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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3444249 vezes)

Smog

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Re: Portugal falido
« Responder #17340 em: 2019-02-10 13:42:39 »
Neste momento o salário inicial para recém mestrados (equivalente ás lic antigas de 5 anos) nas áreas de electrotecnia e afins deve andar pelos 1000€.
Se neste momento o salário mínimo de enfermeiros é 1200€ e querem passar para 1613€, imagino que eles não sabem quanto é que isso é em % e começo a duvidar que se tiverem de calcular dosagens de qq coisa (não sei se por vezes tem de fazer exercícios desses) eles saiba fazer as contas. Isso é preocupante.

o problema não se resolve nivelando todos por baixo. É ao contrário que tem de pensar-se. Se o salário mínimo subiu os salários restantes deviam ser todos atualizados na mesma percentagem. Em termos gerais. Aumentar o SMN e deixar a distancia aproximar-se causa uma percepção negativa na sociedade... de que não vale a pena o esforço, o mérito, o empenho, a luta por melhores condições de vida. Tanto dá ser um baldas com o 9º ano ou nem isso que faz um trabalho indiferenciado como um gajo que fez um curso superior, qq que ele seja. >:( os privados têm de deixar de explorar mão de obra qualificada e o publico deve dar o exemplo e moralizar a coisa.
Mais 1000 Milhões para o Novo Banco! 8)

O salário mínimo aumentou de 4,3%. Se os números que o Antunes apresentou estão correntos (actualmente mínimo 1200, reivindicação 1613) representa 36% de aumento. Parece qq coisa de irracional.

não. Já expliquei que as habilitações e até as competências evoluíram. passaram a licenciados e muitos com especialidades. O problema nos enfermeiros é que a carreira e os salários congelaram no tempo. querem atualização e adaptação á nova realidade. Parece muito porque é de repente.
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Smog

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Re: Portugal falido
« Responder #17341 em: 2019-02-10 13:47:03 »
A maior parte dos funcionários públicos não entra por concurso público já há muitos anos. Oitenta por cento entrou por outra via nos últimos anos.

Concordo que o SNS precisa de muito mais enfermeiros. Mas não vamos atingir o hipotético número ideal de um dia para o outro. O número de enfermeiros no SNS tem vindo a aumentar (em grande parte para compensar a redução do horário para 35h), E não tem existido grande dificuldade em recrutar.
Quanto aos professores, na maioria das áreas não haverá também qualquer dificuldade. Nas áreas sociais e linguísticas, temos licenciados desempregados às paletes. Na maioria das áreas científicas e tecnológicas, a nossa indústria é fraca e emprega poucos e não paga grande coisa. Cada vez temos mais licenciados e muito do emprego criado (no turismo, por exemplo) não é diferenciado. Poderão existir problema apenas em áreas específicas (como informática).

Gostava que me comprovasses a tua primeira afirmação. A ser verdade o que dizes então é porque o pessoal da p'lítka, apregoando transparência para agradar ao pagode apenas dá trabalho aos seus apaniguados. Calculo que hajam mais Begonhazitas da JS por aí...

O Estado só refere as contratações. Procura conhecer o número de enfermeiros que deixa as suas funções e ruma ao estrangeiro.

Por fim, enganas-te a propósito da facilidade de contratar professores. E enganas-te bastante. O crash no Ensino Público há de vir em força daqui por dez anos.

P.S.: Achei engraçado que o pasquim do grupo Impresa desta semana viesse de encontro do que aqui se tem falado... É ir ao quiosque mais próximo, abrir a careira, pedi-lo, pagar 4€ e lê-lo.

Lembro-me de o ter lido. Infelizmente não consigo encontrar.

Relativamente aos enfermeiros, é verdade que muitos procuram emprego no estrangeiro. O número foi maior durante a Troika, devido aos salários baixos e à dificuldade em obter o primeiro emprego. O que digo é que não tem havido dificuldade de o SNS contratar (o que explica que os privados paguem menos a recém-formados). Nesta área poderá haver dificuldade no futuro.

Professores não creio que venha a existir falta, na maioria das áreas disciplinares. A idade média elevada reflecte a pouca necessidade de contratação durante anos devida à fraca natalidade. No futuro, continuarão a existir poucos jovens e cada vez menos nas zonas rurais.  Empregos urbanos de professor serão disputados na maioria das disciplinas.
Já há falta. veio nas noticias- jornais e tvs- e não é fake news ( o contrário seria logo desmentido pelo governo). E é precisamente nos centros urbanos que se sente a falta. Lisboa e arredores sempre foram deficitários em relação aos professores - eu fui efetivar á margem Sul porque era onde havia vagas.
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Re: Portugal falido
« Responder #17342 em: 2019-02-10 13:48:35 »
Suo em bica e tenho tremores. Estou empancado de dúvidas, de maneiras que vou repetir a questão que deixei acima:

«Um coronel na reserva de infantaria, vale quantos sargentos ajudantes de cavalaria?»

 Hum? Falando em termos de valor de mercado. Hum? Pá! e tal...

uma matilha de mabecos é mais eficaz que um felino solitário.
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Re: Portugal falido
« Responder #17343 em: 2019-02-10 13:54:53 »
Essa questão do Privados.... se não têm cuidado perdem a favor do Publico.

Exemplo, fiz uma pequena cirurgia num hospital privado... e já fiz uma maior no Público... diferença abismal.

Se tudo correr bem...não volto, pelo menos aquele Hospital.
Passo a explicar:

- Muito tempo de espera (mais de 45m) antes da cirurgia e nunca veio alguém ter comigo já na zona de entrada..
- depois da cirurgia,  depois de estar no recobro... disseram, já pode ir para enfermaria...esperei aproximadamente 40m ... disseram: somente temos uma pessoa... e há muitos a sair...
- a semana passada infetaram-me os pontos intradérmicos... razão: os usados era dos genéricos... e como sei... sei...não posso dizer aqui.

conclusão:
todos os meus amigos que me pedirem uma opinião, direi para não ir lá... que experimentem outro.
falta de pessoal... produtos baratos... etc... foi a ideia com que fiquei...
Penso que se deve poupar, mas com "Conta, peso e medida"... somente pensar no lucro, nestes casos.. dão problemas

E já para não falar em dois casos que vieram nos Jornais de um outro Privado... em que quem estava em acumulação... deveria estar cansada e não contou tudo bem... e porquê? Neste caso, queria fazer acumulação, porque no Público o dinheiro que precisava não chegava...

porque fui eu ao Privado:
rapidez...
Mas na próxima experimento outro Hospital. Esperando não precisar...
eu até poderia fazer no público, mas  teria de pedir uma cunha, como sei que há gente à espera que não tem possibilidade de fazer no privado, decidi não pedir a "cunha", porque precisava, por uma questão de gestão de trabalho e tempo de permanência em casa.
---
aliás, já fiz o mesmo a um exame que no Público, mesmo os casos urgentes, estavam à espera 3 meses... e fui com a minha mãe ao privado.. aqui um exame que anda à volta dos 300 euros. Um outro exame que não demorava tanto tempo, fez no Público. Ela é acompanhada pelo Público.

Nem digo outras coisas que se passam no Privado, pelo menos num que conheço e tenho alguém...bem preciso na cirurgia... e por uma questão de ética, não deixou que determinada cirurgia avançasse...claro que teve problemas e a acumulação foi ao ar... mas ela tb não precisa muito e arranjou logo no dia seguinte acumulação noutro...esperando que não a "obriguem" a algo..

Não é que estas coisas não aconteçam no Público, mas por exemplo, uma familiar que em meados de Janeiro, teve ser operada de urgência... quando eu soube que lhe tinham colocado um penso ...com o nome favos de mel...
andei à procura... e fiquei admirado ... é que era especial este penso, tinha o famoso mel de Manuka lá pelo meio do Penso... não devem ser nada baratos... claro que a cirurgia foi profunda e complexa...e ainda por cima em alguém com 80 anos, mas...fiquei admirado.

Mas com tanto "pupular" de hospitais Privados... não sei o que vai dar.
Aliás, há uma médica, que no caso que reportei, diz que só opera com fio da marca (porque já sabe dos casos) e já disse que se não for assim vai embora da acumulação... mas o meu, que por sinal, é bom de "mãos" não liga... mas outros sujeitam-se.. porque precisam...

Assim, Público ... Privado... como controlar estas coisas...? Nada fácil!!!!

Agora no caso da Educação, o Privado ganha (agora há alguns anos, porque antigamente não era assim) porque, apesar de ter em muitos casos (conheço muito bem), professores de menor qualidade cientifica... têm meios e sistemas de trabalho melhores que no Público. Infelizmente os Sindicatos aqui deram cabo do Público. Os professores no privado trabalham mais para ter quase o mesmo ordenado que no Público, mas o sistema e apoios são melhores que no Público e ainda por cima, melhor "matéria prima".

Espero que o SNS não caia
boa contribuição. os privados parecem melhores mas depois...é tudo barato... porque o objectivo do patrão é faturar. é a natureza do privado. não querem saber das pessoas nem das curas, querem saber do lucro.
Reparem na EDP - privada mas temos a luz mais cara da Europa. Se tudo virasse privado, os privados entendiam-se para extrair o mais possível do consumdor . como acontece com gas e combustíveis.
Estes libertários radicais do fórum são uns líricos.
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JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #17344 em: 2019-02-10 15:10:30 »
Só para contextualizar, o salário que os enfermeiros pedem para o seu início de carreira é praticamente o que ganha, por exemplo, um engenheiro civil projectista considerado bem pago, formado no IST ou FEUP, com mais de 5 anos de experiência e com a responsabilidade civil que o seu trabalho acarreta. Ah, e geralmente a fazer horas extra não-pagas, e se tiver mesmo que ser, fins de semana. E é se quer.

Sim, que eu saiba, o Estado não emprega engenheiros civis projectistas.

Caro Johny, penso que há engenheiros a trabalhar para o Estado.
Os enfermeiros apresentam uma reivindicação na lógica e no meio de um processo de luta muito difícil em que a parte patronal, muito cinicamente, lhes dá razão mas se recusa a negociar.
Os enfermeiros com 20 anos de serviço e de experiência, levam, na realidade, 1000 euros por mês para casa.
Quanto à segunda parte da tua questão, há, de facto, engenheiros na função pública. Já houve mais...

Caro Raposo,

Eu falei concretamente em engenheiros civis projectistas. E não há desses nas câmaras nem no Estado. E quanto aos enfermeiros, uma coisa é lutar por salários maiores que 1200€ para enfermeiros com 20 anos de experiência. Outra é lutar por salários de 1600€ para enfermeiros em início de carreira.

Vimeiro

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Re: Portugal falido
« Responder #17345 em: 2019-02-10 15:31:30 »
ehehehe  :D

Os enfermeiros estavam bem e eram boas pessoas quando recebiam 1000. Agora que querem 1600 nem que seja para compensar os anos que receberam abaixo dos restantes técnicos superiores na FP, já são selvagens.

"Quem se mete com o pêése, leva"

Nunca pensei chegar ao dia em que a matilha (vara?) de esquerda se iria juntar para atacar uma greve justíssima.  :D

Carreguem enfermeiros. Doa a quem doer, se há dinheiro para os outros tem de haver dinheiro para vocês.

E como a austeridade e os cortes de passos já acabaram, e o diabo nunca mais virá....não há problema!
« Última modificação: 2019-02-11 13:42:38 por Vimeiro »

ShakaZoulou7

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Re: Portugal falido
« Responder #17346 em: 2019-02-10 16:14:59 »
Smog, quem é que lucra mais com os combustíveis e gás. Consegue imaginar porque o kWh é mais barato no resto da Europa; centrais nucleares, rentabilidade de cablagens, gasodutos e oleodutos já que servem grandes centros populacionais e em quantidades elevadas, portos com muito movimento e eficientes. Quem quer tirar proveito dos grandes lucros privados compra participações nas empresas

Raposo Tavares

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Re: Portugal falido
« Responder #17347 em: 2019-02-10 16:45:29 »
Suo em bica e tenho tremores. Estou empancado de dúvidas, de maneiras que vou repetir a questão que deixei acima:

«Um coronel na reserva de infantaria, vale quantos sargentos ajudantes de cavalaria?»

 Hum? Falando em termos de valor de mercado. Hum? Pá! e tal...

uma matilha de mabecos é mais eficaz que um felino solitário.

Depende... Se a matilha não tiver mais de 10 elementos, sendo que dois estejam coxos e uma esteja prenhe e se, por outro lado, o felino for primo liberal do centeno, militante do PS e amigo esquerdóide dos bloqueiros do imobiliário, nesse caso, penso que o felino pode ter um valor de mercado ligeiramente superior aos mabecos.
Também depende umas lascas do valor de mercado que os babuínos possam ter na altura...
'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche

"O ar quando não é poluído, é condicionado."
in: Jô Soares (conhecido humorista brasileiro)

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #17348 em: 2019-02-10 17:39:25 »
'Não acredito que haja falta de candidatos a professor em Alvalade'.

Então porquê?! Olha que essa é uma situação já relatada há muito tempo, antes de ter sido relatada agora também no pasquim do sistema...

Há falta de candidatos a professores em Alvalade? De que disciplinas?
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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Re: Portugal falido
« Responder #17349 em: 2019-02-10 17:41:56 »
Essa roda que conheces nao é deste planeta Automek,
No SNS nao é os custos com o pessoal que encarece o sistema, mas sim o DESPERDICIO, CONLUIOS, QUINTINHAS, NEGOCIATAS e mais um par de botas.
Sabes la tu do que falas!! 8)

Como infelizmente será difícil livrarmo-nos da maior parte desse desperdício, temos que contar com ele quando avaliamos o SNS.
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Re: Portugal falido
« Responder #17350 em: 2019-02-10 17:49:36 »
Zenith
Nao sao 1600 mas sim 1400.

Para perceberes ( O Antunes nao quer perceber) a proposta era de 1600 numa base negocial (Infelizmente é assim que o GOV funciona)
O Sindicato aceitava os 1400 e 60 anos de reforma. Isto foi dito na TVI(?) no jornal das 8:00 com o comentador Miguel Sousa tavares.

Esta gravado!

Francamente Vifer. Em vez de reconheceres que eu tinha refeirdo o valor correto (o que constou do pré-aviso) andas a insistir.
Claro que qualquer pedido dos sindicatos é uma base negocial. Isso todos sabemos. E que, como estão as coisas atualmente, já se dariam por satisfeitos com 1400.
Quanto à reforma, com imensas profissões duríssimas a reformarem-se aos 67 anos, porque motivo haveriam os enfermeiras de se reformar 10 anos ou 7 anos mais cedo? E os pescadores, mecânicos, pedreiros, canalizadores, cozinheiras, médicos, auxiliares dos hospitais, caixas dos hipermercados, pessoal da segurança social e das finanças que atende o público, pessoal da recolha do lixo? 
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Re: Portugal falido
« Responder #17351 em: 2019-02-10 17:54:33 »
dizem os criticos que é das melhores do MUNDO. Apenas tu dizes que nao presta.  :o
Que é dos melhores do mundo, isso é factual. O mundo tem quase 200 países onde se inclui Africa, América Latina, Ásia. Portanto, sim, é dos melhores do mundo, sem dúvida nenhuma.
Na europa desenvolvida, que é com quem nos devemos comparar, não é certamente.

A posição no ranking depende dos estudos (chega a estar em 12º a nível mundial). Mas habitualmente está dentro da média europeia (nalguns estudos até acima da média). Em vários indicadores estados acima do NHS inglês. Tendo em conta que não somos muito ricos, nem letrados é assimalável. Bem melhor do que a educação e a milhas da justiça. A saúde é de facto o sector da actividade em que Portugal está melhor.
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Re: Portugal falido
« Responder #17352 em: 2019-02-10 17:57:56 »
Suo em bica e tenho tremores. Estou empancado de dúvidas, de maneiras que vou repetir a questão que deixei acima:

«Um coronel na reserva de infantaria, vale quantos sargentos ajudantes de cavalaria?»

 Hum? Falando em termos de valor de mercado. Hum? Pá! e tal...
O valor depende se tiver, ou não, de mudar a cassette VHS do sistema de videovigilância avariado.

LOL
Esse tipo de actividade nunca ficaria bem nas mãos de privados. Rapidamente se desculpariam com a avaria do sistema e deixariam de mudar a cassete para ter mais lucro.
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Re: Portugal falido
« Responder #17353 em: 2019-02-10 18:06:47 »
-:))

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #17354 em: 2019-02-10 18:13:36 »

Professores não creio que venha a existir falta, na maioria das áreas disciplinares. A idade média elevada reflecte a pouca necessidade de contratação durante anos devida à fraca natalidade. No futuro, continuarão a existir poucos jovens e cada vez menos nas zonas rurais.  Empregos urbanos de professor serão disputados na maioria das disciplinas.
Já há falta. veio nas noticias- jornais e tvs- e não é fake news ( o contrário seria logo desmentido pelo governo). E é precisamente nos centros urbanos que se sente a falta. Lisboa e arredores sempre foram deficitários em relação aos professores - eu fui efetivar á margem Sul porque era onde havia vagas.

Estive a investigar.
Isso tem a ver com mecanismos concursais. Não costuma haver falta de professores em Lisboa. Basta tornar as vagas disponíveis para quem as quiser.

"A Fenprof reconhece também que estas vagas ficam em aberto porque significam em muitos casos "uma mudança de escola não desejada, relativamente à escola ou ao quadro de zona pedagógica em que se encontram" os professores. Porém, acrescenta ainda outra justificação para os 1230 lugares vazios: não haver professores do quadro suficientes para ocupar estes lugares lançados a concurso.

É que a estas vagas dos quadros de escola e agrupamento só puderam concorrer professores que já estavam no quadro, logo "ao mudarem de lugar deixam outro aberto", frisa Mário Nogueira. O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) apela assim a que o Ministério da Educação abra estas vagas a concurso "para contratados e desempregados"."
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Re: Portugal falido
« Responder #17355 em: 2019-02-10 18:39:44 »
E que, como estão as coisas atualmente, já se dariam por satisfeitos com 1400.
Quanto à reforma, com imensas profissões duríssimas a reformarem-se aos 67 anos, porque motivo haveriam os enfermeiras de se reformar 10 anos ou 7 anos mais cedo? E os pescadores, mecânicos, pedreiros, canalizadores, cozinheiras, médicos, auxiliares dos hospitais, caixas dos hipermercados, pessoal da segurança social e das finanças que atende o público, pessoal da recolha do lixo?

Errada a tua analise. Os 1400 tem uma base comparativa. Os 1600 foi apenas porque o Gov tem uma forma de acturar. Se pedissem inicialmente 1400 teriam de vir para os 1300 ou 1250.

Depois em relação á reforma. Eu vejo por mim. Eu nao era capaz de trabalhar por turnos variaveis. Trabalhando numa mina, hoje existem mecanismos que o trabalho nao é tao duro como antigamente. Trabalham das 8 ás 17:00? nao sei.
Os enfermeiros fazem noites e isso é tramado, e por exemplo no recobro nao dá para dormir como fazem muitos medicos " se for preciso chamem-me" lol
è um tipo de trabalho que nao é para todos. Para mim nao dava, digo-te já!



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Re: Portugal falido
« Responder #17356 em: 2019-02-10 18:58:32 »
Eu não estou a dizer que o trabalho não é duro. O que estou a dizer é que existem outras profissões em que tb é duro e choca-me que exista uma redução de vários anos para uma específica. 

Regra geral, acho que cada um poderia reformar-se com a idade que quisesse, sendo o valor da reforma calculada segundo regras actuariais de modo a ser financeiramente neutro.

E se a idade fosse menor (sem penalização) nalgumas profissões, a percentagem de contribuição deveria ser maior. Por exemplo, os mineiros poderiam reformar-se mais cedo, mas as empresas mineiras e os trabalhadores teriam que descontar mais, para compensar.
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Re: Portugal falido
« Responder #17357 em: 2019-02-10 20:22:13 »
E que, como estão as coisas atualmente, já se dariam por satisfeitos com 1400.
Quanto à reforma, com imensas profissões duríssimas a reformarem-se aos 67 anos, porque motivo haveriam os enfermeiras de se reformar 10 anos ou 7 anos mais cedo? E os pescadores, mecânicos, pedreiros, canalizadores, cozinheiras, médicos, auxiliares dos hospitais, caixas dos hipermercados, pessoal da segurança social e das finanças que atende o público, pessoal da recolha do lixo?

Errada a tua analise. Os 1400 tem uma base comparativa. Os 1600 foi apenas porque o Gov tem uma forma de acturar. Se pedissem inicialmente 1400 teriam de vir para os 1300 ou 1250.

Depois em relação á reforma. Eu vejo por mim. Eu nao era capaz de trabalhar por turnos variaveis. Trabalhando numa mina, hoje existem mecanismos que o trabalho nao é tao duro como antigamente. Trabalham das 8 ás 17:00? nao sei.
Os enfermeiros fazem noites e isso é tramado, e por exemplo no recobro nao dá para dormir como fazem muitos medicos " se for preciso chamem-me" lol
è um tipo de trabalho que nao é para todos. Para mim nao dava, digo-te já!

1600 ainda é pouco. Se eu pudesse contribuia agora para o crowdfunding. Pressionem o governo com tudo.

Já acabou a austeridade e o diabo não vem aí....toca a pagar os enfermeiros.

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Re: Portugal falido
« Responder #17358 em: 2019-02-10 22:11:50 »
Opiniao - Diogo Cabrita
Medico - Chuc e professor Universidade Coimbra

PArtilho aqui a sua opiniao por ser relevante para o debate aqui neste forum:

Opinião – A greve e a construção da mentira

As greves são realmente um problema para as populações e nos países miseráveis para os trabalhadores que não recebem pela participação na luta. Os nossos sindicalistas nunca geriram processos de construção financeira que lhes desse a força de pagar o tempo que exigem de greve aos seus associados. Preferem comprar sedes sumptuosas, gastar em reuniões em hotéis de cinco estrela e em facturação de despesas.

A greve dos enfermeiros é uma inovação e um ponto de viragem na luta sindical portuguesa. Ao utilizar uma plataforma livre, transparente e aberta de financiamento conseguiram pagar aos trabalhadores em greve o tempo de paragem. Isto faz história para o movimento sindical e dói ao PCP e ao Bloco ver como as greves podem ultrapassar as suas máquinas anquilosadas de luta.

Não os vi tristes nem insultuosos nas greves do porto de Lisboa que durou mais de um ano e fez Portugal perder milhões de euros de negócios. Não estiveram contra a loucura da Autoeuropa. O problema deles hoje é que há dirigentes dos enfermeiros que são do PSD e a greve está estruturada e pensada de forma irrepreensível. Como chegamos à Requisição Civil?

Primeiro prometeram licenciaturas às classes profissionais que estavam nos politécnicos. Depois prometeram salários muito maiores para as suas carreiras entretanto aceites. Os politécnicos mostraram elevado rigor e indiscutível exigência no cumprimento das fórmulas legais e actuaram com brilho no palco que lhes foi dado. Bragança já brilha acima de várias Universidades. Então quem não cumpriu? Os partidos que apoiaram e fizeram Bolonha; os Governos que não remuneraram o que prometeram em relação as expectativas que criaram. Está montada a revolta quando um enfermeiro de 40 anos recebe menos que outro formado depois, e quando o seu salário dificilmente tem quatro dígitos mesmo com horas extra e noites a rodos.

Veio depois a discussão do direito à Saúde e desta coisa da lista de espera que nasce da greve dos enfermeiros. A lista é enorme e já existe e foi construída por desinvestimento na Saúde e desde a ascensão ao estrelato de Correia de Campos e da sua estranha Escola de fazer Ministros e administradores. A construção em prol de teorias de poupança não comprovadas, exigências tontas, redução de responsabilidade das chefias, ausência de fiscalização honesta dos resultados, construção de incentivos diferentes para trabalhos semelhantes, construção de modelos sucessivos não avaliados: como Hospitais EPE, Hospitais SA , depois PPP veio enlouquecer a estrutura da saúde. A política devia ter evitado usar o palco dos direitos básicos como luta partidária.

Os CRI que deram salários principescos, as horas extraordinárias que ajudaram a fazer altos vencimentos, a diferença do valor hora para trabalhos iguais, tudo isto não trouxe saúde aos espaços que deviam tratar doentes. Mais recente está o exemplo dos Centros Hospitalares construídos sobre joelhos da Escola Nacional de Saúde Pública e que redundou num desvario para exames complementares, para unidades cirúrgicas, para estadiamento de doentes. Gente sem senso governa a despropósito das suas divagações emotivas. É isto que temos hoje na saúde. Não houve avaliação de nenhumas medidas tomadas: nem a exclusividade, nem a entrega de unidades à Misericórdia, nem a forma como a misericórdia gere Instituições de saúde, nem o impacto dos cuidados continuados, nem as consequências na sociedade das medidas sobre medicamentos.

A medicina baseada na evidência é destruída por uma necessidade de reorganizar para poupar tostões que se vão usar no resgate de bancos e em adiar crimes sem processo e sem consequência das finanças onde estão centenas destes heróis que andaram a destruir o serviço nacional de saúde. As mentiras estão agora no discurso falso, que as televisões repetem na sua infinita ignorância, que tem montras como Cristina Ferreira, Goucha, jornalistas instagram, e peixeiros serventuários de partidos com salários milionários.

s doentes urgentes são os que se operam de urgência e não houve greve de enfermeiros às urgências. Uma das mentiras. Os doentes de oncologia (vulgo cancro) não são urgentes e bem pelo contrário, são orientados num calvário de consultas, de estadiamento e exames de preparação que os faz angustiar e todos conhecem. É ciência, mas faz a segunda mentira.

Quando são marcados para operar os enfermeiros estão lá e estão disponíveis e empenhados. Não houve greve a estes. Há doentes que alguns “patrons” sem senso acham que devem ser operados e portanto odeiam os enfermeiros em greve e então surgem discussões pontuais. Isto não faz direito, nem constrói justiça. A emoção e deve estar no seu lugar próprio, tal como a vaidade e a estupidez. Outra mentira. O financiamento dos enfermeiros não foi feito por nenhuns hospitais privados a quem o Estado deve serviços contratados desde 2017.

A verdade envergonharia a Ministra. Um milhão para a Misericórdia da Mealhada, Um milhão e meio para a Clínica da Sophia. Mais uma das mentiras. Note-se que o que paga o estado pelo serviço de redução de listas de espera aos privados é menos 30% do que lhe custa in-muros. O Estado exige uma ginástica financeira aos privados que quase constrói risco para os doentes. Exige de forma enferrujada, sem óleo, aquilo que não consegue poupar no SNS.

A mentira está pois no arrozal com os ratos do campo e os lagostins. Tudo a morder as pernas do trabalhador descalço. Eu contribui para dezenas de actividades culturais e científicas da plataforma de crowdfunding. Também paguei mais de 130 euros para a greve revolucionária dos enfermeiros e estaria de greve se os médicos se tivessem solidarizado. Bem hajam pela coragem demonstrada contra o pântano da mentira.

https://www.asbeiras.pt/2019/02/opiniao-a-greve-e-a-construcao-da-mentira/?fbclid=IwAR2E_htDd2AC3kjxpHiXEzhczFGztm7Xkih1YKY3k08l8mGr7JFeCSz_-Jw
« Última modificação: 2019-02-10 22:18:11 por vifer »

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #17359 em: 2019-02-10 23:59:24 »
E que, como estão as coisas atualmente, já se dariam por satisfeitos com 1400.
Quanto à reforma, com imensas profissões duríssimas a reformarem-se aos 67 anos, porque motivo haveriam os enfermeiras de se reformar 10 anos ou 7 anos mais cedo? E os pescadores, mecânicos, pedreiros, canalizadores, cozinheiras, médicos, auxiliares dos hospitais, caixas dos hipermercados, pessoal da segurança social e das finanças que atende o público, pessoal da recolha do lixo?

Errada a tua analise. Os 1400 tem uma base comparativa. Os 1600 foi apenas porque o Gov tem uma forma de acturar. Se pedissem inicialmente 1400 teriam de vir para os 1300 ou 1250.

Depois em relação á reforma. Eu vejo por mim. Eu nao era capaz de trabalhar por turnos variaveis. Trabalhando numa mina, hoje existem mecanismos que o trabalho nao é tao duro como antigamente. Trabalham das 8 ás 17:00? nao sei.
Os enfermeiros fazem noites e isso é tramado, e por exemplo no recobro nao dá para dormir como fazem muitos medicos " se for preciso chamem-me" lol
è um tipo de trabalho que nao é para todos. Para mim nao dava, digo-te já!

1600 ainda é pouco. Se eu pudesse contribuia agora para o crowdfunding. Pressionem o governo com tudo.

Já acabou a austeridade e o diabo não vem aí....toca a pagar os enfermeiros.

Que outros bens e serviços tu fazes força para pagares mais por eles, em vez de te ser cobrado um preço de mercado concorrencial?
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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