Antunes,ok, então vamos lá ver. Traição a quem defender a atribuição de nacionalidade a estrangeiros. Isso é o quê? Prender a malta toda de um ou mais partidos que defendam algo que existe em todos (ou quase todos) os países do mundo? Isso iria ajudar em quê o nosso país, com a demografia que temos hoje em dia? Qual é o grau de pureza que achas que tens? Achas que descendes do Viritato? Mas que sentido é que isso faz como ideia sequer? É que convém também que argumentes, não é só chutar cá para fora.
Os outros 3 pontos respondi.
Vamos de novo a eles então:
1 - Defendes então uma democracia directa no sentido mais extremo? Em que a votação dos orçamentos anuais seria por referendo calibrado à carga fiscal paga? Portanto, defendes que uma empresa seria melhor gerida se os seus trabalhadores, em percentagem do que produzem para essa empresa, decidissem os gastos e investimentos dessa empresa? Não digo a nível de legitimidade, mas sim de eficiência, que é o que se está a discutir também, porque eu sei que a empresa é dos seus accionistas e eles é que mandam. Mas até podemos ir por aí. Porque é que os accionistas das empresas contratam gestores, se segundo o teu raciocínio eles teriam mais eficiência a decidir todas as estratégias consoante o seu peso na estrutura accionista? Eu sei que em grandes decisões eles são chamados a assembleias para intervir e serem ouvidos (alguns), mas na política pública também há referendos para certos casos.
2 - Então mas se num ano decidem pagar 50000 pessoas, cada uma pagaria, digamos para exemplificar, 100€, e depois no ano seguinte já só dava jeito a 20000 pagarem, e teriam que pagar 250€, e assim já não queriam, e pronto. Lá se ía os seguros das crianças para o charco. Ou então tens que me explicar melhor como é que financiavas esses seguros para as crianças todas, mas sem usar impostos, que isso é uma perigosa deriva colectivista.
3 - Epa, diz-me lá um país então que sirva de exemplo em que não se prejudiquem terceiros para ver se eu entendo.
Eu considero que a nosso país é património comum dos portugueses e que ao naturalizar estrangeiros estás a dar parte desse património comum. É como se 3 pessoas fossem herdeiras de um casarão e uma ou duas delas deixassem estranhos ir para lá viver e esses estranhos passassem a ser co-proprietários, diluindo a parte de cada herdeiro. Não consigo perceber o que ganhamos em atribuir facilmente a nacionalidade a estrangeiros.
Eu defendo o jus sanguinis que existe em muitos países. Mesmo na Europa ocidental, que é muito laxista nisso, a maior parte dos países é mais restritivo na atribuição da nacionalidade do que Portugal.
Todos nós somos mistura de povos antigos. Um cocktail. Cada país é um cocktail diferente. Um povo defender um território para si sempre foi considerado um comportamento adaptativo no sentido darwiniano.
1- Isso é outra discussão (democracia directa vs. representativa) que daria pano para mangas. A minha proposta poderia facilmente ser concretizada de modo representativo.
2- Como já te disse, nisso sou mais liberal do que libertário (justifico isto de dois modos: porque todos nós beneficiámos da educação das gerações anteriores e porque mesmo quem não tem filhos provavelmente quererá, por exemplo, ter médicos quando for velho).
Os representantes dos pagantes definiriam o orçamento. Eu acredito que poderia ser um orçamento razoável.
3- Como sabes, não há nenhum país libertário no mundo. Mas existem é países com impostos relativamente baixos e maior liberdade económica.
Mas parece-me muito fácil de entender a diferença entre não ajudar e prejudicar. Honestamente, não percebo entender a tua dúvida.
Ok, uma coisa é ser mais ou menos restritivo na imigração, e estou a supor que tens como bons exemplos a Hungria ou a Polónia, esses bastiões do desenvolvimento humano e da segurança, outra coisa é defender a condenação por traição de quem defenda a atribuição de nacionalidade a estrangeiros, seja de que forma for. Eu sou a favor de regras para a atribuição da nacionalidade, e discuti-las é algo que não considero risível. Colocar na lei algo como o que propuseste, desculpa, mas para mim é risível.
1 - Podes então explicar como?
2 - Sinceramente não percebi a forma de financiamento que defendes, nem mesmo a representatividade dos "pagantes". Quem iria representar os pagantes? E quantos iriam representar? E quantos pagantes seriam representados por cada representante? E como seria escolhido cada representante dos pagantes?
3 - Pronto, então só posso concluir que não consideras nenhum país do mundo decente, pois em nenhum são cumpridos os teus padrões. Pelo que os casos de sucesso que referes não são válidos para representar as tuas ideias.
Sim, há uma diferença entre não ajudar (passar por um sem-abrigo na rua e não lhe dar uma moeda) e prejudicar (retirar benefícios a pessoas que dependem desses benefícios, seja justa ou injustamente).
Por fim, eu até sou uma pessoa que espera que a IL vingue, que ganhe força e ajude a tornar Portugal um país mais amigo da economia livre, dos mercados financeiros vs. banca como forma de financiamento, com menos burocracia, etc. O que não quer dizer que concorde com tudo o que dizem. Mas pronto, como todos os governos de todos os países do Mundo, sou um perigoso colectivista.