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Autor Tópico: António Costa, novo líder do PS  (Lida 106931 vezes)

Zel

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #620 em: 2015-10-28 00:24:52 »
o costa vai permitir ao jerónimo o que nem o soares permitiu ao cunhal. o resultado é que estará permanentemente a baixar as calças aos outros dois. vai ser um fantoche.

pelos 4 anos o preco do PCP vai ser tao alto que duvido que ate uma prostituta como o costa lhes de o que eles querem
portanto o governo vai ser de 1 ano apenas e depois vai cair
« Última modificação: 2015-10-28 00:46:11 por Neo-Liberal »

Lark

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #621 em: 2015-10-28 00:37:08 »
o enchorrilho de mentiras (não tenho termo mais apropriado para o catalogar)


tens, tens. chorrilho...

thegrammarnazi,
Lark


LOL. thanks. Desta já na me esqueço.  :P


sempre às ordens,

L
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Ian Mclaren
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Incognitus

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #622 em: 2015-10-28 01:49:28 »
Mas o Passos no meio disto tudo parece bem mais honesto, inteligente e prático para governar o país do que praticamente todos os governantes que o país teve desde o 25 de Abril, se não mesmo todos.

No que respeita à honestidade, não coloco as mãos no fogo por nenhum dos actuais políticos que dominam a classe, incluindo Costa e Passos.

Do Passos, em particular, vêm à memória as associações empresariais com amigo Relvas, a des-inteligência de o ter nomeado para Ministro, a questão mais recente das contribuições em falta e, last but not the least, o chorrilho de mentiras (não tenho termo mais apropriado para o catalogar) com que brindou os eleitores quando foi para mandar abaixo o Sócrates---estas, em particular, deviam significar por si só a ilegitimidade do mandato, bem como uma demonstração da falta de honra e carácter de uma pessoa, qualidades que deviam ser os pilares fundamentais de qualquer político. Entristece-me que tais manhosises passem, por esta altura, por desculpáveis, e por insignificantes, como se fossem "normais" dentro do contexto, o que só demonstra a falta de princípios éticos que dominam a classe política em geral. Qualquer político que fosse apanhado a mentir daquela maneira devia ser automaticamente proibido de exercer qualquer cargo (político) para o resto da vida. As "promessas" eleitorais (que ainda hoje se transmutaram em "juras") deviam ser regidas por leis específicas, de modo a responsabilizar directamente quem as proferiu, e a penalizar os infractores. De modo semelhante aos juramentos que se prestam em tribunal e ao perjúrio.

Como querem que os cidadãos confiem nos políticos e se interessem pela política?

Participar em esquemas para sacar dinheiro de cursos da CEE qualquer um participaria, seja como organizador, professor ou aluno. Inclusive a UGT andou nisso. As contribuições em falta foram claramente por não ligar a papeladas e burocracias, e ao não fazer essas contribuições até se prejudicou a si próprio (em vez de prejudicar o Estado). As mentiras, bem, ninguém é eleito em Portugal sem mentir ao eleitorado, porque o eleitorado é 80%+ de esquerda e só acredita em mentiras, não quer saber da verdade. Basta ver a forma como a história da austeridade pega.

Parece-me que como PM, não acharemos facilmente um que menos se dobre a interesses (como no caso BES). Nem no passado, nem no futuro. Parece-me igualmente que terá uma tendência um pouco mais elevada para ver a necessidade de liberalizar o pais para conseguir um pouco mais de crescimento. Enfim, duvido que se ache melhor que o Passos tanto no passado como no futuro.

Mas podemos ter sorte, pode aparecer um Marcello Caetano ou alguém assim, e até ser eleito. Parece difícil, porém, devido à carreira nos partidos tender a seleccionar muito mal as pessoas, desde cedo.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #623 em: 2015-10-28 02:48:00 »
Bom, o P. Coelho ainda não se foi embora...
e, é verdade, como disse o P. McAloon:
"There is a chance I'll be lucky
And see lightning strike twice"...
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tommy

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #624 em: 2015-10-28 08:36:04 »
Vai ser lindo as sessões na assembleia. Costa a pedir autorização à extrema esquerda para falar.  :D

Thunder

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #625 em: 2015-10-28 11:24:49 »
Inc, pode ter sido menos mal ...

Mas há coisas que não se entende.
Chamar o Menezes para concorrer à Câmara do Porto?
Ter o Marco A. num patamar tão alto dentro do partido?
Não ter atacado forte e feio o festim que continua a desenrolar-se ao nível das autarquias? (porque era uma medida difícil)
Indigitação de assessores em diversos altos gabinetes estatais, com salários elevados, e que não passavam de gajos bem conectados e com pouca ou nenhuma experiência (Boys ??)

Fica sempre a dúvida se foi "menos mal" porque não tinha orçamento para torrar.

Para quem se apresentou à votos (2011) com um discurso mais virado à direita, foi uma desilusão bem grande.
Em abono da verdade, admito que deve ter enfrentado resistências fortíssimas.
Mas havia muito que poderia ser feito e que não avançou.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #626 em: 2015-10-28 12:51:37 »
Inc, pode ter sido menos mal ...

Mas há coisas que não se entende.
Chamar o Menezes para concorrer à Câmara do Porto?
Ter o Marco A. num patamar tão alto dentro do partido?
Não ter atacado forte e feio o festim que continua a desenrolar-se ao nível das autarquias? (porque era uma medida difícil)
Indigitação de assessores em diversos altos gabinetes estatais, com salários elevados, e que não passavam de gajos bem conectados e com pouca ou nenhuma experiência (Boys ??)

Fica sempre a dúvida se foi "menos mal" porque não tinha orçamento para torrar.

Para quem se apresentou à votos (2011) com um discurso mais virado à direita, foi uma desilusão bem grande.
Em abono da verdade, admito que deve ter enfrentado resistências fortíssimas.
Mas havia muito que poderia ser feito e que não avançou.

Aquilo de que falas é da natureza da selecção e funcionamento do esquema partidário actual. A razão para se estar nas estruturas do partido é essa que criticas. Se é a razão de ser do sistema, nunca mudará. Só se mudar o sistema.

A única forma de minimizar isso é minimizar o número de lugares dentro do próprio Estado, mudando-lhe a estrutura, esvaziando funções via desenho dessa estrutura -- mesmo mantendo as funções do Estado.

---------

Sobre o não ter governado à direita ou de forma mais liberal. Bem, este país é 80%+ de esquerda e esquerda dura. Podes encontrar comunistas puros mesmo dentro do PSD. Por isso governar à direita não me parece que alguma vez aconteça. O mais que se pode esperar é irem liberalizando aqui e ali alguma coisa por serem medidas óbvias. É algo que simplesmente necessita das pessoas certas, e é pelo menos encorajador que até um comunista como o Vital Moreira veja isso.
« Última modificação: 2015-10-28 12:56:01 por Incognitus »
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Automek

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #627 em: 2015-10-28 13:16:58 »
O próprio governo estava limitado pela constituição no nível de liberalismo que podia adoptar. E isso manter-se-á até ao dia em que houver uma maioria de 2/3 disposta a alterá-lo.

Jsebastião

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #628 em: 2015-10-28 13:41:54 »
As mentiras, bem, ninguém é eleito em Portugal sem mentir ao eleitorado, porque o eleitorado é 80%+ de esquerda e só acredita em mentiras, não quer saber da verdade. Basta ver a forma como a história da austeridade pega.

Não vou discutir a percentagem de pessoas no eleitorado que é de esquerda ou direita, mas penso que esse factor em particular não tem absolutamente nada a ver com o assunto, de um ponto de vista determinístico.

Vou é discutir o ónus do problema "mentira", que pelos vistos, segundo o que dizes, está do lado de quem ouve, pela passividade aparente, apenas porque é isso que pretendem ouvir.

Segundo esta ideia, consideras então que o Passos é um político honesto? É isso? Mente, com uma naturalidade profissional inerente, porque: 1) "só assim se consegue ser eleito", 2) não tem culpa que as pessoas acreditem nele?

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #629 em: 2015-10-28 13:44:20 »
Inc, pode ter sido menos mal ...

Mas há coisas que não se entende.
Chamar o Menezes para concorrer à Câmara do Porto?
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Não ter atacado forte e feio o festim que continua a desenrolar-se ao nível das autarquias? (porque era uma medida difícil)
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Fica sempre a dúvida se foi "menos mal" porque não tinha orçamento para torrar.

Para quem se apresentou à votos (2011) com um discurso mais virado à direita, foi uma desilusão bem grande.
Em abono da verdade, admito que deve ter enfrentado resistências fortíssimas.
Mas havia muito que poderia ser feito e que não avançou.

Aquilo de que falas é da natureza da selecção e funcionamento do esquema partidário actual. A razão para se estar nas estruturas do partido é essa que criticas. Se é a razão de ser do sistema, nunca mudará. Só se mudar o sistema.

A única forma de minimizar isso é minimizar o número de lugares dentro do próprio Estado, mudando-lhe a estrutura, esvaziando funções via desenho dessa estrutura -- mesmo mantendo as funções do Estado.

---------

Sobre o não ter governado à direita ou de forma mais liberal. Bem, este país é 80%+ de esquerda e esquerda dura. Podes encontrar comunistas puros mesmo dentro do PSD. Por isso governar à direita não me parece que alguma vez aconteça. O mais que se pode esperar é irem liberalizando aqui e ali alguma coisa por serem medidas óbvias. É algo que simplesmente necessita das pessoas certas, e é pelo menos encorajador que até um comunista como o Vital Moreira veja isso.

Minimizar o acesso aos capitais públicos e minimizar o montante de capitais públicos disponíveis, sem dúvida que são vias úteis. Essenciais até. Tens razão.
Mas não é a única forma. Teres um sistema de justiça funcional e rápido, legislação adequado, e estruturas de decisão mais racionais e transparentes também são importantes. E há países à dar-nos de 10 à zero nesses campos.

Mas isso são considerações gerais.

O que estava a ser discutido era "por a mão no fogo" por alguém.
E daí ter levantado os exemplos que levantei.
As atitudes e as companhias não foram as melhores. Não batem muito bem com a visão de que o homem quis sanear as estruturas.
Houve é uma falha enorme de orçamento e um escrutínio externo e que não permitiu meter o pé na poça à vista de todos.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #630 em: 2015-10-28 13:46:26 »
O próprio governo estava limitado pela constituição no nível de liberalismo que podia adoptar. E isso manter-se-á até ao dia em que houver uma maioria de 2/3 disposta a alterá-lo.

Nisso eu concordo.
O TC limitou certas medidas.
Mas havia n medidas que poderiam ser eficazes e que não avançaram.
Foi sempre mais fácil aumentar a coleta fiscal, contrariando frontalmente o que propagou em campanha, e que seriam valores mais à direita.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #631 em: 2015-10-28 13:48:05 »
As mentiras, bem, ninguém é eleito em Portugal sem mentir ao eleitorado, porque o eleitorado é 80%+ de esquerda e só acredita em mentiras, não quer saber da verdade. Basta ver a forma como a história da austeridade pega.

Não vou discutir a percentagem de pessoas no eleitorado que é de esquerda ou direita, mas penso que esse factor em particular não tem absolutamente nada a ver com o assunto, de um ponto de vista determinístico.

Vou é discutir o ónus do problema "mentira", que pelos vistos, segundo o que dizes, está do lado de quem ouve, pela passividade aparente, apenas porque é isso que pretendem ouvir.

Segundo esta ideia, consideras então que o Passos é um político honesto? É isso? Mente, com uma naturalidade profissional inerente, porque: 1) "só assim se consegue ser eleito", 2) não tem culpa que as pessoas acreditem nele?

 ;D ;D ;D

É honesto porque mais impermeável a pressões externas do que aparentemente todos os que o antecederam em regime democrático e muito provavelmente todos os que se seguirão.

Mentir ao eleitorado sobre uma inevitabilidade? O Passos até podia ter a mesma burrice de que enferma o eleitorado, que acredita em milagres. Pelo que nesse caso não estaria a mentir, estaria apenas a ser igual ao eleitorado e acreditar nas balelas que disse quanto ao que teria ou não que cortar.

Repara que se ele dissesse que TINHA que cortar, não era eleito, porque a "verdade" para o eleitorado é que "não tinha". Portanto se ele dissesse que "tinha" que cortar:
1) Estaria a mentir (porque o eleitorado acreditava e ainda acredita que "não tinha");
2) Era um gajo mau pois cortava sem necessidade (basta ver o que toda a esquerda continua a dizer).

Dito de outra forma. O Passos:
* Mentiu, porque disse que não cortava e cortou;
* E teria mentido, se tivesse dito que tinha que cortar.

Portanto, o Passos estaria sempre a mentir, dissesse o que dissesse.

-----------

Dito isto, se o Passos não foi o melhor governante desde o 25 de Abril, andou perto. E duvido que venha melhor a seguir durante um bom tempo. Isto não obstante ter ficado incrivelmente longe da perfeição, de não ter feito nada do que devia ter feito, de ter deixado passar coisas como a cópia da lei privada, e de no final do mandato ter cortado em medidas que nunca devia ter cortado.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #632 em: 2015-10-28 13:50:47 »
Inc, pode ter sido menos mal ...

Mas há coisas que não se entende.
Chamar o Menezes para concorrer à Câmara do Porto?
Ter o Marco A. num patamar tão alto dentro do partido?
Não ter atacado forte e feio o festim que continua a desenrolar-se ao nível das autarquias? (porque era uma medida difícil)
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Fica sempre a dúvida se foi "menos mal" porque não tinha orçamento para torrar.

Para quem se apresentou à votos (2011) com um discurso mais virado à direita, foi uma desilusão bem grande.
Em abono da verdade, admito que deve ter enfrentado resistências fortíssimas.
Mas havia muito que poderia ser feito e que não avançou.

Aquilo de que falas é da natureza da selecção e funcionamento do esquema partidário actual. A razão para se estar nas estruturas do partido é essa que criticas. Se é a razão de ser do sistema, nunca mudará. Só se mudar o sistema.

A única forma de minimizar isso é minimizar o número de lugares dentro do próprio Estado, mudando-lhe a estrutura, esvaziando funções via desenho dessa estrutura -- mesmo mantendo as funções do Estado.

---------

Sobre o não ter governado à direita ou de forma mais liberal. Bem, este país é 80%+ de esquerda e esquerda dura. Podes encontrar comunistas puros mesmo dentro do PSD. Por isso governar à direita não me parece que alguma vez aconteça. O mais que se pode esperar é irem liberalizando aqui e ali alguma coisa por serem medidas óbvias. É algo que simplesmente necessita das pessoas certas, e é pelo menos encorajador que até um comunista como o Vital Moreira veja isso.

Minimizar o acesso aos capitais públicos e minimizar o montante de capitais públicos disponíveis, sem dúvida que são vias úteis. Essenciais até. Tens razão.
Mas não é a única forma. Teres um sistema de justiça funcional e rápido, legislação adequado, e estruturas de decisão mais racionais e transparentes também são importantes. E há países à dar-nos de 10 à zero nesses campos.

Mas isso são considerações gerais.

O que estava a ser discutido era "por a mão no fogo" por alguém.
E daí ter levantado os exemplos que levantei.
As atitudes e as companhias não foram as melhores. Não batem muito bem com a visão de que o homem quis sanear as estruturas.
Houve é uma falha enorme de orçamento e um escrutínio externo e que não permitiu meter o pé na poça à vista de todos.

É inteiramente provável que tenha sido o melhor governante devido a isso. Não o questiono. É difícil saber se foi só isso ou não.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #633 em: 2015-10-28 14:19:58 »

É inteiramente provável que tenha sido o melhor governante devido a isso. Não o questiono. É difícil saber se foi só isso ou não.

Sim, a % do "mérito" será sempre discutível.
Eu é que sou muito céptico.
E como não atacou a fundo situações que são claramente irregulares, parece-me que com um orçamento mais folgado, que haveria mais "festa".
Mas aceito que o que digo é especulativo.
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Jsebastião

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #634 em: 2015-10-28 19:07:37 »
As mentiras, bem, ninguém é eleito em Portugal sem mentir ao eleitorado, porque o eleitorado é 80%+ de esquerda e só acredita em mentiras, não quer saber da verdade. Basta ver a forma como a história da austeridade pega.

Não vou discutir a percentagem de pessoas no eleitorado que é de esquerda ou direita, mas penso que esse factor em particular não tem absolutamente nada a ver com o assunto, de um ponto de vista determinístico.

Vou é discutir o ónus do problema "mentira", que pelos vistos, segundo o que dizes, está do lado de quem ouve, pela passividade aparente, apenas porque é isso que pretendem ouvir.

Segundo esta ideia, consideras então que o Passos é um político honesto? É isso? Mente, com uma naturalidade profissional inerente, porque: 1) "só assim se consegue ser eleito", 2) não tem culpa que as pessoas acreditem nele?

 ;D ;D ;D

É honesto porque mais impermeável a pressões externas do que aparentemente todos os que o antecederam em regime democrático e muito provavelmente todos os que se seguirão.


A ideia de que ele é  mais impermeável a pressões externas apenas o torna, por consequência, menos desonesto.


Citar
Mentir ao eleitorado sobre uma inevitabilidade? O Passos até podia ter a mesma burrice de que enferma o eleitorado, que acredita em milagres. Pelo que nesse caso não estaria a mentir, estaria apenas a ser igual ao eleitorado e acreditar nas balelas que disse quanto ao que teria ou não que cortar.

Vamos por partes. Mentir ao eleitorado sobre uma inevitabilidade continua a ser mentir, ainda para mais se o eleitorado realmente vai na conversa. Mentir inadvertidamente, e por burrice, faz do caso uma situação de ignorância e incompetência sem precedentes num Primeiro Ministro---não sei se foi o caso ou não, mas prefiro acreditar que não, e que ele mentiu deliberadamente para conquistar eleitores (mas estamos no campo das opiniões).

Citar
Repara que se ele dissesse que TINHA que cortar, não era eleito, porque a "verdade" para o eleitorado é que "não tinha". Portanto se ele dissesse que "tinha" que cortar:
1) Estaria a mentir (porque o eleitorado acreditava e ainda acredita que "não tinha");
2) Era um gajo mau pois cortava sem necessidade (basta ver o que toda a esquerda continua a dizer).

Dito de outra forma. O Passos:
* Mentiu, porque disse que não cortava e cortou;
* E teria mentido, se tivesse dito que tinha que cortar.


Portanto, o Passos estaria sempre a mentir, dissesse o que dissesse.

Continua a não convencer-me (nada) a teoria de que a culpa de uma mentira é de quem acredita nela.  ::)

Repara que isso retiraria todo o significado moral à palavra. Uma mentira passaria sempre a ser um termo sem culpabilidade consequente e, logo, desapareceria também todo o sentido de honra e de honestidade nas pessoas, já que o valor da Confiança (porventura o mais importante nas relações humanas) se baseia na capacidade das pessoas em respeitar compromissos, em honrar a palavra.  ;D

Lembro-me de há uns tempos ter ouvido um estudo sobre esta questão num contexto empresarial. Dizia este estudo que a Confiança era o valor mais importante dentro de uma equipa de trabalho, porque decorrente dela, tudo o resto funcionaria bem, e se não houvesse, muito dificilmente se poderia sequer falar em "equipa".

O Passos não estaria a mentir se não fizesse promessas eleitorais que não sabia se podia cumprir ou não. É tão simples quanto isto. Mas, claro, se calhar dessa maneira HONESTA não tinha ganho as eleições.


« Última modificação: 2015-10-28 19:10:50 por Jsebastião »
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #635 em: 2015-10-28 19:15:16 »
As mentiras, bem, ninguém é eleito em Portugal sem mentir ao eleitorado, porque o eleitorado é 80%+ de esquerda e só acredita em mentiras, não quer saber da verdade. Basta ver a forma como a história da austeridade pega.

Não vou discutir a percentagem de pessoas no eleitorado que é de esquerda ou direita, mas penso que esse factor em particular não tem absolutamente nada a ver com o assunto, de um ponto de vista determinístico.

Vou é discutir o ónus do problema "mentira", que pelos vistos, segundo o que dizes, está do lado de quem ouve, pela passividade aparente, apenas porque é isso que pretendem ouvir.

Segundo esta ideia, consideras então que o Passos é um político honesto? É isso? Mente, com uma naturalidade profissional inerente, porque: 1) "só assim se consegue ser eleito", 2) não tem culpa que as pessoas acreditem nele?

 ;D ;D ;D

É honesto porque mais impermeável a pressões externas do que aparentemente todos os que o antecederam em regime democrático e muito provavelmente todos os que se seguirão.


A ideia de que ele é  mais impermeável a pressões externas apenas o torna, por consequência, menos desonesto.


Citar
Mentir ao eleitorado sobre uma inevitabilidade? O Passos até podia ter a mesma burrice de que enferma o eleitorado, que acredita em milagres. Pelo que nesse caso não estaria a mentir, estaria apenas a ser igual ao eleitorado e acreditar nas balelas que disse quanto ao que teria ou não que cortar.

Vamos por partes. Mentir ao eleitorado sobre uma inevitabilidade continua a ser mentir, ainda para mais se o eleitorado realmente vai na conversa. Mentir inadvertidamente, e por burrice faz do caso uma situação de ignorância e incompetência sem precedentes num Primeiro Ministro---não sei se foi o caso ou não, mas prefiro acreditar que não, e que ele mentiu deliberadamente para conquistar eleitores (mas estamos no campo das opiniões).

Citar
Repara que se ele dissesse que TINHA que cortar, não era eleito, porque a "verdade" para o eleitorado é que "não tinha". Portanto se ele dissesse que "tinha" que cortar:
1) Estaria a mentir (porque o eleitorado acreditava e ainda acredita que "não tinha");
2) Era um gajo mau pois cortava sem necessidade (basta ver o que toda a esquerda continua a dizer).

Dito de outra forma. O Passos:
* Mentiu, porque disse que não cortava e cortou;
* E teria mentido, se tivesse dito que tinha que cortar.


Portanto, o Passos estaria sempre a mentir, dissesse o que dissesse.

Continua a não convencer-me (nada) a teoria de que a culpa de uma mentira é de quem acredita nela.  ::)

Repara que isso retiraria todo o significado moral à palavra. Uma mentira passaria sempre a ser um termo sem culpabilidade consequente e, logo, desapareceria também todo o sentido de honra de honestidade nas pessoas, já que o valor da Confiança (porventura o mais importante nas relações humanas) se baseia na capacidade das pessoas em respeitar compromisso, em honrar a palavra.  ;D

Lembro-me de há uns tempos ter ouvido um estudo sobre esta questão num contexto empresarial. Dizia este estudo que a Confiança era o valor mais importante dentro de uma equipa de trabalho, porque decorrente dela, tudo o resto funcionaria bem, e se não houvesse, muito dificilmente se poderia sequer falar em "equipa".

O Passos não estaria a mentir se não fizesse promessas eleitorais que não sabia se podia cumprir ou não. É tão simples quanto isto. Mas, claro, se calhar dessa maneira HONESTA não tinha ganho as eleições.

A verdade neste caso é uma coisa relativa. Não há certeza sobre o futuro e toda a gente acredita que não é necessário cortar seja o que for. Qual é a verdade e qual é a mentira? Se alguém disser que não é preciso cortar e estiver errado, mentiu ou disse a verdade?

E se o Passos mentiu, também mentiram todos os outros. Porque ninguém disse que era necessário cortar -- pelo contrário.

Em todo o caso eu até acho que o Passos SABIA que era necessário cortar. E que mentiu ao dizer que não era. Mas igualmente, eu sei que na altura cortar era uma inevitabilidade, e que NINGUÉM que dissesse a verdade iria ser eleito, mas qualquer um que fosse eleito, o iria fazer.

--------

Sobre ser menos desonesto ou ser mais honesto, são tudo graus de honestidade. Ainda assim digo que o Passos é aparentemente mais honesto que os outros. Até o Cavaco que se diz ser tão sério, parece substancialmente menos honesto, com ganhos para ele e para a filha na fraude BPN, coisas dúbias com uma casa, etc. No PS é sempre escolher entre malandros e grandes malandros. O Costa ainda nem sequer é PM e já tem episódios altamente dúbios com a casa.

E repara, isto não são coisas comparáveis a sacar dinheiro à CEE. Qualquer pessoa que estivesse atenta terá visto na altura que TODOS os envolvidos sacaram dinheiro à CEE. Quem organizou os cursos, os formadores E os formandos. E todos os que não sacaram dinheiro á CEE, não o fizeram apenas por falta de oportunidade. Na altura a coisa simplesmente nem era uma consideração ética.
« Última modificação: 2015-10-28 19:19:16 por Incognitus »
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #636 em: 2015-10-28 21:51:05 »
A verdade neste caso é uma coisa relativa. Não há certeza sobre o futuro e toda a gente acredita que não é necessário cortar seja o que for. Qual é a verdade e qual é a mentira? Se alguém disser que não é preciso cortar e estiver errado, mentiu ou disse a verdade?

Se não há certezas sobre o futuro, não se promete. Parece-me um princípio não só SIMPLES, mas também natural para quem não é aldrabão. Já para quem o faz compulsivamente, a naturalidade é não se preocupar com a ética, o que importa é atingir os objectivos.

Se alguém disser que não é preciso cortar e estiver errado, mentiu. Ou mentiu propositadamente (sabendo que estava errado), ou mentiu por não estar informado e levar as pessoas a pensar que estava (que também foi o caso do Passos---está documentado).


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E se o Passos mentiu, também mentiram todos os outros. Porque ninguém disse que era necessário cortar -- pelo contrário.

Mentiram todos, não contraponho, e é por isso que não confio em nenhum político (mentiram e continuam a mentir com a maior das naturalidades). Mas as promessas eleitorais manipulatórias fazem-me mais confusão do que o silêncio sobre determinado tema, porque puxam os eleitores a voto enganando-os. O silêncio sobre determinada matéria não provoca nada---quanto muito provoca curiosidade e incerteza.

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Em todo o caso eu até acho que o Passos SABIA que era necessário cortar. E que mentiu ao dizer que não era. Mas igualmente, eu sei que na altura cortar era uma inevitabilidade, e que NINGUÉM que dissesse a verdade iria ser eleito, mas qualquer um que fosse eleito, o iria fazer.

Tenho grandes dúvidas sobre isto. Alguém que explicasse ao país o que aí vinha, sem ocultar factos e sem fazer promessas, podia ter uma capitalização do voto por conta do factor honestidade. Mas não sei. Aqui, também, é uma questão de opinião. Por essa altura, e depois de 3 PECs, já ninguém levava o Sócrates a sério, pelas mesmas razões. Eu sei o que eu preferiria ter ouvido, e não eram mentiras com toda a certeza.

Alguém gosta de ouvir mentiras? A sério! Então e  se as mentiras foram proferidas pelas pessoas em quem depositámos a confiança para serem os nossos representantes?

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Sobre ser menos desonesto ou ser mais honesto, são tudo graus de honestidade.

Sim, sem dúvida, e a importância que damos a esse aspecto é uma coisa subjectiva. No meu caso, e como já deixei explícito, a palavra é essencial para a credibilidade de um político. Uma vez em falta, e nunca mais confio nele. Na prática, eu voto sempre nas soluções que me parecem menos más,  já não consigo acreditar em ninguém, e fico abismado com a naturalidade social/geral com que se ignoram as mentiras, de tal forma já estão "instaladas no sistema".

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Ainda assim digo que o Passos é aparentemente mais honesto que os outros. Até o Cavaco que se diz ser tão sério, parece substancialmente menos honesto, com ganhos para ele e para a filha na fraude BPN, coisas dúbias com uma casa, etc. No PS é sempre escolher entre malandros e grandes malandros. O Costa ainda nem sequer é PM e já tem episódios altamente dúbios com a casa.

E repara, isto não são coisas comparáveis a sacar dinheiro à CEE. Qualquer pessoa que estivesse atenta terá visto na altura que TODOS os envolvidos sacaram dinheiro à CEE. Quem organizou os cursos, os formadores E os formandos. E todos os que não sacaram dinheiro á CEE, não o fizeram apenas por falta de oportunidade. Na altura a coisa simplesmente nem era uma consideração ética.

Sem comentários.  :-X
« Última modificação: 2015-10-28 21:53:28 por Jsebastião »
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Joao-D

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #637 em: 2015-11-18 19:44:32 »
Se virmos bem, até existe algum equilíbrio. 53% dizem que Costa deve ser indigitado, enquanto que 47% dizem que não deve ser indigitado.

Reg

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #638 em: 2015-11-18 19:49:09 »
PS/PCP/BE  teve 61% votos

o Costa ta perder apoio de um destes grupos democratas ou comunistas :D
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Jsebastião

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #639 em: 2015-11-18 19:49:27 »
No site do Público está um inquérito parecido: Cavaco Silva deve indigitar António Costa como primeiro-ministro?

Neste momento: Sim=86%  / Não=14%
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