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Autor Tópico: A riqueza segundo Raquel Varela  (Lida 31222 vezes)

Luisa Fernandes

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #40 em: 2013-12-02 18:01:38 »
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A caridade pressupõe uma relação de poder. O poder entre quem dá, se quer dar e a quem quer dar, e de quem recebe, se alguém lhe quiser oferecer alguma coisa. O assistencialismo - a institucionalização da caridade - corresponde a um favor, não a um direito. E quem depende de favores é menos exigente. Porque depende, para sobreviver, da boa vontade dos outros. A solidariedade, pelo contrário, corresponde a uma interajuda. Damos e sabemos que podemos receber daqueles a quem damos.
Dirão que a primeira é mais altruísta. É isso que acha Isabel Jonet, inspirando-se em São Paulo, afirmou numa jornal "I": "Caridade é amor, é espírito de serviço, é o outro precisar de nós sem que nós precisemos do outro" enquanto "a solidariedade é algo mais frio que incumbe ao Estado e que não tem a ver com amor, mas sim com direitos adquiridos".
Repare-se que em nenhum momento o que está

Não, a solidariedade não é uma função do Estado. É uma função de todos que se faz através do Estado (quando pagamos impostos, por exemplo) ou da sociedade civil. Sim, é mais fria, porque é anónima e corresponde a direitos e a deveres irrecusáveis de todos e para todos em simultâneo. E ainda bem. Não é por acaso que ninguém se envergonha de ir buscar um subsídio a que tem direito e a generalidade das pessoas sente-se vexada ao receber alimentos de desconhecidos. Porque a solidariedade, na sua frieza, resguarda muito mais a dignidade pública de quem recebe. Exatamente por ser um "direito". Jonet diz que é "adquirido", como se tratasse de qualquer coisa que se adquiriu passivamente e que não se merece. Eu chamo-lhe "conquistado", porque ele resulta de acumular de lutas colectivas. Ninguém pediu a quem mais tinha para pagar impostos. Foram obrigados a isso. Ninguém é obrigado a ser caridoso. Talvez seja esta diferença de muitos dos que preferem a "caridade" à solidariedade. A primeira corresponde a um imperativo de justiça social. A segunda depende apenas da generosidade de cada um.

É exatamente por isso, por ser um direito e por ter sido conquistado, que ele, ao contrário de qualquer esmola dada ao sabor da vontade de quem dá, transporta em si a dignidade de quem recebe. Essa dignidade foi conquistada quando os cidadãos transformaram o mínimo para a sobrevivência num direito indiscutível em vez de um favor que depende do amor alheio. A pessoa mais detestável pode não merecer o nosso amor. Mas merece sempre o mínimo de dignidade. Um conceito que deve ser frio e abstrato para poder ser aplicado a todos. Não transforma nenhum de nós num herói aos olhos dos restantes. Nem nenhum de nós em alguém que depende do amor dos outros, sempre tão volúvel, para comer. Transforma todos em cidadãos.
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Incognitus

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #41 em: 2013-12-02 19:59:45 »
Obviamente essa solidariedade também pressupõe uma relação de poder.
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Zel

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #42 em: 2013-12-02 20:07:06 »
conversa da treta marxista, se acham que eh boa ideia o estado alimentar os carenciados por mim tudo bem, mas nao precisam de odiar a caridade, isso eh de gente maluquinha e sem compaixao

Thunder

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #43 em: 2013-12-02 20:25:03 »
Tanto jogo de ilusão com as palavras, e com conceitos filosóficos discutíveis. Que tristeza.
Um miúdo de 2 anos que vai comer umas bolachas e tomar um leite quente ao pequeno almoço está mesmo consciente destes conceitos elaborados.... enfim.
Um velhote num lar, também vai estar muito preocupado com isto.
E um sem abrigo que o que quer é uma sopa quente no estômago.
Há lugar para as duas vertentes com já discutíamos num outro tópico (com o Lucky). Há lugar para os apoios do Estado, bem como para a intervenção individual. Entrar nestes extremismos é duma cegueira que a mim faz-me confusão.
Imaginemos o mundo ideal desta gente. Está atribuído um rendimento a uma pessoa (generoso), tudo corre bem e não há problemas de maior. Subitamente há um problema de saúde com um filho e com um Pai que tomas conta. O teu orçamento já não chega. Não podemos intervir para ajudar uma situação destas? Embora o estado já esteja a ajudar, isso não é suficiente. A pessoa até poderia recorrer a outros tipos de ajuda desse Estado super protector. E enquanto esse novo apoio não chegasse? Não se pode ajudar porque não é edificante?
E um emigrante que veio ilegal para cá, não consegue arranjar emprego, anda a vaguear pelas ruas e pede-me alguma coisa para comer? Não posso ajudar o desgraçado?
E um toxicodependente que fode a massa toda que o Estado lhe atribuí em "produto". Pede dinheiro, mas vê-se que o desgraçado não come direito a não sei quanto tempo. Não posso entrar num café e comprar umas duas sandes de queijo e uns pacotes de leite e desenrascar o homem?
Como diz o ditado, de boas intenções está o inferno cheio....
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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #44 em: 2013-12-02 20:50:32 »
De resto se o problema da Luisa em fazer caridade, é criar um sentimento de dívida junto da pessoa a quem faz caridade que lhe vai reduzir a dignidade, também pode fazer doações anónimas, ou como o Pai Natal deixar os presentes sem ser vista  ;D

Zel

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #45 em: 2013-12-02 20:56:13 »
os marxistas confudem pena com compaixao (na caridade) porque lhes convem, reforca a sua mensagem de superioridade moral

qd dizem "caridadezinha" eh com o desprezo de quem pensa ser moralmente superior a quem faz caridade e colocam os sentimentos ideologicos acima dos sentimentos humanos
« Última modificação: 2013-12-02 21:40:31 por Neo-Liberal »

mibusiness

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #46 em: 2013-12-02 21:36:29 »
e mais porque muitos neocomunistas do caviar adoram o SEU capital e por isso só impõem o comunismo aos outros, logo não são caridosos nem solidários.

PMACS

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Mystery

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #48 em: 2014-04-15 17:59:36 »
http://ipsilon.publico.pt/livros/critica.aspx?id=332936

História do Povo na Revolução Portuguesa, 1974-75
Autoria: Raquel Varela
Bertrand

Crítica Ípsilon por: António Araújo
“Um infeliz exemplo de como a política militante pode afastar-nos do senso comum”
A fool with a tool is still a fool.

vbm

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #49 em: 2014-05-16 22:33:44 »
[ ]
E um toxicodependente que fode a massa toda que o Estado lhe atribuí em "produto". Pede dinheiro, mas vê-se que o desgraçado não come direito a não sei quanto tempo.
[ ]


No tempo da tuberculose, um contagiado
era obrigatoriamente internado e só
tinha alta, curado, ou por óbito!

Porque não fazer o mesmo com um drogado?

kitano

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #50 em: 2015-01-05 13:03:56 »
Sobre o pensamento da elite esquerda radical...

http://observador.pt/opiniao/raquel-varela-o-povo-e-os-porcos/
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Incognitus

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #51 em: 2015-01-05 19:31:30 »
[ ]
E um toxicodependente que fode a massa toda que o Estado lhe atribuí em "produto". Pede dinheiro, mas vê-se que o desgraçado não come direito a não sei quanto tempo.
[ ]


No tempo da tuberculose, um contagiado
era obrigatoriamente internado e só
tinha alta, curado, ou por óbito!

Porque não fazer o mesmo com um drogado?

Basicamente porque um drogado não é contagioso para os outros ...  :D
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vbm

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #52 em: 2015-01-05 21:35:46 »
[ ]
E um toxicodependente que fode a massa toda que o Estado lhe atribuí em "produto". Pede dinheiro, mas vê-se que o desgraçado não come direito a não sei quanto tempo.
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No tempo da tuberculose, um contagiado
era obrigatoriamente internado e só
tinha alta, curado, ou por óbito!

Porque não fazer o mesmo com um drogado?

Basicamente porque um drogado não é contagioso para os outros ...  :D

Bem, realmente é diferente.
Mas é revoltante compactuar
socialmente com a droga e os drogados.

Incognitus

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #53 em: 2015-01-05 22:25:03 »
[ ]
E um toxicodependente que fode a massa toda que o Estado lhe atribuí em "produto". Pede dinheiro, mas vê-se que o desgraçado não come direito a não sei quanto tempo.
[ ]


No tempo da tuberculose, um contagiado
era obrigatoriamente internado e só
tinha alta, curado, ou por óbito!

Porque não fazer o mesmo com um drogado?

Basicamente porque um drogado não é contagioso para os outros ...  :D

Bem, realmente é diferente.
Mas é revoltante compactuar
socialmente com a droga e os drogados.

Também é revoltante compactuar com um gajo que nos coma a mulher, e não é por isso que o podemos prender ou matar ...  :D
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vbm

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #54 em: 2015-01-06 10:35:26 »
Também é revoltante compactuar com um gajo que nos coma a mulher, e não é por isso que o podemos prender ou matar ...  :D

Depende da mulher e depende do gajo.

Ontem vi, na televisão, na 2,
Os Sorrisos de uma Noite de Verão,
do Bergman. Interessante sobre o tema!


kitano

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"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Mystery

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #56 em: 2015-01-07 19:46:37 »
a mulher sem qualidades
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Thunder

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #57 em: 2015-01-11 17:21:03 »
Conviver com uma fulana destas deve ser intragável.
« Última modificação: 2015-01-11 17:21:35 por Thunder »
Nullius in Verba
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kitano

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #58 em: 2015-01-11 19:22:16 »
Mesmo...sem ponta por onde pegar
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

vbm

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Re:A riqueza segundo Raquel Varela
« Responder #59 em: 2015-01-11 19:54:40 »
Mesmo...sem ponta por onde pegar

Não concordo.