Diferenças entre edições de "Taxa de juro real"

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O rendimento de uma aplicação cresce à sua taxa efectiva. Ao mesmo tempo, o poder de compra desse rendimento decresce, porque os preços aumentam, em média, à taxa da inflação.
 
O rendimento de uma aplicação cresce à sua taxa efectiva. Ao mesmo tempo, o poder de compra desse rendimento decresce, porque os preços aumentam, em média, à taxa da inflação.
  
Se for colocado dinheiro a prazo a uma [[taxa anual efectiva líquida]] (TAEL) de 3% e, durante esse período, for registada uma taxa média de inflação de 3%, no final da aplicação só se poderá comprar o mesmo que se compraria no início da aplicação. Por outras palavras, a taxa de juro real é nula (aproximadamente, neste exemplo), porque o que foi ganho em juros desvalorizou-se em igual montante.
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Se for colocado dinheiro a prazo a uma [[taxa anual efectiva líquida]] (TAEL) de 3% e, durante esse período, for registada uma taxa média de inflação de 3%, no final da aplicação só se poderá comprar o mesmo que se compraria no início da aplicação. Por outras palavras, a taxa de juro real é 0%, nula, porque o que foi ganho em juros desvalorizou-se em igual montante.
  
 
Se a taxa da inflação for superior a 3%, em termos reais está a perder-se dinheiro. Por exemplo, para uma taxa de inflação de 3,5% está a perder-se por ano aproximadamente 0,5% em termos reais. Esta situação tem-se verificado em Portugal desde 2000, uma vez que, em média, as taxas de juro passivas praticadas pelos bancos têm sido inferiores à inflação.
 
Se a taxa da inflação for superior a 3%, em termos reais está a perder-se dinheiro. Por exemplo, para uma taxa de inflação de 3,5% está a perder-se por ano aproximadamente 0,5% em termos reais. Esta situação tem-se verificado em Portugal desde 2000, uma vez que, em média, as taxas de juro passivas praticadas pelos bancos têm sido inferiores à inflação.

Revisão das 13h12min de 4 de novembro de 2008

A taxa de juro real é a taxa que reflecte a redução do poder de compra de um montante de juro. Calcula-se corrigindo a taxa de juro efectiva pela taxa média da inflação durante o período de aplicação. As três taxas estão ligadas pela seguinte relação:

i_{Efectiva} = \left ( 1 + i_{Real} \right ) \times \left ( 1 + i_{Inflacao} \right )  - 1

onde:

i_{Efectiva} é a taxa de juro efectiva,
i_{Real} é a taxa de juro real, e
i_{Inflacao} é a taxa média da inflação verificada durante o período.

Daqui resulta que a taxa de juro real nos é dada pela fórmula:

i_{Real} = \frac {1 + i_{Efectiva}} {1 + i_{Inflacao}} - 1

Alternativamente, pode obter-se uma boa aproximação prática à taxa real subtraindo, da taxa efectiva, a taxa da inflação. Quanto menores forem ambas, menor será o erro.

Exemplo

Por exemplo, uma taxa de juro efectiva de 3% num período em que se regista uma taxa média de inflação de 2%, resulta numa taxa de juro real de:

i_{Real} = \frac {1 + 0,03} {1 + 0,02} - 1 \ \simeq \ 0,0098

ou seja, 0,98%.

Significado

O rendimento de uma aplicação cresce à sua taxa efectiva. Ao mesmo tempo, o poder de compra desse rendimento decresce, porque os preços aumentam, em média, à taxa da inflação.

Se for colocado dinheiro a prazo a uma taxa anual efectiva líquida (TAEL) de 3% e, durante esse período, for registada uma taxa média de inflação de 3%, no final da aplicação só se poderá comprar o mesmo que se compraria no início da aplicação. Por outras palavras, a taxa de juro real é 0%, nula, porque o que foi ganho em juros desvalorizou-se em igual montante.

Se a taxa da inflação for superior a 3%, em termos reais está a perder-se dinheiro. Por exemplo, para uma taxa de inflação de 3,5% está a perder-se por ano aproximadamente 0,5% em termos reais. Esta situação tem-se verificado em Portugal desde 2000, uma vez que, em média, as taxas de juro passivas praticadas pelos bancos têm sido inferiores à inflação.

Ver também