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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3447963 vezes)

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #17300 em: 2019-02-10 09:45:06 »
A questão é: quanto é que um enfermeiro com 20 anos de serviço a fazer banco deve receber ao fim do mês.
O País tem que saber o que é que quer. Se quer ter um SNS, uma rede de ensino pública, uma polícia judiciária competente e funcionários motivados e sabedores tem que pagar às pessoas e tem que criar as condições para que os melhores queiram servir o Estado.
Se não quer nada disso e nem tem dinheiro para o fazer que se deixe de hipocrisias, que se deixe de achincalhar os profissionais e passe-se tudo para o privado.
Mas, de uma vez por todas, pare-se com o achincalhamento público de quem serve o Estado. Recorde-se que os funcionários públicos, na sua maior parte, foi por concursos públicos documentais que acedeu aos seus postos de trabalho. Os funcionários que trabalham por via do factor C, fazem-no com o beneplácito dos partidinhos desta república.
Parece que só os invejosos, os comentadores da SIC e os partidecos do sistema desconhecem esta realidade.

A propósito de uma série de comentadores que, citando este comentário que acima transcrevo, faço notar que sei que há quem trabalhe na função pública via 'factor C'. (Daí ter agora sublinhado o trecho em que o afirmo).

Faço notar que a malta da p'litka, sabendo exatamente quem é que colocou via 'factor C', quando e em que posto, alardeie desenvergonhadamente discursos tribais contra os funcionários públicos: Nós, os (supostos) pagadores de impostos, contra eles, os (putativos) indignos parasitas. Chama-se a isto populismo bacoco... Mas qual será o Baldaiazeco que pode ter coragem para o denunciar?... Era bom, era...

Faço notar que a tribo dos despeitados e dos invejosos enxameiam todas as redes sociais deste país. Atacam os funcionários públicos por ganharem muito e por nada fazerem. Atacam a lógica dos concursos públicos sem perceberem que é esta a melhor forma de se combater o nepotismo e o compadrio.

Faço notar, a este propósito, que nenhum dos rapazes do governo começa a limpeza do funcionalismo público exonerando os incapazes que colocou sabe lá Deus onde...

Faço notar que já não há enfermeiros suficientes para preencher todas as vagas que deveriam ser disponibilizadas no SNS para que este pudesse funcionar de acordo com os melhores critérios internacionais.

Faço notar que há cursos de enfermeiros recém-formados em instituições pagas por todos nós que se recusam a aturar todos os invejosos acima descritos e emigram em massa para a França e para a Alemanha.


Faço notar que a idade média dos professores já se encontra acima dos 50 anos. Não há quem os substitua quando estão doentes, nem haverá quem os substitua quando se reformarem.

Faço notar que poucos alunos a finalizar o secundário querem já ser professores...

Faço notar que não há concursos públicos para integrar a Polícia Judiciária há, salvo erro, 4 anos.

O país corre o risco de ficar sem um SNS, sem um sistema de ensino, sem polícia e sem funcionalismo público competente. Nessa altura, todos os invejosos deste país terão uma oportunidade de mostrar o que valem. Proponho que o façam desde já. Enviem pois os vossos CV para o Largo do Rato! Já, em força e com toda a alegria.

Não se ponham é a querer ganhar o que a OCDE, a Pordata, o Baldaiazeco e os comentadeiros de serviço dizem que se ganha na FP. É que depois riem-se de vós...

Termino repetindo o que já disse aí para trás:
«O País tem que saber o que é que quer. Se quer ter um SNS, uma rede de ensino pública, uma polícia judiciária competente e funcionários motivados e sabedores tem que pagar às pessoas e tem que criar as condições para que os melhores queiram servir o Estado.
Se não quer nada disso e nem tem dinheiro para o fazer que se deixe de hipocrisias, que se deixe de achincalhar os profissionais e passe-se tudo para o privado.»


A maior parte dos funcionários públicos não entra por concurso público já há muitos anos. Oitenta por cento entrou por outra via nos últimos anos.

Concordo que o SNS precisa de muito mais enfermeiros. Mas não vamos atingir o hipotético número ideal de um dia para o outro. O número de enfermeiros no SNS tem vindo a aumentar (em grande parte para compensar a redução do horário para 35h), E não tem existido grande dificuldade em recrutar.
Quanto aos professores, na maioria das áreas não haverá também qualquer dificuldade. Nas áreas sociais e linguísticas, temos licenciados desempregados às paletes. Na maioria das áreas científicas e tecnológicas, a nossa indústria é fraca e emprega poucos e não paga grande coisa. Cada vez temos mais licenciados e muito do emprego criado (no turismo, por exemplo) não é diferenciado. Poderão existir problema apenas em áreas específicas (como informática).
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

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Re: Portugal falido
« Responder #17301 em: 2019-02-10 09:51:18 »
Só para contextualizar, o salário que os enfermeiros pedem para o seu início de carreira é praticamente o que ganha, por exemplo, um engenheiro civil projectista considerado bem pago, formado no IST ou FEUP, com mais de 5 anos de experiência e com a responsabilidade civil que o seu trabalho acarreta. Ah, e geralmente a fazer horas extra não-pagas, e se tiver mesmo que ser, fins de semana. E é se quer.

Sim, que eu saiba, o Estado não emprega engenheiros civis projectistas.

Caro Johny, penso que há engenheiros a trabalhar para o Estado.
Os enfermeiros apresentam uma reivindicação na lógica e no meio de um processo de luta muito difícil em que a parte patronal, muito cinicamente, lhes dá razão mas se recusa a negociar.
Os enfermeiros com 20 anos de serviço e de experiência, levam, na realidade, 1000 euros por mês para casa.
Quanto à segunda parte da tua questão, há, de facto, engenheiros na função pública. Já houve mais...
'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
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"O ar quando não é poluído, é condicionado."
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Re: Portugal falido
« Responder #17302 em: 2019-02-10 10:01:56 »
A maior parte dos funcionários públicos não entra por concurso público já há muitos anos. Oitenta por cento entrou por outra via nos últimos anos.

Concordo que o SNS precisa de muito mais enfermeiros. Mas não vamos atingir o hipotético número ideal de um dia para o outro. O número de enfermeiros no SNS tem vindo a aumentar (em grande parte para compensar a redução do horário para 35h), E não tem existido grande dificuldade em recrutar.
Quanto aos professores, na maioria das áreas não haverá também qualquer dificuldade. Nas áreas sociais e linguísticas, temos licenciados desempregados às paletes. Na maioria das áreas científicas e tecnológicas, a nossa indústria é fraca e emprega poucos e não paga grande coisa. Cada vez temos mais licenciados e muito do emprego criado (no turismo, por exemplo) não é diferenciado. Poderão existir problema apenas em áreas específicas (como informática).

Gostava que me comprovasses a tua primeira afirmação. A ser verdade o que dizes então é porque o pessoal da p'lítka, apregoando transparência para agradar ao pagode apenas dá trabalho aos seus apaniguados. Calculo que hajam mais Begonhazitas da JS por aí...

O Estado só refere as contratações. Procura conhecer o número de enfermeiros que deixa as suas funções e ruma ao estrangeiro.

Por fim, enganas-te a propósito da facilidade de contratar professores. E enganas-te bastante. O crash no Ensino Público há de vir em força daqui por dez anos.

P.S.: Achei engraçado que o pasquim do grupo Impresa desta semana viesse de encontro do que aqui se tem falado... É ir ao quiosque mais próximo, abrir a careira, pedi-lo, pagar 4€ e lê-lo.
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Vimeiro

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Re: Portugal falido
« Responder #17303 em: 2019-02-10 10:02:08 »
Termino repetindo o que já disse aí para trás:
«O País tem que saber o que é que quer. Se quer ter um SNS, uma rede de ensino pública, uma polícia judiciária competente e funcionários motivados e sabedores tem que pagar às pessoas e tem que criar as condições para que os melhores queiram servir o Estado.
Se não quer nada disso e nem tem dinheiro para o fazer que se deixe de hipocrisias, que se deixe de achincalhar os profissionais e passe-se tudo para o privado.»


Então diz aqui o amigo Raposo, que os concursos públicos em Portugal são limpinhos. E que até ajudam a meter pessoas com mérito.
Quando pessoas em Portugal ainda escrevem o que o amigo Raposo escreve é a razão pela qual eu já desisti do país. Nunca iremos mudar.
Por isso acho bem que os enfermeiros tenham os 1600 euros e até mais. Se é para rebentar, ao menos são eles a ganhar mais uma vez na vida até rebentar.

"O país tem que saber o que quer...se  4 milhões no privado super motivados a ver a malta do estado a ganhar o dobro" ehehe  :D 4 milhões super motivadíssimos.

narrativas, narrativas.

como dizia a manuela: em Portugal é simples de governar...aperta-se bem o cinto, e depois vamos distribuindo aos que berram mais.

Não há professores, não há enfermeiros, não há médicos, não inspetores PJ.....mas há o suficiente para baixar das 40 horas para as 35 horas.

Carrega que até à próxima bancarrota vale tudo.  :D

Isto confirma uma das minhas teorias para Portugal para os próximos 50 anos: Vamos andar de bancarrota em bancarrota, em que o tempo que separa uma da seguinte, os diferentes sectores do estado irão chorar para anular cortes/pedir aumentos/e até aumentos em cima de aumentos para compensar cortes da bancarrota passada.
E no fim, ganha quem conseguir mais.

Vai ser uma luta dura entre os diferentes sectores. Let the (hunger) games begin.

Raposo Tavares

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Re: Portugal falido
« Responder #17304 em: 2019-02-10 10:03:59 »

o problema não se resolve nivelando todos por baixo. É ao contrário que tem de pensar-se. Se o salário mínimo subiu os salários restantes deviam ser todos atualizados na mesma percentagem. Em termos gerais. Aumentar o SMN e deixar a distancia aproximar-se causa uma percepção negativa na sociedade... de que não vale a pena o esforço, o mérito, o empenho, a luta por melhores condições de vida. Tanto dá ser um baldas com o 9º ano ou nem isso que faz um trabalho indiferenciado como um gajo que fez um curso superior, qq que ele seja. >:( os privados têm de deixar de explorar mão de obra qualificada e o publico deve dar o exemplo e moralizar a coisa.
Mais 1000 Milhões para o Novo Banco! 8)

Muito bem visto. Concordo em absoluto.
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Re: Portugal falido
« Responder #17305 em: 2019-02-10 10:21:12 »
Termino repetindo o que já disse aí para trás:
«O País tem que saber o que é que quer. Se quer ter um SNS, uma rede de ensino pública, uma polícia judiciária competente e funcionários motivados e sabedores tem que pagar às pessoas e tem que criar as condições para que os melhores queiram servir o Estado.
Se não quer nada disso e nem tem dinheiro para o fazer que se deixe de hipocrisias, que se deixe de achincalhar os profissionais e passe-se tudo para o privado.»


Então diz aqui o amigo Raposo, que os concursos públicos em Portugal são limpinhos. E que até ajudam a meter pessoas com mérito.
Quando pessoas em Portugal ainda escrevem o que o amigo Raposo escreve é a razão pela qual eu já desisti do país. Nunca iremos mudar.
Por isso acho bem que os enfermeiros tenham os 1600 euros e até mais. Se é para rebentar, ao menos são eles a ganhar mais uma vez na vida até rebentar.

"O país tem que saber o que quer...se  4 milhões no privado super motivados a ver a malta do estado a ganhar o dobro" ehehe  :D 4 milhões super motivadíssimos.

narrativas, narrativas.

como dizia a manuela: em Portugal é simples de governar...aperta-se bem o cinto, e depois vamos distribuindo aos que berram mais.

Não há professores, não há enfermeiros, não há médicos, não inspetores PJ.....mas há o suficiente para baixar das 40 horas para as 35 horas.

Carrega que até à próxima bancarrota vale tudo.  :D

Isto confirma uma das minhas teorias para Portugal para os próximos 50 anos: Vamos andar de bancarrota em bancarrota, em que o tempo que separa uma da seguinte, os diferentes sectores do estado irão chorar para anular cortes/pedir aumentos/e até aumentos em cima de aumentos para compensar cortes da bancarrota passada.
E no fim, ganha quem conseguir mais.

Vai ser uma luta dura entre os diferentes sectores. Let the (hunger) games begin.

É como digo: não há dinheiro, não há palhaço. Querer fazer brilharetes escravizando os funcionários públicos é que não está certo.

Já agora: seria bom que se olhasse para os trabalhos que a malta da p'lítka manda fazer fora dos serviços. Caríssimos ao Erário Público e desmoralizantes para os funcionários. Lembre-se das ligações esquisitas entre os escritórios de advogados mais conetados com a deputalhada e os pareceres milionários que o estado lhes encomenda, lembre-se do trabalho -já feito, aliás- que a Lurdinhas mandou fazer a um amigalhaço sendo certo que os seus serviços o poderiam fazer sem dificuldades... Lembre-se que os casos Vara e BCP, Cardona e afins e Caixa e por aí são apenas epifenómenos. Há inúmeros disparates desses.
Enquanto o mau da fita for o desgraçado que trabalha para o Estado e traz trabalho para casa, todos estes galifões e galfarros passam despercebidos. Ao fim e ao cabo, até é isso que se quer.

E uma vez que o amigo quer ir para o estrangeiro, tente conhecer a forma como os países civilizados enquadram e valorizam (já valorizaram mais...) a sua função pública. Repare que em Portugal, - outra das aberrações de que ninguém fala - é que são mais que muitos os casos de ineptos que assumem funções de chefia na FP por, passe o palavrão, 'confiança política'. Você calcula o que este tipo de actuações provoca na moral dos melhores funcionários? Casos destes e a berraria da CS e de todos os bichos caretos desocupados das redes sociais não são uma forma de achincalhar as pessoas?

Quanto à conversa dos concursos, acho que já não vale a pena dizer mais nada...
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D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #17306 em: 2019-02-10 10:23:54 »
A maior parte dos funcionários públicos não entra por concurso público já há muitos anos. Oitenta por cento entrou por outra via nos últimos anos.

Concordo que o SNS precisa de muito mais enfermeiros. Mas não vamos atingir o hipotético número ideal de um dia para o outro. O número de enfermeiros no SNS tem vindo a aumentar (em grande parte para compensar a redução do horário para 35h), E não tem existido grande dificuldade em recrutar.
Quanto aos professores, na maioria das áreas não haverá também qualquer dificuldade. Nas áreas sociais e linguísticas, temos licenciados desempregados às paletes. Na maioria das áreas científicas e tecnológicas, a nossa indústria é fraca e emprega poucos e não paga grande coisa. Cada vez temos mais licenciados e muito do emprego criado (no turismo, por exemplo) não é diferenciado. Poderão existir problema apenas em áreas específicas (como informática).

Gostava que me comprovasses a tua primeira afirmação. A ser verdade o que dizes então é porque o pessoal da p'lítka, apregoando transparência para agradar ao pagode apenas dá trabalho aos seus apaniguados. Calculo que hajam mais Begonhazitas da JS por aí...

O Estado só refere as contratações. Procura conhecer o número de enfermeiros que deixa as suas funções e ruma ao estrangeiro.

Por fim, enganas-te a propósito da facilidade de contratar professores. E enganas-te bastante. O crash no Ensino Público há de vir em força daqui por dez anos.

P.S.: Achei engraçado que o pasquim do grupo Impresa desta semana viesse de encontro do que aqui se tem falado... É ir ao quiosque mais próximo, abrir a careira, pedi-lo, pagar 4€ e lê-lo.

Lembro-me de o ter lido. Infelizmente não consigo encontrar.

Relativamente aos enfermeiros, é verdade que muitos procuram emprego no estrangeiro. O número foi maior durante a Troika, devido aos salários baixos e à dificuldade em obter o primeiro emprego. O que digo é que não tem havido dificuldade de o SNS contratar (o que explica que os privados paguem menos a recém-formados). Nesta área poderá haver dificuldade no futuro.

Professores não creio que venha a existir falta, na maioria das áreas disciplinares. A idade média elevada reflecte a pouca necessidade de contratação durante anos devida à fraca natalidade. No futuro, continuarão a existir poucos jovens e cada vez menos nas zonas rurais.  Empregos urbanos de professor serão disputados na maioria das disciplinas.
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vifer

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Re: Portugal falido
« Responder #17307 em: 2019-02-10 10:27:52 »
Nova definição de achincalhamento de FPs:
Dizer que os FPs têm um horário de 35 horas
Dizer que os enfermeiros do público ganham mais do que os do privado
Dizer que os professores do público ganham mais do que os do privado
Dizer que o concurso público da câmara que pede um licenciado em gestão pública com mestrado em gestão estratégica foi feito à medida de fulano X
Dizer que a totalidade da FP é paga pelo sector privado
Referir dados da OCDE ou da Pordata (as não ser quando dizem o que se defende)

É chato quando factos objectivos achincalham pessoas da FP (felizmente só aquelas que enfiam a carapuça).

Eles prestam um serviço e todo o serviço é pago por alguem. Se fosses á privada usufruir de um serviço idêntico tambem o terias de pagar.  Se pagarias mais ou menos nao tens como provar, se fosse tudo privado.
O que eu sei é que em muita clinica privada quando a coisa corre mal socorrem-se da publica, a custo ZERO!

È verdade que na publica existem serviços pagos pelos nossos impostos que tem um retorno muito duvidoso.
Faz lembrar aquela do plano marshall para ocupar as pessoas pagavam para abrir valas e depois taparem-nas outra vez. Ao menos andavam ocupados.

Eu trabalho na privado e acho que a carga de impostos é acima do razoavel, tenho a certeza que nao é pelos salários
 dos FP que isso acontece.
« Última modificação: 2019-02-10 10:31:35 por vifer »

Raposo Tavares

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Re: Portugal falido
« Responder #17308 em: 2019-02-10 10:29:53 »
Professores não creio que venha a existir falta, na maioria das áreas disciplinares. A idade média elevada reflecte a pouca necessidade de contratação durante anos devida à fraca natalidade. No futuro, continuarão a existir poucos jovens e cada vez menos nas zonas rurais.  Empregos urbanos de professor serão disputados na maioria das disciplinas.

Desculpa insistir: vai ao quiosque, compra o incontornável Expresso, lê o caderno principal e pensa.
Repara que o crash nem se inicia nas zonas rurais... ele já está aí e começa, precisamente, nas zonas urbanas com maior ppc. Alvalade, zona Expo...
'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #17309 em: 2019-02-10 10:40:02 »
Eles prestam um serviço e todo o serviço é pago por alguem.
Exacto, é pago pelo sector privado.
Um enfermeiro ganha 1400, desconta 400 de impostos.
Dos outros 1000 paga o IMI, IUC, etc. e fica com 800. Compra uma série de coisas no supermercado e na loja, mete gasolina, etc. pagando 200 de IVA e imposto petrolifero. No final alguém teve de pagar os 1400-400-200-200=600 euros que faltam. É o sector privado que paga estes 600 euros.
Gostem ou não gostem o seu emprego é pago pelo sector privado. É factual.

Se fosses á privada usufruir de um serviço idêntico tambem o terias de pagar.]Se fosses á privada usufruir de um serviço idêntico tambem o terias de pagar.
A diferença é que se o hospital da luz estiver em greve vou a outro. Não "pertenço" ao hospital da luz, ao contrário do centro de saúde e do hospital público o qual pago e ao qual "pertenço".
« Última modificação: 2019-02-10 10:40:33 por Automek »

jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #17310 em: 2019-02-10 10:55:21 »
Eles prestam um serviço e todo o serviço é pago por alguem.
Exacto, é pago pelo sector privado.
Um enfermeiro ganha 1400, desconta 400 de impostos.
Dos outros 1000 paga o IMI, IUC, etc. e fica com 800. Compra uma série de coisas no supermercado e na loja, mete gasolina, etc. pagando 200 de IVA e imposto petrolifero. No final alguém teve de pagar os 1400-400-200-200=600 euros que faltam. É o sector privado que paga estes 600 euros.
Gostem ou não gostem o seu emprego é pago pelo sector privado. É factual.

Se fosses á privada usufruir de um serviço idêntico tambem o terias de pagar.]Se fosses á privada usufruir de um serviço idêntico tambem o terias de pagar.
A diferença é que se o hospital da luz estiver em greve vou a outro. Não "pertenço" ao hospital da luz, ao contrário do centro de saúde e do hospital público o qual pago e ao qual "pertenço".

Exactamente o grande problema é a não escolha , tal como no ensino, temos que meter os nossos filhos na escola que o estado escolhe , não eu , o que não me permite escolher pela qualidade . E isso não promove a meritocracia, porque não há concorrência.

Já que andam a propalar que se deve nivelar por cima, não vejo ninguém a defender a ADSE a todos os Portugueses. Seria justo ( igualdade na saúde ) e promoveria a meritocracia. 

E claro igualdade nas tabelas remuneratórias entre publico e privado . Porque raio um privado trabalha 40H semanais e ganha menos de ordenado mínimo nacional que um público que trabalha 35H ? Isso é Justiça? Isso é a igualdade que a Constituição Comuna Tuga tanto promove?
« Última modificação: 2019-02-10 10:56:28 por jeab »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Raposo Tavares

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Re: Portugal falido
« Responder #17311 em: 2019-02-10 11:13:44 »
Eles prestam um serviço e todo o serviço é pago por alguem.
Exacto, é pago pelo sector privado.
Um enfermeiro ganha 1400, desconta 400 de impostos.
Dos outros 1000 paga o IMI, IUC, etc. e fica com 800. Compra uma série de coisas no supermercado e na loja, mete gasolina, etc. pagando 200 de IVA e imposto petrolifero. No final alguém teve de pagar os 1400-400-200-200=600 euros que faltam. É o sector privado que paga estes 600 euros.
Gostem ou não gostem o seu emprego é pago pelo sector privado. É factual.

Se fosses á privada usufruir de um serviço idêntico tambem o terias de pagar.]Se fosses á privada usufruir de um serviço idêntico tambem o terias de pagar.
A diferença é que se o hospital da luz estiver em greve vou a outro. Não "pertenço" ao hospital da luz, ao contrário do centro de saúde e do hospital público o qual pago e ao qual "pertenço".

Olhe que isso é cá de um primarismo... bolas!

Repare:
Um trabalhador está doente, vai ao hospital e a sua saúde melhora. Volta a poder trabalhar, volta a poder produzir, volta a poder contribuir para a economia e desanuvia a segurança social. Qual é o preço que atribuímos a este facto?
Aqui, até imagino que o senhor e outros como o senhor, clamem pela velhacaria do enfermeiro que fez bem o recobro e pela ignomínia do médico que diagnosticou e prescreveu bem o paciente. Dirão o senhor e os seus amigos: - O que eles querem, pá! é que o desgraçado vá trabalhar e pague impostos p'rós sacanas encherem o bandulho!

Um miúdo é filho de um cantoneiro de estradas e de uma dona de casa. Longe de colégios privados, fequenta a escola pública da vilória do interior em que os pais vivem. Adiante: o miúdo vem a ser um ás da informática. Quanto é que valem os trabalhos e a atenção dos professores que instruíram, acarinharam e incentivaram o rapazito?
Cá está! Até já vos oiço...:
- Bandidos, pá! O que estes bandalhos fizeram foi tirar um miúdo da felicidade bacoca e salazarenta da terreola e obrigaram o puto a ser produtivo. O que estes sacana querem é que o miúdo produza mais que é para pagar mais impostos, que é para... patati, patatá!

Ora, discutir nestas condições e com estes raciocínios... como dizia o outro a propósito dos gastos com o ensino: 'se acham que o ensino fica caro, experimentem o analfabetismo!'

É o que há!
O Ortega e Gasset (estou a ficar muito citador...) dizia que cada povo merece os dirigentes que tem: por aqui merecemos o Costa, a Lurdinhas e a menina lourinha da saúde...


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Re: Portugal falido
« Responder #17312 em: 2019-02-10 11:18:16 »
Professores não creio que venha a existir falta, na maioria das áreas disciplinares. A idade média elevada reflecte a pouca necessidade de contratação durante anos devida à fraca natalidade. No futuro, continuarão a existir poucos jovens e cada vez menos nas zonas rurais.  Empregos urbanos de professor serão disputados na maioria das disciplinas.

Desculpa insistir: vai ao quiosque, compra o incontornável Expresso, lê o caderno principal e pensa.
Repara que o crash nem se inicia nas zonas rurais... ele já está aí e começa, precisamente, nas zonas urbanas com maior ppc. Alvalade, zona Expo...

Penso que te estás a referir ao crash da natalidade (não acredito que haja falta de candidatos a professor em Alvalade).
Repara, nalgumas zonas de Lisboa o preço das casas subiu tanto que quem compra é quase só pessoal mais velho, com poucas crianças. No meu prédio, em Telheiras, quando comprei (o prédio tinha uns 15 anos e não tem tipologias pequenas) ainda viviam quase só os compradores originais. Comprei a um casal idoso com o ninho vazio que ia fazer o downsizing. Todos os meus vizinhos (que tinham comprado uns 15 anos antes) estavam no escalão entre quase 60 e mais de 70 anos.
Mas ainda existem zonas de Lisboa com muitas crianças. Em Portugal continental, os concelhos com maior natalidade são Odivelas, Albufeira e Lisboa.
Por regiões, acima da média nacional apenas a região metropolitana de Lisboa, o Algarve e os Açores.
Dados de 2017.

Relativamente às zonas rurais, eu até me rio quando vejo tentativas de rejuvenescer aldeias do interior dando alguns euros a quem tenha filhos. Costumam ser aldeias em que metade ou mais são idosos e os outros têm mais de 50 anos. Crianças e jovens são menos de 10%. A maior parte sai de lá assim que possa, para estudar, trabalhar, conviver com outros jovens e arranjar namorado (a).
Com uma ou outra excepção, o declínio das aldeias e pequenas vilas do interior será irreversível. Os escassos jovens serão transportados pela câmara diariamente para as secundárias das sedes de concelho. E alguns concelhos até terão de se associar para manter ensino até ao 12º ano.


“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #17313 em: 2019-02-10 11:18:45 »
Aquilo que um tipo com dor de ouvido precisa é de um otorrino que lhe resolva o problema. Pouco importa se o otorrino, pago pelo estado, é FP ou é trabalhador privado.
Aquilo que um pai e uma mãe precisa é que alguém dê a vacina do tétano ao filho. Pouco importa se o enfermeiro, pago pelo estado, é FP ou é trabalhador privado.
Aquilo que uma pessoa precisa é que o filho aprenda a ler, a escrever e a fazer contas. Pouco importa se o professor, pago pelo estado, é FP ou é um trabalhador privado.

Achar que tem de ser obrigatoriamente um FP é realmente um primarismo. Ideológico.
« Última modificação: 2019-02-10 11:18:57 por Automek »

Raposo Tavares

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Re: Portugal falido
« Responder #17314 em: 2019-02-10 11:27:25 »
Aquilo que um tipo com dor de ouvido precisa é de um otorrino que lhe resolva o problema. Pouco importa se o otorrino, pago pelo estado, é FP ou é trabalhador privado.
Aquilo que um pai e uma mãe precisa é que alguém dê a vacina do tétano ao filho. Pouco importa se o enfermeiro, pago pelo estado, é FP ou é trabalhador privado.
Aquilo que uma pessoa precisa é que o filho aprenda a ler, a escrever e a fazer contas. Pouco importa se o professor, pago pelo estado, é FP ou é um trabalhador privado.

Achar que tem de ser obrigatoriamente um FP é realmente um primarismo. Ideológico.

Mas qual ideológico, qual carapuça!...
Como disse, digo e repito: 'Não há dinheiro, não há palhaço!'
Não é necessário é fingir que se quer um SNS, que se quer Ensino Público e que se quer um bom funcionalismo. Especialmente se se pensa que é possível ter tudo isto sem custos.
Agora vou por si, sem, como diz, ideologias: Terceiromundializemo-nos, portanto!
Que venha daí o arrendamento medieval dos serviços tributários, a desregulamentação e o 'inescrutínio' nas obras públicas, as polícias privadas, os notários particulares, as escolas conventuais para os pobres e elitistas para os ricos, as enfermeiras irmãs de Paula para os pobres e os hospitais dos Lusíadas, da CUF e da Luz para os ricos.
'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche

"O ar quando não é poluído, é condicionado."
in: Jô Soares (conhecido humorista brasileiro)

Raposo Tavares

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Re: Portugal falido
« Responder #17315 em: 2019-02-10 11:32:53 »
'Não acredito que haja falta de candidatos a professor em Alvalade'.

Então porquê?! Olha que essa é uma situação já relatada há muito tempo, antes de ter sido relatada agora também no pasquim do sistema...
'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche

"O ar quando não é poluído, é condicionado."
in: Jô Soares (conhecido humorista brasileiro)

vifer

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Re: Portugal falido
« Responder #17316 em: 2019-02-10 11:39:09 »
Eles prestam um serviço e todo o serviço é pago por alguem.

Exacto, é pago pelo sector privado.
Um enfermeiro ganha 1400, desconta 400 de impostos.
Dos outros 1000 paga o IMI, IUC, etc. e fica com 800. Compra uma série de coisas no supermercado e na loja, mete gasolina, etc. pagando 200 de IVA e imposto petrolifero. No final alguém teve de pagar os 1400-400-200-200=600 euros que faltam. É o sector privado que paga estes 600 euros.
Gostem ou não gostem o seu emprego é pago pelo sector privado. É factual.

kèeee isto? Passaste-te por completo.  ;D
NA privada um enfermeiro so ganha 800 paus? haha
E pensas que vais à privada e so pagas o ordenado do enfermeiro? Tás cá um menino...heheh
Para sustentares um enfermeiro na privada tens de multiplicar o salario dele por 3 na fatura ao cliente, e mesmo assim é à pele. NO fim se der para o torto vais "de froskes" para o publico, e se a VMER chegar a tempo ainda pode ser que te safes ::)


Se fosses á privada usufruir de um serviço idêntico tambem o terias de pagar.]Se fosses á privada usufruir de um serviço idêntico tambem o terias de pagar.
A diferença é que se o hospital da luz estiver em greve vou a outro. Não "pertenço" ao hospital da luz, ao contrário do centro de saúde e do hospital público o qual pago e ao qual "pertenço".

Sem qualquer nexo o que dizes.
 Se fores a outro Hospital que nao esta em greve, esse mesmo pode estar cheio e manda-te vir daqui a tres meses...ou entao como esta super lotado tens de ir a horas fora de expediente e ai pagas 3 o que eles quiserem... ;)
« Última modificação: 2019-02-10 11:40:44 por vifer »

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #17317 em: 2019-02-10 11:40:25 »
Mas qual ideológico, qual carapuça!...
Como disse, digo e repito: 'Não há dinheiro, não há palhaço!'
Não é necessário é fingir que se quer um SNS, que se quer Ensino Público e que se quer um bom funcionalismo. Especialmente se se pensa que é possível ter tudo isto sem custos.
Agora vou por si, sem, como diz, ideologias: Terceiromundializemo-nos, portanto!
Que venha daí o arrendamento medieval dos serviços tributários, a desregulamentação e o 'inescrutínio' nas obras públicas, as polícias privadas, os notários particulares, as escolas conventuais para os pobres e elitistas para os ricos, as enfermeiras irmãs de Paula para os pobres e os hospitais dos Lusíadas, da CUF e da Luz para os ricos.
Não é preciso haver dinheiro, é preciso é haver liberdade de escolha que promova a melhoria de serviços pelo mesmo custo (e isso não é feito com o SNS a manter o monopólio da saúde "gratuita").

Um enfermeiro não trabalha gratuitamente no SNS e uma vacina não é oferecida ao estado pelos laboratórios. A única coisa que o estado tem de fazer é dizer que a aplicação de uma vacina do tétano custa X e permitir que os interessados providenciem esse serviço, tal como já acontece, de resto, em muitos exames complementares de diagnóstico (raios x, TACs, etc) e em análises (sangue, urina, etc.). Depois se a pessoa quiser ir ao centro de saúde levar a vacina, que vá, se quiser ir ao hospital ou clínica X, que vá.

Idem para consultas. Uma consulta de dermatologia só tem de ser feita por um dermatologista "público" por mero fanatismo ideológico.

Nada disto é, aliás, a invenção da roda. A roda já está a funcionar em muitos países europeus.

vifer

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Re: Portugal falido
« Responder #17318 em: 2019-02-10 11:45:22 »
Essa roda que conheces nao é deste planeta Automek,
No SNS nao é os custos com o pessoal que encarece o sistema, mas sim o DESPERDICIO, CONLUIOS, QUINTINHAS, NEGOCIATAS e mais um par de botas.
Sabes la tu do que falas!! 8)

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #17319 em: 2019-02-10 11:49:33 »
kèeee isto? Passaste-te por completo.  ;D
NA privada um enfermeiro so ganha 800 paus? haha
E pensas que vais à privada e so pagas o ordenado do enfermeiro? Tás cá um menino...heheh
Para sustentares um enfermeiro na privada tens de multiplicar o salario dele por 3 na fatura ao cliente, e mesmo assim é à pele. NO fim se der para o torto vais "de froskes" para o publico, e se a VMER chegar a tempo ainda pode ser que te safes ::)
E, mesmo assim, estão cheios de gente. Ou seja, são pagos, pelos vistos bem pagos (segundo tu dizes paga-se 3x o ordenado do enfermeiro) e tudo isto quando a concorrência (SNS) é "gratis" e muito boa.
Eheheh, as tuas intervenções são cada vez melhores na defesa do SNS.  ;D

Se fores a outro Hospital que nao esta em greve, esse mesmo pode estar cheio e manda-te vir daqui a tres meses...ou entao como esta super lotado tens de ir a horas fora de expediente e ai pagas 3 o que eles quiserem... ;)
Antes ter várias possibilidades (cuf, luz, sams, lusiadas, clinicas privadas) do que ter apenas uma. Não perceber isto é achar que é melhor ter apenas uma empresa de telecomunicações, uma de gás e uma de electricidade em regime de monopolio.