Mas isto não é uma questão de progressistas ou liberais. Defender que a moral e a justiça está com os liberais é muito discutível. Não sou liberal nem progressista, confesso-me.
A moral, ética e justiça está com quem defenda medidas que não escolhem vencedores e perdedores à partida. E só os liberais defendem tal coisa.
Os outros, esses preferem:
1) Redefinir "justiça" (para passar a incluir o resultado);
2) Escolher vencedores e perdedores (o resultado);
3) Etc.
Isto é perfeitamente óbvio. Repara como nas discussões do cinema se fala que não se podem apoiar audiências porque senão quem é apoiado são as mamas da Sara Sampaio ou lá o que é, em vez do Manoel de Oliveira. Existe aqui um juízo de valor implícito de a opinião de que quem gosta das mamas da mulher "vale menos" do que quem gosta do Manoel Oliveira.
O mesmo se verifica em muitos outros casos. Por exemplo, quem acha que os credores devem ter menos direitos que os devedores, e portanto penalizar credores é perfeitamente aceitável, penalizar devedores (que nem é bem penalizar, é só colocar condições para pedirem mais emprestado!) está novamente a fazer um juízo de valor à priori. E por aí adiante.
É como digo a ideologia progressista é intrinsecamente corrupta. Corrupta no sentido de que visa utilizar os recursos de todos para favorecer alguns. Geralmente por um suposto "bom motivo".
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Dito de outra forma, a ideologia progressista tira o foco de "fazer o melhor possível para terceiros de forma a obter produção de terceiros recíproca", e coloca-o em "arranjar o melhor motivo possível para tirar de terceiros sem lhes dar nada em troca". Não espanta que o resultado seja mau.