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Autor Tópico: Educação - Tópico principal  (Lida 373946 vezes)

eagle51

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #40 em: 2012-12-17 12:48:03 »
Falácia parece-me continuar a ser o mito que só o estado / público tem capacidade ou responsabilidade para determinados casos. Discordo totalmente. O privado pode perfeitamente desempenhar esse papel. Necessita de ver regulado e fiscalizado para garantir que o faz correctamente. Mas isto tb se aplicada ao público. Não é por ser do estado que se tem garantia do que quer que seja em termos de qualidade ou universalidade.
E novamente se os meus impostos fossem reduzidos e eu pudesse usar esse dinheiro para pagar as minhas escolhas livremente, não vejo como isso pode ser prejudicial. Prejudicial é pagar impostos e não perceber para onde vai o meu dinheiro.
Nota que eu percebo perfeitamente do que falas em termos de necessidades especificas de um aluno NEE visto ter um familiar muito próximo que foi professor numa escola especializada em alunos com deficiências profundas e eu visitei essa escola inúmeras vezes.
Se um pai / mãe tem uma criança com esse tipo de necessidades e poder escolher a escola e paga-la directamente (em vez de pagar impostos), em que medida é que isso é negativo ?
E se não tiver dinheiro para pagar, em que medida faz diferença se é uma criança com necessidades especiais ou não ? Aí entra uma contribuição do estado possivel através do tal imposto de solidariedade.
Quanto ao outro assunto que levantas sobre o pagamento aos professores. Tb aqui posso falar por experiência sendo casado com uma professora do secundário e que por vezes tem alunos NEE. Os professores recebem mal, trabalham muito mais do que se pensa e são mal tratados pelo sistema (escolas, pais, alunos, estado). Mas um professor do público é melhor tratado que um do privado ? No público são todos tratados por igual, quer trabalhem mais ou menos. Sei que no privado não é diferente e até podem receber menos, mas isso não é por o privado estar mal. Mas sim porque temos um sistema mal feito, em que para o privado vão essencialmente aqueles que não conseguem colocação no público e as escolas privadas podem assim abusar. Houvesse espaço para as escolas privadas competirem pelos melhores professores e aí veríamos uma grande diferença....
Neste país continua tudo a pensar que o estado tem obrigação de tudo e mais alguma coisa, esquecendo-se que para tal é preciso alimentar o estado com mais e mais impostos.

PS: hoje é segunda-feira, por isso perdoem-me alguns excessos...

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #41 em: 2012-12-17 12:58:18 »
De certa forma uma gestão no publico, com director, é uma espécie de gestão privada em que os que gravitam á volta do director têm sempre privilégios. Por isso a diferença entre o público e o privada, nesse aspecto, é diminuta. Os professores foram maltratados mas nem todos são tratados como  iguais. Há sempre discriminações seja num lado seja no outro. A vantagem é que no publico a directora não pode despedir facilmente o que controla melhor as situações de prepotencias e chantagem.
As escolas especiais são uma benção para os alunos que as frequentam e deviam ser nacionalizadas porque são uma mais valia para o ensino publico e para o pais.
As escolas privadas nem sempre são melhores que as publicas mas há muita promiscuidade entre as duas. Demasiada promiscuidade. As privadas deviam fazer-se pagar por todos os serviços e não receber apoio do estado. Em caso algum. Se os professores pudessem escolher a escola onde leccionam haveria demasiado compadrio. Basta pensar na minicipalização para entender a quantidade de favores e caciquismo que isso acarretereria.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #42 em: 2012-12-17 13:18:50 »
Acho que partes de um principio que está errado no que respeita à gestão das escolas. Hoje o erro é entregar a gestão de escolas (públicas ou privadas) a professores. Estes devem focar-se no ensino e não na gestão. Uma escola privada deve ser gerida profissionalmente e quando assim acontece minimizam-se os compadrios e abusos. Existem mas não são o foco da gestão. Claro que aquela gestão profissional deve ter um aconselhamento técnico dado por professores, tal como acontece em qq empresa decente, onde existem directores especializados em determinados assuntos ou pelouros a aconselhar e executar nessas áreas de especialização.

A proteção que o estado dá aos funcionários públicos e professores impedindo que estes possam ser despedidos é um erro. Tanto protege contra abusos como protege os incompetentes.

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #43 em: 2012-12-17 13:38:13 »
Que têm a dizer dos fundos que são desviados para os grupos privados de educação? GPS e afins? Se a escola é privada deviam ser os privados a pagar os salários dos professores e sem receber fundo algum. Tirando os que são especiais e recebem alunos NEEs - que deviam ser nacionalizados.

Repara se o Estado pagasse uma educação por criança e esta custasse o mesmo em qualquer lugar, e a opção sobre para onde as crianças iam era dos pais, exactamente o que é que importaria se o dinheiro acabasse num grupo privado ou noutro lugar qualquer?
Isso é tontice. Uma criança que tem capacidades cognitivas tem menos custo que uma criança NEE. Só falácias, portanto. Cada criança custa um investimento diferente. Seria bom que começassem a alargar os horizontes para outro tipo de investimento: o investimento que cada professor faz em termos mentais. Se não me pagarem eu baldo-me para a educação e o investimento é minimo. Cumpro as regras que podem ser um brilharete em termos de metal sonante(notas) mas que compromete o futuro de todas elas. Posso começar a treinar os meus alunos para o exame e deixar que o seu total desenvolvimento seja uma nódoa. Treinar cães de luta é fácil. Treinar pessoas para serem pessoas é mais dificil.

Não - as crianças terem custos diferentes é irrelevante, como é irrelevante para os seguros que os acidentes tenham custos diferentes (é perfeitamente possível preçar todos os seguros da mesma forma embora isso não seja feito). Basta que o custo oferecido inclua uma componente em excesso do que seria necessário.
 
É também de todo desejável retirar do sistema todos os professores que só lá estão pelas condições oferecidas e não por vocação. É uma actividade demasiado importante. É altamente provável que a preços de mercado se obtivesse uma força de trabalho nessa função com maior qualidade (como mostra o facto de a Finlândia ter o melhor ensino do mundo com remunerações relativamente mais baixas na actividade versus o que se pagava em Portugal).
« Última modificação: 2012-12-17 13:39:57 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #44 em: 2012-12-17 13:41:23 »
De certa forma uma gestão no publico, com director, é uma espécie de gestão privada em que os que gravitam á volta do director têm sempre privilégios. Por isso a diferença entre o público e o privada, nesse aspecto, é diminuta. Os professores foram maltratados mas nem todos são tratados como  iguais. Há sempre discriminações seja num lado seja no outro. A vantagem é que no publico a directora não pode despedir facilmente o que controla melhor as situações de prepotencias e chantagem.
As escolas especiais são uma benção para os alunos que as frequentam e deviam ser nacionalizadas porque são uma mais valia para o ensino publico e para o pais.
As escolas privadas nem sempre são melhores que as publicas mas há muita promiscuidade entre as duas. Demasiada promiscuidade. As privadas deviam fazer-se pagar por todos os serviços e não receber apoio do estado. Em caso algum. Se os professores pudessem escolher a escola onde leccionam haveria demasiado compadrio. Basta pensar na minicipalização para entender a quantidade de favores e caciquismo que isso acarretereria.
~
 
As privadas nem sempre são melhores. Mas são melhores em média. Aqui, e já agora na Holanda, onde existe um sistema similar ao que eu acho que deveria existir em Portugal.
 
Dizer que as escolas privadas em caso algum deveriam receber apoio do Estado, é dizer que existem um magote de crianças que em caso algum deveriam ser apoiadas pelo Estado na sua educação. O que é uma brutalidade ética proferida apenas em interesse próprio - exactamente aquilo que supostamente gostam de combater.
 
« Última modificação: 2012-12-17 13:42:54 por Incognitus »
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #45 em: 2012-12-17 17:50:59 »
Acho que partes de um principio que está errado no que respeita à gestão das escolas. Hoje o erro é entregar a gestão de escolas (públicas ou privadas) a professores. Estes devem focar-se no ensino e não na gestão. Uma escola privada deve ser gerida profissionalmente e quando assim acontece minimizam-se os compadrios e abusos. Existem mas não são o foco da gestão. Claro que aquela gestão profissional deve ter um aconselhamento técnico dado por professores, tal como acontece em qq empresa decente, onde existem directores especializados em determinados assuntos ou pelouros a aconselhar e executar nessas áreas de especialização.

A proteção que o estado dá aos funcionários públicos e professores impedindo que estes possam ser despedidos é um erro. Tanto protege contra abusos como protege os incompetentes.

No teu entender uma fábrica de calçado deve ter um gestar que seja professor com acessores na área do calçado... estranho.
os incompetentes vão para a rua.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #46 em: 2012-12-17 17:54:55 »
Que têm a dizer dos fundos que são desviados para os grupos privados de educação? GPS e afins? Se a escola é privada deviam ser os privados a pagar os salários dos professores e sem receber fundo algum. Tirando os que são especiais e recebem alunos NEEs - que deviam ser nacionalizados.

Repara se o Estado pagasse uma educação por criança e esta custasse o mesmo em qualquer lugar, e a opção sobre para onde as crianças iam era dos pais, exactamente o que é que importaria se o dinheiro acabasse num grupo privado ou noutro lugar qualquer?
Isso é tontice. Uma criança que tem capacidades cognitivas tem menos custo que uma criança NEE. Só falácias, portanto. Cada criança custa um investimento diferente. Seria bom que começassem a alargar os horizontes para outro tipo de investimento: o investimento que cada professor faz em termos mentais. Se não me pagarem eu baldo-me para a educação e o investimento é minimo. Cumpro as regras que podem ser um brilharete em termos de metal sonante(notas) mas que compromete o futuro de todas elas. Posso começar a treinar os meus alunos para o exame e deixar que o seu total desenvolvimento seja uma nódoa. Treinar cães de luta é fácil. Treinar pessoas para serem pessoas é mais dificil.

Não - as crianças terem custos diferentes é irrelevante, como é irrelevante para os seguros que os acidentes tenham custos diferentes (é perfeitamente possível preçar todos os seguros da mesma forma embora isso não seja feito). Basta que o custo oferecido inclua uma componente em excesso do que seria necessário.
É irrelevante se só tiveres como referencia a tua criança e a tua situação de pai. Para muitas crianças NEE os preços são exorbitantes. Por isso é tão dificil um bom ensino para essas crianças. Quase que é necessário um professor a tempo inteiro para cada criança. Talvez por isso haja tantos institutos especificos e deveriam ser públicos porque é o Estado que tem obrigação de cuidar dessas crianças.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #47 em: 2012-12-17 17:56:30 »
De certa forma uma gestão no publico, com director, é uma espécie de gestão privada em que os que gravitam á volta do director têm sempre privilégios. Por isso a diferença entre o público e o privada, nesse aspecto, é diminuta. Os professores foram maltratados mas nem todos são tratados como  iguais. Há sempre discriminações seja num lado seja no outro. A vantagem é que no publico a directora não pode despedir facilmente o que controla melhor as situações de prepotencias e chantagem.
As escolas especiais são uma benção para os alunos que as frequentam e deviam ser nacionalizadas porque são uma mais valia para o ensino publico e para o pais.
As escolas privadas nem sempre são melhores que as publicas mas há muita promiscuidade entre as duas. Demasiada promiscuidade. As privadas deviam fazer-se pagar por todos os serviços e não receber apoio do estado. Em caso algum. Se os professores pudessem escolher a escola onde leccionam haveria demasiado compadrio. Basta pensar na minicipalização para entender a quantidade de favores e caciquismo que isso acarretereria.
~
 
As privadas nem sempre são melhores. Mas são melhores em média. Aqui, e já agora na Holanda, onde existe um sistema similar ao que eu acho que deveria existir em Portugal.
 
Dizer que as escolas privadas em caso algum deveriam receber apoio do Estado, é dizer que existem um magote de crianças que em caso algum deveriam ser apoiadas pelo Estado na sua educação. O que é uma brutalidade ética proferida apenas em interesse próprio - exactamente aquilo que supostamente gostam de combater.
Eu posso optar por comer na cantina da escola e pago 3 euros. Se for comer a um restaurante fora pago 10 euros. A opção é minha.

edit. Eu não sou obrigada a aceitar ajuda.
« Última modificação: 2012-12-17 17:57:19 por smog »
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #48 em: 2012-12-17 18:58:57 »
De certa forma uma gestão no publico, com director, é uma espécie de gestão privada em que os que gravitam á volta do director têm sempre privilégios. Por isso a diferença entre o público e o privada, nesse aspecto, é diminuta. Os professores foram maltratados mas nem todos são tratados como  iguais. Há sempre discriminações seja num lado seja no outro. A vantagem é que no publico a directora não pode despedir facilmente o que controla melhor as situações de prepotencias e chantagem.
As escolas especiais são uma benção para os alunos que as frequentam e deviam ser nacionalizadas porque são uma mais valia para o ensino publico e para o pais.
As escolas privadas nem sempre são melhores que as publicas mas há muita promiscuidade entre as duas. Demasiada promiscuidade. As privadas deviam fazer-se pagar por todos os serviços e não receber apoio do estado. Em caso algum. Se os professores pudessem escolher a escola onde leccionam haveria demasiado compadrio. Basta pensar na minicipalização para entender a quantidade de favores e caciquismo que isso acarretereria.
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As privadas nem sempre são melhores. Mas são melhores em média. Aqui, e já agora na Holanda, onde existe um sistema similar ao que eu acho que deveria existir em Portugal.
 
Dizer que as escolas privadas em caso algum deveriam receber apoio do Estado, é dizer que existem um magote de crianças que em caso algum deveriam ser apoiadas pelo Estado na sua educação. O que é uma brutalidade ética proferida apenas em interesse próprio - exactamente aquilo que supostamente gostam de combater.
Eu posso optar por comer na cantina da escola e pago 3 euros. Se for comer a um restaurante fora pago 10 euros. A opção é minha.

edit. Eu não sou obrigada a aceitar ajuda.

Se o Estado resolvesse apoiar todas as pessoas na sua alimentação, não faria sentido que depois só apoiasse algumas.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #49 em: 2012-12-17 19:16:30 »
Só aopoiaria algumas porque o pai fez essa opção. Se quer privado pague toda a educação. O Estado oferece ensino para todos.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #50 em: 2012-12-17 19:21:54 »
Só aopoiaria algumas porque o pai fez essa opção. Se quer privado pague toda a educação. O Estado oferece ensino para todos.

Não vejo a ética de se defender um sistema que apenas apoia algumas crianças quando facilmente se defenderia um sistema que apoiaria todas. Também não vejo a ética de defender um sistema onde os pais têm menor liberdade para escolher a escola para onde as crianças vão.
 
Basicamente, a única razão que vejo para defenderes isso, é achares que com isso tens maior probabilidade de ver o teu interesse servido.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #51 em: 2012-12-17 19:46:18 »
Só aopoiaria algumas porque o pai fez essa opção. Se quer privado pague toda a educação. O Estado oferece ensino para todos.

Não vejo a ética de se defender um sistema que apenas apoia algumas crianças quando facilmente se defenderia um sistema que apoiaria todas. Também não vejo a ética de defender um sistema onde os pais têm menor liberdade para escolher a escola para onde as crianças vão.
 
Basicamente, a única razão que vejo para defenderes isso, é achares que com isso tens maior probabilidade de ver o teu interesse servido.

Não há interesse minimo da minha parte. È uma questão de justiça. Se queres privilégios tens de os pagar. Mas pagar todinhos. Ora, sabemos que os privados recebem dinheiro do Estado e acho isso imoral. Moralidade era todos serem submetidos às mesmas condições. Ou tudo privado ou tudo publico. Como a Constituição decreta a obrigatorioriedade do ensno até aos 18 devia ser ensno grátias até essa idade. Todos publico. Os privados tereiam de suportar os custos da privacidade e de aceitarem só quem eles entendessem.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #52 em: 2012-12-17 20:07:55 »
Só aopoiaria algumas porque o pai fez essa opção. Se quer privado pague toda a educação. O Estado oferece ensino para todos.

Não vejo a ética de se defender um sistema que apenas apoia algumas crianças quando facilmente se defenderia um sistema que apoiaria todas. Também não vejo a ética de defender um sistema onde os pais têm menor liberdade para escolher a escola para onde as crianças vão.
 
Basicamente, a única razão que vejo para defenderes isso, é achares que com isso tens maior probabilidade de ver o teu interesse servido.

Não há interesse minimo da minha parte. È uma questão de justiça. Se queres privilégios tens de os pagar. Mas pagar todinhos. Ora, sabemos que os privados recebem dinheiro do Estado e acho isso imoral. Moralidade era todos serem submetidos às mesmas condições. Ou tudo privado ou tudo publico. Como a Constituição decreta a obrigatorioriedade do ensno até aos 18 devia ser ensno grátias até essa idade. Todos publico. Os privados tereiam de suportar os custos da privacidade e de aceitarem só quem eles entendessem.

Não vejo como sendo um "privilégio" UMA criança ter UMA educação. Também não vejo como justo pedir aos pais para pagar para a educação das crianças dos outros, e depois terem que pagar a sua "à parte".
 
Enfim, o socialismo tem destas coisas absurdas.
 
Ser "tudo público" não faz sentido, porque para algo ser limitativo da liberdade tem que existir uma qualquer razão fantástica. Por defeito, não se deve limitar a liberdade. Não existe razão para crer que sendo o provimento da educação misto entre público e privado, não se possa apoiar a educação de todas as crianças de igual forma.
« Última modificação: 2012-12-17 20:09:37 por Incognitus »
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #53 em: 2012-12-17 21:23:57 »
Acho que partes de um principio que está errado no que respeita à gestão das escolas. Hoje o erro é entregar a gestão de escolas (públicas ou privadas) a professores. Estes devem focar-se no ensino e não na gestão. Uma escola privada deve ser gerida profissionalmente e quando assim acontece minimizam-se os compadrios e abusos. Existem mas não são o foco da gestão. Claro que aquela gestão profissional deve ter um aconselhamento técnico dado por professores, tal como acontece em qq empresa decente, onde existem directores especializados em determinados assuntos ou pelouros a aconselhar e executar nessas áreas de especialização.

A proteção que o estado dá aos funcionários públicos e professores impedindo que estes possam ser despedidos é um erro. Tanto protege contra abusos como protege os incompetentes.

No teu entender uma fábrica de calçado deve ter um gestar que seja professor com acessores na área do calçado... estranho.
os incompetentes vão para a rua.

O que eu disse está muito longe disso, mas se não queres entender, tudo bem. Sem qq problema. São opiniões que estamos a partilhar e discutir.

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #54 em: 2012-12-17 21:27:20 »
De certa forma uma gestão no publico, com director, é uma espécie de gestão privada em que os que gravitam á volta do director têm sempre privilégios. Por isso a diferença entre o público e o privada, nesse aspecto, é diminuta. Os professores foram maltratados mas nem todos são tratados como  iguais. Há sempre discriminações seja num lado seja no outro. A vantagem é que no publico a directora não pode despedir facilmente o que controla melhor as situações de prepotencias e chantagem.
As escolas especiais são uma benção para os alunos que as frequentam e deviam ser nacionalizadas porque são uma mais valia para o ensino publico e para o pais.
As escolas privadas nem sempre são melhores que as publicas mas há muita promiscuidade entre as duas. Demasiada promiscuidade. As privadas deviam fazer-se pagar por todos os serviços e não receber apoio do estado. Em caso algum. Se os professores pudessem escolher a escola onde leccionam haveria demasiado compadrio. Basta pensar na minicipalização para entender a quantidade de favores e caciquismo que isso acarretereria.
~
 
As privadas nem sempre são melhores. Mas são melhores em média. Aqui, e já agora na Holanda, onde existe um sistema similar ao que eu acho que deveria existir em Portugal.
 
Dizer que as escolas privadas em caso algum deveriam receber apoio do Estado, é dizer que existem um magote de crianças que em caso algum deveriam ser apoiadas pelo Estado na sua educação. O que é uma brutalidade ética proferida apenas em interesse próprio - exactamente aquilo que supostamente gostam de combater.
Eu posso optar por comer na cantina da escola e pago 3 euros. Se for comer a um restaurante fora pago 10 euros. A opção é minha.

edit. Eu não sou obrigada a aceitar ajuda.

Podes fazer essa opção entre a cantina e o restaurante. Mas nota que para a refeição ser a 3 euros, a cantina foi subsidiada. Ou seja já estamos a paga-la via impostos. Claro que o restaurante a 10 euros significa que os dono tem margem, mas isso é natural ou então não existia.

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #55 em: 2012-12-17 21:32:39 »
Acho que partes de um principio que está errado no que respeita à gestão das escolas. Hoje o erro é entregar a gestão de escolas (públicas ou privadas) a professores. Estes devem focar-se no ensino e não na gestão. Uma escola privada deve ser gerida profissionalmente e quando assim acontece minimizam-se os compadrios e abusos. Existem mas não são o foco da gestão. Claro que aquela gestão profissional deve ter um aconselhamento técnico dado por professores, tal como acontece em qq empresa decente, onde existem directores especializados em determinados assuntos ou pelouros a aconselhar e executar nessas áreas de especialização.

A proteção que o estado dá aos funcionários públicos e professores impedindo que estes possam ser despedidos é um erro. Tanto protege contra abusos como protege os incompetentes.

No teu entender uma fábrica de calçado deve ter um gestar que seja professor com acessores na área do calçado... estranho.
os incompetentes vão para a rua.

O que eu disse está muito longe disso, mas se não queres entender, tudo bem. Sem qq problema. São opiniões que estamos a partilhar e discutir.
Então explica-te melhor porque eu gestor que não seja professor não sei como poderá dirigir uma escola.
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #56 em: 2012-12-17 21:33:53 »
De certa forma uma gestão no publico, com director, é uma espécie de gestão privada em que os que gravitam á volta do director têm sempre privilégios. Por isso a diferença entre o público e o privada, nesse aspecto, é diminuta. Os professores foram maltratados mas nem todos são tratados como  iguais. Há sempre discriminações seja num lado seja no outro. A vantagem é que no publico a directora não pode despedir facilmente o que controla melhor as situações de prepotencias e chantagem.
As escolas especiais são uma benção para os alunos que as frequentam e deviam ser nacionalizadas porque são uma mais valia para o ensino publico e para o pais.
As escolas privadas nem sempre são melhores que as publicas mas há muita promiscuidade entre as duas. Demasiada promiscuidade. As privadas deviam fazer-se pagar por todos os serviços e não receber apoio do estado. Em caso algum. Se os professores pudessem escolher a escola onde leccionam haveria demasiado compadrio. Basta pensar na minicipalização para entender a quantidade de favores e caciquismo que isso acarretereria.
~
 
As privadas nem sempre são melhores. Mas são melhores em média. Aqui, e já agora na Holanda, onde existe um sistema similar ao que eu acho que deveria existir em Portugal.
 
Dizer que as escolas privadas em caso algum deveriam receber apoio do Estado, é dizer que existem um magote de crianças que em caso algum deveriam ser apoiadas pelo Estado na sua educação. O que é uma brutalidade ética proferida apenas em interesse próprio - exactamente aquilo que supostamente gostam de combater.

Eu posso optar por comer na cantina da escola e pago 3 euros. Se for comer a um restaurante fora pago 10 euros. A opção é minha.

edit. Eu não sou obrigada a aceitar ajuda.


Podes fazer essa opção entre a cantina e o restaurante. Mas nota que para a refeição ser a 3 euros, a cantina foi subsidiada. Ou seja já estamos a paga-la via impostos. Claro que o restaurante a 10 euros significa que os dono tem margem, mas isso é natural ou então não existia.

O mesmo se deveria passar com o ensino publico versus privado.

edit.    http://www.publico.pt/opiniao/noticia/educacao-e-ideologia-1577757
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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #57 em: 2012-12-17 21:45:36 »
Acho que partes de um principio que está errado no que respeita à gestão das escolas. Hoje o erro é entregar a gestão de escolas (públicas ou privadas) a professores. Estes devem focar-se no ensino e não na gestão. Uma escola privada deve ser gerida profissionalmente e quando assim acontece minimizam-se os compadrios e abusos. Existem mas não são o foco da gestão. Claro que aquela gestão profissional deve ter um aconselhamento técnico dado por professores, tal como acontece em qq empresa decente, onde existem directores especializados em determinados assuntos ou pelouros a aconselhar e executar nessas áreas de especialização.

A proteção que o estado dá aos funcionários públicos e professores impedindo que estes possam ser despedidos é um erro. Tanto protege contra abusos como protege os incompetentes.

No teu entender uma fábrica de calçado deve ter um gestar que seja professor com acessores na área do calçado... estranho.
os incompetentes vão para a rua.

O que eu disse está muito longe disso, mas se não queres entender, tudo bem. Sem qq problema. São opiniões que estamos a partilhar e discutir.
Então explica-te melhor porque eu gestor que não seja professor não sei como poderá dirigir uma escola.

E porque motivo tem de ser professor ? Não percebo. Aliás entendo que um professor não tem as competências e treino para ser gestor.  Tal como um gestor não tem para ser professor. Uma escola não é apenas professores e alunos. Tem outros funcionários, tem despesas, tem gestão de problemas, etc. Os professores devem focar-se no ensino e dar aconselhamento técnico especializado ao gestor.
Um hospital tem de ser gerido por um médico ? Ou tem de ter um médico no corpo de gestão enquanto director técnico ou semelhante cargo ?

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #58 em: 2012-12-17 21:52:09 »
De certa forma uma gestão no publico, com director, é uma espécie de gestão privada em que os que gravitam á volta do director têm sempre privilégios. Por isso a diferença entre o público e o privada, nesse aspecto, é diminuta. Os professores foram maltratados mas nem todos são tratados como  iguais. Há sempre discriminações seja num lado seja no outro. A vantagem é que no publico a directora não pode despedir facilmente o que controla melhor as situações de prepotencias e chantagem.
As escolas especiais são uma benção para os alunos que as frequentam e deviam ser nacionalizadas porque são uma mais valia para o ensino publico e para o pais.
As escolas privadas nem sempre são melhores que as publicas mas há muita promiscuidade entre as duas. Demasiada promiscuidade. As privadas deviam fazer-se pagar por todos os serviços e não receber apoio do estado. Em caso algum. Se os professores pudessem escolher a escola onde leccionam haveria demasiado compadrio. Basta pensar na minicipalização para entender a quantidade de favores e caciquismo que isso acarretereria.
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As privadas nem sempre são melhores. Mas são melhores em média. Aqui, e já agora na Holanda, onde existe um sistema similar ao que eu acho que deveria existir em Portugal.
 
Dizer que as escolas privadas em caso algum deveriam receber apoio do Estado, é dizer que existem um magote de crianças que em caso algum deveriam ser apoiadas pelo Estado na sua educação. O que é uma brutalidade ética proferida apenas em interesse próprio - exactamente aquilo que supostamente gostam de combater.

Eu posso optar por comer na cantina da escola e pago 3 euros. Se for comer a um restaurante fora pago 10 euros. A opção é minha.

edit. Eu não sou obrigada a aceitar ajuda.


Podes fazer essa opção entre a cantina e o restaurante. Mas nota que para a refeição ser a 3 euros, a cantina foi subsidiada. Ou seja já estamos a paga-la via impostos. Claro que o restaurante a 10 euros significa que os dono tem margem, mas isso é natural ou então não existia.

O mesmo se deveria passar com o ensino publico versus privado.

edit.    http://www.publico.pt/opiniao/noticia/educacao-e-ideologia-1577757

 
Mau artigo pela componente dirigista que encerra. É uma pessoa que aparentemente não consegue conceber sistemas que não necessitam de tanto planeamento. Vê a necessidade de concursos públicos, de variáveis muito bem estabelecidas (turmas, custos, etc). Nada disso é necessário. O que é necessário é estabelecer um só custo a atribuir por aluno e dar a opção aos pais de escolher a escola onde colocam os filhos- para onde é dirigido esse apoio. De resto, é dar autonomia total às escolas quanto a contratações, avaliações, remunerações, promoções, praticamente tudo excepto o esqueleto de um programa obrigatório mais regras quanto a admissões e depois, deixar a coisa funcionar.
 
O planeamento necessário é muito pouco. O resultado final não só tenderia a ser melhor, como tenderia a melhorar-se ao longo do tempo por força da concorrência.
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Smog

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #59 em: 2012-12-17 21:56:44 »
Acho que partes de um principio que está errado no que respeita à gestão das escolas. Hoje o erro é entregar a gestão de escolas (públicas ou privadas) a professores. Estes devem focar-se no ensino e não na gestão. Uma escola privada deve ser gerida profissionalmente e quando assim acontece minimizam-se os compadrios e abusos. Existem mas não são o foco da gestão. Claro que aquela gestão profissional deve ter um aconselhamento técnico dado por professores, tal como acontece em qq empresa decente, onde existem directores especializados em determinados assuntos ou pelouros a aconselhar e executar nessas áreas de especialização.

A proteção que o estado dá aos funcionários públicos e professores impedindo que estes possam ser despedidos é um erro. Tanto protege contra abusos como protege os incompetentes.

No teu entender uma fábrica de calçado deve ter um gestar que seja professor com acessores na área do calçado... estranho.
os incompetentes vão para a rua.

O que eu disse está muito longe disso, mas se não queres entender, tudo bem. Sem qq problema. São opiniões que estamos a partilhar e discutir.
Então explica-te melhor porque eu gestor que não seja professor não sei como poderá dirigir uma escola.

E porque motivo tem de ser professor ? Não percebo. Aliás entendo que um professor não tem as competências e treino para ser gestor.  Tal como um gestor não tem para ser professor. Uma escola não é apenas professores e alunos. Tem outros funcionários, tem despesas, tem gestão de problemas, etc. Os professores devem focar-se no ensino e dar aconselhamento técnico especializado ao gestor.
Um hospital tem de ser gerido por um médico ? Ou tem de ter um médico no corpo de gestão enquanto director técnico ou semelhante cargo ?

Colocarias um vendedor a gerir um fábrica de calçado? É claro que o director tem de ser professor (normalmente são acessoradas por gestores) ou seja um entendido de escola a gerir acessorada por um gestor.
wild and free