Uma pergunta maluca, qual a actividade mais nobre?

[Incognitus]

Produzir medicamentos, produzir comida, ou produzir berlindes?

[Zel]

nao gosto do termo nobre mas o que pode ter mais impacto serao novos medicamentos e nao novos berlindes ou comida pois ja ha muito disso

agora se a questao eh produzir aquilo que ja existe e que sera produzido mesmo sem a nossa participacao acho que tanto faz 

[kitano]

Caça aos patos.

É o passatempo da nobreza.

[Zenith]

Procriar é a ctividade mais nobre.
Contribui para a sobrevivência da espécie, contribui para a sobreviv~encia do estado ao produzir novos contribuintes e faz-nos sentir um rei (ou rainha) 

[Local]

só roubar é que não é uma actividade nobre. Desde que as façam da melhor forma que conhecem, tudo bem.

[jeab]

Uma pergunta maluca, qual a actividade mais nobre?


Caça aos elefantes ... 

[Incognitus]

Procriar não é algo que se produza geralmente para trocar com os outros. Mas é aí que acontece uma coisa engraçada - como todos nós produzimos essencialmente para os outros, a produção em si não é relevante. O que é relevante é que os outros a queiram.
 
Os berlindes são tão importantes quanto a comida ou os medicamentos, se quem produz comida ou medicamentos só o faz para trocar por berlindes. Isto porque não havendo os berlindes, também não existirá o incentivo para produzir a comida ou medicamentos, já que o próprio nesse caso só produziria o necessário para si próprio. É claro que "berlindes" aqui é qualquer outra coisa a qual o produtor da comida ou medicamentos deseje.

[Zel]

Procriar não é algo que se produza geralmente para trocar com os outros. Mas é aí que acontece uma coisa engraçada - como todos nós produzimos essencialmente para os outros, a produção em si não é relevante. O que é relevante é que os outros a queiram.
 
Os berlindes são tão importantes quanto a comida ou os medicamentos, se quem produz comida ou medicamentos só o faz para trocar por berlindes. Isto porque não havendo os berlindes, também não existirá o incentivo para produzir a comida ou medicamentos, já que o próprio nesse caso só produziria o necessário para si próprio. É claro que "berlindes" aqui é qualquer outra coisa a qual o produtor da comida ou medicamentos deseje.

essa resposta faz pouco sentido em relacao a pergunta feita, eh o problema das perguntas ambiguas

o que vai beneficiar mais o mundo, um berlinde melhor ou um medicamento melhor ?

se depois fo rpreciso trocar berlindes por medicamentos parece-me outro assunto, nao me parece que vao deixar de existir berlindes para trocar

[Incognitus]

Sim, a questão foi algo ambígua.
 
Para dizer de outra forma. Aquilo que leva alguém a produzir algo, não é o algo em si, mas o que pode obter em troca dele.
 
(isto de forma genérica, porque obviamente muitas produções começam pelo próprio gosto do produtor por determinados produtos)

[Zel]

Sim, a questão foi algo ambígua.
 
Para dizer de outra forma. Aquilo que leva alguém a produzir algo, não é o algo em si, mas o que pode obter em troca dele.
 
(isto de forma genérica, porque obviamente muitas produções começam pelo próprio gosto do produtor por determinados produtos)

eu entendo, nao pode haver desprezo pelas coisas ditas as vezes inuteis pois sem elas uma grande parte da populacao fica pobre

eu ate costumo rir qd vejo uma loja de "lixo" e digo a minha mulher que se esse "lixo" nao ha empregos suficientes, temos de reeinventar a economia a medida que a produtividade aumenta ate ao dia dos robots

[Incognitus]

Pois, também à medida que a grande produtividade concentra em poucos produtores grandes riquezas, seria extraordinariamente útil à sociedade conseguir conceber produtos e serviços extravagantes nos quais quem ficou extremamente rico sentisse a necessidade de estoirar o seu dinheiro. E é negativo para a sociedade que essas expressões de riqueza sejam reprimidas socialmente (pois diminuem a probabilidade de alguém rico as cometer).
 

[Zel]

Pois, também à medida que a grande produtividade concentra em poucos produtores grandes riquezas, seria extraordinariamente útil à sociedade conseguir conceber produtos e serviços extravagantes nos quais quem ficou extremamente rico sentisse a necessidade de estoirar o seu dinheiro. E é negativo para a sociedade que essas expressões de riqueza sejam reprimidas socialmente (pois diminuem a probabilidade de alguém rico as cometer).

concordo, mas alem disso tb se pode taxar mais esses produtos, o que achas disso ?

[Incognitus]

Dir-se-ia que em alguns países, quando a pessoa A vende 1000 objectos xpto aos outros e fica riquíssimo, ficando 1000 outras pessoas com o objecto desejado, o modo que esses países encontram de equilibrar a balança é depois chegar a pedir de volta 60-70-80-90% do resultado da venda de forma a ficarem todos novamente iguais ou próximos. Obviamente se a pessoa A não conseguir evitar essa tributação maluca, o passo seguinte é deixar de existir o objecto xpto para quem o quiser comprar. Simultaneamente a sociedade reprime a pessoa A de comprar um qualquer objecto extravagante que custe o mesmo que os 1000 que vendeu, por isso expor a sua riqueza, quando tal deveria ser o modo natural de o sistema se equilibrar.
 
Esta forma de pensar é patente em Portugal. Por exemplo, por um lado as pessoas queriam as casas que os construtores faziam. Por outro não queriam que estes enriquecessem, e se o fizessem, logo eram apelidados dos patos bravos dos Mercedes, etc (a tal repressão social das manifestações de riqueza). Isto é um contrasenso e atrasa toda a nossa sociedade.

[Incognitus]

Pois, também à medida que a grande produtividade concentra em poucos produtores grandes riquezas, seria extraordinariamente útil à sociedade conseguir conceber produtos e serviços extravagantes nos quais quem ficou extremamente rico sentisse a necessidade de estoirar o seu dinheiro. E é negativo para a sociedade que essas expressões de riqueza sejam reprimidas socialmente (pois diminuem a probabilidade de alguém rico as cometer).

concordo, mas alem disso tb se pode taxar mais esses produtos, o que achas disso ?

Acho que alguma coisa tem que se taxar, mas de alguma forma as pessoas deveriam ser educadas de forma a compreenderem como tudo isto funciona, e a justeza intrínseca de alguém ter uma coisa 1000 vezes mais valiosa do que o que temos, se providenciou valor de 1/1000 disso a 1000 pessoas diferentes.

[Zel]

eu acho que taxar produtos de luxo eh uma situacao quase de win-win pois os ricos querem que os produtos sejam caros e de acesso limitado

[Incognitus]

Sim, é uma forma de tornar esses produtos mais poderosos na sua função, também, desde que os impostos não diminuam demasiado as suas vendas.

[deMelo]

Dir-se-ia que em alguns países, quando a pessoa A vende 1000 objectos xpto aos outros e fica riquíssimo, ficando 1000 outras pessoas com o objecto desejado, o modo que esses países encontram de equilibrar a balança é depois chegar a pedir de volta 60-70-80-90% do resultado da venda de forma a ficarem todos novamente iguais ou próximos. Obviamente se a pessoa A não conseguir evitar essa tributação maluca, o passo seguinte é deixar de existir o objecto xpto para quem o quiser comprar. Simultaneamente a sociedade reprime a pessoa A de comprar um qualquer objecto extravagante que custe o mesmo que os 1000 que vendeu, por isso expor a sua riqueza, quando tal deveria ser o modo natural de o sistema se equilibrar.
 
Esta forma de pensar é patente em Portugal. Por exemplo, por um lado as pessoas queriam as casas que os construtores faziam. Por outro não queriam que estes enriquecessem, e se o fizessem, logo eram apelidados dos patos bravos dos Mercedes, etc (a tal repressão social das manifestações de riqueza). Isto é um contrasenso e atrasa toda a nossa sociedade.

Bom. Muito bom texto.

[deMelo]

eu acho que taxar produtos de luxo eh uma situacao quase de win-win pois os ricos querem que os produtos sejam caros e de acesso limitado

Como se coloca taxas de luxo nestes produtos?

Coloca-se a nivel mundial? Ou só na produção local? E depois as taxas aduaneiras, como é que se faz?

Coloca-se uma taxa no produto intermédio? Por exemplo, vamos taxar o ouro, para os relógios de ouro serem mais caros? E as outras utilizações mais "nobres" do ouro?

[tatanka]

Esta forma de pensar é patente em Portugal. Por exemplo, por um lado as pessoas queriam as casas que os construtores faziam. Por outro não queriam que estes enriquecessem, e se o fizessem, logo eram apelidados dos patos bravos dos Mercedes, etc (a tal repressão social das manifestações de riqueza). Isto é um contrasenso e atrasa toda a nossa sociedade.

Acho que neste ponto estás a confundir as coisas.
As "pesssoas" olhavam de lado para os patos bravos, e para toda a sua ostentação, por saberem que no fundo, era uma riqueza artificial, não sustentada. Eram negócios extremamente alavancados, mercedes pagos com leasinds e ALD's e vivendas do banco.
O presente, tem vindo a mostrar que existia razões para desconfiar da riqueza dos patos bravos.

Do mesmo modo, sou capaz de torcer o nariz, quando vejo um angolano (não vejam nisto qualquer tipo de racismo, pf), a estourar 20,000€ num relogio. Torço o nariz, porque desconfio que aquele dinheiro foi obtido de forma pouca clara, enquanto todo um povo remexe lixos á procura de comida.
Podem-me acusar de estar a estereotipar pessoas inocentes, o que até pode ser verdade, mas  em termos médios, a minha "torcidela de nariz" é fundamentada.

[Incognitus]

Alavancados ou não, eram negócios que produziam muito valor para as restantes pessoas, pelo que era expectável que essas pessoas enriquecessem. Muitas delas, pouco previdentes, naturalmente rebentaram quando o mercado virou. Mas aqui temos também que nos perguntar até que ponto é que uma coisa está ligada à outra. Ou seja, na nossa sociedade ser empreendedor é tão arriscado e chato por comparação à alternativa que só quem for pouco previdente e meio maluco é que o tenta.
 
Também dito de outra forma: sem a possibilidade da recompensa do mercedes, o mais provável é que as casas nunca aparecessem. Certamente, se a recompensa fosse similar ao que obteriam num emprego normal, as casas nunca apareceriam.