Portugal paga taxas de juro à União Europeia superiores às taxas de juro que os países que emprestaram dinheiro obtêm quando se vão refinanciar aos mercados. Quem nos empresta dinheiro é beneficiário desse diferencial de taxas de juro para os seus orçamentos, podendo por essa via ajudar ao desenvolvimento das respectivas economias.
Ou se olha para a Europa como correspondendo a um projecto de solidariedade, de coesão territorial e social, onde todos partilhamos recursos e as vantagens dessa construção europeia, ou então a Europa não tem sentido nem futuro.
Quando por exemplo se desinveste na Educação como estamos a fazer (basta ver este novo orçamento) , está tudo dito relativamente à estratégia e visão deste governo de maus contabilistas.
Isto é uma conversa "à la Seguro", indica uma evidência para não chegar a conclusão nenhuma.
Mas esperem, isso foi exactamente o que o Seguro disse, ipsis verbis, em 2011 no DE...:
http://economico.sapo.pt/noticias/alemanha-beneficia-com-os-altos-juros-cobrados-a-portugal_122914.html
(eu tb costumo colocar bastante informação proveniente de outros locais mas tenho sempre a honestidade de indicar que é citação e colocar a fonte... shame on you)
É contra as regras não citar as fontes.
Em casos de Teses de Mestrado ou Teses de Doutoramento, não citar as fontes e usá-las como se tivesse sido o(a) autor(a) das mesmas não sei que consequências teria, a tese não chegar ao fim era quase garantido... é uma impostura. Totalmente contra as regras.
Embora não tenha a certeza, penso que também houve citações retiradas de
livros sem aqui serem escritas como citações, o que é uma pena, poís as citações, se assinaladas, permitiriam aos outros interlocutores (incognitus e outros, por exemplo) darem uma vista de olhos e aperceberem-se de quais os fundamentos que levam os autores a defenderem o que defendem e que se situam noutras áreas de saber que não a Economia e Finanças, sendo que a Economia é uma ciência social (tal como a sociologia) e não uma ciência exacta (Ferreira Leite já o disse nas suas intervenções na televisão) como a matemática ou a fisica e que por isso nem sempre há unanimidade na leitura da realidade sócio-económica.
Por exemplo, os EUA e o FMI têm visões opostas à da alemanha na resolução da crise europeia e acham que esta crise pode levar a uma espiral de deflação como acontece no Japão desde há 25 anos... Independentemente de quem está certo - o tempo irá acabar por desencobrir quem está certo - isso revela que não há unanimidade mesmo entre economistas de formação porque a Economia, sendo uma ciência social (e não exacta) é dada a leituras, interpretações ou diagnósticos diferentes da realidade comum e quando a politica se mete ao barulho defendendo ainda outros interesses ou agendas... ainda baralha mais o filme.
Ora, vir aqui, usar argumentos ao estilo "copy/paste", retirados de autores "notáveis" (sejam eles quem forem e seja lá o que eles defendem) é uma desconsideração pelos autores e uma impostura perente os forenses. E não custa nada citar os autores: também é só fazer "copy/paste". Até mesmo Hitler ou Estaline, quando citados, devem ser citados, porque essas são as regras.
O sorriso de Draghi e a cara feia de SchaubleJorge Nascimento Rodrigues | 16:33 Sábado, 11 de outubro de 2014Há imagens que valem por mil palavras. O sorriso do presidente do BCE contrasta com a cara "de poucos amigos" do ministro das Finanças da Alemanha, na reunião anual do FMI em Washington. Draghi e Schauble divergem sobre a melhor forma de combater a deflação e falta de crescimento na zona euro.
Esta foto tirada numa das sessões de dia 9 de outubro do encontro de outono do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington DC, fala por si. O sorriso de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), que encontra no FMI um aliado para mais estímulos monetários para evitar a deflação e a recaída na recessão na zona euro, contrasta com a cara de poucos amigos de Wolfgang Schauble, o ministro das Finanças da Alemanha.
As divergências entre o BCE e os responsáveis monetários e das Finanças alemães têm subido de tom, em público, nas últimas semanas. O Bundesbank, banco central alemão, através de múltiplas intervenções do seu governador, Jens Weidmann, coloca muitas dúvidas sobre o novo passo dado pelo BCE ao lançar este mês um vasto programa de aquisição de ativos financeiros privados, uma decisão contra a qual Weidmann votou na reunião de 4 de setembro. Por seu lado, Wolfgang Schaüble, ministro das Finanças do governo alemão chefiado por Angela Merkel, tem seguido as pisadas de Weidmann e levantado a voz contra a "deriva" interventiva do BCE.
Weidmann e Schauble pronunciam-se, também, frontalmente em relação a qualquer evolução da política monetária do BCE para um programa de aquisição de dívida soberana dos membros do euro, considerando tal passo como proibido pelo mandato do banco central.
Recorde-se que o FMI, no "Global Financial Stability Report", divulgado esta semana, recomendou ao BCE avançar para essa solução não convencional extrema no caso do risco de deflação e de recessão se materializar na zona euro. No "World Economic Outlook", agora publicado, os técnicos do FMI reviram em alta as probabilidades de uma deflação e de uma recaída pela terceira vez em recessão na zona euro.
http://expresso.sapo.pt/o-sorriso-de-draghi-e-a-cara-feia-de-schauble=f893303Mas em Abril, Draghi e FMI não estavam de acordo...
Presidente do BCEDraghi agradece conselhos do FMI mas não vai segui-lospor AFP, traduzido Patrícia Viegas, 03 abril 2014O Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, agradeceu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) pelos seus "generosos" conselhos de política monetária mas sugeriu que a instituição com sede em Frankfurt não os seguirá.
"O FMI foi recentemente extremamente generoso nas suas sugestões sobre o que deveríamos ou não fazer. Nós estamos francamente reconhecidos, mas os pontos de vista do conselho de governadores são diferentes", declarou, de forma irónica, Mario Draghi, instado a reagir, em conferência de imprensa, às afirmações feitas na véspera pela diretora-geral do FMI, Christine Lagarde.
Lagarde considerou, na quarta-feira, num discurso que fez, que é "necessário" que o BCE flexibilize a sua política monetária, nomeadamente no recurso a "medidas não convencionais", a fim de afastar o espectro de deflação na zona euro.
Questionados pela AFP, os serviços do FMI em Washington recusaram comentar as declarações de Draghi.
Durante a sua reunião mensal, esta quinta-feira, o conselho de governadores do BCE considerou, no entanto, que esse perigo é limitado e decidiu manter a taxa de juro diretora nos 0,25%, um nível já baixo, sem optar, para já, por medidas não convencionais.
Draghi sugeriu: "Gostaria que o FMI fosse também tão generoso [nos seus conselhos], da mesma maneira que foi connosco, com outras instituições de política monetária, publicando, por exemplo, comunicados um dia antes da reunião do comité político monetário da Fed", a reserva federal americana.
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3794206Não há convergência nos caminhos para as soluções...
Acabamos por ser uma espécie de cobaias submetidas a experiências que fazem parte da época em que vivemos - 2014 A.D.