Esta ideia não é do Costa, é do Medina. Já foi lançada para discussão há quase um ano (https://www.dn.pt/portugal/interior/area-metropolitana-de-lisboa-vai-ter-um-passe-unico-9000453.html) e entretanto foi ganhando peso político ao nível dos eleitos da AML e AMP, até o Governo não ter outro remédio que não aceitar. A integração tarifária será uma realidade a breve prazo, e ainda bem. É um dos grandes obstáculos à maior disseminação dos Transportes Públicos. tenho acompanhado o grupo de trabalho da AML para os transportes, sei do que falo
Quanto a Lisboa e Porto, estamos a falar de àreas Mteropolitanas, não das cidades. E nestas AM vivem quase metade dos Portugueses (~4.500.000) concentradas em áreas urbanas, onde de facto é muito mais eficiente a opção por TP. Acho muito bem que o investimento em Transportes Públicos seja aqui, é assim mesmo que tem de ser.
A parte a negrito diz, precisamente, porque é que é errado. Há uma metade que não vive mas que paga.
Tu abordas duas coisas diferentes:
1. A complexidade dos passes, bilhetes, combinações, etc. Concordo. É preciso quase um doutoramente para perceber o que precisa um gajo do Montijo para chegar a Oeiras de transportes públicos. Haver um custo único (ou apenas duas ou três modalidades, ao invés das dezenas actuais) seria excelente.
2. O custo excessivo desses passes, se houver um custo único.
O ponto 1. pode e deve ser resolvido em conjunto pelo governo (na parte que envolva empresas públicas de TP) e pelas áreas metropolitanas (na parte em que envolva controlo municipal e negociação com empresas privadas como Barraqueiro, Fertagus, etc.)
O ponto 2. não deve ser suportado pela metade que não mora em Lisboa e Porto.
Quando alguém paga 50 por algo que custa 100, alguém teve de meter os outros 50.