Eu acredito que por tras da retorica de parte a parte que temos aqui uma novidade em termos de politica Internacional,
um veto dos EUA a determinadas politicas economicas seguidas na zona euro que na pratica deixam os estados devedores amarrados e mantidos permamentemente com uma espada sobre a Cabeça durante anos a fio sem crescerem absolutamente nada a serem cozinhados em lume brando;
Portugal e a Grecia tem um defice brutal que precisa de ser constantemente a ser financiado com mais divida, não e pelo facto de estes paises terem passado a viver dentro das suas possibilidades que resolvem o problema; Basta que de fora cortem o financiamento para que o estado pare por exemplo;
O que na pratica se passa e que este tipo de politicas em que os paises estao decadas sem crescer acabam por ter como efeito um esvaziamento dos paises devedores em favor de paises credores numa logica perversa e calculista em que as disparidades entre uns e outros se acentuam brutalmente;
portanto na pratica temos uma situcao que configura uma situacao de abuso de posicao dominante de estados em relacao a outros;
pois eu acredito que a saida da grecia provavelmente nao da zona euro mas sobretudo da U.E foi vetada pelos estados unidos;
e que uma explulsao da zona euro neste contexto de ausencia de crescimento durante anos a fio tera que ser muito bem explicada se nao tambem chumba;
A Alemanha pode nao ter outra alternativa a ser conduzida a aceitar que se tentem politicas expansionistas para por os paises do sul a crescer e a sobreviver economicamente sem outra consequencia do que veres manifestacoes de alemaes indignados mas com memoria curta a fazerem manifestacoes em Berlim
A falácia nesse discurso está em que as "políticas expansionistas" implícitas são políticas de déficit iguais às que causaram o problema.
O que descreves inicialmente é apenas a consequência dessas políticas. Quando se consome a crédito, inicialmente consome-se mais do que o rendimento, e mais tarde consome-se necessariamente menos do que o rendimento.
O consumo e o gasto a longo prazo têm que se equilibrar. Se tivemos muitos anos com grandes défices, teremos que ter anos de superavit, tanto mais que os anos de ouro do crescimento económico ficaram para trás.
Mas o que o valves diz faz algum sentido.
Esta recessão vai aumentando a partida de jovens formados do sul da Europa (onde os jovens já eram previamente escassos). Arriscamo-nos a ficar como aqueles estados do interior dos EUA onde só ficaram os velhos, os pouco capazes e a poeira.
Como tornar este país um pouco mais atrativo para os jovens?
Em primeiro lugar, pagando menos juros. No ano passado pagámos 5% (a Grécia 2,6%). Porquê? Com saldos primários positivos e trocas externas mais equilibradas, ficámos obviamente em melhor posição negocial. O ideal será cumprirmos os pagamentos, mas com melhores condições em termos de juros.
Claro que nem só (de baixa) de juros é feita a solução. Também é importante tornar mais atrativo criar empregos (menos IRC, justiça mais eficiente, menos regulamentações), reduzir o IRS e redistribuir as prestações sociais (é vergonhoso e injusto que a maior percentagem de pobres em Portugal seja nas crianças). Para isso ter-se-ão que se reduzir pensões (o que também é justo pois quem actualmente desconta do seu ordenado para pagar as pensões nunca terá acesso a condições semelhantes) além de poupar nos juros.