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Autor Tópico: Educação - Tópico principal  (Lida 378746 vezes)

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #620 em: 2014-02-07 14:49:50 »
acabam com os cursos profissionais nas secundárias e passam-nas para os politécnicos. Deve ser uma forma de ajudar os politécnicos a manterem-se.
Não faz grande sentido, pois colocam os que não têm apetências académicas ainda mais tempo nas escolas.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Automek

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #621 em: 2014-02-07 17:16:43 »
Estas coisas só se tornam um problema quando existem concursos 'cegos', tipo concursos públicos, onde o requisito é ser licenciado e nada mais.
De resto, por mim até podem fazer licenciaturas de 3 meses ou mesmo sorteadas porque no recrutamento nas empresas estas já sabem muito bem distinguir o trigo do joio (daí que haja universidades com mais saída que outras).

jeab

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #622 em: 2014-02-07 17:53:40 »
Vamos lá a ver ... o papel das escolas, sejam elas quais forem é fazerem a transmissão de conhecimentos. Primárias e secundárias, normalmente seriam para transmitir os conhecimentos genéricos que iriam dar base aos conhecimentos especializados que se adquirem em "cursos". Ora este percurso tem sido subvertido para se ficar bem nas fotografias (estatísticas), começando pela estúpidez da obrigatoriedade dos 12 anos de ensino. O escalonamento que havia anteriormente era muito mais eficiente em produzir pessoas com o conhecimento necessário à sociedade, do que actualmente.
Já aqui referi, que na cimenteira onde trabalhei, fazía-se cursos profissionais de caldeiraria, frezador, electro-mecânica, electicidade, etc. de 2 anos, que a qualidade de conhecimento os alunos adquiriam era de tal ordem, que só 15% ficavam nas fábricas, pois eram "roubados" por outras empresas.
Nem todos podem ser Drºs e Engºs, quando os cursos intermédios e cursos profissionais é que fazem falta às nossas PMEs e o que se está a produzir são Dr e Eng. em 3 anos que nem o básico sabem. E sei bem do que falo, pois tenho 2 em casa, um Mestrado em Civil e outro licenciado em economia, cursos tirados em universidades publicas de renome, mas as falhas ao longo do percurso escolar estão lá. Deficiencia no conhecimento básico, conteúdos de cadeiras obsoletos e inapropriados e professores que se estão borrifando e/ou nem sabem transmitir o que sabem. metem nome sonantes à frente das cadeiras, para atrair alunos e subsídios, professores que nem lá aparecem e as cadeiras acabam por ser dadas pelos regentes ou pelo das práticas a dar ambas as aulas.

Por isso as empresas têm que apertar a triagem nas entradas deste pessoal,se forem para o sério ou então se for só para nº para receberem subsídio qualquer um serve ...
Para mim o ensino é só mais um reflexo de m... de País que Portugal se tornou e tal como é necessário mudar a sociedade e o modo de governação, assim o ensino precisa de uma boa mexida ... :)
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

karnuss

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #623 em: 2014-02-07 21:21:45 »
Agora vou chamar de Drº ao serralheiro que me vier colocar as grades na janela ...  :-\

Minha rica Escola Industrial , de onde saíam verdadeiros electricistas, frezadores, etc. que a indústria necessitava.


Conselho de Ministros aprova Cursos Superiores de Dois Anos


O conselho de ministros aprovou a criação de cursos superiores com apenas dois anos de duração. Eis o enquadramento presente no comunicado do conselho de ministros hoje divulgado:

    “(…) 2. O Conselho de Ministros aprovou um diploma que procede à criação de um novo tipo de formação superior curta não conferente de grau, os cursos técnicos superiores profissionais.

    O objetivo destes cursos é alargar e diversificar o espectro da oferta de ensino superior em Portugal e por essa via aumentar o número de cidadãos com qualificações superiores necessárias ao país. Estes ciclos de estudos curtos têm a duração de dois anos, estando previstos no Quadro Europeu de Qualificações com nível 5.

    Esta oferta educativa deve ter uma forte inserção regional, concretizada ao nível da sua criação, definição dos planos de estudos e concretização da componente de formação em contexto de trabalho, na interação obrigatória com as empresas e associações empresariais da região.

    Estes ciclos de estudos serão ministrados no âmbito do ensino superior politécnico e têm uma componente de formação geral e científica, uma componente de formação técnica e uma componente de formação em contexto de trabalho, que se concretiza através de um estágio. (…)”

 http://economiafinancas.com/2014/conselho-de-ministros-aprova-cursos-superiores-de-dois-anos/#ixzz2seAtqvEw



É o que dá os governos colocarem o carro à frente dos bois: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/politecnicos-recusam-leccionar-cursos-curtos-aprovados-pelo-governo-1622704

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Politécnicos recusam leccionar cursos curtos aprovados pelo Governo

Modelo “revela desconhecimento da realidade do ensino superior”, diz Conselho Coordenador. Governo admite indefinições na proposta aprovada nesta quinta-feira

Passaram poucas horas entre o momento em que o Governo aprovou o diploma que prevê a criação de cursos técnicos superiores profissionais e o anúncio da recusa dos institutos politécnicos para os leccionarem. O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) justifica que a proposta da tutela é desajustada da realidade. O Governo quer que estas formações arranquem no próximo ano lectivo, mas é o próprio secretário de Estado a admitir que talvez não seja possível fazê-lo.

Em comunicado, o CCISP manifesta “total indisponibilidade” para leccionar os novos cursos superiores, já que estes revelam “desconhecimento da realidade” do ensino superior politécnico, dos interesses do mercado de trabalho e das necessidades de qualificação. Por isso, os presidentes dos institutos politécnicos exigem a “abertura de um processo de diálogo” acerca da arquitectura desta nova oferta formativa no ensino superior, para o qual dizem estar disponíveis.

“O CCISP não pode aceitar o modelo proposto”, desde logo porque não houve concertação à volta do mesmo. Os presidentes dos politécnicos fazem duas outras críticas à proposta do Governo. Os novos cursos de ciclo curto “nada acrescentam” aos actuais Cursos de Especialização Tecnológica, “antes consistindo numa sobreposição inconsistente e incompreensível, afectando a racionalidade do sistema e debilitando a sua eficácia”, criticam.

Os politécnicos lamentam ainda a “forma depreciativa” como estes cursos são apresentados e a “confusão” entre o que é formação profissional de nível secundário e formação em contexto de empresa ou de nível superior. Estas dimensões “descredibilizam uma proposta que poderia ser um contributo sólido para o sistema e para o país”.

Após a reunião que manteve com o Ministério da Educação e Ciência na segunda-feira, o presidente do CCISP, Joaquim Mourato, já tinha manifestado algumas dúvidas sobre a forma como iam funcionar estes cursos, mais de um ano depois do anúncio por parte do governo desta nova oferta formativa no ensino superior. No comunicado de ontem, o responsável pelos institutos politécnicos diz que essas dúvidas se mantêm.

O próprio secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, admite que a proposta pode ter debilidades. O governante assumiu, no final do Conselho de Ministros, que o modelo de financiamento destes cursos, conjugando uma componente de financiamento nacional e de fundos europeus, “está ainda em negociação”,. “Está previsto para toda a duração do quadro comunitário de apoio fundos e suficientes para o financiamento desses cursos”, afirmou, esperando que as verbas possam ser disponibilizadas "em tempo útil”.

Ferreira Gomes reconhece também que as instituições ficam com pouco tempo para preparar a nova oferta: “É um prazo curto para montar a ligação com as escolas secundárias e empresas, identificar as áreas prioritárias, negociar com as empresas e com o IEFP”. Por isso, “muitos só terão início no ano seguinte”, afirmou o governante. Ainda assim, o secretário de Estado sustenta que o objectivo do Governo é iniciar estes cursos “já em 2014”, no início do novo ano lectivo.

O diploma aprovado no Conselho de Ministros prevê a criação de cursos técnicos superiores profissionais com a duração de dois anos, o primeiro com uma componente de formação geral e o segundo focado na formação profissional em sala de aula, complementado com um estágio numa empresa. Esta formação não vai conferir qualquer grau superior aos estudantes que os frequentem e será leccionada exclusivamente nos institutos politécnicos.

O modelo do Governo define que estes cursos serão desenhados em articulação com as comissões de coordenação regional, com as empresas e com as associações empresariais, para que a oferta esteja “adaptada às necessidades” de cada uma das regiões do país. A frequência do curso implicará o pagamento de propinas, mas o valor será “substancialmente abaixo do valor máximo autorizado para as licenciaturas”, segundo o secretário de Estado. Já a fixação do número de vagas para cada curso será da responsabilidade de cada instituto politécnico e o acesso faz-se através de uma prova local, também responsabilidade de cada instituição.

Luisa Fernandes

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #624 em: 2014-02-09 13:50:05 »

Governo legitima mudança na política científica com dados descontextualizados



O que Carlos Fiolhais afirma para a Ciência era já válido para a Educação, mas não foi nada simples conseguir uma tão ampla demonstração…


Se olharmos para todos os profissionais que completaram o ensino superior nas áreas de ciência e tecnologia, e que estão a trabalhar nestas actividades, Portugal está na cauda da Europa: apenas 13,7% da população activa estava, em 2012, integrada em actividades de ciência e tecnologia, enquanto a média europeia era de 18,9%.

“O número médio de novos doutores na União Europeia em 2011 por 100.000 habitantes foi de 22,9”, diz-nos por sua vez Carlos Fiolhais. “Portanto, se queremos continuar o caminho de aproximação à média europeia, a convergência tem de continuar, o que só se consegue continuando a investir ao mesmo ritmo e não quebrando o investimento que se estava a fazer.”
« Última modificação: 2014-02-09 13:50:45 por Luisa Fernandes »
Quem não Offshora não mama...

JoaoAP

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #625 em: 2014-02-09 15:03:28 »
Esperava um pouco mais do Crato, sim.
Tem feito algumas trapalhadas.

Zenith

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #626 em: 2014-02-09 15:08:23 »
Esses nºs são um disparate. Difícil acreditar que um investimento na melhor das hipoteses de 3% do PIB dê para pagar a 18% da população activa (além do equipamento que em geral não é barato).
Basta alguém olhra para o seu circulo de familiares e vizinhos para para verficar que não encontra uma média de 1 em 7 envolvido em I&D.

Zenith

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #627 em: 2014-02-09 15:24:10 »
Esses nºs são um disparate. Difícil acreditar que um investimento na melhor das hipoteses de 3% do PIB dê para pagar a 18% da população activa (além do equipamento que em geral não é barato).
Basta alguém olhra para o seu circulo de familiares e vizinhos para para verficar que não encontra uma média de 1 em 7 envolvido em I&D.

Parece que não é a população activa toda, mas a % é apenas dentro daqueles que tiraram um curso superior nas areas de ciencia e tecnologia.
Nesse caso o panorama é bem pior, porque se calhar 7-8% são professores universitarios (e aqui não dev diferir muito do resto da Europa), 2-3% ligados ao estado (bolseiros , institutos etc) e se calhar só sobre 2-3% no sector privado, e aí a diferença para a Europa desenvolvida deve ser abissal.

No entanto temos sempre o problema do ovo e da galinha. Não sabemos se é a existencia de recursos que potencia a riqueza baseada na produção tecnologica, ou a riqueza que vai gerar necesidades e empregos de I&D (inclino-me mais para a segunda mas depende de muitas coisas)





Zel

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #628 em: 2014-02-09 16:35:58 »
parece um bom modelo de desenvolvimento isso de olhar para medias europeias e depois forcar a evolucao da coisa com dinheiro do estado

nao admira que estejamos falidos

Zel

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Incognitus

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #630 em: 2014-02-20 01:19:50 »
Vamos ter um ligeiro problema a competir com isto ...
 
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Many high school students wake and leave home in the morning at 5am and return home after studying well after 10 pm, then return to specialty study schools often to 2am, from Monday to Friday and also they often study on weekends.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #631 em: 2014-02-20 09:41:31 »
duvido é que essas crianças consigam, no futuro, algum tipo de equilíbrio de forma a serem produtivos. As crianças devem dormir entre 8 a 10 horas.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Zel

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #632 em: 2014-02-20 10:28:30 »
ser preguicoso tb tem vantagens, aposto que nao foi um coreano a inventar a roda

Zenith

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #633 em: 2014-02-20 12:02:31 »
Vamos ter um ligeiro problema a competir com isto ...
 
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Many high school students wake and leave home in the morning at 5am and return home after studying well after 10 pm, then return to specialty study schools often to 2am, from Monday to Friday and also they often study on weekends.

Isso refere-se aos chineses?
Desde que começaram a participar nos testes de Pisa, eles limparam tudo, mas paradoxalmente nunca fizeram grande alarde disso. Parece que andam tão desesperados como os americanos com o sistema de ensino. A mentalidade confucionista de querer absorver tudo e reverência pelo mestre está a criar uma gerações de alunos com cérebro completamente formatado, o que é bom para recuperar atrasos, mas péssimo quando começa a ser necessário criatividade.
Nós aqui ainda não notámos mas temos um problema semelhante. Estamos a  afastar-nos quer do cartesianismo centro-europeu quer dos sistemas fas public schools inglesas que primam individualismo e a cair para um confucionismo light.

Incognitus

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #634 em: 2014-02-20 12:06:38 »
Vamos ter um ligeiro problema a competir com isto ...
 
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Many high school students wake and leave home in the morning at 5am and return home after studying well after 10 pm, then return to specialty study schools often to 2am, from Monday to Friday and also they often study on weekends.

Isso refere-se aos chineses?
Desde que começaram a participar nos testes de Pisa, eles limparam tudo, mas paradoxalmente nunca fizeram grande alarde disso. Parece que andam tão desesperados como os americanos com o sistema de ensino. A mentalidade confucionista de querer absorver tudo e reverência pelo mestre está a criar uma gerações de alunos com cérebro completamente formatado, o que é bom para recuperar atrasos, mas péssimo quando começa a ser necessário criatividade.
Nós aqui ainda não notámos mas temos um problema semelhante. Estamos a  afastar-nos quer do cartesianismo centro-europeu quer dos sistemas fas public schools inglesas que primam individualismo e a cair para um confucionismo light.

São os Coreanos.

Eu duvido seriamente dessa história da criatividade, também. É uma desculpa demasiado fofinha. O mais provável é sermos trucidados ao longo do tempo.

(não duvido que o ensino deles seja demasiado baseado em memorização de factos, etc, duvido é que isso interfira com a criatividade dando-nos uma vantagem)
« Última modificação: 2014-02-20 12:07:33 por Incognitus »
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #635 em: 2014-02-20 12:10:33 »
Vamos ter um ligeiro problema a competir com isto ...
 
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Many high school students wake and leave home in the morning at 5am and return home after studying well after 10 pm, then return to specialty study schools often to 2am, from Monday to Friday and also they often study on weekends.

Isso refere-se aos chineses?
Desde que começaram a participar nos testes de Pisa, eles limparam tudo, mas paradoxalmente nunca fizeram grande alarde disso. Parece que andam tão desesperados como os americanos com o sistema de ensino. A mentalidade confucionista de querer absorver tudo e reverência pelo mestre está a criar uma gerações de alunos com cérebro completamente formatado, o que é bom para recuperar atrasos, mas péssimo quando começa a ser necessário criatividade.
Nós aqui ainda não notámos mas temos um problema semelhante. Estamos a  afastar-nos quer do cartesianismo centro-europeu quer dos sistemas fas public schools inglesas que primam individualismo e a cair para um confucionismo light.

eh ao confucionismo light que as escolas privadas se dedicam em portugal, saiem de la carregadores de piano que nao vao inventar a roda


Zenith

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #636 em: 2014-02-20 12:13:00 »
Vamos ter um ligeiro problema a competir com isto ...
 
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Many high school students wake and leave home in the morning at 5am and return home after studying well after 10 pm, then return to specialty study schools often to 2am, from Monday to Friday and also they often study on weekends.



Isso refere-se aos chineses?
Desde que começaram a participar nos testes de Pisa, eles limparam tudo, mas paradoxalmente nunca fizeram grande alarde disso. Parece que andam tão desesperados como os americanos com o sistema de ensino. A mentalidade confucionista de querer absorver tudo e reverência pelo mestre está a criar uma gerações de alunos com cérebro completamente formatado, o que é bom para recuperar atrasos, mas péssimo quando começa a ser necessário criatividade.
Nós aqui ainda não notámos mas temos um problema semelhante. Estamos a  afastar-nos quer do cartesianismo centro-europeu quer dos sistemas fas public schools inglesas que primam individualismo e a cair para um confucionismo light.

São os Coreanos.

Eu duvido seriamente dessa história da criatividade, também. É uma desculpa demasiado fofinha. O mais provável é sermos trucidados ao longo do tempo.

(não duvido que o ensino deles seja demasiado baseado em memorização de factos, etc, duvido é que isso interfira com a criatividade dando-nos uma vantagem)

Lembro-me de ver na TV aquando do lançamento de um dos primeiros Iphone, em que na primeira semana teve na Coreia um volume de vendas superior ao que a Samsung e LG juntas alguma vez tinham tido (para a mesma duração de uma semana), e ficou-me na memória a resposa de um dos compradores a uma pergunta acerca de comparação entre o Iphone e produtos coreanos, a dizer "não os nossos fabricantes nunca teriam sido capazes de aparecer com um produto destes"
« Última modificação: 2014-02-20 12:14:16 por Zenith »

Incognitus

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #637 em: 2014-02-20 12:13:04 »
Não creio que isso seja verdade, por exemplo a minha filha anda a fazer videos "stop motion" na escola, e aparentemente preparam-se para usar o Scratch do MIT, também (coisa que eu já lhe mostrei há anos, diga-se).

A coisa varia de disciplina para disciplina, e não me parece que comprometa a criatividade. Se alguma coisa, ainda falta é forma de convencer as crianças a estudar "tradicionalmente".
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #638 em: 2014-02-20 12:14:21 »
Vamos ter um ligeiro problema a competir com isto ...
 
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Many high school students wake and leave home in the morning at 5am and return home after studying well after 10 pm, then return to specialty study schools often to 2am, from Monday to Friday and also they often study on weekends.

Lembro-me de ver na TV aquando do lançamento de um dos primeiros Iphone, em que na primeira semana teve na Coreia um volume de vendas superior ao que a Samsung e LG juntas alguma vez tinham tido (para a mesma duração de uma semana), e ficou-me na memória a resposa de um dos compradores a uma pergunta acerca de comparação entre o Iphone e produtos coreanos, a dizer "não os nossos fabricantes nunca teriam sido capazes de aparecer com um produto destes"

Isso refere-se aos chineses?
Desde que começaram a participar nos testes de Pisa, eles limparam tudo, mas paradoxalmente nunca fizeram grande alarde disso. Parece que andam tão desesperados como os americanos com o sistema de ensino. A mentalidade confucionista de querer absorver tudo e reverência pelo mestre está a criar uma gerações de alunos com cérebro completamente formatado, o que é bom para recuperar atrasos, mas péssimo quando começa a ser necessário criatividade.
Nós aqui ainda não notámos mas temos um problema semelhante. Estamos a  afastar-nos quer do cartesianismo centro-europeu quer dos sistemas fas public schools inglesas que primam individualismo e a cair para um confucionismo light.

São os Coreanos.

Eu duvido seriamente dessa história da criatividade, também. É uma desculpa demasiado fofinha. O mais provável é sermos trucidados ao longo do tempo.

(não duvido que o ensino deles seja demasiado baseado em memorização de factos, etc, duvido é que isso interfira com a criatividade dando-nos uma vantagem)

Seriam e são ... vamos ser surpreendidos muitas vezes pelo que os Orientais conseguem fazer.

Eventualmente só os Alemães e alguns outros povos do Norte da Europa é que estão preparados para os enfrentar.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #639 em: 2014-02-20 12:16:37 »
Não creio que isso seja verdade, por exemplo a minha filha anda a fazer videos "stop motion" na escola, e aparentemente preparam-se para usar o Scratch do MIT, também (coisa que eu já lhe mostrei há anos, diga-se).

A coisa varia de disciplina para disciplina, e não me parece que comprometa a criatividade. Se alguma coisa, ainda falta é forma de convencer as crianças a estudar "tradicionalmente".

existe nessas escolas uma cultura de medo, o unico objectivo eh conseguirem notas e seguir regras certinhas para ter seguranca na vida e garantir um lugar na classe media como empregado duma boa empresa, ha mais espirito empreendedor no caos da escola publica

achas que os coreanos ou japoneses nao sabem usar o scratch? nao eh esse o problema deles
« Última modificação: 2014-02-20 12:17:54 por Neo-Liberal »