https://www.regiaodeleiria.pt/blog/2015/12/28/lourical-vai-ser-palco-de-projeto-piloto-da-edp-para-reduzir-cortes-de-energia/pelo visto caem muito nesta zona...
EDP responde ao problema da queda de árvores
Esta zona, com solos arenosos e próxima do mar, torna ainda “mais crítica” a situação, aponta o diretor da Direção de Planeamento da EDP Distribuição e responsável pelo projeto, Silvestre Pereira, que no início de dezembro apresentou a iniciativa na Câmara de Pombal.
Para alterar a situação, a EDP propõe o abate ou a substituição das árvores de grande porte próximas das linhas de energia por outras de menor dimensão, como as oliveiras, os sobreiros, os abrunheiros ou o pinheiro manso.
Para minimizar os riscos, abatendo as árvores identificadas ou substituindo por outras, a EDP propõe-se a negociar com os cerca de 5.000 proprietários de terrenos existentes ao longo dos 840 quilómetros de linhas de alta e média tensão, em que o concelho de Pombal abrange 60% da rede intervencionada (os restantes 40% estão distribuídos entre Figueira da Foz e Soure).
O projeto, como fez notar Silvestre Pereira, está “extremamente depende” da vontade dos proprietários, visto que só com a sua autorização a EDP poderá abater as árvores que constituem um risco dentro dos seus terrenos, frisa.
Para isso, Silvestre Pereira, sublinha que a EDP está disposta a oferecer “preços justos” pelos danos “presentes e futuros” causados pela intervenção. Porém, o responsável avisa que ninguém terá “melhor valor” que o vizinho, apesar da compensação monetária “ou em espécie” poder variar face à dimensão e intervenção pensada para cada um.
Caso o proprietário não aceite a proposta, Silvestre Pereira, recorda que, se houver quedas de árvores que levem a cortes de energia, a responsabilidade “social e moral” recai sobre o proprietário.
Durante a apresentação do projeto, o presidente da junta de Ilha, Guia e Mata Mourisca, Manuel Serra, sublinhou que a posição da EDP parece “justa”. Apesar de uma possível “desconfiança” inicial que os proprietários poderão ter devido a experiências negativas com a EDP no passado, a abordagem da empresa nesta situação agradou-o e acredita que os proprietários irão estar recetivos.
“Isto é uma situação de ganha-ganha”, constata Silvestre Pereira, que realça ainda a possibilidade de ajudar a aumentar “a biodiversidade”, reintroduzindo algumas espécies de pequeno e médio porte. Resta saber, se os proprietários pensam o mesmo.