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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3451241 vezes)

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #9400 em: 2015-01-03 05:34:03 »
As nossas yields vão nos 2.4%!!! Cada vez há mais convicção nos mercados de que o Draghi vai começar um QE massivo. Isso sim, seria muito bom para Portugal. Mas se ele não o faz as yields disparam e a nossa economia volta a afundar-se.

Curioso em Janeiro de 2014, há um ano atras, o nosso camarada liberal, gritava alto e em bom som, que o mercado era estupido e ineficiente, por ter as yields portuguesas tão baixas. E na altura estavam a 5%   ;D

Não há nada mais poderoso do que a impressão de dinheiro - toda a eficiência dobra-se a isso. Deixa tudo de ser relevante perante isso.

Pois. É engraçado como as yields portuguesas estarem tão baixas e a inevitabilidade do default português (que é garantida) não são factos contraditórios. Simplesmente o mercado antecipa que o BCE vai imprimir em grande escala e absorver grande parte da dívida portuguesa e depois, mesmo que não anule essa parte da dívida com um clique de rato, prolonga-lhe o prazo para 50 anos e com juro 0.001% -- o que será equivalente a um default, mas sem os investidores privados perderem.


vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #9401 em: 2015-01-03 09:55:11 »
Acresce ser previsível um essor de trocas comercias
intra-europeias e extra-Europa, com o $hell-dollar
encarecido, os USA desendividados e o €uro
a afundar-se no comércio trilateral.

secret

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Re: Portugal falido
« Responder #9402 em: 2015-01-03 10:26:10 »
As nossas yields vão nos 2.4%!!! Cada vez há mais convicção nos mercados de que o Draghi vai começar um QE massivo. Isso sim, seria muito bom para Portugal. Mas se ele não o faz as yields disparam e a nossa economia volta a afundar-se.

Curioso em Janeiro de 2014, há um ano atras, o nosso camarada liberal, gritava alto e em bom som, que o mercado era estupido e ineficiente, por ter as yields portuguesas tão baixas. E na altura estavam a 5%   ;D

Não há nada mais poderoso do que a impressão de dinheiro - toda a eficiência dobra-se a isso. Deixa tudo de ser relevante perante isso.

Pois. É engraçado como as yields portuguesas estarem tão baixas e a inevitabilidade do default português (que é garantida) não são factos contraditórios. Simplesmente o mercado antecipa que o BCE vai imprimir em grande escala e absorver grande parte da dívida portuguesa e depois, mesmo que não anule essa parte da dívida com um clique de rato, prolonga-lhe o prazo para 50 anos e com juro 0.001% -- o que será equivalente a um default, mas sem os investidores privados perderem.

E a Alemanha em público diz que não concorda com isso mas em privado manda avançar.

Problema maior de toda esta engrenagem é que esta gente vai ficar a mandar em nós durante largos anos.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #9403 em: 2015-01-03 12:29:53 »
É o default informal (o formal era mais chato)

jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #9404 em: 2015-01-03 18:41:13 »
As nossas yields vão nos 2.4%!!! Cada vez há mais convicção nos mercados de que o Draghi vai começar um QE massivo. Isso sim, seria muito bom para Portugal. Mas se ele não o faz as yields disparam e a nossa economia volta a afundar-se.

Curioso em Janeiro de 2014, há um ano atras, o nosso camarada liberal, gritava alto e em bom som, que o mercado era estupido e ineficiente, por ter as yields portuguesas tão baixas. E na altura estavam a 5%   ;D

Não há nada mais poderoso do que a impressão de dinheiro - toda a eficiência dobra-se a isso. Deixa tudo de ser relevante perante isso.

Pois. É engraçado como as yields portuguesas estarem tão baixas e a inevitabilidade do default português (que é garantida) não são factos contraditórios. Simplesmente o mercado antecipa que o BCE vai imprimir em grande escala e absorver grande parte da dívida portuguesa e depois, mesmo que não anule essa parte da dívida com um clique de rato, prolonga-lhe o prazo para 50 anos e com juro 0.001% -- o que será equivalente a um default, mas sem os investidores privados perderem.

1º têm que descalçar a bota Grega. Não podem comprar dívida soberana de um País que diz que não paga  :D
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Thunder

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Re: Portugal falido
« Responder #9405 em: 2015-01-03 19:47:57 »
Os problemas da maior parte das urgências, é que +-2/3 dos que lá se deslocam não são urgentes!
E aqui o problema é não funcionarem bem o Centros de Saúde... USF's...
Apesar de que o aumento das taxas na urgência contribui... mas pouco.

Eu preferia um sistema tipo de Alemanha. Qq pessoa pode escolher o médico e tem logo comparticipação... etc... este modelo para mim seria o ideal...

Um amigo que viveu no Canadá contou-me que lá também era assim. Não sei se ainda o é.
Podes (ou podias?) escolher o médico que quiseres e o estado comparticipa com x
É um sistema que deve promover um interesse enorme por parte dos médicos em cativar o utente e prestar um bom serviço.
« Última modificação: 2015-01-03 19:48:56 por Thunder »
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Thunder

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Re: Portugal falido
« Responder #9406 em: 2015-01-03 19:54:41 »
Em comum, os quatro médicos portugueses têm o sentimento de desalento que os fez sair e nenhum acredita que seja possível voltar um dia. Todos tinham emprego em Portugal e garantem que os salários no estrangeiro – que chegam a ser cinco vezes superiores – não foram o mais importante para a concretização da mudança. A falta de condições de trabalho e a degradação do Serviço Nacional de Saúde foram a gota de água para todos eles e ainda é com um sentimento agridoce que vêem juntar a palavra emigrante à profissão de médico, até porque, como salienta Ana Gonçalves, “Portugal está a deixar sair uma geração de quadros qualificados de que precisa” – e “atrás vão os filhos”. Apesar disso, prefere falar em “globalização”. Nadine Ferreira também gosta de se definir como “cidadã de dois países”.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/mais-de-250-medicos-pediram-documentos-para-sair-do-pais-este-ano-1680531
---------------------------
Isto é que é revelador do para onde vamos ...


Isso é mais uma falsidade semelhante á do JJ a dizer que no Milão ia ganhar 4 vezes mais do que em Portugal.
O que acontece é  o seguinte
 - durante décadas o lobby dos médicos limitou o nº clausus nos cursos de medicina, para perpertuar os prilegios de uma classe altamente corporativista
- o governo acabou por combater isso, recrutando cubanos e espanhois, criando novas faculdades de medicina e alargando numeros clausus
- os novos estão em condições muito desfavoraveis relativamente aos mais antigos
- a intanilidade no caso dos mais novos aliada á observação das disparidades dentro da classe sem que tal tenha nenhuma correlação com competencia, gera uma sentimento de frustração sendo a emigração uma possivel valvula de escape


A uns bons 12 anos atrás uma amiga que estava a escolher a especialidade de medicina que iria tirar contava-me que na zona dela apenas havia uma vaga para dermatologia. Logicamente os preços duma consulta de dermatologia eram o absurdo que se via....
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Luisa Fernandes

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Re: Portugal falido
« Responder #9407 em: 2015-01-07 02:02:52 »
E Quem Embolsou Os 120 Milhões?

A rede ferroviária de alta velocidade em Portugal foi cancelada em 2012, mas a factura ascendeu a pelo menos  153 milhões de euros. Segundo uma auditoria publicada hoje pelo Tribunal de Contas (TdC), ao longo dos 12 anos em que o projecto esteve a ser elaborado foram gastos 120 milhões de euros em contratação externa e 32,9 milhões de euros em custos de estrutura da RAVE, a empresa pública criada para levar a cabo o TGV
.

Aposto que em alguns dos gabinetes premiados haverá gente muito liberal e que critica o “peso do Estado na Economia”….
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Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #9408 em: 2015-01-07 02:06:42 »
E Quem Embolsou Os 120 Milhões?

A rede ferroviária de alta velocidade em Portugal foi cancelada em 2012, mas a factura ascendeu a pelo menos  153 milhões de euros. Segundo uma auditoria publicada hoje pelo Tribunal de Contas (TdC), ao longo dos 12 anos em que o projecto esteve a ser elaborado foram gastos 120 milhões de euros em contratação externa e 32,9 milhões de euros em custos de estrutura da RAVE, a empresa pública criada para levar a cabo o TGV
.

Aposto que em alguns dos gabinetes premiados haverá gente muito liberal e que critica o “peso do Estado na Economia”….


Isso seria perfeitamente normal - ser-se liberal não é o mesmo que ser-se estúpido. Se existem esquemas de transferência de valor de uns para os outros os liberais vão ser tão propensos como quaisquer outro a aproveitá-los. A diferença é que pelo menos os liberais são geralmente contra a existência esses esquemas mesmo que os aproveitem, o que não é necessariamente o caso da maioria dos outros.
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kitano

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Re: Portugal falido
« Responder #9409 em: 2015-01-07 10:36:14 »
No mundo da Luísa é suposto haver pessoas a trabalhar num projecto durante 12 anos sem receber qualquer salário.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #9410 em: 2015-01-07 12:40:22 »
No mundo da Luísa é suposto haver pessoas a trabalhar num projecto durante 12 anos sem receber qualquer salário.
No mundo desta malta o TGV não tinha era parado. Além dos 153M, tínhamos estoirado os 8.000M na obra completa, com o argumento que ia criar emprego, consumo e enorme prosperidade.

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Re: Portugal falido
« Responder #9411 em: 2015-01-08 15:08:30 »
Uma maneira de abatermos a divida é passar a educação, procura de trabalho e saúde para as mãos dos municípios. Enquanto não modificarmos a contabilidade das despesas do governo a divida irá continuar a subir.

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Re: Portugal falido
« Responder #9412 em: 2015-01-08 15:11:07 »
As dívidas dos municípios entram para as contas da dívida do Estado.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Portugal falido
« Responder #9413 em: 2015-01-08 15:15:16 »
No mundo da Luísa é suposto haver pessoas a trabalhar num projecto durante 12 anos sem receber qualquer salário.
No mundo desta malta o TGV não tinha era parado. Além dos 153M, tínhamos estoirado os 8.000M na obra completa, com o argumento que ia criar emprego, consumo e enorme prosperidade.

essa eh uma grande verdade

tb se aplica aos projectos que realmente foram para a frente apesar de inuteis e que sempre tiveram o apoios dos comunistas do PCP e bloco apenas por serem considerados como "investimento publico" (sempre bom, claro). agora os mesmos sao contra pagar a divida e contra a austeridade e estao muito zangadinhos com tudo isto.
« Última modificação: 2015-01-08 15:16:58 por Neo-Liberal »

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Re: Portugal falido
« Responder #9414 em: 2015-01-08 15:18:10 »
As dívidas dos municípios entram para as contas da dívida do Estado.

Mas eram mais bem geridas estas áreas.

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #9415 em: 2015-01-08 15:31:23 »
Uma maneira de abatermos a divida é passar a educação, procura de trabalho e saúde para as mãos dos municípios. Enquanto não modificarmos a contabilidade das despesas do governo a divida irá continuar a subir.

Modificar a contabilidade não elimina nem os custos, nem o aumento da dívida.
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Re: Portugal falido
« Responder #9416 em: 2015-01-08 15:40:06 »
Uma maneira de abatermos a divida é passar a educação, procura de trabalho e saúde para as mãos dos municípios. Enquanto não modificarmos a contabilidade das despesas do governo a divida irá continuar a subir.

Modificar a contabilidade não elimina nem os custos, nem o aumento da dívida.

Temos um sistema onde a saúde, emprego e educação gera deficit e depois muitas vezes são os municípios que por outros caminhos tentam resolver criando mais deficit, existe um duplo deficit.

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Re: Portugal falido
« Responder #9417 em: 2015-01-08 15:42:03 »
as atribuições são diferentes por isso ao há duplo défice.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Portugal falido
« Responder #9418 em: 2015-01-08 16:55:34 »
Citar
Portugal gastou mais de 120 milhões com helicópteros que nunca vai receber

Em 2011 e 2012, Portugal gastou 87 milhões num programa da NATO para comprar dez helicópteros. Agora, pagou mais 35 milhões por ter desistido de os comprar.

O Governo efetuou na última semana de 2014 o pagamento de 35 milhões de euros à NATO Helicopter Industries (NHI), o consórcio de fabricantes que está a produzir uma série dessas aeronaves para vários países da Aliança Atlântica. A verba não corresponde a uma qualquer tranche de pagamento por algum dos dez helicópteros, encomendados em 2001, pelo Estado português, com o objetivo de dotar a há muito existente Unidade de Aviação Ligeira do Exército (UALE) dos respetivos meios aéreos - mas sim ao pagamento de uma indemnização por ter desistido do contrato. A essa verba somam-se os, pelo menos, 87 milhões que Portugal já investiu naquele programa, entre 2011 e 2012.

Iniciada em meados de 2012, a denúncia do contrato só foi selada em outubro passado, quando uma resolução do Conselho de Ministros anunciava que o Governo teria firmado um acordo com a agência de gestão de projetos de helicópteros da NATO (NAHEMA) e a NHI, que terminaria "definitivamente" com a participação de Portugal no projeto cooperativo de desenvolvimento de aparelhos NH90 que envolve a Alemanha, França, Holanda e Itália. Nessa resolução, o Governo autorizava a que se realizasse uma despesa destinada a suportar os encargos decorrentes da desistência, até um total de 37 milhões de euros.

Segundo o Governo, os encargos decorrentes do projeto tinham-se tornado incomportáveis. A continuação da participação portuguesa no programa NH90 implicaria encargos num total nunca inferior a 580 milhões de euros, a pagar até 2028. Em 2012, quando foi anunciada a rescisão do contrato, pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e pelo ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, falava-se em 420 milhões.

Ler mais: http://visao.sapo.pt/portugal-gastou-mais-de-120-milhoes-com-helicopteros-que-nunca-vai-receber=f806357#ixzz3OFXyCStW

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #9419 em: 2015-01-08 17:03:43 »
É uma chatice que nos tenham enfiado nessa história ... em 2001.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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