ok desisto....
uma análise pormenorizada e quantificada a sete anos de distância; não vale nada.
realmente vemos tudo o que há no mundo de formas diferentes.
tu fixas-te naquilo que ali está que contradiz a tua tese,
eu fixo-me na extraordinária capacidade de previsão macroeconómica do autor.
ele nem faz sequer considerações políticas.
simplesmente apresenta os factos.
realmente não percebo o que é querias mais.
que para além de acertar no centro de alvo a sete anos de distância também dissesse o que tu gostavas de ouvir?
ah e no que se refre ao artigo não há nada de absurdo. absolutament nada.
não sei a que espantalho te estás a referir, mas não há ali nada de absurdo. pelo contrário.
absurda é a forma como abordas o tema. ideologicamente e não focando-te em algo quase inacreditável: uma capacidade de previsão macroeconómica absolutamente excepcional.
7 anos 7! de distância temporal.
L
O Ulisses também acertou o inicio do bull market...
e? não se espera de ti observações vazias como essa moppie.
este não acertou no início de uma coisa.
acertou nas consequências de uma coisa a sete anos de distância.
também a ti te parece pouca coisa?
leste ao menos com atenção o texto?
L
li o artigo com alguma atenção (honestamente no intervalo entre as minhas pesquisas).
o que escrevi é que o ele ter "acertado" há 7 anos o que ia acontecer não lhe dá mais credibilidade.
desde há muitissimo tempo que se sabia que a Grécia (e Portugal) estavam no caminho do abismo - que iria acontecer se as politicas não mudassem. O que acelerou a chegada desta crise de Portugal e Grécia foi o ter existido uma crise mundial que precipitou os acontecimentos.
Para chegar a essa conclusão não era preciso ser um Zandinga - basta ir seguindo as estatisticas oficiais (e as da Grécia todos sabiam que eram duvidosas para fazer a coisa parecer menos mal) relativos aos principais indicadores da UE15 - Portugal e Grécia eram invariavelmente os dois últimos países da lista.
Os primeiros seis parágrafos é constatar o óbvio:
- Num Estado em que se tem de fazer correcções de déficites de 15% em 2010, algo vai acontecer à economia e não é crescimento...
- Que o povo grego vive pior hoje que em 2007 - grande novidade... os Portugueses também vivem pior. Se o Estado cobra mais e gasta menos, alguém "vai sofrer no pêlo" - chama-se viver com aquilo que se ganha/produz em vez de viver com o dinheiro emprestado.
- Que seria mais "rápido" uma desvalorização com moeda própria - parece esquecer que essa desvalorização levaria invariavelmente a uma austeridade maior, menores ordenados, menores pensões e menor poder de compra
- Que o dinheiro do bailout foi maioritariamente para pagar dividas gregas e que uma percentagem menor (que creio terem sido mais do que 11%) chegou aos gregos - o que se estava à espera? que fosse emprestado o Estado continuasse a gastar mais e mais? O empréstimo foi de certa forma um roll-over da dívida (incluindo a restruturada) e um apoio para que o ajustamento não fosse brusco. Note-se que os autores ignoram os 100 bn€ de perdão à Grécia que é BASTANTE importante - trata-se de oferecer à Grécia 100 bn € que pertencia a outras pessoas em favor do contribuinte grego (que deixou de ter de financiar e pagar juros sobre essa divida).
Depois vê-se a seriedade do bicho (e foi qd deixei de o ler com qualquer convicção) quando escreve isto: " even if an entire nation of 11 million people is suffering more than ever in history as a result of what is, at best, a failed experiment" por 2 motivos:
a) dizer que "is suffering more than ever in history" a um país que foi dividido e ocupado por 3 diferentes países durante a WW2 e em que morreram milhares e milhares é mostrar que não se está a ser minimamente sério
b) falhar em "failed experiment" quando os objectivos estavam a ser alcançados (pode-se dizer que teria sido melhor se os gregos tivessem alterado leis e regulamentações que se esquivaram a alterar para manter o status quo), é estupidez , especialmente quando os gregos são os primeiros a boicotar os objectivos das reformas e o seu cumprimento (basta ver que apenas 2,5% das receitas com privatizações foi alcançada, vs o dobro do previsto em Portugal).
Relativamente ao artigo de 2008, não me parece nada "especial" - basicamente refere que tem de haver um acerto da economia dos periférios e que tem de haver um acerto da balança externa (os mecanismos descritos tratam-se basicamente de mecanismos de desvalorização interna e de perdão de divida que foi feita no caso da grécia quer por haircut quer por prazos e juros fofinhos). Claramente, essas economias ou saiam do euro, emitiam moeda e desvalorizavam através da moeda, ou mantinham-se no euro e tinham de cortar gastos. Não vejo nada profético e de grande visão no artigo de 2008.
Depois fala em 2011, basicamente defendendo que a Alemanha (e os outros com surplus) paguem a divida dos outros - ou seja, que uns sejam cigarra e os outros formigas e depois a formiga entregue o fruto do seu trabalho à cigarra - ora isso não é nem justo, nem viável, nem politicamente vendivel, especialmente quando refere que a Alemanha contribuiria com 16% (provavelmente mais) da despesa do governo do seu país e cobrado aos seus cidadãos, para a Grécia - ou seja quase 1/5 do que cobram aos contribuintes alemães dado à Grécia e cia.
Por fim a conclusão é ridicula por dizer que :
And there it is: in four simple bullet points laid out in a 7 year old presentation, a prediction which is about to be proven right. Because once Greece folds, next will be Italy, Spain, Portugal, and so on, until the European Economic Government, also known as the "European Empire", controlled by a handful of "northern" European players and the bankers financially backing them, shifts from mere vision to reality.
isto é pura teoria da conspiração - "os do norte e os banqueiros querem controlar os países" lol
environmental issues: increase control over member countries; advance idea of global governance
e isso não era o objectivo?
terrorism: use excuse for greater control over police and judicial issues; increase extent of surveillance
e isto não acontece em outros países fora da UE?
global financial crisis: kill two birds (free market; Anglo-Saxon economies) with one stone (Europe-wide regulator; attempts at global financial governance)
então, mas a criação de um bloco económico não tem como objectivo a regulação desse mercado com regras semelhantes?
EMU: create a crisis to force introduction of “European economic government”
uma treta - qualquer país, incluindo a Grécia, é livre de deixar a EMU - só não sai, pq sabe bem que seria pior (pelo menos no curto prazo) do que mantendo e ainda chulando mais um pouco a outros países (incluindo alguns mais pobres como Portugal).