Depois também mete muita confusão as pessoas estarem sempre a falar dos carros do Estado, dos deputados, etc, etc.
É que eliminando o que é eliminável numa e noutra coisa, não faz diferença nenhuma. Por exemplo reduzir 50 deputados é o mesmo que reduzir para aí 100-150 professores em topo de carreira num universo de 30000-40000, são peanuts.
Os carros idem.
Obviamente seria de fazer isso, cortar fundações, subsídios manhosos, etc, mas tudo isso junto continuarão a ser peanuts, só sendo justificada a acção por uma questão ética. Porque no final, continua a ser necessário cortar a sério nos rendimentos/pensões ou aumentar impostos/contribuições.
Outra coisa que incomoda é as pessoas que falam como se quem estivesse a sofrer os cortes fossem essencialmente os pobres ou remediados. Não, a esmagadora maioria dos cortes atingiram a classe média e média/alta, mesmo quando os cortes começavam apenas nos 750-1500 euros em salários e pensões. Isto porque a média em Portugal é muito baixa.