Juro

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Juro (interest) é o valor pago, ou recebido, em troca do empréstimo de um activo. O juro é recebido por quem empresta, chamado o credor (lender), e pago por quem toma emprestado, chamado o devedor (borrower).

O credor recebe o juro porque prescinde da oportunidade de aplicar o activo emprestado em investimentos alternativos. O devedor paga o juro porque beneficia do uso do activo antecipadamente, isto é, antes de incorrer no esforço necessário para o ter adquirido.

O activo que é mais emprestado é o dinheiro. Para o credor, o empréstimo de dinheiro é uma aplicação financeira. Para o devedor, o empréstimo de dinheiro é um financiamento.

Outros exemplos de activos que são emprestados são as acções (ver venda a descoberto), os bens de consumo adquiridos em prestações, ou os carros, aviões e fábricas contratados em regime de leasing. No caso do empréstimo de activos que não dinheiro, considera-se como montante emprestado o valor do activo em dinheiro e calcula-se o juro tal como para o empréstimo de dinheiro.

Terminologia

O juro corresponde ao rendimento durante um certo período de tempo e é normalmente expresso em fórmulas financeiras pelo símbolo J.

Calcula-se o juro sobre o montante emprestado. A este montante emprestado chama-se capital, obrigação principal, ou principal. O capital é normalmente expresso em fórmulas financeiras pelo símbolo C.

A duração total do empréstimo designa-se prazo de aplicação. Este prazo é normalmente dividido em períodos iguais adjacentes chamados períodos de capitalização. O pagamento de juros tem lugar após cada período de capitalização. Por exemplo, um empréstimo com prazo de aplicação de 1 ano que paga juros trimestralmente tem 4 períodos de capitalização e são, portanto, feitos 4 pagamentos de juros. O número de períodos de capitalização é normalmente expresso em fórmulas financeiras pelo símbolo n.

Os pagamentos periódicos de juros podem ser reinvestidos no próprio empréstimo (re-emprestados), ou não. Ao processo de reinvestimento, ou não, dos juros chama-se regime de capitalização. Existem basicamente três regimes de capitalização. No regime de capitalização simples, ou juro simples, os juros pagos não são reinvestidos no empréstimo. No regime de capitalização composta, ou juro composto, adiciona-se os juros pagos ao capital do empréstimo e volta-se a emprestar. No regime de capitalização contínua, os períodos de capitalização são considerados instantâneos, dando lugar a uma acumulação contínua de juros. O mais utilizado é o regime de capitalização composta.

Chama-se taxa de juro à quantia do juro expressa como percentagem do capital, num período de tempo. Por exemplo, 3% ao ano. A taxa de juro é normalmente expressa em fórmulas financeiras pelo símbolo i.

Portanto, de forma resumida, um juro resulta da aplicação de:

  • um determinado capital ou activo;
  • durante um determinado período de tempo;
  • debaixo de um determinado regime de capitalização.

Ver também