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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1840202 vezes)

Elder

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8820 em: 2015-07-17 14:26:29 »
* GERMAN PARLIAMENT VOTES 439-119 IN FAVOR OF GREEK AID PACKAGE - GERMAN PARLIAMENT BACKS GREEK AID TALKS, BRIDGE FINANCING

Esse resultado pode trazer problemas..  ::)

Citar
Apesar da maioria dos alemães (57% segundo o canal televisivo ADR) apoiar a postura da Chanceler na condução das negociações no último fim-de-semana, diversos deputados da coligação CDU-CSU da Chanceler poderão votar contra o programa de apoio à Grécia. A imprensa alemã coloca esses dissidentes entre os 50 e 70 deputados (de um total de 311) face aos 29 registados aquando da votação da extensão do segundo plano de apoio à Grécia, realizada em Fevereiro. Num total de 631
deputados, estes números não inviabilizam a aprovação do plano. Todavia, se este número for elevado poderá induzir a Chanceler a adoptar uma postura mais dura nas negociações que ainda faltam realizar.

vbm

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8821 em: 2015-07-17 14:59:15 »
Os jornalistas precisam de vender jornais,
os comentadores de uma audiência fiel.

Convém um suspense à Hitchcok,
na análise política.

Incognitus

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8822 em: 2015-07-17 15:10:20 »
Entretanto o GREK cai 5.6%.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

itg00022289

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8823 em: 2015-07-17 16:47:43 »
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Le Pen nunca gostou e Louçã deixou de gostar. E nós?

Rui Ramos 
17/7/2015, 9:41

A “Europa”, se morreu com a crise grega, só morreu para quem tinha de morrer: a esquerda radical, que parece finalmente inclinada para corrigir o seu “desvio” europeísta.

Tópicos
A EUROPA DEPOIS DA GRÉCIAFUTURO DA GRÉCIAUNIÃO EUROPEIA
A integração europeia pode bem transformar-se na questão política fundamental dos próximos anos. É importante, por isso, compreendermos como é que a crise grega a definiu. Para uns, foi a “morte da Europa”; para outros, a prova da necessidade de mais integração, e de uma integração ainda mais irreversível. Ambas as conclusões estão erradas.

A “Europa”, se morreu, só morreu para quem tinha de morrer: a esquerda radical, que parece finalmente inclinada para corrigir o seu “desvio” europeísta. Na União Europeia, aliás, só havia uma coisa que realmente fascinava os radicais: a possibilidade de usarem o BCE para dominar os mercados, resolvendo desse modo o problema de compatibilizar o socialismo com a globalização. Mas o véu europeísta assim adquirido cobriu bem a nudez revolucionária do radicalismo. Quando alguém, nos últimos meses, se atreveu a notar o extremismo do Syriza, muita gente abanou a cabeça: mas eles defendem o euro. Com efeito, foi a defender o euro que a esquerda radical chegou ao poder na Grécia e nas cidades espanholas.

Nos últimos dias, porém, a experiência do Syriza deixou os radicais desconfiados. Poucos estômagos neomarxistas digeriram bem as imagens de um governo radical a decretar austeridade e a mandar a polícia atacar manifestações. Por cá, já há muito tempo que Francisco Louçã despertou do seu lapso europeísta, que chegou a ser veemente (ainda em 2011, para Louçã, só um “idiota” é que poderia querer sair do euro). Os seus correligionários noutros países estão agora a abrir os olhos. Não demorará muito até os vermos no lugar que lhes cabe, ao lado de Marine Le Pen, que nunca duvidou da natureza demoníaca da UE.

A UE, enquanto projecção internacional de democracias pluralistas, pode ser muita coisa: vai da Carta Social Europeia de 1996, sobre a qual os libertários têm dúvidas, ao Tratado Orçamental de 2012, de que os keynesianos desconfiam. Mas não pode ser todas as coisas, e muito menos o instrumento de uma revolução marxista. A integração europeia significou, no pós-guerra, a opção por um modo de vida definido pelo Estado de direito, pela democracia pluralista e pela economia social de mercado. A UE não é, portanto, uma ONU regional, com lugares para todos os programas e regimes. Se, por hipótese, a Grécia optar por copiar a Venezuela chavista, ou a Hungria insistir em imitar a Rússia de Putin, essas escolhas devem ser respeitadas, mas fora da UE.

No entanto, a UE também não devia ser compatível com uma situação como a da Grécia actual, onde um governo se queixa de ter de executar um programa com que não concorda e cujos princípios foram rejeitados em referendo pela maioria dos seus cidadãos.

Não me esqueço de que se a Grécia está sujeita a uma ditadura europeia, é em primeiro lugar por causa da irresponsabilidade fiscal dos seus governos, incluindo o do Syriza, que fez com que uma saída do euro só possa ser um desastre. Mas isso aconteceu também porque a ideia de que a integração europeia é irreversível convenceu sucessivos políticos gregos de que, no fim, alguém lhes pagaria as contas. Agora, há quem pense, como o sempre fatal François Hollande, que a melhor maneira de prevenir crises de tipo grego está em agravar a integração monetária com um “governo económico europeu”. Mas o que poderia significar este “governo europeu”, em países que estão a divergir, senão a multiplicação de ditaduras externas, mesmo que de tipo profilático? Daria apenas mais oxigénio aos extremismos anti-europeus da esquerda radical e da direita nacionalista.

O euro provou que não basta juntar os países sob as mesmas condições externas para eles convergirem. Um governo económico comum não teria melhores resultados. Depois de século e meio de unificação italiana e de quase 60 anos de integração europeia, o antigo Reino das Duas Sicílias, hoje conhecido por “sul de Itália”, continua a mesma sociedade pobre, dependente do Estado e mafiosa, com um PIB per capita que é 60% da média italiana. Será diferente na Grécia? O FMI não acredita, nem a Alemanha.

A mudança é uma questão que cada país precisa de resolver consigo próprio. O euro, o mercado único, ou os fundos de desenvolvimento regional podem ser importantes motores de desenvolvimento. Mas só funcionarão se a integração europeia estiver baseada numa convergência efectiva de políticas com apoio maioritário dentro de cada país. A integração tem de corresponder a uma escolha política, e não a uma espécie de fatalismo geográfico. Para tanto, são precisas duas coisas: primeiro, que cada sociedade tenha  margem de manobra para decidir sobre os seus princípios e formas de organização; segundo, que a integração não signifique um caminho sem retorno, e que as instituições europeias estejam prontas para dar sequência às eventuais opções divergentes de um país membro.

É por essa razão que a Grécia devia ter saído da zona euro, como propôs Schauble, o ministro das finanças alemã. Não como punição, o que poderia ter sido prevenido com um programa de ajuda, mas para dar oportunidade aos gregos, sem pressões externas, de decidirem se querem não apenas os benefícios do euro, mas a sua disciplina e o modo de vida correspondente. A decisão de manter a Grécia no euro, custe o que custar, foi a decisão errada. A casa europeia tem de ter uma porta de saída, para que faça sentido entrar nela.

http://observador.pt/opiniao/le-pen-nunca-gostou-e-louca-deixou-de-gostar-e-nos/

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8824 em: 2015-07-17 17:16:02 »
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Le Pen nunca gostou e Louçã deixou de gostar. E nós?

Rui Ramos 
17/7/2015, 9:41

A “Europa”, se morreu com a crise grega, só morreu para quem tinha de morrer: a esquerda radical, que parece finalmente inclinada para corrigir o seu “desvio” europeísta.

Tópicos
A EUROPA DEPOIS DA GRÉCIAFUTURO DA GRÉCIAUNIÃO EUROPEIA
A integração europeia pode bem transformar-se na questão política fundamental dos próximos anos. É importante, por isso, compreendermos como é que a crise grega a definiu. Para uns, foi a “morte da Europa”; para outros, a prova da necessidade de mais integração, e de uma integração ainda mais irreversível. Ambas as conclusões estão erradas.

A “Europa”, se morreu, só morreu para quem tinha de morrer: a esquerda radical, que parece finalmente inclinada para corrigir o seu “desvio” europeísta. Na União Europeia, aliás, só havia uma coisa que realmente fascinava os radicais: a possibilidade de usarem o BCE para dominar os mercados, resolvendo desse modo o problema de compatibilizar o socialismo com a globalização. Mas o véu europeísta assim adquirido cobriu bem a nudez revolucionária do radicalismo. Quando alguém, nos últimos meses, se atreveu a notar o extremismo do Syriza, muita gente abanou a cabeça: mas eles defendem o euro. Com efeito, foi a defender o euro que a esquerda radical chegou ao poder na Grécia e nas cidades espanholas.

Nos últimos dias, porém, a experiência do Syriza deixou os radicais desconfiados. Poucos estômagos neomarxistas digeriram bem as imagens de um governo radical a decretar austeridade e a mandar a polícia atacar manifestações. Por cá, já há muito tempo que Francisco Louçã despertou do seu lapso europeísta, que chegou a ser veemente (ainda em 2011, para Louçã, só um “idiota” é que poderia querer sair do euro). Os seus correligionários noutros países estão agora a abrir os olhos. Não demorará muito até os vermos no lugar que lhes cabe, ao lado de Marine Le Pen, que nunca duvidou da natureza demoníaca da UE.

A UE, enquanto projecção internacional de democracias pluralistas, pode ser muita coisa: vai da Carta Social Europeia de 1996, sobre a qual os libertários têm dúvidas, ao Tratado Orçamental de 2012, de que os keynesianos desconfiam. Mas não pode ser todas as coisas, e muito menos o instrumento de uma revolução marxista. A integração europeia significou, no pós-guerra, a opção por um modo de vida definido pelo Estado de direito, pela democracia pluralista e pela economia social de mercado. A UE não é, portanto, uma ONU regional, com lugares para todos os programas e regimes. Se, por hipótese, a Grécia optar por copiar a Venezuela chavista, ou a Hungria insistir em imitar a Rússia de Putin, essas escolhas devem ser respeitadas, mas fora da UE.

No entanto, a UE também não devia ser compatível com uma situação como a da Grécia actual, onde um governo se queixa de ter de executar um programa com que não concorda e cujos princípios foram rejeitados em referendo pela maioria dos seus cidadãos.

Não me esqueço de que se a Grécia está sujeita a uma ditadura europeia, é em primeiro lugar por causa da irresponsabilidade fiscal dos seus governos, incluindo o do Syriza, que fez com que uma saída do euro só possa ser um desastre. Mas isso aconteceu também porque a ideia de que a integração europeia é irreversível convenceu sucessivos políticos gregos de que, no fim, alguém lhes pagaria as contas. Agora, há quem pense, como o sempre fatal François Hollande, que a melhor maneira de prevenir crises de tipo grego está em agravar a integração monetária com um “governo económico europeu”. Mas o que poderia significar este “governo europeu”, em países que estão a divergir, senão a multiplicação de ditaduras externas, mesmo que de tipo profilático? Daria apenas mais oxigénio aos extremismos anti-europeus da esquerda radical e da direita nacionalista.

O euro provou que não basta juntar os países sob as mesmas condições externas para eles convergirem. Um governo económico comum não teria melhores resultados. Depois de século e meio de unificação italiana e de quase 60 anos de integração europeia, o antigo Reino das Duas Sicílias, hoje conhecido por “sul de Itália”, continua a mesma sociedade pobre, dependente do Estado e mafiosa, com um PIB per capita que é 60% da média italiana. Será diferente na Grécia? O FMI não acredita, nem a Alemanha.

A mudança é uma questão que cada país precisa de resolver consigo próprio. O euro, o mercado único, ou os fundos de desenvolvimento regional podem ser importantes motores de desenvolvimento. Mas só funcionarão se a integração europeia estiver baseada numa convergência efectiva de políticas com apoio maioritário dentro de cada país. A integração tem de corresponder a uma escolha política, e não a uma espécie de fatalismo geográfico. Para tanto, são precisas duas coisas: primeiro, que cada sociedade tenha  margem de manobra para decidir sobre os seus princípios e formas de organização; segundo, que a integração não signifique um caminho sem retorno, e que as instituições europeias estejam prontas para dar sequência às eventuais opções divergentes de um país membro.

É por essa razão que a Grécia devia ter saído da zona euro, como propôs Schauble, o ministro das finanças alemã. Não como punição, o que poderia ter sido prevenido com um programa de ajuda, mas para dar oportunidade aos gregos, sem pressões externas, de decidirem se querem não apenas os benefícios do euro, mas a sua disciplina e o modo de vida correspondente. A decisão de manter a Grécia no euro, custe o que custar, foi a decisão errada. A casa europeia tem de ter uma porta de saída, para que faça sentido entrar nela.

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gosto do que este gajo escreve.
alguma coisas podiam ser comentadas mas não são muito relevantes.
mas há uma que me deixa espantado: com ele e com toda a gente que o diz ou o pensa - os benefícios do euro.
quais benefícios?
não consigo encontrar um único benefício para lá de serem mais fáceis as transacções dentro da eurozone. dentro de 18 países entre quase 200 no mundo.
mas esse benefício é tão marginal, tão insignificante que nem vale a pena mencioná-lo.
alguém acredita que é mais difícil exportar ou importar dos estados unidos ou do uk que da frança ou alemanha?
até as compras online aceitam a maior parte das moedas.

por isso pergunto: qual benefício?
já os malefícios são muitos, muito grandes e estão bem à vista.

L
« Última modificação: 2015-07-17 17:17:09 por Lark »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8825 em: 2015-07-17 17:21:47 »
...

...
em que haveria transferências net do centro para a periferia.
a alemanha teria que pagar uns quantos porcento do seu GDP, todos os anos, para manter a a união a funcionar.
...
L

Mas isso é o que hoje sucede no financiamento da UE.

O Orçamento da UE é financiado maioritariamente pelos países mais ricos.
Parte dos impostos pagos pelos contribuintes alemães (acho que entre 10 a 20%) vai para a UE que por sua vez tem programas estruturais para financiar os paises mais pobres da UE (os conhecidos fundos estruturais).

Sobre o financiamento UE:
Citar
Existem três principais fontes de receitas:

--> uma pequena percentagem do produto interno bruto (regra geral, cerca de 0,7 %) de todos os países da UE, que constitui a maior fonte de receitas do orçamento. Os princípios subjacentes são a solidariedade e a capacidade contributiva, embora o montante possa ser ajustado de modo a evitar sobrecarregar determinados países.

--> uma pequena percentagem (regra geral 0,3 %) das receitas do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) harmonizado cobrado por cada país da UE

--> uma parte significativa dos direitos de importação sobre os produtos provenientes de países terceiros (o país que cobra o imposto fica com uma pequena percentagem)

A UE também recebe impostos sobre o salário do pessoal das instituições europeias e contribuições de países terceiros para determinados programas da UE, bem como o montante das coimas pagas pelas empresas que violam a legislação e a regulamentação europeias.

mas eu não estou a falar do finnciamento da ue ou dos programas de apoio.
estou a falar de um orçamento que inclua fundo de desemprego, reforma e outros benefícios sociais mais saúde e educação. de um orçamento comunitário que inclua isto.
numa união politica e económica, terá que ser.
estás a ver as diferenças de magnitude entre o que falaste e o que eu estou a falar?

L
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Pip-Boy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8826 em: 2015-07-17 17:33:04 »
A maior vantagem/beneficio do euro é separar ainda mais o poder político do controlo monetário.
Os bancos centrais independentes já tem esse objectivo, ora se o banco estiver em Frankfurt e partilhado entre vários países ainda mais independente do poder político se torna.
Isto obriga a que o poder politico seja mais responsável porque a impressora está longe e tem várias mãos ao comando.

The ultimate result of shielding men from the effects of folly, is to fill the world with fools.

Moppie85

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8827 em: 2015-07-17 17:33:49 »
deu um trabalhão mas está aqui a apresentação do Connolly, em bruto.

a razão pela qual a transcrevi foi o facto desta apresentação ter sido feita em 2008. a percentagem de acerto, sete anos depois, é fabulosa.

o Moppie e o Inc, decidiram comentar/refutar a apresentação, ou antes algumas ideias implícitas na apresentação.
o facto é que alguma das ideias no artigo do ZH, eram do próprio ZH e não do Connoly.
como já disse o que me impressionou e por isso postei, foi a qualidade previsional do autor. É de fazer caír o queixo.

mas como houve/há alguma discordância, quer do Moppie quer do Inc, decidi expurgar a apresentação de tudo o que não fosse escrito pelo seu autor.
a partir daqui podemos então debater com mais facilidade.

L

Lê o que eu escrevi que não foi o que tu disseste que eu fiz...

Eu refutei a opinião do autor (actual) que é demagogo (a parte do "ah e tal nunca viveram tão mal" é de uma vergonha enorme)


e disse que relativamente ao artigo de 2008:

a) muitas das previsões não são bem previsões - são coisas lógicas! Ou se faz uma correcção interna através da austeridade ou tem de haver um mecanismo de saída que permita a desvalorização que ele refere (via moeda). Qual é a profecia no caso?

b) que as conclusões (os 4 pontos) são ridiculos e nada têm a ver com o que ele descreveu - são teorias da conspiração e são coisas que não ocorrem apenas na Europa, mas também EUA, Canadá e Austrália.


Nota que eu era a favor que corressem com a Grécia da UE.

Era melhor para eles (aprendiam que o dinheiro não nasce das árvores e que não se pode viver de dívida e de "empréstimos" que não são pagos)  e obrigava-os a reformar e arcarem com essa responsabilidade perante o povo (e não usar a Alemanha como scapegoat) e para o Euro (com mais estabilidade e credibilidade)

Aliás, acho que todos os que não estão dispostos a seguir as regras do mesmo deviam ser corridos - as regras de Maastrich deviam ser cumpridas e quem violasse tinha o ano a seguir para compensar. Tinha-se prevenido muitas das tretas que agora se passam.
« Última modificação: 2015-07-17 17:35:41 por Moppie85 »

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8828 em: 2015-07-17 17:38:13 »
deu um trabalhão mas está aqui a apresentação do Connolly, em bruto.

a razão pela qual a transcrevi foi o facto desta apresentação ter sido feita em 2008. a percentagem de acerto, sete anos depois, é fabulosa.

o Moppie e o Inc, decidiram comentar/refutar a apresentação, ou antes algumas ideias implícitas na apresentação.
o facto é que alguma das ideias no artigo do ZH, eram do próprio ZH e não do Connoly.
como já disse o que me impressionou e por isso postei, foi a qualidade previsional do autor. É de fazer caír o queixo.

mas como houve/há alguma discordância, quer do Moppie quer do Inc, decidi expurgar a apresentação de tudo o que não fosse escrito pelo seu autor.
a partir daqui podemos então debater com mais facilidade.

L

Lê o que eu escrevi que não foi o que tu disseste que eu fiz...

ok
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8829 em: 2015-07-17 17:47:02 »
deu um trabalhão mas está aqui a apresentação do Connolly, em bruto.

a razão pela qual a transcrevi foi o facto desta apresentação ter sido feita em 2008. a percentagem de acerto, sete anos depois, é fabulosa.

o Moppie e o Inc, decidiram comentar/refutar a apresentação, ou antes algumas ideias implícitas na apresentação.
o facto é que alguma das ideias no artigo do ZH, eram do próprio ZH e não do Connoly.
como já disse o que me impressionou e por isso postei, foi a qualidade previsional do autor. É de fazer caír o queixo.

mas como houve/há alguma discordância, quer do Moppie quer do Inc, decidi expurgar a apresentação de tudo o que não fosse escrito pelo seu autor.
a partir daqui podemos então debater com mais facilidade.

L

Lê o que eu escrevi que não foi o que tu disseste que eu fiz...

ok

Nota que eles ao sairem seriam obrigados a fazer as reformas necessárias sob pena de se não o fizerem tornarem uma Venezuela...
A opção de sair e desvalorizar é uma opção que custa mais no curto prazo mas pode ser benéfica no longo prazo se e somente se criares condições para que haja crescimento a seguir. Se mantiveres as coisas na mesma (mais despesa que receitas), tens de "imprimir dinheiro" para fingir que estás a pagar as contas, até ao limite que o salário minimo não chega para comprar papel higiénico. Aliás, esse era o caminho que estava a ser seguido pela Grécia e Portugal. Ir desvalorizando a moeda e não corrigir as aberrações estruturais.

Neste aspecto, o euro foi excelente pois obrigou os Estados a reconhecerem as porcarias que fizeram - o povo entende melhor (i.e. revoltam-se mais porque se apercebem)  "um corte no ordenado" do que uma desvalorização (i.e. que antigamente ganhavam 10000 dracmas e 100 dracmas davam para comprar um kilo de arroz e agora recebem 20000 dracmas e o custo do kilo de arroz é 2000 dracmas.

Ainda hoje conheço mta gente a dizer que em 86 e 87 é que era... "aumentos enormes dos ordenados" que não se vêm hoje em dia...

tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8830 em: 2015-07-17 17:54:23 »
Incrível como há quem afirme que não vê os benefícios do euro.

Funções de uma moeda?
- meio transacção;
- unidade de conta;
- reserva de valor.

O euro desempenha estas funções melhor que a esmagadora maioria de todas as moedas no planeta terra. Sobretudo a reserva de valor.

Perante estes comentários o que é que apetece? Mas não posso. Vai contra as regras do fórum e bem.

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8831 em: 2015-07-17 17:55:17 »
Germany, Not Greece, Should Exit the Euro

The latest round of wrangling between Greece and its European creditors has demonstrated yet again that countries with such disparate economies should never have entered a currency union. It would be better for all involved, though, if Germany rather than Greece were the first to exit.

After months of grueling negotiations, recriminations and reversals, it's hard to see any winners. The deal Greece reached with its creditors -- if it lasts -- pursues the same economic strategy that has failed repeatedly to heal the country. Greeks will get more of the brutal belt-tightening that they voted against. The creditors will probably see even less of their money than they would with a package of reduced austerity and immediate debt relief.

That said, the lead creditor, Germany, has done Europe a service: By proposing the Greece exit the euro, it has broken a political taboo. For decades, politicians have peddled the common currency as a symbol of European unity, despite the flawed economics pointed out as far back as 1971 by the Cambridge professor Nicholas Kaldor. That changed on July 11, when European finance ministers agreed that it could be both sensible and practical for a member country to leave. "In case no agreement can be reached," they said, "Greece should be offered swift negotiations for a time-out."

Now that the idea of exit is in the air, though, it's worth thinking beyond the current political reality and considering who should go. Were Greece to leave, possibly followed by Portugal and Italy in the subsequent years, the countries' new currencies would fall sharply in value. This would leave them unable to pay debts in euros, triggering cascading defaults. Although the currency depreciation would eventually make them more competitive, the economic pain would be prolonged and would inevitably extend beyond their borders.

If, however, Germany left the euro area -- as influential people including Citadel founder Kenneth Griffin, University of Chicago economist Anil Kashyap and the investor George Soros have suggested -- there really would be no losers.

A German return to the deutsche mark would cause the value of the euro to fall immediately, giving countries in Europe's periphery a much-needed boost in competitiveness. Italy and Portugal have about the same gross domestic product today as when the euro was introduced, and the Greek economy, having briefly soared, is now in danger of falling below its starting point. A weaker euro would give them a chance to jump-start growth. If, as would be likely, the Netherlands, Belgium, Austria and Finland followed Germany's lead, perhaps to form a new currency bloc, the euro would depreciate even further.

The disruption from a German exit would be minor. Because a deutsche mark would buy more goods and services in Europe (and in the rest of the world) than does a euro today, the Germans would become richer in one stroke. Germany's assets abroad would be worth less in terms of the pricier deutsche marks, but German debts would be easier to repay.

Some Germans worry that a rising deutsche mark would render their exports less competitive abroad. That is actually a desirable outcome for the world -- and eventually for Germany, too. For years, Germany has been running a large current account surplus, meaning that it sells a lot more than it buys. The gap has only grown since the start of the crisis, reaching a new record of 215.3 billion euros ($244 billion) in 2014. Such insufficient German demand weakens world growth, which is why the U.S. Treasury and the International Monetary Fund have long prodded the country to buy more. Even the European Commission has concluded that Germany's current-account imbalance is "excessive."

Germans know how to live with a stronger exchange rate. Before introduction of the euro, the deutsche mark continuously appreciated in value. German companies adapted by producing higher-quality products. If they reintroduce their currency now, it will give them a new incentive to improve the lagging productivity in the services they produce for themselves.

Perhaps the greatest gain would be political. Germany relishes the role of a hegemon in Europe, but it has proven unwilling to bear the cost. By playing the role of bully with a moral veneer, it is doing the region a disservice. Rather than building "an ever closer union" in Europe, the Germans are endangering its delicate fabric. To stay close, Europe's nations may need to loosen the ties that bind them so tightly.

bloomberg
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8832 em: 2015-07-17 18:07:15 »
Incrível como há quem afirme que não vê os benefícios do euro.

Funções de uma moeda?
- meio transacção;
- unidade de conta;
- reserva de valor.

como qualquer outra moeda.

O euro desempenha estas funções melhor que a esmagadora maioria de todas as moedas no planeta terra. Sobretudo a reserva de valor.

desempenha essa funções como qualquer outra moeda; a libra, a coroa dinamarquesa, a coroa sueca, o zloty polaco, o dollar americano, o dollar canadiano, o dollar australiano ou o franco suíço.

como reserva de valor... ahem... desde o seu pico em julho de 2007 já perdeu 32.2 % do seu valor, a valores de hoje.
e vai a caminho da paridade onde terá perdido 37.64% do seu valor.
e não vai ficar-se por ai provavelmente tendo como target os mínimos desde a sua criação - 0.8225 - onde terá perdido 48.71% do seu valor.

tudo contra o USD.

ser reserva de valor, não é concerteza um dos pontos fortes do euro.

L
« Última modificação: 2015-07-17 18:11:55 por Lark »
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vbm

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8833 em: 2015-07-17 18:12:44 »
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Incognitus

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8834 em: 2015-07-17 18:14:13 »
Lark, estás a escolher os pontos de partida. Se escolheres pontos de partida diferentes arranjas evoluções diferentes. A única forma de isto não acontecer seria estar num máximo ou num mínimo absoluto, que não é o caso. Ou ser estável, que nunca será.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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vbm

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8835 em: 2015-07-17 18:17:09 »
como reserva de valor... ahem... desde o seu pico em julho de 2007 já perdeu 32.2 % do seu valor, a valores de hoje.
e vai a caminho da paridade onde terá perdido 37.64% do seu valor.
e não vai ficar-se por ai provavelmente tendo como target os mínimos desde a sua criação - 0.8225 - onde terá perdido 48.71% do seu valor.

tudo contra o USD.

ser reserva de valor, não é concerteza um dos pontos fortes do euro.

L

Bem contra-observado.

Se bem que o ouro não está cotejado
com o dólar e com o euro. Valia a pena ver.
Já agora, igualmente, o ouro negro, o m2 em
Nova-Iorque, Paris e Londres, o kg de arroz e o do trigo.

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8836 em: 2015-07-17 18:18:04 »
Germany, Not Greece, Should Exit the Euro [ ]

That´s what I think!

eu penso que não devia haver moeda única, pura e simplesmente.
todas as que houve deram mau resultado e o euro está a dar ainda pior resultado que as que o antecederam.
na minha opinião, não há absolutamente nenhum benefício em fazer parte de uma moeda única.

L
« Última modificação: 2015-07-17 18:37:47 por Lark »
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Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8837 em: 2015-07-17 18:21:08 »
Ainda hoje conheço mta gente a dizer que em 86 e 87 é que era... "aumentos enormes dos ordenados" que não se vêm hoje em dia...
E depósitos no banco que davam 15 ou 20% ! Nessa altura é que era bom.

Reg

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8838 em: 2015-07-17 18:23:03 »
Germany, Not Greece, Should Exit the Euro [ ]

That´s what I think!

eu penso que não devia haver moeda única, pura e simplesmente.
todas as que houveram deram mau resultado e o euro está a dar ainda pior resultado que as que o antecederam.
na minha opinião, não há absolutamente nenhum benefício em fazer parte de uma moeda única.

L

se moedas falharem

voltamamos ao ouro que ainda foi pior para os devedores durante milhares de anos antes do papel moeda.
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8839 em: 2015-07-17 18:25:06 »
Lark, estás a escolher os pontos de partida. Se escolheres pontos de partida diferentes arranjas evoluções diferentes. A única forma de isto não acontecer seria estar num máximo ou num mínimo absoluto, que não é o caso. Ou ser estável, que nunca será.

estou a escolher o ponto de partida e por uma rzão muito especial. foi o início da crise.
uma moeda que seja realmente reserva de valor, em tempos de crise, vê o seu valor aumentar contra as outras como o USD ou o CHF.

pior ainda: numa crise passada num contexto deflacionário, onde cash is king, uma moeda credível como reserva de valor aumenta ainda mais o seu valor.
o euro nem sequer o conseguiu manter.

vê-se claramente qual é a moeda reserva de valor: o USD.
não o euro.

L
« Última modificação: 2015-07-17 18:36:53 por Lark »
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