As obrigações classificadas como "investimentos detidos até à maturidade" são contabilizadas a par e as que estão em "activos financeiros disponíveis para venda" a valor de mercado.
Na maior parte dos casos o "preço de mercado" é muito acima de par. Muitas foram emitidas em 2011, 2012, 2013 e 2014 com cupões de 3%, 4%, 5%... até 12,1625%. Na prática a mesma obrigação pode estar uma parte numa classificação e outra parte noutra.
Em 2014, uma carteira de obrigações, mesmo do Montepio, dar 4,6% em 2014 não me espanta. Qualquer que seja o critério de valorização. Eu até diria que foi muito pouco. Uma carteira diversificada entre dívida pública e obrigações de empresas teria permitido rentabilidades superiores. Mas numa perspectiva risco retorno, 4,6% em obrigações em 2014 foi francamente mau. É só ver o que a carteira de obrigações do banco Montepio conseguiu!
Mas existem muitas pérolas na contas da AM/MG.
Tenho curiosidade em perguntar aos auditores do Montepio:
- Como é que uma obrigação do Montepio emitida em 2014, a 5 anos, com uma taxa de cupão de 2,75% a.a, e adquirida a par, foi avaliada a 101,11% no final do ano? 5 anos abaixo de 2,75%?
Ou porque é em 2014 que o Montepio emitiu sucessivas obrigações a 5 anos com cupões entre 2,75% e 3,4% mas pagou à AM depósitos a 1 ano a 3,70%?
Que "blip" foi aquele em 2013 na rentabilidade dos imóveis? Estará relacionada com a rentabilidade das outras participações financeiras nesse ano? Os fundos imobiliários registados na apfipp, deram rentabilidade pouco acima de 0,60% a.a. nos últimos 10 anos. Os imóveis da AM entre 6-9% a.a.! Quando a esmola é muita...
Quais as décimas da rentabilidade total dos anos 2009, 2010 e 2011. Ou é exactamente 2,7% a.a. em cada um dos anos?