Eu não nego que existiu uma pandemia, nem que tivemos um pico de mortes neste espaço temporal comparativamente a anos anteriores. Só não sei é se o COVID vai acabar por infectar quem tiver que infectar e que no fim o número de mortes vai ser semelhante em todos os países ocidentais, sendo que quem fez melhor o isolamento terá a situação de saúde pública mais controlada, mas também vai prolongar no tempo o desenvolvimento normal do surto.
A economia e os restantes casos de saúde, também, vão sofrer muito e no fim de contas nunca saberemos o que é que estava certo ou errado...(como a maioria das situações que ocorrem nas nossas vidas).
Pessoalmente, continuo a ter bastante cuidado, numa lógica estatística de reduzir a probabilidade de contágio ao máximo.
No fim disto o que se poderá questionar é qual foi o resultado em termos de poupança de mortes.
Podemos bem chegar a estimativas de que meter toda a gente de máscara, umas quantas normas de higiene e manter a vida normal, cancelando só grande aglomerados, "só aumentava" a mortalidade, por exemplo em 1000 mortes.
E nem são propriamente 1000 mortes que se pouparam, mas apenas os anos remanescentes dessas 1000 mortes, que se calhar já só eram, em média, mais 2 ou 3 anos.
Se calhar poupámos 3000 anos de vida ao custo de 10% do PIB. Se for assim, 20.000M de euros ficou bem carote porque nenhum país pagaria, em consciência, 20M de euros/por pessoa para prolongar 2 ou 3 anos de vida a idosos de 80 anos (basta lembrar os medicamentos da hepatite, em que eram pessoas muito mais novas e a eficácia eram bastante alta, e quantas morreram porque cada tratamento custava 50K, uma insignificância ao pé disto).
Eu estou convencido que foi a poupança de anos de vida mais cara, e provavelmente mais injustificada, da história da humanidade. E isto sem contar com danos colaterais de pessoas que terão cancros diagnosticados mais tarde, perda de qualidade de vida noutras patologias, etc.
Nota: Estou apenas a pensar à posterior e não a criticar o que foi ou devia ter sido feito.