Uma coisa, qual foi a soma total do dinheiro que tu voluntariamente deste ao Manoel de Oliveira durante a sua vida? Pergunto porque certamente deste algum, se defendes tão arduamente a justeza de o dar por meios indirectos e forçados.
Nenhum gasto. Nem gosto particularmente. E vi poucos filmes de Manoel de Oliveira. Como tu, o que mais impressiona nele é ter realizado filme até tão avançada idade. E nem sei se os filmes são assim tão bons como os franceses acham. Por isso, noutro post falei de Bergman, que também não conheço por aí além, mas um ou outro que vi, achei bom. E repito o que disse antes e tu insistes em não querer perceber: um programa de governo pode adoptar ou não uma política específica para o cinema e o audiovisual; pode ser neutral no apoio que dê a cineastas ou inclinar-se nalguma orientação estética particular por razões que aceita contra razões contrárias. (
Eu, por exemplo, se fosse PM - :)! -, apoiaria um ministro da cultura que legendasse em português os filmes nacionais, como os franceses fazem nos seus filmes, de maneira a que todos os falantes de português, percebam o que os actores dizem da boca para fora! Aliás, obrigaria também o ministro da instrução pública a exigir dos professores da língua portuguesa ensinassem a ler escrever e falar! pois só em Coimbra se fala com dicção direita! E já agora, quereria que o tal ministro do ambiente determinasse uma percentagem obrigatória de cafés e esplanadas sem música, sem rádio e sem televisão, pelo menos nas praias!). Na particularidade aprovada de uma política cultural, o programa deve impor-se. Se for neutral no apoio a artistas que o seja. Se não for, que o não seja. O que importa é a seriedade da política seguida e os resultados serem bons. Não sendo, mude-se a política, o ministro e, sendo caso disso, o governo, o primeiro ministro e eventualmente, até, a coligação partidária que suporte o governo.