Há várias coisas erradas no teu raciocínio Robaz:
1. A percepção das pessoas é com base naquilo que acham que lhes pode acontecer (ex. um tipo que não tem carro não está preocupado com carjacking).
O crime que mais afecta as pessoas, potencialmente, não é o tráfico de pessoas, não é estar no cinema e ver se há uma bomba debaixo do assento, não é uma violação para o universo masculino, etc. O crime que mais afecta potencialmente alguém - quase a todos sem excepção - é o roubo. E nesse somos, factualmente, um dos piores países da europa. Só não se discute isso porque os outros crimes graves fazem a cosmética das estatísticas.
2. Os ciganos são menos de 1% da população. Contudo, aparecem sobre representados nas notícias. É um problema de pobreza e de falta de integração ? Bem, voltamos aos 500 anos terem sido insuficientes para resolver o problema, assim como as leis com que se costuma tentar resolver tudo.
3. A tua desvalorização constante de que é apenas X% da população, ignora que determinados fenómenos tendem a agrupar-se geográficamente. Os ciganos são um bom exemplo de como isso é errado. Eles não se distribuem uniformemente ao longo do país, ao ponto de não constituírem problemas por serem poucos. Pelo contrario, agrupam-se. Em terriolas como Campo Maior, Elvas, Monforte, Arraiolos, Borba etc. são um problema, não só pela quantidade, como pela forma de actuação.
Quanto à tese do Ventura só mostra que o homem afinal não é nenhum radical.