já que são desenhadas para manter quem está a produzir em excesso a produzir, e quem está a consumir em excesso, a consumir. Só por sorte é que funcionam ... obviamente sem medidas a correcção é penosa embora inevitável e garantida.

continuas a insistir que existe crise do lado da oferta. que os 'produtores' continuam a produzir demais.
a crise é de procura. a capacidade instalada é a mesma que existia há 4 anos. a procura pela produto dessa capacidade instalada é que desapareceu.
as empresas e os consumidores passaram a poupar em vez de investir/consumir.
a única coisa que se pretende com a acomodação monetária é manter a base monetária para afastar a deflação. eventualmente aumentá-la e aceitar um bocadito de inflação.
de forma a estimular o investimento das empresas e o consumo dos consumidores e a ultrapassar-se uma crise que poderia nunca ter existido, se não se tivesse permitido a criminosos que se chamam a si próprios banqueiros, terem feito o que bem lhes apeteceu.

se a prosperidade voltar e durar mais vinte anos, vcs andarão 20 anos a anunciar o fim do mundo.
o que vale é que eu espero cá estar para me ir rindo.
L


Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-04-22 16:52:33
O problema é de ambos os lados, falta produção de quem consumiu em excesso e consumo de quem produziu em excesso. Pensa em como funciona a sociedade.
 
Os reequilíbrios são difíceis, até porque muitos dos que produzem em excesso provavelmente têm inclinação psicológica ou cultural para o fazerem, para ser aforradores, e simultaneamente muitos dos que consomem em excesso fazem-no por manifesta incapacidade de fazerem diferente (embora igualmente possam existir componentes culturais).
 
Em todo o caso o que é preciso reter é que os modelos económicos não levam isto em conta, tratam a procura e oferta de forma indiferenciada e isso não lhes permite ver inteiramente a natureza desta crise.
 
Pensa numa sociedade apenas com 2 pessoas, uma faz batatas e a outra consome-as a crédito. QUando apertam o crédito à segunda, o consumo desta de batatas implode e a clientela para a primeira tb implode. Obviamente há aqui um problema de procura para quem faz batatas, mas subsidiar o consumidor das ditas não é uma solução - a solução duradoura é ele desatar a produzir qualquer coisa que quem faz batatas queira.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-22 17:00:39
O problema é de ambos os lados, falta produção de quem consumiu em excesso e consumo de quem produziu em excesso. Pensa em como funciona a sociedade.

eh pá, pensa lá tu! há limites para o consumo. os 'produtores' estão limitados. não podem almoçar 20 vezes e jantar 40 vezes. podem ter tantos carros como quiserem mas a maior parte não são colecionadores logo não têm. podem ter muitas casas mas normalmente têm duas ou três - a família real inglesa deve ter umas 8. e por aí fora. por mais excêntrico gastador que alguém seja, o dia só tem 24 horas para torrar dinheiro.
o 1% do topo da pirâmide está limitadíssimo na sua capacidade de aumento de consumo. primeiro porque porque são poucos, segundo porque não conseguem consumir mais. físicamente é impossível.
por isso não se chama consumidores a essa classe.

os consumidores são os que tendo as mesmas limitações físicas do top 1%, estão limitados economicamente. mas o seu número compensa largamente.

L

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-04-22 17:05:00
O problema é de ambos os lados, falta produção de quem consumiu em excesso e consumo de quem produziu em excesso. Pensa em como funciona a sociedade.

eh pá, pensa lá tu! há limites para o consumo. os 'produtores' estão limitados. não podem almoçar 20 vezes e jantar 40 vezes. podem ter tantos carros como quiserem mas a maior parte não são colecionadores logo não têm. podem ter muitas casas mas normalmente têm duas ou três - a família real inglesa deve ter umas 8. e por aí fora. por mais excêntrico gastador que alguém seja, o dia só tem 24 horas para torrar dinheiro.
o 1% do topo da pirâmide está limitadíssimo na sua capacidade de aumento de consumo. primeiro porque porque são poucos, segundo porque não conseguem consumir mais. físicamente é impossível.
por isso não se chama consumidores a essa classe.

os consumidores são os que tendo as mesmas limitações físicas do top 1%, estão limitados economicamente. mas o seu número compensa largamente.

L

Sim, também por isso os preços se podem tornar absurdos naquilo que se lhes vende. E de resto existe uma boa dose de redistribuição a ocorrer em qq momento, via impostos.
 
E depois, sendo Portugal um pequeno país num contexto muito maior, podemos sempre vender esmagadoramente para fora - essa limitação também não nos afecta grandemente.
 
Outra coisa importante, desde que se tenha um superávit com o exterior, os salários internos podem ser muito mais elevados (até eliminarem o superávit). Não existindo superávit, têm que cair (como ocorreu). Isto é uma coisa interessante pois não é inteiramente linear. Tem mais implicações - por exemplo quanto maior a propensão a consumir nacional, maiores os salários internos podem ser.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-22 17:15:58
e depois a história dos 'indíviduos' é completamente falaciosa disparatada.
do lado dos produtores não estão indíviduos. estão empresas. os indíviduos ricos detêm participações em empresas ou vivem de rendimentos ou as duas coisas. não produzem. o seu capital (se for aplicado produtivamente) é que faz parte dos factores de produção do qual é apenas uma parte.

já os cosnumidores são muito melhor retratados como indíviduos. mas na realidade tb é uma concepção errónea. são famílias e empresas que consomem.

etc etc etc

possa, isto é muito abaixo de econ 101

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-04-22 17:26:03
Indivíduos, grupos, é pouco importante - a característica importante é o equilíbrio entre produção e consumo, até se pode falar de países inteiros que aquilo se continua a verificar. Aquilo que vês acontecer a Portugal é o processo de reequilíbrio entre o que Portugal no agregado consome e produz ... o mesmo reequilíbrio dá-se, inevitavelmente, desde o indivíduo até grupos mais alargados.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-22 18:13:03
eh pá, pensa lá tu! há limites para o consumo. os 'produtores' estão limitados. não podem almoçar 20 vezes e jantar 40 vezes. podem ter tantos carros como quiserem mas a maior parte não são colecionadores logo não têm. podem ter muitas casas mas normalmente têm duas ou três - a família real inglesa deve ter umas 8. e por aí fora. por mais excêntrico gastador que alguém seja, o dia só tem 24 horas para torrar dinheiro.
o 1% do topo da pirâmide está limitadíssimo na sua capacidade de aumento de consumo. primeiro porque porque são poucos, segundo porque não conseguem consumir mais. físicamente é impossível.
por isso não se chama consumidores a essa classe.

Que pensamento de anão.

Os gigantes têm consumos gigantes. Olha, vê por exemplo a quantidade de castelos necessários para o nível de vida dos Rothschild (http://en.wikipedia.org/wiki/Rothschild_family).

Mas ainda assim, os gigantes estão limitados no consumo, principalmente quando as outras pessoas acham que estes já estão a consumir demasiado, por exemplo já têm muitos castelos e palácios e por isso são alvo de atenções indesejadas e inveja...

Além disso, os gigantes têm um problema de utilidade marginal até nos investimentos. Investir é também compor o problema de onde gastar / investir os lucros que já se tem... principalmente quando já esgotaram os investimentos ao seu alcance e ao alcance do seu discernimento com retorno positivo.

Quando se atinge este patamar, só resta aos gigantes poupar. Se pensares como um gigante, vais desejar um meio de poupança discreto [e descreto] e que tenha passado o teste do tempo na sua capacidade de conter e enviar o poder de compra para o futuro a fim que os teus descendentes possam dele fruir.

Naturalmente que tal forma de poupança não está limitada aos gigantes. Qq aforrador pode seguir as passadas dos gigantes!
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-22 21:32:01
eh pá, pensa lá tu! há limites para o consumo. os 'produtores' estão limitados. não podem almoçar 20 vezes e jantar 40 vezes. podem ter tantos carros como quiserem mas a maior parte não são colecionadores logo não têm. podem ter muitas casas mas normalmente têm duas ou três - a família real inglesa deve ter umas 8. e por aí fora. por mais excêntrico gastador que alguém seja, o dia só tem 24 horas para torrar dinheiro.
o 1% do topo da pirâmide está limitadíssimo na sua capacidade de aumento de consumo. primeiro porque porque são poucos, segundo porque não conseguem consumir mais. físicamente é impossível.
por isso não se chama consumidores a essa classe.

Que pensamento de anão.

Os gigantes têm consumos gigantes. Olha, vê por exemplo a quantidade de castelos necessários para o nível de vida dos Rothschild ([url]http://en.wikipedia.org/wiki/Rothschild_family[/url]).

Mas ainda assim, os gigantes estão limitados no consumo, principalmente quando as outras pessoas acham que estes já estão a consumir demasiado, por exemplo já têm muitos castelos e palácios e por isso são alvo de atenções indesejadas e inveja...

Além disso, os gigantes têm um problema de utilidade marginal até nos investimentos. Investir é também compor o problema de onde gastar / investir os lucros que já se tem... principalmente quando já esgotaram os investimentos ao seu alcance e ao alcance do seu discernimento com retorno positivo.

Quando se atinge este patamar, só resta aos gigantes poupar. Se pensares como um gigante, vais desejar um meio de poupança discreto [e descreto] e que tenha passado o teste do tempo na sua capacidade de conter e enviar o poder de compra para o futuro a fim que os teus descendentes possam dele fruir.

Naturalmente que tal forma de poupança não está limitada aos gigantes. Qq aforrador pode seguir as passadas dos gigantes!


o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-04-22 21:34:15
eh pá, pensa lá tu! há limites para o consumo. os 'produtores' estão limitados. não podem almoçar 20 vezes e jantar 40 vezes. podem ter tantos carros como quiserem mas a maior parte não são colecionadores logo não têm. podem ter muitas casas mas normalmente têm duas ou três - a família real inglesa deve ter umas 8. e por aí fora. por mais excêntrico gastador que alguém seja, o dia só tem 24 horas para torrar dinheiro.
o 1% do topo da pirâmide está limitadíssimo na sua capacidade de aumento de consumo. primeiro porque porque são poucos, segundo porque não conseguem consumir mais. físicamente é impossível.
por isso não se chama consumidores a essa classe.

Que pensamento de anão.

Os gigantes têm consumos gigantes. Olha, vê por exemplo a quantidade de castelos necessários para o nível de vida dos Rothschild ([url]http://en.wikipedia.org/wiki/Rothschild_family[/url]).

Mas ainda assim, os gigantes estão limitados no consumo, principalmente quando as outras pessoas acham que estes já estão a consumir demasiado, por exemplo já têm muitos castelos e palácios e por isso são alvo de atenções indesejadas e inveja...

Além disso, os gigantes têm um problema de utilidade marginal até nos investimentos. Investir é também compor o problema de onde gastar / investir os lucros que já se tem... principalmente quando já esgotaram os investimentos ao seu alcance e ao alcance do seu discernimento com retorno positivo.

Quando se atinge este patamar, só resta aos gigantes poupar. Se pensares como um gigante, vais desejar um meio de poupança discreto [e descreto] e que tenha passado o teste do tempo na sua capacidade de conter e enviar o poder de compra para o futuro a fim que os teus descendentes possam dele fruir.

Naturalmente que tal forma de poupança não está limitada aos gigantes. Qq aforrador pode seguir as passadas dos gigantes!


o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

L

 
Existem muitas formas de consumir - muitos irão constituir uma espécie de corte em sua volta que com azar até os leva à falência. Depois se não forem os próprios, pode ser a prole seguinte e por aí adiante.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-04-22 23:04:25
Citação de: Incognitus
As medidas paliativas que visam impedir essa correcção tendem a não funcionar precisamente porque não permitem essa troca de ocorrer, já que são desenhadas para manter quem está a produzir em excesso a produzir, e quem está a consumir em excesso, a consumir.

A solução correcta não pode ser transformar cigarras em formigas e formigas em cigarras. As formigas nunca irão cantar e as cigarras nunca irão aforrar. O consumismo e o aforro está no ADN dos individuos! É possível conter os consumistas por estrangulamento, aplicando-lhes doses elevadas de austeridade, mas é muito mais difícil pôr os aforradores a consumir. O aforrador ao ver o estrangulamento dos consumistas tende a aforrar ainda mais...
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-04-22 23:38:32
Citação de: Incognitus
As medidas paliativas que visam impedir essa correcção tendem a não funcionar precisamente porque não permitem essa troca de ocorrer, já que são desenhadas para manter quem está a produzir em excesso a produzir, e quem está a consumir em excesso, a consumir.

A solução correcta não pode ser transformar cigarras em formigas e formigas em cigarras. As formigas nunca irão cantar e as cigarras nunca irão aforrar. O consumismo e o aforro está no ADN dos individuos! É possível conter os consumistas por estrangulamento, aplicando-lhes doses elevadas de austeridade, mas é muito mais difícil pôr os aforradores a consumir. O aforrador ao ver o estrangulamento dos consumistas tende a aforrar ainda mais...

É verdade que isso se pode tornar difícil. Felizmente no contexto de um país pequeo não é um problema, pois existe um mar de potenciais consumidores externos.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-23 10:08:25
o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

L

Que pensamento de anão.

Garanto-te que os Rothschild não só não comem mais ou menos o mesmo que os outros, como ainda comem 100 ou mais vezes mais caro. Mais ainda, comem em sítios requintados e confeccionado por cozinheiros de renome. Diz-me lá se ainda achas que o palato de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Lá por os Rothschild não vestirem 100 casacos ao mesmo tempo, os que vestem não só não vão comprar na Zara, mas sim em costureiros de renome e produtos exclusivos, como ainda os vestem menos vezes. Além disso, não se ficam por uns casacos. São necessários outros ornamentos: jóias, perfumes, tratamentos de beleza, etc. Diz-me lá se ainda achas que a vaidade de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Além disso, como o Incógnitus diz. Os gigantes movem à sua volta uma corte que é necessário impressionar. Seja com obras de arte por todo o palácio, seja uma orquestra a tocar para os convidados [ou achas que um rádio impressionaria os convidados?], seja todo o tipo de mecenato. Diz-me lá se ainda achas que a ostentação de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Não sei qual é a ordem de magnitude da actividade económica que tu geras, mas garanto-te que os Rothschild geram uma actividade económica muitas ordens de grandeza acima da minha.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 10:47:46
o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

L

Que pensamento de anão.

Garanto-te que os Rothschild não só não comem mais ou menos o mesmo que os outros, como ainda comem 100 ou mais vezes mais caro. Mais ainda, comem em sítios requintados e confeccionado por cozinheiros de renome. Diz-me lá se ainda achas que o palato de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Lá por os Rothschild não vestirem 100 casacos ao mesmo tempo, os que vestem não só não vão comprar na Zara, mas sim em costureiros de renome e produtos exclusivos, como ainda os vestem menos vezes. Além disso, não se ficam por uns casacos. São necessários outros ornamentos: jóias, perfumes, tratamentos de beleza, etc. Diz-me lá se ainda achas que a vaidade de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Além disso, como o Incógnitus diz. Os gigantes movem à sua volta uma corte que é necessário impressionar. Seja com obras de arte por todo o palácio, seja uma orquestra a tocar para os convidados [ou achas que um rádio impressionaria os convidados?], seja todo o tipo de mecenato. Diz-me lá se ainda achas que a ostentação de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Não sei qual é a ordem de magnitude da actividade económica que tu geras, mas garanto-te que os Rothschild geram uma actividade económica muitas ordens de grandeza acima da minha.

ainda não compreendeste ó gigantesco.
eu não disse que eles geram pouca actividade económica, ó descomunal.
eu disse que a actividade económica que geram não é proporcional à riqueza e ao rendimento que detêm. são muitas ordens de magnitude acima.
um ananito como eu é gajo para gerar um rácio 1: 1. chapa ganha chapa gasta. uma unidade de rendimento por uma unidade de consumo.
um cíclope como tu descreves é capaz de gerar 1010:1000. gasta 1000 vezes mais do que eu, mas tem um rendimento 10 000 000 000 maior do que o meu.
compreendeste agora ó enormidade?
não te precipites só para me contrariar, porque depois metes os pés pelas mãos.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 10:52:24
já agora, como vai a inflação no país do sol nascente?
hummm...?
gigantesca?

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-23 11:21:07
o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

L

Que pensamento de anão.

Garanto-te que os Rothschild não só não comem mais ou menos o mesmo que os outros, como ainda comem 100 ou mais vezes mais caro. Mais ainda, comem em sítios requintados e confeccionado por cozinheiros de renome. Diz-me lá se ainda achas que o palato de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Lá por os Rothschild não vestirem 100 casacos ao mesmo tempo, os que vestem não só não vão comprar na Zara, mas sim em costureiros de renome e produtos exclusivos, como ainda os vestem menos vezes. Além disso, não se ficam por uns casacos. São necessários outros ornamentos: jóias, perfumes, tratamentos de beleza, etc. Diz-me lá se ainda achas que a vaidade de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Além disso, como o Incógnitus diz. Os gigantes movem à sua volta uma corte que é necessário impressionar. Seja com obras de arte por todo o palácio, seja uma orquestra a tocar para os convidados [ou achas que um rádio impressionaria os convidados?], seja todo o tipo de mecenato. Diz-me lá se ainda achas que a ostentação de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Não sei qual é a ordem de magnitude da actividade económica que tu geras, mas garanto-te que os Rothschild geram uma actividade económica muitas ordens de grandeza acima da minha.

ainda não compreendeste ó gigantesco.
eu não disse que eles geram pouca actividade económica, ó descomunal.
eu disse que a actividade económica que geram não é proporcional à riqueza e ao rendimento que detêm. são muitas ordens de magnitude acima.
um ananito como eu é gajo para gerar um rácio 1: 1. chapa ganha chapa gasta. uma unidade de rendimento por uma unidade de consumo.
um cíclope como tu descreves é capaz de gerar 1010:1000. gasta 1000 vezes mais do que eu, mas tem um rendimento 10 000 000 000 maior do que o meu.
compreendeste agora ó enormidade?
não te precipites só para me contrariar, porque depois metes os pés pelas mãos.

L

Ora vês que afinal até concordas! A menos que tenhas metido os pés pelas mãos.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 11:36:09


Que pensamento de anão.

Garanto-te que os Rothschild não só não comem mais ou menos o mesmo que os outros, como ainda comem 100 ou mais vezes mais caro. Mais ainda, comem em sítios requintados e confeccionado por cozinheiros de renome. Diz-me lá se ainda achas que o palato de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Lá por os Rothschild não vestirem 100 casacos ao mesmo tempo, os que vestem não só não vão comprar na Zara, mas sim em costureiros de renome e produtos exclusivos, como ainda os vestem menos vezes. Além disso, não se ficam por uns casacos. São necessários outros ornamentos: jóias, perfumes, tratamentos de beleza, etc. Diz-me lá se ainda achas que a vaidade de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Além disso, como o Incógnitus diz. Os gigantes movem à sua volta uma corte que é necessário impressionar. Seja com obras de arte por todo o palácio, seja uma orquestra a tocar para os convidados [ou achas que um rádio impressionaria os convidados?], seja todo o tipo de mecenato. Diz-me lá se ainda achas que a ostentação de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Não sei qual é a ordem de magnitude da actividade económica que tu geras, mas garanto-te que os Rothschild geram uma actividade económica muitas ordens de grandeza acima da minha.

ainda não compreendeste ó gigantesco.
eu não disse que eles geram pouca actividade económica, ó descomunal.
eu disse que a actividade económica que geram não é proporcional à riqueza e ao rendimento que detêm. são muitas ordens de magnitude acima.
um ananito como eu é gajo para gerar um rácio 1: 1. chapa ganha chapa gasta. uma unidade de rendimento por uma unidade de consumo.
um cíclope como tu descreves é capaz de gerar 1010:1000. gasta 1000 vezes mais do que eu, mas tem um rendimento 10 000 000 000 maior do que o meu.
compreendeste agora ó enormidade?
não te precipites só para me contrariar, porque depois metes os pés pelas mãos.

L

Ora vês que afinal até concordas! A menos que tenhas metido os pés pelas mãos.

suponho que seja o que eu ando a dizer desde o início:

o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

enquanto tu me apelidavas, meigamente, de anão e discordavas.
agora concordas ó portentoso?

L

PS: vê lá o que escreves. não te esqueças que há muita gente a ler-nos e tu tens um prestígio GIGANTESCO a salvaguardar.
já no que me toca a mim, toda a gente sabe o que a casa gasta...
sofro de nanismo intelectual, não tenho nada, ou muito pouco, a salvaguardar

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-23 11:40:41


Que pensamento de anão.

Garanto-te que os Rothschild não só não comem mais ou menos o mesmo que os outros, como ainda comem 100 ou mais vezes mais caro. Mais ainda, comem em sítios requintados e confeccionado por cozinheiros de renome. Diz-me lá se ainda achas que o palato de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Lá por os Rothschild não vestirem 100 casacos ao mesmo tempo, os que vestem não só não vão comprar na Zara, mas sim em costureiros de renome e produtos exclusivos, como ainda os vestem menos vezes. Além disso, não se ficam por uns casacos. São necessários outros ornamentos: jóias, perfumes, tratamentos de beleza, etc. Diz-me lá se ainda achas que a vaidade de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Além disso, como o Incógnitus diz. Os gigantes movem à sua volta uma corte que é necessário impressionar. Seja com obras de arte por todo o palácio, seja uma orquestra a tocar para os convidados [ou achas que um rádio impressionaria os convidados?], seja todo o tipo de mecenato. Diz-me lá se ainda achas que a ostentação de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Não sei qual é a ordem de magnitude da actividade económica que tu geras, mas garanto-te que os Rothschild geram uma actividade económica muitas ordens de grandeza acima da minha.

ainda não compreendeste ó gigantesco.
eu não disse que eles geram pouca actividade económica, ó descomunal.
eu disse que a actividade económica que geram não é proporcional à riqueza e ao rendimento que detêm. são muitas ordens de magnitude acima.
um ananito como eu é gajo para gerar um rácio 1: 1. chapa ganha chapa gasta. uma unidade de rendimento por uma unidade de consumo.
um cíclope como tu descreves é capaz de gerar 1010:1000. gasta 1000 vezes mais do que eu, mas tem um rendimento 10 000 000 000 maior do que o meu.
compreendeste agora ó enormidade?
não te precipites só para me contrariar, porque depois metes os pés pelas mãos.

L

Ora vês que afinal até concordas! A menos que tenhas metido os pés pelas mãos.

suponho que seja o que eu ando a dizer desde o início:

o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

enquanto tu me apelidavas, meigamente, de anão e discordavas.
agora concordas ó portentoso?

L

PS: vê lá o que escreves. não te esqueças que há muita gente a ler-nos e tu tens um prestígio GIGANTESCO a salvaguardar.
já no que me toca a mim, toda a gente sabe o que a casa gasta...
sofro de nanismo intelectual, não tenho nada, ou muito pouco, a salvaguardar

Corolário: Meteste os pés pelas mãos.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 11:42:02
nope...
 :D
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 11:49:28
já agora faz um esforço para ser um pouco mais criativo na escrita.
tu chamas-me anão, eu chamo-te gigantesco, portentoso e enormidade.

eu sugiro que nãp metas os pés pelas mão só para me contrariar, e tu respondes:

não, não... tu é que meteste.
tipo, quem o diz é quem o é, cala a boca jacaré...

francamente; um pouco mais de verve, um pouco mais de inspiração e originalidade.
está bem portentoso?

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Zenith em 2013-04-23 13:00:03
o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

L

Que pensamento de anão.

Garanto-te que os Rothschild não só não comem mais ou menos o mesmo que os outros, como ainda comem 100 ou mais vezes mais caro. Mais ainda, comem em sítios requintados e confeccionado por cozinheiros de renome. Diz-me lá se ainda achas que o palato de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Lá por os Rothschild não vestirem 100 casacos ao mesmo tempo, os que vestem não só não vão comprar na Zara, mas sim em costureiros de renome e produtos exclusivos, como ainda os vestem menos vezes. Além disso, não se ficam por uns casacos. São necessários outros ornamentos: jóias, perfumes, tratamentos de beleza, etc. Diz-me lá se ainda achas que a vaidade de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Além disso, como o Incógnitus diz. Os gigantes movem à sua volta uma corte que é necessário impressionar. Seja com obras de arte por todo o palácio, seja uma orquestra a tocar para os convidados [ou achas que um rádio impressionaria os convidados?], seja todo o tipo de mecenato. Diz-me lá se ainda achas que a ostentação de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Não sei qual é a ordem de magnitude da actividade económica que tu geras, mas garanto-te que os Rothschild geram uma actividade económica muitas ordens de grandeza acima da minha.

Deve haver estudos e estimativas de estatísticas para isso para isso, e quase que tenho a certeza que a distribuição do consumo segue uma lei guassiana enquanto a da distribuição do riqueza ou rendimento uma lei de potência (caudas que decaem muito mais lentamente)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: aos_pouquinhos em 2013-04-23 13:16:07
Citação de: Incognitus
As medidas paliativas que visam impedir essa correcção tendem a não funcionar precisamente porque não permitem essa troca de ocorrer, já que são desenhadas para manter quem está a produzir em excesso a produzir, e quem está a consumir em excesso, a consumir.

A solução correcta não pode ser transformar cigarras em formigas e formigas em cigarras. As formigas nunca irão cantar e as cigarras nunca irão aforrar. O consumismo e o aforro está no ADN dos individuos! É possível conter os consumistas por estrangulamento, aplicando-lhes doses elevadas de austeridade, mas é muito mais difícil pôr os aforradores a consumir. O aforrador ao ver o estrangulamento dos consumistas tende a aforrar ainda mais...

É verdade que isso se pode tornar difícil. Felizmente no contexto de um país pequeo não é um problema, pois existe um mar de potenciais consumidores externos.

Então as medidas aplicadas em Chipre são as mais correctas perante a situação aforrista.
Confisca-se o aforrador e vai-se entregar o dinheiro ao estado gastador.... em bens produtivos ou simplesmente de consumo.

Há aqui qualquer coisa que não funciona bem... quer dizer que aforrar é um pecado.
Garanta-me a vida futura que eu deixarei já hoje de poupar algum.

Por essa ideia do aforrador se o mau da fita, o pecado acabou de me bater à porta...

Cumprimentos
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 13:27:46
Deve haver estudos e estimativas de estatísticas para isso para isso, e quase que tenho a certeza que a distribuição do consumo segue uma lei guassiana enquanto a da distribuição do riqueza ou rendimento uma lei de potência (caudas que decaem muito mais lentamente)

é melhor só referir rendimento, ou rendimento disponível e não riqueza.
disposable income vs wealth.

o que queres dizer com uma lei da potência? eu diria que a curva de consumo é similar mesmo à curva da potência de um automóvel . a partir de certa altura (rpms)  os ganhos de potência são infímos.
tal como a partir de certo nível de consumo é fisicamente impossível consumir mais.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-23 13:37:49
o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

L

Que pensamento de anão.

Garanto-te que os Rothschild não só não comem mais ou menos o mesmo que os outros, como ainda comem 100 ou mais vezes mais caro. Mais ainda, comem em sítios requintados e confeccionado por cozinheiros de renome. Diz-me lá se ainda achas que o palato de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Lá por os Rothschild não vestirem 100 casacos ao mesmo tempo, os que vestem não só não vão comprar na Zara, mas sim em costureiros de renome e produtos exclusivos, como ainda os vestem menos vezes. Além disso, não se ficam por uns casacos. São necessários outros ornamentos: jóias, perfumes, tratamentos de beleza, etc. Diz-me lá se ainda achas que a vaidade de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Além disso, como o Incógnitus diz. Os gigantes movem à sua volta uma corte que é necessário impressionar. Seja com obras de arte por todo o palácio, seja uma orquestra a tocar para os convidados [ou achas que um rádio impressionaria os convidados?], seja todo o tipo de mecenato. Diz-me lá se ainda achas que a ostentação de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Não sei qual é a ordem de magnitude da actividade económica que tu geras, mas garanto-te que os Rothschild geram uma actividade económica muitas ordens de grandeza acima da minha.

Deve haver estudos e estimativas de estatísticas para isso para isso, e quase que tenho a certeza que a distribuição do consumo segue uma lei guassiana enquanto a da distribuição do riqueza ou rendimento uma lei de potência (caudas que decaem muito mais lentamente)

Citação de: Alexis Akira Toda
[...] The cross-sectional distributions of wealth and consumption obey the double power law (power law holds not only in the upper tail but also in the lower tail), which is empirically supported. [...]

Fonte: Asset Pricing and Wealth Distribution with Heterogeneous Investment Returns (https://9a5ae025-a-62cb3a1a-s-sites.googlegroups.com/site/aatoda111/file-cabinet/120910_tractable_GE_10.pdf?attachauth=ANoY7cqPNceDXDekTq--nFXYrIYr9EbHxS2bqubRaEpptdf4EP3_TI0nPgYzg6NXzEi6TsacvdchdDczojmrRbcmtEyePNsPwu-NrNJ_X485qpT1ew39HuMm6Yj-7EdcYxG3UE-2M_h0G6bSwW0LYlAQxa6loPDlp6VT8PWMXlS9o6zBJxGogQmwOCQLN0uD_i6j_bkK_HiNicsUSircPIPzA5vf60tzSFbdy7K-1YYML3M5aN5_m98mffpz_kDZiVii7jhh5Qip&attredirects=0)

Naturalmente que nós, comuns mortais, não temos experiência directa, mas com razão e raciocínio consegue-se vislumbrar o mundo do ponto de vista de um gigante [e compreender / prever as suas acções], pelo menos para quem a tem e consegue raciocinar.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-23 13:56:54
Citação de: Incognitus
As medidas paliativas que visam impedir essa correcção tendem a não funcionar precisamente porque não permitem essa troca de ocorrer, já que são desenhadas para manter quem está a produzir em excesso a produzir, e quem está a consumir em excesso, a consumir.

A solução correcta não pode ser transformar cigarras em formigas e formigas em cigarras. As formigas nunca irão cantar e as cigarras nunca irão aforrar. O consumismo e o aforro está no ADN dos individuos! É possível conter os consumistas por estrangulamento, aplicando-lhes doses elevadas de austeridade, mas é muito mais difícil pôr os aforradores a consumir. O aforrador ao ver o estrangulamento dos consumistas tende a aforrar ainda mais...

É verdade que isso se pode tornar difícil. Felizmente no contexto de um país pequeo não é um problema, pois existe um mar de potenciais consumidores externos.

Então as medidas aplicadas em Chipre são as mais correctas perante a situação aforrista.
Confisca-se o aforrador e vai-se entregar o dinheiro ao estado gastador.... em bens produtivos ou simplesmente de consumo.

Há aqui qualquer coisa que não funciona bem... quer dizer que aforrar é um pecado.
Garanta-me a vida futura que eu deixarei já hoje de poupar algum.

Por essa ideia do aforrador se o mau da fita, o pecado acabou de me bater à porta...

Cumprimentos

Como já tinha mencionado atrás, não estou aqui numa de activista a vociferar o que é que é "justo". Basta-me a perfeita conciência do que os devedores acham justo [maioria], bem como dos políticos por estes eleitos [e que compreensivelmente querem manter o seu ganha-pão] agirão. A partir daí é uma mera questão de pôr a lógica a funcionar para deduzir o que Aforrador Inteligente deve / irá fazer [e munido desse entendimento até fazer o front running destes].
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Zenith em 2013-04-23 15:45:32
o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

L

Que pensamento de anão.

Garanto-te que os Rothschild não só não comem mais ou menos o mesmo que os outros, como ainda comem 100 ou mais vezes mais caro. Mais ainda, comem em sítios requintados e confeccionado por cozinheiros de renome. Diz-me lá se ainda achas que o palato de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Lá por os Rothschild não vestirem 100 casacos ao mesmo tempo, os que vestem não só não vão comprar na Zara, mas sim em costureiros de renome e produtos exclusivos, como ainda os vestem menos vezes. Além disso, não se ficam por uns casacos. São necessários outros ornamentos: jóias, perfumes, tratamentos de beleza, etc. Diz-me lá se ainda achas que a vaidade de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Além disso, como o Incógnitus diz. Os gigantes movem à sua volta uma corte que é necessário impressionar. Seja com obras de arte por todo o palácio, seja uma orquestra a tocar para os convidados [ou achas que um rádio impressionaria os convidados?], seja todo o tipo de mecenato. Diz-me lá se ainda achas que a ostentação de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Não sei qual é a ordem de magnitude da actividade económica que tu geras, mas garanto-te que os Rothschild geram uma actividade económica muitas ordens de grandeza acima da minha.

Deve haver estudos e estimativas de estatísticas para isso para isso, e quase que tenho a certeza que a distribuição do consumo segue uma lei guassiana enquanto a da distribuição do riqueza ou rendimento uma lei de potência (caudas que decaem muito mais lentamente)

Citação de: Alexis Akira Toda
[...] The cross-sectional distributions of wealth and consumption obey the double power law (power law holds not only in the upper tail but also in the lower tail), which is empirically supported. [...]

Fonte: Asset Pricing and Wealth Distribution with Heterogeneous Investment Returns (https://9a5ae025-a-62cb3a1a-s-sites.googlegroups.com/site/aatoda111/file-cabinet/120910_tractable_GE_10.pdf?attachauth=ANoY7cqPNceDXDekTq--nFXYrIYr9EbHxS2bqubRaEpptdf4EP3_TI0nPgYzg6NXzEi6TsacvdchdDczojmrRbcmtEyePNsPwu-NrNJ_X485qpT1ew39HuMm6Yj-7EdcYxG3UE-2M_h0G6bSwW0LYlAQxa6loPDlp6VT8PWMXlS9o6zBJxGogQmwOCQLN0uD_i6j_bkK_HiNicsUSircPIPzA5vf60tzSFbdy7K-1YYML3M5aN5_m98mffpz_kDZiVii7jhh5Qip&attredirects=0)

Naturalmente que nós, comuns mortais, não temos experiência directa, mas com razão e raciocínio consegue-se vislumbrar o mundo do ponto de vista de um gigante [e compreender / prever as suas acções], pelo menos para quem a tem e consegue raciocinar.

Então parece que a distribuição do consumo também segue lei de potência.
De qq forma a menor desigualdade no consumo mantem-se uma vez que ele ele indica que o expoente tipico para riqueze e rendimento é mo intervalo [1.5-2.5] (para o principio de Pareto dos 80-20 seria cerca de 2.2), enquanto para o consumo aponta noutro artigo um expoente de 4 Fonte (https://9a5ae025-a-62cb3a1a-s-sites.googlegroups.com/site/aatoda111/file-cabinet/dPL_consumption_03k.pdf?attachauth=ANoY7cqOdxk5pOZL4adnsgKNIcpY5AlcqIJcg-IssU6BOyBwko0AJsyY6KSkcbGvDqohKJII7WgVJEJAboWM37cxNUNl0KGZPoYjXyMLbVoghBxZ5Zgy1cKpnE1l_n33A645XnQovTNesQ1oF4gmGP0ZCQy_uGzIIbpgPCJIPrgdcRuriAaNo6L_jmGZu8uzGsYg0rJgp6B9_-LPFjcSjC6wawur2RVp33etxjL1YY30isdSeFABFH8%3D&attredirects=0). Um expoente de 4 significa que os 20% que mais consomem representam cerca de 34% do consumo.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 16:56:17
aiai hermes, gostava de ter mil euros por cada vez que metes os dois pés na boca ultimamente.

ora cá vai o pensamento do chief economist e senior vice presidente do Dallas Fed
um anão, sem sombra de dúvida;

Citar
You Are What You Spend
 
By W. MICHAEL COX and RICHARD ALM
Published: February 10, 2008
Dallas

WITH markets swinging widely, the Federal Reserve slashing interest rates and the word “recession” on everybody’s lips, renewed attention is being given to the gap between the haves and have-nots in America. Most of this debate, however, is focused on the wrong measurement of financial well-being.

It’s true that the share of national income going to the richest 20 percent of households rose from 43.6 percent in 1975 to 49.6 percent in 2006, the most recent year for which the Bureau of Labor Statistics has complete data. Meanwhile, families in the lowest fifth saw their piece of the pie fall from 4.3 percent to 3.3 percent.

Income statistics, however, don’t tell the whole story of Americans’ living standards. Looking at a far more direct measure of American families’ economic status — household consumption — indicates that the gap between rich and poor is far less than most assume, and that the abstract, income-based way in which we measure the so-called poverty rate no longer applies to our society.

The top fifth of American households earned an average of $149,963 a year in 2006. As shown in the first accompanying chart, they spent $69,863 on food, clothing, shelter, utilities, transportation, health care and other categories of consumption. The rest of their income went largely to taxes and savings.

The bottom fifth earned just $9,974, but spent nearly twice that — an average of $18,153 a year. How is that possible? A look at the far right-hand column of the consumption chart, labeled “financial flows,” shows why: those lower-income families have access to various sources of spending money that doesn’t fall under taxable income. These sources include portions of sales of property like homes and cars and securities that are not subject to capital gains taxes, insurance policies redeemed, or the drawing down of bank accounts. While some of these families are mired in poverty, many (the exact proportion is unclear) are headed by retirees and those temporarily between jobs, and thus their low income total doesn’t accurately reflect their long-term financial status.

So, bearing this in mind, if we compare the incomes of the top and bottom fifths, we see a ratio of 15 to 1. If we turn to consumption, the gap declines to around 4 to 1. A similar narrowing takes place throughout all levels of income distribution. The middle 20 percent of families had incomes more than four times the bottom fifth. Yet their edge in consumption fell to about 2 to 1.

Let’s take the adjustments one step further. Richer households are larger — an average of 3.1 people in the top fifth, compared with 2.5 people in the middle fifth and 1.7 in the bottom fifth. If we look at consumption per person, the difference between the richest and poorest households falls to just 2.1 to 1. The average person in the middle fifth consumes just 29 percent more than someone living in a bottom-fifth household.

To understand why consumption is a better guideline of economic prosperity than income, it helps to consider how our lives have changed. Nearly all American families now have refrigerators, stoves, color TVs, telephones and radios. Air-conditioners, cars, VCRs or DVD players, microwave ovens, washing machines, clothes dryers and cellphones have reached more than 80 percent of households.

As the second chart, on the spread of consumption, shows, this wasn’t always so. The conveniences we take for granted today usually began as niche products only a few wealthy families could afford. In time, ownership spread through the levels of income distribution as rising wages and falling prices made them affordable in the currency that matters most — the amount of time one had to put in at work to gain the necessary purchasing power.

At the average wage, a VCR fell from 365 hours in 1972 to a mere two hours today. A cellphone dropped from 456 hours in 1984 to four hours. A personal computer, jazzed up with thousands of times the computing power of the 1984 I.B.M., declined from 435 hours to 25 hours. Even cars are taking a smaller toll on our bank accounts: in the past decade, the work-time price of a mid-size Ford sedan declined by 6 percent.

There are several reasons that the costs of goods have dropped so drastically, but perhaps the biggest is increased international trade. Imports lower prices directly. Cheaper inputs cut domestic companies’ costs. International competition forces producers everywhere to become more efficient and hold down prices. Nations do what they do best and trade for the rest.

Thus there is a certain perversity to suggestions that the proper reaction to a potential recession is to enact protectionist measures. While foreign competition may have eroded some American workers’ incomes, looking at consumption broadens our perspective. Simply put, the poor are less poor. Globalization extends and deepens a capitalist system that has for generations been lifting American living standards — for high-income households, of course, but for low-income ones as well.



W. Michael Cox is the senior vice president and chief economist and Richard Alm is the senior economics writer at the Federal Reserve Bank of Dallas


fonte (http://www.nytimes.com/2008/02/10/opinion/10cox.html?ex=1360299600&en=9ef4be7cf82e4353&ei=5124&partner=permalink&exprod=permalink&_r=0)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-04-23 17:07:11
Isso confirma o que eu sempre tenho dito: que a diferença de usefruto de bens físicos é muito menor que a diferença de rendimento e riqueza. Aliás, em certa medida decorre dessa maior diferença.
 
Por fim, esse texto aparentemente não leva em conta as (muitas) transferências do Estado.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-23 17:17:33
aiai hermes, gostava de ter mil euros por cada vez que metes os dois pés na boca ultimamente.

ora cá vai o pensamento do chief economist e senior vice presidente do Dallas Fed
um anão, sem sombra de dúvida;

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You Are What You Spend
 
By W. MICHAEL COX and RICHARD ALM
Published: February 10, 2008
Dallas

WITH markets swinging widely, the Federal Reserve slashing interest rates and the word “recession” on everybody’s lips, renewed attention is being given to the gap between the haves and have-nots in America. Most of this debate, however, is focused on the wrong measurement of financial well-being.

It’s true that the share of national income going to the richest 20 percent of households rose from 43.6 percent in 1975 to 49.6 percent in 2006, the most recent year for which the Bureau of Labor Statistics has complete data. Meanwhile, families in the lowest fifth saw their piece of the pie fall from 4.3 percent to 3.3 percent.

Income statistics, however, don’t tell the whole story of Americans’ living standards. Looking at a far more direct measure of American families’ economic status — household consumption — indicates that the gap between rich and poor is far less than most assume, and that the abstract, income-based way in which we measure the so-called poverty rate no longer applies to our society.

The top fifth of American households earned an average of $149,963 a year in 2006. As shown in the first accompanying chart, they spent $69,863 on food, clothing, shelter, utilities, transportation, health care and other categories of consumption. The rest of their income went largely to taxes and savings.

The bottom fifth earned just $9,974, but spent nearly twice that — an average of $18,153 a year. How is that possible? A look at the far right-hand column of the consumption chart, labeled “financial flows,” shows why: those lower-income families have access to various sources of spending money that doesn’t fall under taxable income. These sources include portions of sales of property like homes and cars and securities that are not subject to capital gains taxes, insurance policies redeemed, or the drawing down of bank accounts. While some of these families are mired in poverty, many (the exact proportion is unclear) are headed by retirees and those temporarily between jobs, and thus their low income total doesn’t accurately reflect their long-term financial status.

So, bearing this in mind, if we compare the incomes of the top and bottom fifths, we see a ratio of 15 to 1. If we turn to consumption, the gap declines to around 4 to 1. A similar narrowing takes place throughout all levels of income distribution. The middle 20 percent of families had incomes more than four times the bottom fifth. Yet their edge in consumption fell to about 2 to 1.

Let’s take the adjustments one step further. Richer households are larger — an average of 3.1 people in the top fifth, compared with 2.5 people in the middle fifth and 1.7 in the bottom fifth. If we look at consumption per person, the difference between the richest and poorest households falls to just 2.1 to 1. The average person in the middle fifth consumes just 29 percent more than someone living in a bottom-fifth household.

To understand why consumption is a better guideline of economic prosperity than income, it helps to consider how our lives have changed. Nearly all American families now have refrigerators, stoves, color TVs, telephones and radios. Air-conditioners, cars, VCRs or DVD players, microwave ovens, washing machines, clothes dryers and cellphones have reached more than 80 percent of households.

As the second chart, on the spread of consumption, shows, this wasn’t always so. The conveniences we take for granted today usually began as niche products only a few wealthy families could afford. In time, ownership spread through the levels of income distribution as rising wages and falling prices made them affordable in the currency that matters most — the amount of time one had to put in at work to gain the necessary purchasing power.

At the average wage, a VCR fell from 365 hours in 1972 to a mere two hours today. A cellphone dropped from 456 hours in 1984 to four hours. A personal computer, jazzed up with thousands of times the computing power of the 1984 I.B.M., declined from 435 hours to 25 hours. Even cars are taking a smaller toll on our bank accounts: in the past decade, the work-time price of a mid-size Ford sedan declined by 6 percent.

There are several reasons that the costs of goods have dropped so drastically, but perhaps the biggest is increased international trade. Imports lower prices directly. Cheaper inputs cut domestic companies’ costs. International competition forces producers everywhere to become more efficient and hold down prices. Nations do what they do best and trade for the rest.

Thus there is a certain perversity to suggestions that the proper reaction to a potential recession is to enact protectionist measures. While foreign competition may have eroded some American workers’ incomes, looking at consumption broadens our perspective. Simply put, the poor are less poor. Globalization extends and deepens a capitalist system that has for generations been lifting American living standards — for high-income households, of course, but for low-income ones as well.



W. Michael Cox is the senior vice president and chief economist and Richard Alm is the senior economics writer at the Federal Reserve Bank of Dallas


fonte ([url]http://www.nytimes.com/2008/02/10/opinion/10cox.html?ex=1360299600&en=9ef4be7cf82e4353&ei=5124&partner=permalink&exprod=permalink&_r=0[/url])


Diria que os teus 15 minutos de fama já vão longos.  Não seja por mim que o teu momento de glória se acabe! [Pode ser que ainda não repares no negrito...]

o raciocínio é mais que trivial:
mesmo os Rothschild comem mais ou menos o que os outros seres comem. não comem 100 vezes ao dia.
vestem algo mais caro do que os outros vestem mas não vestem 100 conjuntos de roupa em cima do pelo.
basiicamente a relação que existe entre a riqueza dos ricos e a riqueza dos pobres é superior em várias ordens de magnitude. O consumo não é.

pelo menos é o que o anão aqui pensa.
mas se tu achas que os ricos consomem na mesma ordem de magnitude em que são ricos gostava de ver isso demonstrado.

L


Que pensamento de anão.

Garanto-te que os Rothschild não só não comem mais ou menos o mesmo que os outros, como ainda comem 100 ou mais vezes mais caro. Mais ainda, comem em sítios requintados e confeccionado por cozinheiros de renome. Diz-me lá se ainda achas que o palato de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Lá por os Rothschild não vestirem 100 casacos ao mesmo tempo, os que vestem não só não vão comprar na Zara, mas sim em costureiros de renome e produtos exclusivos, como ainda os vestem menos vezes. Além disso, não se ficam por uns casacos. São necessários outros ornamentos: jóias, perfumes, tratamentos de beleza, etc. Diz-me lá se ainda achas que a vaidade de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Além disso, como o Incógnitus diz. Os gigantes movem à sua volta uma corte que é necessário impressionar. Seja com obras de arte por todo o palácio, seja uma orquestra a tocar para os convidados [ou achas que um rádio impressionaria os convidados?], seja todo o tipo de mecenato. Diz-me lá se ainda achas que a ostentação de um anão movimenta tamanha actividade económica?

Não sei qual é a ordem de magnitude da actividade económica que tu geras, mas garanto-te que os Rothschild geram uma actividade económica muitas ordens de grandeza acima da minha.


ainda não compreendeste ó gigantesco.
eu não disse que eles geram pouca actividade económica, ó descomunal.
eu disse que a actividade económica que geram não é proporcional à riqueza e ao rendimento que detêm. são muitas ordens de magnitude acima.
um ananito como eu é gajo para gerar um rácio 1: 1. chapa ganha chapa gasta. uma unidade de rendimento por uma unidade de consumo.
um cíclope como tu descreves é capaz de gerar 1010:1000. gasta 1000 vezes mais do que eu, mas tem um rendimento 10 000 000 000 maior do que o meu.
compreendeste agora ó enormidade?
não te precipites só para me contrariar, porque depois metes os pés pelas mãos.

L


Ora vês que afinal até concordas! A menos que tenhas metido os pés pelas mãos.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 17:19:20
Isso confirma o que eu sempre tenho dito: que a diferença de usefruto de bens físicos é muito menor que a diferença de rendimento e riqueza. Aliás, em certa medida decorre dessa maior diferença.
 
Por fim, esse texto aparentemente não leva em conta as (muitas) transferências do Estado.

por isso é que disse dois pés na boca e não um pé na boca.

a desigualdade no income é enorme. quase tende para infinito.
a desigualdade no consumo é incomparavelmente menor.

isto suportaria em parte o ponto de vista conservador de que a desigualdade não seria assim tão gritante.
e ajudaria as teses do incomparavelmente GRANDE hermes.
mas não! preferiu renegar as suas tese para meter mais um pé na boca.

a questão é que a medida de desigualdade não pode ser o rácio consumption/income.
gastar 1 euro por cada 1 euro ganho é normalíssimo para quem ganha muito pouco. há um limite de sobrevivência.
o rico podia gastar 1 euro por cada cada euro ganho. o rácio para os dois seria igual a 1.
o pobre está no limite da sobrevivência.
ao rico aconteceu naquele mês comprar o terceiro iate, o quarto chateau com vinha privativa e um km2 em Manhattan.

L



Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 17:31:41
curioso. não te tinha por intelectualmente desonesto.
mas pronto, há sempre surpresas.
sabes tu, sei eu e sabem todos os que aqui nos leram quais eram as nossas posições.
estás a usar um subterfúgio indigno para tentares ter razão.
nem que para isso invertas a tese que defendias no início.
eheh ok... siga

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Zel em 2013-04-23 17:35:56
o facto da desigualdade ser tao grande abre tb oportunidades, ha formas de saltar de grupo e de tentar de la nunca mais sair

1% aqui vou eu

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 17:43:45
já agora para quem não esteja a perceber - o que é normalíssimo nos posts do hermes:

Citar
ainda não compreendeste ó gigantesco.
eu não disse que eles geram pouca actividade económica, ó descomunal.
eu disse que a actividade económica que geram não é proporcional à riqueza e ao rendimento que detêm. são muitas ordens de magnitude acima.

um ananito como eu é gajo para gerar um rácio 1: 1. chapa ganha chapa gasta. uma unidade de rendimento por uma unidade de consumo.
um cíclope como tu descreves é capaz de gerar 1010:1000. gasta 1000 vezes mais do que eu, mas tem um rendimento 10 000 000 000 maior do que o meu.


compreendeste agora ó enormidade?
não te precipites só para me contrariar, porque depois metes os pés pelas mãos.




o hermes está a basear-se na frase a bold. que realmente está pouco explícita e até podia ser interpretada como 'o consumo dos ricos ser de várias ordens de magnitude acima'.
mas as duas linhas logo a seguir, a vermelho, esclarecem totalmente aquilo que eu pretendia dizer.
o hermes escolhe pegar na frase imprecisa e usá-la, não para provar a sua tese, mas pretendendo que eu concordava com ela (a tese do hermes).

MUAHAHAH.... (riso maquiavélico) (do hermes claro)

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-23 17:45:45
Limito-me a ser um observador e a actuar em consonância.

Cada vez mais me convenço de que os activistas estão tão focados em convencer os outros do seu ponto de vista, que não têm tempo de se porem na mente de cada um dos 5 agentes relevantes [Banqueiro Central, políticos, devedores, aforradores e intermediários] e daí tirarem as devidas consequências.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-04-23 17:49:06
já agora para quem não esteja a perceber - o que é normalíssimo nos posts do hermes:

ainda não compreendeste ó gigantesco.
eu não disse que eles geram pouca actividade económica, ó descomunal.
eu disse que a actividade económica que geram não é proporcional à riqueza e ao rendimento que detêm. são muitas ordens de magnitude acima.

um ananito como eu é gajo para gerar um rácio 1: 1. chapa ganha chapa gasta. uma unidade de rendimento por uma unidade de consumo.
um cíclope como tu descreves é capaz de gerar 1010:1000. gasta 1000 vezes mais do que eu, mas tem um rendimento 10 000 000 000 maior do que o meu.


compreendeste agora ó enormidade?
não te precipites só para me contrariar, porque depois metes os pés pelas mãos.
o hermes está a basear-se na frase a bold. que realmente está pouco explícita e até podia ser interpretada como 'o consumo dos ricos ser de várias ordens de magnitude acima'.
mas as duas linhas logo a seguir, a vermelho, esclarecem totalmente aquilo que eu pretendia dizer.
o hermes escolhe pegar na frase imprecisa e usá-la, não para provar a sua tese, mas pretendendo que eu concordava com ela (a tese do hermes).

MUAHAHAH.... (riso maquiavélico) (do hermes claro)

L

Realmente tenho dificuldade em compreender-te, devido à recorrência de dares uma no cravo e outra na ferradura.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 17:52:24
Limito-me a ser um observador e a actuar em consonância.

Cada vez mais me convenço de que os activistas estão tão focados em convencer os outros do seu ponto de vista, que não têm tempo de se porem na mente de cada um dos 5 agentes relevantes [Banqueiro Central, políticos, devedores, aforradores e intermediários] e daí tirarem as devidas consequências.

é tudo o que se te apraz dizer?
estamos a discutir português ou economia?
é que se estamos a discutir português, vais ter aqui um leitor e CORRECTOR assíduo.
da forma que escreves e com as calinadas que dás, vai ser um festival de correcções.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-04-23 17:56:13
alguém que tenha seguido a discussão se importa de explicar ao hermes, a minha posição e principalmente a sua própria posição?
acho que ele se perdeu algures entre Kandahar e Bagdade.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-04-25 12:44:15
As ameaças da Coreia do Norte ao Japão já se dissipariam? É que esta ameaça é antiga e recorrente, e nos últimos tempos aumentou de tom, espero que o herdeiro do trono coreano já se tenha acalmado.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-05-07 10:21:25
Coreia do Norte retira mísseis do local de lançamento e abranda tensão
Ler mais: http://visao.sapo.pt/coreia-do-norte-retira-misseis-do-local-de-lancamento-e-abranda-tensao=f728065#ixzz2Sb3zFr9P (http://visao.sapo.pt/coreia-do-norte-retira-misseis-do-local-de-lancamento-e-abranda-tensao=f728065#ixzz2Sb3zFr9P)

A partir de agora julgo que deverá ser aproveitada para entrar nas acções japonesas a primeira oportunidade que aparecer.

Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-05-10 01:05:35
Este artigo do FMI sobre o Japão mostra que o QE tem efeito positivo na economia (aumento de empregos, entre outros) e não gera inflação significativa. É mais um artigo a comprovar esta evidência científica. Nos Estados Unidos as conclusões são idênticas, aquando dos QE1, QE2 e QE3 os payrolls e a actividade industrial acompanharam positivamente a emissão de moeda.

 A actividade económica aumenta com o QE, é um facto. Porquê? Não se sabe bem, pode ser devido unicamente à melhoria das expectativas dos agentes económicos. Ora a austeridade é o contrário disto, degrada as expectativas. O QE gera uma espiral virtuosa e a austeridade uma espiral viciosa.

Bank of Japan’s Quantitative and Credit Easing: Are They Now More Effective?
This paper asks whether the BoJ’s recent experience with unconventional monetary easing
has been effective in supporting economic activity and inflation. Using a structural VAR
model, the paper finds some evidence that BoJ’s monetary policy measures during 1998-
2010 have had an impact on economic activity but less so on inflation.

http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2012/wp1202.pdf (http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2012/wp1202.pdf)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-05-10 02:03:31
Pena ter-se demorado 2000 anos e vários impérios a descobrir que afinal era só imprimir moeda.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-05-10 02:27:24
Pena ter-se demorado 2000 anos e vários impérios a descobrir que afinal era só imprimir moeda.

em que condições mudarias a tua opinião?
o que seria necessário acontecer/não acontecer para admitires estar errado?

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-05-10 02:32:16
Pena ter-se demorado 2000 anos e vários impérios a descobrir que afinal era só imprimir moeda.

em que condições mudarias a tua opinião?
o que seria necessário acontecer/não acontecer para admitires estar errado?

L

Conseguirem parar de imprimir e deixarem no rasto uma economia normal ... nesse caso mudaria de opinião. Mas diga-se tb que na minha visão da economia, é POSSíVEL isso acontecer, apenas requer sorte, ao passo que no caminho da austeridade o reequilíbrio ocorre por definição.
 
(o mais provável com os estímulos é que se criem múltiplas actividades que cessam quando os estímulos cessam. Porém enquanto se faz isso pode ocorrer, por sorte, que nasçam actividades sustentáveis. O principal objectivo dos estímulos geralmente é manter procura insustentável - daí que o mais provável seja não funcionarem. Uma curiosidade, nos EUA 1/13 da população adulta já está a obter subsídio para "disability")
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-05-10 03:04:52
Pena ter-se demorado 2000 anos e vários impérios a descobrir que afinal era só imprimir moeda.

em que condições mudarias a tua opinião?
o que seria necessário acontecer/não acontecer para admitires estar errado?

L

Conseguirem parar de imprimir e deixarem no rasto uma economia normal ... nesse caso mudaria de opinião. Mas diga-se tb que na minha visão da economia, é POSSíVEL isso acontecer, apenas requer sorte, ao passo que no caminho da austeridade o reequilíbrio ocorre por definição.
 
(o mais provável com os estímulos é que se criem múltiplas actividades que cessam quando os estímulos cessam. Porém enquanto se faz isso pode ocorrer, por sorte, que nasçam actividades sustentáveis. O principal objectivo dos estímulos geralmente é manter procura insustentável - daí que o mais provável seja não funcionarem. Uma curiosidade, nos EUA 1/13 da população adulta já está a obter subsídio para "disability")

antes de andar mais para a frente:

política monetária expansionária e estímulos não é a mesma coisa. nem pouco mais ou menos.
a política monetária é da responsabilidade da FED, os estímulos do governo.
estímulo, por exemplo, foi o programa cash-for-clunkers há poucos anos.
ou a construção das auto-estradas interestaduais no tempo de FDR.

os estímulos são mais susceptíveis de introduzir distorções no mercado porque são mais apontados a sectores específicos.
a política monetária expansionária é neutral para todos sectores económicos, eventualmente excluindo a banca.
mas o facto é que a banca não faz o que se pretende, que é emprestar o dinheiro. logo a política monetária é também neutra para a banca.

o objectivo da política monetária expansionária é aumentar a procura. por todos os bens e serviços!
ninguém sai mais beneficiado que outro.
a política monetária expansionária procura aumentar a velocidade de circulação do dinheiro, olear a economia para que funcione mais perto da sua capacidade máxima.
nada disto provoca ou deixa de provocar actividades dependentes seja do que for.
porque todas as actividades beneficiam de uma economia a funcionar a toda a capacidade.

não entra aqui a sorte ou o azar, mais do que noutra ocasião qualquer da histórica económica.

os números que vão saindo nos EUA vai melhorando a pouco e pouco.
daqui a pouco tempo será altura de abrandar o ritmo da expansão monetária.

ATENÇÃO: a expansão monetária tem obrigatoriamente que continuar acompanhando o ritmo di crescimento da economia - americana e mundial - não esquecer que todas (na prática) as transacções mundiais são feitas em dolares.
não é só com o crescimento dos EUA que as autoridades monetárias têm que se preocupar, mas com o crescimento económico mundial também. mais crescimento precisa de mais dolares em circulação.

portanto dentro de muito pouco tempo vamos saber o que vai acontecer com a economia na sequência desta experiência monetária.

L
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-05-10 03:12:25
A política monetária actual passa à economia real em grande medida devido ao desequilírio fiscal, à política orçamental, portanto. Imprimir dinheiro permite manter déficits elevados durante muito tempo.
 
A parte dos juros a 0% estimularem já está para trás, a parte do estímulo pelo efeito-riqueza pode ter efeito mas deveria ser temporário.
 
(a sorte e o azar vêm do género de actividades que emergem durante a duração destas políticas. É diferente entregares dinheiro a alguém para comprar batatas a um terceiro, de alguém lançar uma actividade que gera rendimento que troca por batatas, embora temporariamente o impacto sobre a procura seja similar. O segundo caso é sustentável quando paras de dar dinheiro, o primeiro não. É nessa medida que a sorte e azar jogam)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Lark em 2013-05-10 03:39:23
Imprimir dinheiro permite manter déficits elevados durante muito tempo.


The Dwindling Deficit

Bad news for Dr. Evil fans: the days of a ONE TRILLION DOLLAR deficit are over. In fact, the deficit is falling fast (pdf anexo).

Some readers may recall the ridicule heaped on the people at the Center on Budget and Policy Priorities when they produced estimates suggesting that any notion of a debt/deficit crisis was all wrong. It’s turning out, however, that they were probably overestimating debt growth. The deficit is fading, and debt as a medium-term (meaning up to 10 years) issue has largely gone away.

This is not good news — or not unambiguously good news, at any rate. A deficit falling to probably less than 5 percent of GDP this year and well below that next year is MUCH TOO LOW for an economy whose private sector is still engaged in a vicious circle of deleveraging.

Oh, by the way, it is now 26 months since Bowles and Simpson predicted a US fiscal crisis within two years.

krugman (http://krugman.blogs.nytimes.com/)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-05-10 10:51:42
Imprimir dinheiro, além de permitir manter déficits elevados, permite que estes encolham devido à economia artificial que cria. É igual à tomada de dívida por parte do sector privado - também produz dinheiro e também encolhe déficits.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-05-10 10:59:58
Pena ter-se demorado 2000 anos e vários impérios a descobrir que afinal era só imprimir moeda.

O método científico tal como o conhecemos hoje, baseado na evidência, foi inventado por Francis Bacon no sec. dezassete. O primeiro banco central também  surgiu por essa data.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-05-10 11:03:04
Pena ter-se demorado 2000 anos e vários impérios a descobrir que afinal era só imprimir moeda.

O método científico tal como o conhecemos hoje, baseado na evidência, foi inventado por Francis Bacon no sec. dezassete. O primeiro banco central também  surgiu por essa data.

Debasear a moeda foi inventado muito antes. Mesmo com moedas em ouro e prata, a prática era corrente (diminuindo-lhes o conteúdo de metal precioso).
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-05-10 12:02:03
O Yene já desvalorizou mais de 30% em poucos meses. Alguma inflação devem obter via preços de importação ...
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2013-05-10 12:03:55
Pena ter-se demorado 2000 anos e vários impérios a descobrir que afinal era só imprimir moeda.


O método científico tal como o conhecemos hoje, baseado na evidência, foi inventado por Francis Bacon no sec. dezassete. O primeiro banco central também  surgiu por essa data.

 
Debasear a moeda foi inventado muito antes. Mesmo com moedas em ouro e prata, a prática era corrente (diminuindo-lhes o conteúdo de metal precioso).


Não há nada como ler o artigo Gold : prices, facts, figures & research : A brief history of money (http://www.galmarley.com/FAQs_pages/monetary_history_faqs.htm) baseado no livro "History of Monetary Systems" (http://archive.org/download/historyofmonetar00delmuoft/historyofmonetar00delmuoft.pdf) de Alexander Del Mar publicado em 1886 para ver que a prática já é bem antiga. Desde os sacos de couro mistério cartagineses (séc. IV AC) até à (re)invenção da diluição do papel moeda na China sob o domínio de Kublai Khan (séc. XIII DC) [e digo (re)invenção, pois não se sabe como a 1ª invenção circa 140 AC terá acabado].

Ficam aqui dois excerptos para vos aguçar o apetite:

Citar
Carthage leather money - 450 BC - Modern day Tunis (North Africa)

Leather bags were used as money in the ancient city of Carthage, where the idea was that rather than make all coins of small amounts of silver, they would make the significant majority completely of cheap alloy, and the occasional one of pure silver. The coins - including the duds - were then sealed by the state in a leather bag, granted a face value equivalent to silver, and deemed worthless if the seal on the bag was broken.

This apparent curiosity is not so very different from a modern day state lottery scratchcard.

The system lasted for about 50 years and fell into disuse at the end of the 5th century BC when the increased military success of the Carthaginians - who had invaded Spain - allowed an increased supply of gold and silver from Spanish mines, which became the practical currency probably because it felt real. Not unlike the Ionians who preceded them - the Carthaginian empire collapsed through Romans attacking them at least in part for their gold. The resulting Punic wars ended with Carthage being totally destroyed for ever.


Citar
Chinese paper money under Kublai Khan - About 1200 AD

The Chinese were not strangers to paper money. The first apparent use of paper as money was Chinese - in about 140 BC, although how it ended is not known.

In the early part of the 11th century iron coin was in circulation, but it was overissued and fell in value so that true 'felted' paper was used to represent inconveniently large monetary multiples. This occurred in Szechuan province as an innovation of a private bank. Ostensibly the issued notes were redeemable in three years. 15 similar banks copied the idea and the notes in issue rapidly grew in number, rather faster than did the reserves of the banks. By 1032 all the banks which had issued them had failed.

Chinese government paper money was then issued in 1131 AD to finance military spending and soon afterwards official paper issue started in earnest. New notes were issued in rapidly increasing numbers and redemption rights into metal were soon suspended. Notes went into circulation on the back of public confidence in the institutions of state, and the provincial governments started issuing in their own name towards the end of the 12th century.

In 1215 the awesome Genghis Khan overran most of China. Complete power was not immediate, largely because Genghis set off to overrun Asia and terrorise even Eastern Europe, but later between 1260 and 1263, when his grandson Kublai was Chinese emperor,  there was an extensive issue of paper money known as the 'First Mongol Issue', which fairly rapidly depreciated.

It was followed by the Second Mongol Issue, equally irredeemable, and unlimited in issue, which happened between 1264 and 1290. It was described by Marco Polo in one history's great books :-

Citar
"The emperor's mint then is in this same city of Cambaluc, and the way it [money] is wrought is such that you might say he has the secret of alchemy in perfection, and you would be right. For he makes his money after this fashion. He makes them take of the bark of a certain tree, in fact of the mulberry tree, the leaves of which are the food of the silkworms, these trees being so numerous that the whole districts are full of them. What they take is a certain fine white bast or skin which lies between the wood of the tree and the thick outer bark, and this they make into something resembling sheets of paper, but black. When these sheets have been prepared they are cut up into pieces of different sizes.

All these pieces of paper are issued with as much solemnity and authority as if they were of pure gold or silver; and on every piece a variety of officials, whose duty it is, have to write their names, and to put their seals. And when all is prepared duly, the chief officer deputed by the Khan smears the seal entrusted to him with vermilion, and impresses it on the paper, so that the form of the seal remains imprinted upon it in red; the money is then authentic. Anyone forging it would be punished with death. And the Khan causes every year to be made such a vast quantity of this money, which costs him nothing, that it must equal in amount all the treasure of the world.

Furthermore all merchants arriving from India or other countries, and bringing with them gold or silver or gems and pearls, are prohibited from selling to any one but the emperor. He has twelve experts chosen for this business, men of shrewdness and experience in such affairs; these appraise the articles, and the emperor then pays a liberal price for them in those pieces of paper. The merchants accept his price readily, for in the first place they would not get so good an one from anybody else, and secondly they are paid without any delay. And with this paper money they can buy what they like anywhere over the empire" Marco Polo - The Travels


Life under this system was actually extremely good.

Citar
"This was the most brilliant period in the history of China. Kublai Khan, after subduing and uniting the whole country and adding Burmah, Cochin-China, and Tonquin to the empire, entered upon a series of internal improvements and civil reforms, which raised the country he had conquered to the highest rank of civilization, power and progress. Tranquillity succeeded the commotions of the previous period; life and property were amply protected; justice was equally dispensed; and the effect of a gradual increase in the currency, which was jealously guarded from counterfeiting, was to stimulate industry and prevent the monopolization of capital. It was during this era that the Imperial canal, 1660 miles long, together with many other notable structures were built." Del Mar


Inflation took hold in 1287.  The second Mongol issue continued falling in value until about 1310. At about this time a third issue replaced the second, duplicating the 5 - 1 ratio with which the second had replaced the first. Then things changed markedly for the worse.

Citar
"Population and trade had greatly increased, but the emissions of paper notes were suffered to largely outrun both, and the inevitable consequence was depreciation. All the beneficial effects of a currency which is allowed to expand with a growth of population and trade were now turned into those evil effects that flow from a currency emitted in excess of such growth. These effects were not slow to develop themselves. Excessive and too rapid augmentation of the currency, resulted in the entire subversion of the old order of society. The best families in the empire were ruined, a new set of men came into the control of public affairs, and the country became the scene of internecine warfare and confusion."Del Mar


In the final phase of the Mongol dynasty in about 1350 huge efforts were made to correct the management of the currency but the situation was beyond repair, monetary paper having been issued in one form or another by all manner of private, provincial and central government agencies in what amounted to an explosion of credit.

Upon the demise of the Mongol system of government which had presided over so many benefits only to see them destroyed through financial crisis, the usurping Ming dynasty issued yet more paper currency with the solemn legend "This paper money shall have currency, and be used in all respects as if it were copper money". There was no public confidence in the firmness of this declaration and at the outset the paper traded at 17 : 13 against copper coinage. Before long the ratio fell to 300 : 1.

It was reported that gold and silver crept quietly back into circulation. If they did it was deeply unofficial, because neither was being minted in China at that time.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Incognitus em 2013-05-10 12:16:39
Mas notavelmente são coisas que duram 50 anos ...
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Visitante em 2013-05-22 11:47:07
Five lessons Europe can learn from Abenomics

When you have big problems, you need big solutions. If Europe is going to reverse its decline, it needs to launch quantitative easing on a massive scale. It needs to recapitalize its banks so that they can start lending again. And it probably needs a full-scale fiscal union in the euro zone as well, so that the debts of each member state are pooled and the threat of bankruptcy is removed from the peripheral nations. Tinkering around the edges won’t work — Japan spent a decade doing that and got nowhere.

http://www.marketwatch.com/story/five-lessons-europe-can-learn-from-abenomics-2013-05-22?link=MW_story_investinginsight (http://www.marketwatch.com/story/five-lessons-europe-can-learn-from-abenomics-2013-05-22?link=MW_story_investinginsight)


Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: 5555 em 2013-10-24 01:08:08
.....talvez....esta seja parte da explicação....eh,.eh....


Citar
Sexo está a desaparecer no Japão ?

Um artigo do Guardian analisou a sociedade japonesa atual

2013-10-23 19:58

«Síndrome do Celibato» é o nome da nova «moda» japonesa que define homens e mulheres que escolhem excluir o sexo das suas vidas para se focarem em outros interesses como o trabalho ou jogos de vídeo.

A investigação levada a cabo pelo «Guardian» revela dados preocupantes sobre um crescente desinteresse pelo sexo por parte dos japoneses, já que 25% dos homens dizem não precisar de sexo nas suas vidas e 45% das mulheres a afirmarem que detestam o ato.

Estes dados ganham um nível acrescido de preocupação se pensarmos que o Japão é um dos países com menor taxa de natalidade do mundo.

O «Times» resumiu o essencial do artigo em 10 pontos verdadeiros, mas de tom irónico, que reproduzimos abaixo:

1. No Japão um terço das pessoas com menos de 30 anos nunca teve encontros amorosos.

2. 45% das mulheres dizem não ter nenhum interesse em sexo ou que detestam o ato e mais de 25% dos homens afirmam o mesmo.

3. Em 2012 venderam-se mais fraldas para adultos do que para crianças, o que significa um decréscimo da natalidade.

4. 61% dos homens e 49% das mulheres com menos de 35 anos não tem sexo nem estão em qualquer tipo de relação amorosa.

5. 90% das mulheres jovens dizem que ser solteira é melhor do que o que imaginam ser a vida de casado.

6. O termo homem-herbívoro (grass eating man) foi inventado para definir estes jovens que não se interessam por sexo.

7. Lojas de conveniência vendem roupa interior descartável

8. Mulheres com idades próximas dos 20 anos apresentam uma taxa de 25% de nunca virem a casar e 40% de nunca ter um filho.

9. Kunio Kitamura, chefe da Associação Japonesa de Planeamento Familiar e conselheiro do governo nos assuntos da família disse que «o impulso sexual vem dos homens» e «as mulheres não experimentam os mesmos níveis de desejo».

10. As pessoas estão muito ocupadas com jogos de vídeo para
ter sexo. Um virgem de 30 anos só se consegue excitar quando vê robôs femininas num jogo de computador e uma mulher afirma que não tem tempo para encontros já que está ocupada, há dois anos, com um jogo onde gere uma loja virtual de doces.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2014-01-24 20:21:23
Japan plans to raid dormant bank accounts to raise new revenue

By: Julian Ryall
On Jan 24, 2014

http://www.scmp.com/news/asia/article/1410614/japan-plans-raid-dormant-bank-accounts-raise-new-revenue (http://www.scmp.com/news/asia/article/1410614/japan-plans-raid-dormant-bank-accounts-raise-new-revenue)

Infamously saddled with a public debt that is running at an eye-watering 214 per cent of GDP, the Japanese government is planning to raid dormant private bank accounts to boost its bottom line.

The ruling Liberal Democratic Party and its main ally in government, New Komeito, are planning to submit a bill to allow the government to access bank accounts that have not been touched for 10 years or more. The funds would be used for welfare and education projects.

Accounts holding some 85 billion yen (HK$6.3 billion) are classified as dormant each year, with depositors who are notified of the situation reclaiming about 35 billion yen.The new legislation would therefore free up about 50 billion yen each year.

That however is dwarfed by the debt, which exceeded 1,000 trillion yen last year - that's a million billion.

The bill is likely to sail through the legislative process with the backing of the opposition as a similar suggestion was put forward by the equally desperate Democratic Party of Japan when it was in power. That plan never came to fruition as the DPJ focused its efforts on attempting to hang on to government. One stumbling block was the anticipated cost of managing the system, while questions were also raised by the powerful banking lobby about the propriety of using depositors' assets.

The banking sector is unlikely to be delighted that the plan has been resurrected as at present the contents of moribund accounts are listed as the banks' profits.

Their objections will be over-ridden, however, and the plan is for the funds from dormant accounts to be transferred to the government-run Deposit Insurance Corporation of Japan. A new body set up within the corporation will then scrutinise requests for financial support from education and social welfare organisations and allocate appropriate amounts.

"I feel it's a very sensible way to use these funds as they have pretty much been forgotten and is even a source of good publicity that the government is seeking to use them," Jun Okumura, a visiting scholar at the Meiji Institute for Global Affairs, told the South China Morning Post.

"And we must remember that anyone who finds a bank book that is more than 10 years old will still be able to go to the authorities and reclaim whatever was in the account," he pointed out. "The banks might not like it, but it's better to use it for the public good than simply letting the banks have it on their books as profit."

And he dismissed suggestions that the measure would go any way to solving the nation's debt problem. "This is peanuts in comparison with the national debt and I think it is very doubtful that the government would actually spend the principle - which they would be duty bound to repay if the owners came forward - but simply use the interest," Okumura said.

Critics could be forgiven for cynicism over the way in which the funds will be used, however, given the way in which some of trillions of yen earmarked for repair and recovery work in the aftermath of the 2011 earthquake and tsunami found its way into some questionable projects, including promoting the whaling industry and providing vocational training for inmates at prisons hundreds of kilometres from the disaster zone.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: hermes em 2014-01-29 17:29:21
Huge deficit bodes ill for yen, bonds, rates

by Tomoyuki Tachikawa
on Jan 28, 2014

http://www.japantimes.co.jp/news/2014/01/28/business/huge-deficit-bodes-ill-for-yen-bonds-rates/#.UukAmPso4aI (http://www.japantimes.co.jp/news/2014/01/28/business/huge-deficit-bodes-ill-for-yen-bonds-rates/#.UukAmPso4aI)

Japan’s goods trade deficit hit a record high in 2013, sparking fears that the country could fall into a constant current account deficit in the near future.

If expectations intensify that the current account balance will remain in the red for an extended period, long-term interest rates would jump and the value of the yen could dive, worsening the economic and fiscal situation down the road, experts warn.

Last year, Japan logged a record trade deficit of ¥11.47 trillion, up 65.3 percent from the previous year, the Finance Ministry said Monday in a preliminary report, underscoring that the world’s third-biggest economy is no longer an export powerhouse.

The trade deficit came as the depreciation of the yen and growing demand for fossil energy, including liquefied natural gas and crude oil, drove up import figures amid the suspension of nuclear power plants over the Fukushima crisis.

The current account balance will stay in the black as long as a surplus in the income account, which reflects how much Japan earns from its foreign investments, can offset trade and other deficits.

Recent data, however, suggest that the trade deficit is in danger of chronically exceeding the income surplus. In November, Japan registered a current account deficit of ¥592.8 billion, the largest since officials started compiling comparable data in 1985.

Fiscal and economic policy minister Akira Amari has expressed anxiety about the current account deficit, saying if the government leaves this issue unsettled, Japan “may become like the United States in depending on other countries for its financial funds.”

This is just what market participants are worried about, as the pace of export growth has been moderate due in part to a slowdown in emerging economies, while Japan’s needs for fossil energy are unlikely to wane for some time to come.

“Investors, in particular bond traders, have become skeptical about whether Japan can continue to cover its fiscal deficit with domestic assets alone,” a source said on condition of anonymity.

So far, around 95 percent of Japanese government bonds have been financed smoothly at home, as the Bank of Japan has pledged to buy massive government bonds in an attempt to keep long-term interest rates low to stimulate the economy.

“But if Japan’s current account balance deteriorates and investors start to expect the government would be compelled to sell its bonds to foreigners, they could try to let go of them with concern growing over the outlook for the sovereign bond market,” he said.

A selloff in government bonds would trigger a surge in Japan’s long-term interest rates. This would create a vicious cycle where expansion in the government’s interest payments on its bonds would hamper efforts to restore the government’s fiscal health, prompting more investors to sell JGBs and raising interest rates, analysts said.

Japan’s fiscal health is the worst among major developed economies, with public debt equivalent to more than 200 percent of gross domestic product. The central government debt topped a staggering ¥1 quadrillion for the first time ever last year.

“Japan turning into a country with a constant current account deficit would bring about a bad yen weakness, significantly hurting the economy,” said Masanobu Ishikawa, general manager of spot foreign exchange at Tokyo Forex & Ueda Harlow.

The yen would face downward pressure as long as importers sell the yen against foreign currencies to purchase goods and services from abroad at a faster pace than exporters exchange foreign currencies they earn overseas for yen, Ishikawa said.

“If traders expect Japan will keep posting current account deficits for a long period and become eager to sell the yen, the Japanese currency would plunge and Japan’s import costs would rise further, causing sharp inflation and dragging down the economy,” he said.

Some economists want Japan to boost the number of foreign visitors to improve the current account balance.

“For Japan that has been suffering from prolonged trade deficits, bolstering tourism would be an effective way to obtain foreign currencies,” said Takuya Hoshino, an economist at Dai-ichi Life Research Institute.

Ahead of the 2020 Tokyo Olympics, the government should “work to make Japan a tourism-oriented nation,” he said.

Prime Minister Shinzo Abe’s administration has said it aims to double the number of annual foreign visitors to 20 million by the Olympics, after the number topped 10 million last year for the first time ever.
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-06-19 16:24:28
Aqui fica este site

http://www.lenconnect.com/article/20131005/NEWS/310059996?template=printart (http://www.lenconnect.com/article/20131005/NEWS/310059996?template=printart)
Título: Re:O país da (hiper)inflação nascente
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-06-20 12:35:40
http://pragcap.com/the-russian-default-what-happened (http://pragcap.com/the-russian-default-what-happened)