O preço do vinho e as medalhas não dizem tudo, mas dizem alguma coisa. Diria que há os mínimos olímpicos para aquilo que é um bom vinho e isso é independente dos gostos pessoais onde existem sempre outliers.
Há quem prefira água ou coca cola a vinho no geral ou, como a maioria acredito, em função do momento, da situação, do que come, etc. Mas essa diferença de gosto (preferências) não permite dizer que vinho bom é no que se gosta. Julgo ser pacífico que um vinho que parece água sem qualquer sabor e feito às três pancadas com uvas relés não é um vinho de qualidade mesmo que quem esteja avaliar goste do sabor.
É o mesmo que eu gostar de um fato feito com tecido de porcaria, industrial com costuras soltas, botões soltos mal cosidos, sem entretela em vez de um fato com um excelente tecido, botões fortes e bem cosidos, costuras perfeitas, excelente entretela com várias secções. Posso gostar mais do corte do primeiro e da sua leveza, mas não posso dizer objetivamente que é um fato melhor.
Posso adorar um BMW 507 antigo e detestar um Ferrari último modelo, mas não posso dizer que o primeiro é melhor que o segundo, mesmo que o primeiro até possa ser mais caro devido à raridade.
Posso gostar muito do antigo MAC da Apple, devido ao design, mas não posso dizer que é melhor que um computador recente.
Ou seja, há uma parte da avaliação que pode ser objetiva (qualidade do produto atento às suas características técnicas desde funcionalidade, atualidade, durabilidade, etc - quase tudo que apele ao estado de técnica) até às subjetiva (design, sabor, cheiro - quase tudo que apele aos sentidos).