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Autor Tópico: Angola - Tópico principal  (Lida 70489 vezes)

mibusiness

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #60 em: 2013-10-24 12:21:00 »
És sempre assim tão fechado a tentar entender as coisas, ou já compreendeste a questão?

Compreendes porque é que no contexto do sistema que temos, consegues ter um Isaltino e o seu efeito ser positivo versus outros talvez mais honestos?

o efeito ser positivo só se formos limitados na visualização. a construção desordenada vai sempre trazer problemas financeiros e ambientais à população. além do tráfico de solos  ser parecido ao inside trading.

Mas a construção foi mais desordenada do que no resto do país? Não parece nem a população local concorda.

Há certamente territórios tão desordenados como Concelho de Oeiras até porque aconteceu o mesmo, mas em média sim e até só há pouco tempo é que começaram a consolidar  o território com planos de ordenamento.

Mas não te parece que o inside trading de solos é condenável?

Incognitus

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #61 em: 2013-10-24 12:30:02 »
És sempre assim tão fechado a tentar entender as coisas, ou já compreendeste a questão?

Compreendes porque é que no contexto do sistema que temos, consegues ter um Isaltino e o seu efeito ser positivo versus outros talvez mais honestos?

o efeito ser positivo só se formos limitados na visualização. a construção desordenada vai sempre trazer problemas financeiros e ambientais à população. além do tráfico de solos  ser parecido ao inside trading.

Mas a construção foi mais desordenada do que no resto do país? Não parece nem a população local concorda.

Há certamente territórios tão desordenados como Concelho de Oeiras até porque aconteceu o mesmo, mas em média sim e até só há pouco tempo é que começaram a consolidar  o território com planos de ordenamento.

Mas não te parece que o inside trading de solos é condenável?

Parece-me condenável, sim.

Mas as regras e burocracias são tantas, que o que acontece é que por vezes parece possível ter um resultado mais positivo com corrupção do que sem ela. Por isso eu falei da Margueira e da Costa da Caparica. Para ambos os locais existiram projectos megalómanos que foram impedidos. Se tivesse existido corrupção e esses projectos tivessem passado, ambos os locais teriam ficado bem melhor.
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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #62 em: 2013-10-24 12:33:41 »
És sempre assim tão fechado a tentar entender as coisas, ou já compreendeste a questão?

Compreendes porque é que no contexto do sistema que temos, consegues ter um Isaltino e o seu efeito ser positivo versus outros talvez mais honestos?
estou careca de compreender a questão
e percebo perfeitamente o teu pragmatismo e as escolhas que fazes por via da contextualização e comparação
o que se passa é que esta tua posição não é coerente com outras que tens tomado donde emana, em traços grossos, que um facto não justifica outro
o que tu não estás a perceber é que independentemente de tu teres uma explicação para uma posição tua isso não faz da tua posição um baluarte inatacável
o teu pragmatismo, pelo menos neste caso preciso, não passa da defesa duma distorção do Estado de Direito, independentemente daquilo que visa defender por essa via
o que tu não estás a perceber é que a tua posição não passa, na prática, duma visão situacionista cujos efeitos práticos são simplesmente pôr um sistema distorcivel a trabalhar em prol duma determinada tese só porque se acha que é ela a que melhor serve um determinado interesse colectivo - o que não deixa de ser admirável vindo dum liberal

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #63 em: 2013-10-24 12:37:13 »
És sempre assim tão fechado a tentar entender as coisas, ou já compreendeste a questão?

Compreendes porque é que no contexto do sistema que temos, consegues ter um Isaltino e o seu efeito ser positivo versus outros talvez mais honestos?
estou careca de compreender a questão
e percebo perfeitamente o teu pragmatismo e as escolhas que fazes por via da contextualização e comparação
o que se passa é que esta tua posição não é coerente com outras que tens tomado donde emana, em traços grossos, que um facto não justifica outro
o que tu não estás a perceber é que independentemente de tu teres uma explicação para uma posição tua isso não faz da tua posição um baluarte inatacável
o teu pragmatismo, pelo menos neste caso preciso, não passa da defesa duma distorção do Estado de Direito, independentemente daquilo que visa defender por essa via
o que tu não estás a perceber é que a tua posição não passa, na prática, duma visão situacionista cujos efeitos práticos são simplesmente pôr um sistema distorcivel a trabalhar em prol duma determinada tese só porque se acha que é ela a que melhor serve um determinado interesse colectivo - o que não deixa de ser admirável vindo dum liberal

Eu não estou a defender isto, estou a explicá-lo o que é diferente.

Mas é óbvio, pela posição da população local - logo a mais instruída, em média, do país - que a população local concorda com o que eu estou a explicar.

Aquilo que eu DEFENDO são sistemas em que a corrupção não faça sentido e por isso não exista, não a corrupção dos sistemas que hoje existem. Apenas estou a explicar que os sistemas que hoje existem são tão maus, que até pode ser possível a corrupção produzir resultados MELHORES do que o seu funcionamento normal.
« Última modificação: 2013-10-24 12:38:36 por Incognitus »
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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #64 em: 2013-10-24 12:50:01 »
A roubalheira deveria ser incentivada. Um político que sinta alguma impunidade relativamente a desvios de verbas, terá todos os incentivos para desenvolver a riqueza pública já que quanto maior ela for maior será a parcela onde ele poderá meter a mão.
Já é altura de erradicar os últimos vestígios de uma mentalidade arcaica colectivizante que subordinando o indivíduo á sociedade afirma " o poltico deve exercer o poder para governar" e voltar a centrar o lema da acção politica no individuo modiificando o lema para "o politico deve exercer o poder para se governar". A prossecução de interesses individuais egoistas vai beneficiar a sociedade.
Viva a roubalheira!!! :-)
foi a escola clássica que nos trouxe a este buraco e é ela que nos vai safar ?  ;D

Quando escrevi isto estava a ser irónico.
Depois do que veio a seguir fiquei na dúvida se isto tinha sido levado a sério  ;D

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #65 em: 2013-10-24 13:00:59 »
A roubalheira deveria ser incentivada. Um político que sinta alguma impunidade relativamente a desvios de verbas, terá todos os incentivos para desenvolver a riqueza pública já que quanto maior ela for maior será a parcela onde ele poderá meter a mão.
Já é altura de erradicar os últimos vestígios de uma mentalidade arcaica colectivizante que subordinando o indivíduo á sociedade afirma " o poltico deve exercer o poder para governar" e voltar a centrar o lema da acção politica no individuo modiificando o lema para "o politico deve exercer o poder para se governar". A prossecução de interesses individuais egoistas vai beneficiar a sociedade.
Viva a roubalheira!!! :-)
foi a escola clássica que nos trouxe a este buraco e é ela que nos vai safar ?  ;D

Quando escrevi isto estava a ser irónico.
Depois do que veio a seguir fiquei na dúvida se isto tinha sido levado a sério  ;D

Existem estudos sérios, e já com bastantes anos, a olhar para a corrupção em casos análogos e a vê-la como um lubrificante de sistemas que de outra forma emperram o desenvolvimento... não é como se estivéssemos a inventar isto agora.

E claro, a população local - que é quem está na melhor posição para avaliar o que se passou - aprova-o. E isto mesmo sendo a população mais instruída do país...
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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #66 em: 2013-10-24 13:06:45 »
És sempre assim tão fechado a tentar entender as coisas, ou já compreendeste a questão?

Compreendes porque é que no contexto do sistema que temos, consegues ter um Isaltino e o seu efeito ser positivo versus outros talvez mais honestos?
estou careca de compreender a questão
e percebo perfeitamente o teu pragmatismo e as escolhas que fazes por via da contextualização e comparação
o que se passa é que esta tua posição não é coerente com outras que tens tomado donde emana, em traços grossos, que um facto não justifica outro
o que tu não estás a perceber é que independentemente de tu teres uma explicação para uma posição tua isso não faz da tua posição um baluarte inatacável
o teu pragmatismo, pelo menos neste caso preciso, não passa da defesa duma distorção do Estado de Direito, independentemente daquilo que visa defender por essa via
o que tu não estás a perceber é que a tua posição não passa, na prática, duma visão situacionista cujos efeitos práticos são simplesmente pôr um sistema distorcivel a trabalhar em prol duma determinada tese só porque se acha que é ela a que melhor serve um determinado interesse colectivo - o que não deixa de ser admirável vindo dum liberal

Eu não estou a defender isto, estou a explicá-lo o que é diferente.

Mas é óbvio, pela posição da população local - logo a mais instruída, em média, do país - que a população local concorda com o que eu estou a explicar.

Aquilo que eu DEFENDO são sistemas em que a corrupção não faça sentido e por isso não exista, não a corrupção dos sistemas que hoje existem. Apenas estou a explicar que os sistemas que hoje existem são tão maus, que até pode ser possível a corrupção produzir resultados MELHORES do que o seu funcionamento normal.
não podes dizer, em sentido lato, que a população local tem essa posição
entre os votantes houve uma maioria que optou pelo pragmatismo e por uma visão de curto prazo
e daí ? estás a ir a votos ? as escolhas duma maioria, relativa ou não, são sacras ? encerram em si, só porque em dado momento incorporam o espírito da época, o que idealmente deve ser feito ?

não existem sistemas em que a corrupção não faça sentido porque não há sistemas onde não exista corrupção
o que há é contextos sociais, políticos, económicos e culturais onde há menos corrupção que noutros

"resultados melhores" ? em que medida ?
tu justificas resultados melhores numa dada medida que tu escolhestes
mas a realidade não é só hectares, ou só dólares, ou só gramas ou só número de rotundas ou outra medida qualquer

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #67 em: 2013-10-24 13:09:00 »
A roubalheira deveria ser incentivada. Um político que sinta alguma impunidade relativamente a desvios de verbas, terá todos os incentivos para desenvolver a riqueza pública já que quanto maior ela for maior será a parcela onde ele poderá meter a mão.
Já é altura de erradicar os últimos vestígios de uma mentalidade arcaica colectivizante que subordinando o indivíduo á sociedade afirma " o poltico deve exercer o poder para governar" e voltar a centrar o lema da acção politica no individuo modiificando o lema para "o politico deve exercer o poder para se governar". A prossecução de interesses individuais egoistas vai beneficiar a sociedade.
Viva a roubalheira!!! :-)
foi a escola clássica que nos trouxe a este buraco e é ela que nos vai safar ?  ;D

Quando escrevi isto estava a ser irónico.
Depois do que veio a seguir fiquei na dúvida se isto tinha sido levado a sério  ;D
nunca mais te levo a sério  ;D

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #68 em: 2013-10-24 13:15:48 »
no caso da margueira e do resto do arco ribeirinho do sul continuam a existir os projetos megalómanos e só não foram feitos porque estavam a contar com uma parque expo 2 para roubar dinheiros públicos já que nenhum investidor privado com juízo irá derreter dinheiro ali, num momento de excesso de oferta

Incognitus

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #69 em: 2013-10-24 13:18:08 »
És sempre assim tão fechado a tentar entender as coisas, ou já compreendeste a questão?

Compreendes porque é que no contexto do sistema que temos, consegues ter um Isaltino e o seu efeito ser positivo versus outros talvez mais honestos?
estou careca de compreender a questão
e percebo perfeitamente o teu pragmatismo e as escolhas que fazes por via da contextualização e comparação
o que se passa é que esta tua posição não é coerente com outras que tens tomado donde emana, em traços grossos, que um facto não justifica outro
o que tu não estás a perceber é que independentemente de tu teres uma explicação para uma posição tua isso não faz da tua posição um baluarte inatacável
o teu pragmatismo, pelo menos neste caso preciso, não passa da defesa duma distorção do Estado de Direito, independentemente daquilo que visa defender por essa via
o que tu não estás a perceber é que a tua posição não passa, na prática, duma visão situacionista cujos efeitos práticos são simplesmente pôr um sistema distorcivel a trabalhar em prol duma determinada tese só porque se acha que é ela a que melhor serve um determinado interesse colectivo - o que não deixa de ser admirável vindo dum liberal

Eu não estou a defender isto, estou a explicá-lo o que é diferente.

Mas é óbvio, pela posição da população local - logo a mais instruída, em média, do país - que a população local concorda com o que eu estou a explicar.

Aquilo que eu DEFENDO são sistemas em que a corrupção não faça sentido e por isso não exista, não a corrupção dos sistemas que hoje existem. Apenas estou a explicar que os sistemas que hoje existem são tão maus, que até pode ser possível a corrupção produzir resultados MELHORES do que o seu funcionamento normal.
não podes dizer, em sentido lato, que a população local tem essa posição
entre os votantes houve uma maioria que optou pelo pragmatismo e por uma visão de curto prazo
e daí ? estás a ir a votos ? as escolhas duma maioria, relativa ou não, são sacras ? encerram em si, só porque em dado momento incorporam o espírito da época, o que idealmente deve ser feito ?

não existem sistemas em que a corrupção não faça sentido porque não há sistemas onde não exista corrupção
o que há é contextos sociais, políticos, económicos e culturais onde há menos corrupção que noutros

"resultados melhores" ? em que medida ?
tu justificas resultados melhores numa dada medida que tu escolhestes
mas a realidade não é só hectares, ou só dólares, ou só gramas ou só número de rotundas ou outra medida qualquer

Existem imensos sistemas que envolvem montantes elevados e onde não há corrupção, desde a compra e venda de imobiliário e automóveis, até uma boa parte das transacções no mercado de capitais. É possivel conceber os sistemas de forma a serem menos sensíveis à corrupção, simplesmente porque neles a corrupção não faz sentido. A corrupção emerge onde faz sentido emergir, àparte dos efeitos de cultura, sistemas judiciais, etc.

E os resultados são melhores segundo os constituintes que vivem no local e votam para escolher aquela ou outra gestão. Ou alternativamente, podes visitar Oeiras e comparar com as outras realidades que conheces.
« Última modificação: 2013-10-24 13:19:13 por Incognitus »
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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #70 em: 2013-10-24 13:22:02 »
aposto que o bloco de esquerda tb tem os seus apoiantes com um nivel elevado de escolaridade, mas isso prova o que?

Incognitus

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #71 em: 2013-10-24 13:23:01 »
aposto que o bloco de esquerda tb tem os seus apoiantes com um nivel elevado de escolaridade, mas isso prova o que?

É suposto fazerem escolhas melhor informadas, pelo menos em média. Um caso individual não prova nada, claro.
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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #72 em: 2013-10-24 13:31:40 »
És sempre assim tão fechado a tentar entender as coisas, ou já compreendeste a questão?

Compreendes porque é que no contexto do sistema que temos, consegues ter um Isaltino e o seu efeito ser positivo versus outros talvez mais honestos?
estou careca de compreender a questão
e percebo perfeitamente o teu pragmatismo e as escolhas que fazes por via da contextualização e comparação
o que se passa é que esta tua posição não é coerente com outras que tens tomado donde emana, em traços grossos, que um facto não justifica outro
o que tu não estás a perceber é que independentemente de tu teres uma explicação para uma posição tua isso não faz da tua posição um baluarte inatacável
o teu pragmatismo, pelo menos neste caso preciso, não passa da defesa duma distorção do Estado de Direito, independentemente daquilo que visa defender por essa via
o que tu não estás a perceber é que a tua posição não passa, na prática, duma visão situacionista cujos efeitos práticos são simplesmente pôr um sistema distorcivel a trabalhar em prol duma determinada tese só porque se acha que é ela a que melhor serve um determinado interesse colectivo - o que não deixa de ser admirável vindo dum liberal

Eu não estou a defender isto, estou a explicá-lo o que é diferente.

Mas é óbvio, pela posição da população local - logo a mais instruída, em média, do país - que a população local concorda com o que eu estou a explicar.

Aquilo que eu DEFENDO são sistemas em que a corrupção não faça sentido e por isso não exista, não a corrupção dos sistemas que hoje existem. Apenas estou a explicar que os sistemas que hoje existem são tão maus, que até pode ser possível a corrupção produzir resultados MELHORES do que o seu funcionamento normal.
não podes dizer, em sentido lato, que a população local tem essa posição
entre os votantes houve uma maioria que optou pelo pragmatismo e por uma visão de curto prazo
e daí ? estás a ir a votos ? as escolhas duma maioria, relativa ou não, são sacras ? encerram em si, só porque em dado momento incorporam o espírito da época, o que idealmente deve ser feito ?

não existem sistemas em que a corrupção não faça sentido porque não há sistemas onde não exista corrupção
o que há é contextos sociais, políticos, económicos e culturais onde há menos corrupção que noutros

"resultados melhores" ? em que medida ?
tu justificas resultados melhores numa dada medida que tu escolhestes
mas a realidade não é só hectares, ou só dólares, ou só gramas ou só número de rotundas ou outra medida qualquer

Existem imensos sistemas que envolvem montantes elevados e onde não há corrupção, desde a compra e venda de imobiliário e automóveis, até uma boa parte das transacções no mercado de capitais. É possivel conceber os sistemas de forma a serem menos sensíveis à corrupção, simplesmente porque neles a corrupção não faz sentido. A corrupção emerge onde faz sentido emergir, àparte dos efeitos de cultura, sistemas judiciais, etc.

E os resultados são melhores segundo os constituintes que vivem no local e votam para escolher aquela ou outra gestão. Ou alternativamente, podes visitar Oeiras e comparar com as outras realidades que conheces.
esses sistemas que referes são corruptiveis e têm corrupção
sim, há sistemas menos sensíveis à corrupção mas nenhum onde não faça sentido

uma escolha cínica não produz resultados melhores porque não visa a mudança mas sim o estar do lado certo ou num prisma mais favorável dum contexto corrupto
isso não são resultados melhores a não ser pela medida que tu escolheste
e a medida que tu escolheste, como podes garantir que é a melhor ?
ou se quer mudar o sistema e a realidade é medida duma forma mais abrangente e filosófica e com visão estratégica de longo prazo
ou então usam-se as medidas que propões e ficamos felizes e contentes porque conseguimos pôr a máquina a trabalhar em nosso prol

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #73 em: 2013-10-24 13:42:08 »
...e Inc, não contradigas
tu não estás só a defender melhores sistemas
tu estás mesmo a defender aquilo que apelido de escolhas cínicas
e estás a defende-lo desde o inicio do tópico

Incognitus

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #74 em: 2013-10-24 14:08:31 »
És sempre assim tão fechado a tentar entender as coisas, ou já compreendeste a questão?

Compreendes porque é que no contexto do sistema que temos, consegues ter um Isaltino e o seu efeito ser positivo versus outros talvez mais honestos?
estou careca de compreender a questão
e percebo perfeitamente o teu pragmatismo e as escolhas que fazes por via da contextualização e comparação
o que se passa é que esta tua posição não é coerente com outras que tens tomado donde emana, em traços grossos, que um facto não justifica outro
o que tu não estás a perceber é que independentemente de tu teres uma explicação para uma posição tua isso não faz da tua posição um baluarte inatacável
o teu pragmatismo, pelo menos neste caso preciso, não passa da defesa duma distorção do Estado de Direito, independentemente daquilo que visa defender por essa via
o que tu não estás a perceber é que a tua posição não passa, na prática, duma visão situacionista cujos efeitos práticos são simplesmente pôr um sistema distorcivel a trabalhar em prol duma determinada tese só porque se acha que é ela a que melhor serve um determinado interesse colectivo - o que não deixa de ser admirável vindo dum liberal

Eu não estou a defender isto, estou a explicá-lo o que é diferente.

Mas é óbvio, pela posição da população local - logo a mais instruída, em média, do país - que a população local concorda com o que eu estou a explicar.

Aquilo que eu DEFENDO são sistemas em que a corrupção não faça sentido e por isso não exista, não a corrupção dos sistemas que hoje existem. Apenas estou a explicar que os sistemas que hoje existem são tão maus, que até pode ser possível a corrupção produzir resultados MELHORES do que o seu funcionamento normal.
não podes dizer, em sentido lato, que a população local tem essa posição
entre os votantes houve uma maioria que optou pelo pragmatismo e por uma visão de curto prazo
e daí ? estás a ir a votos ? as escolhas duma maioria, relativa ou não, são sacras ? encerram em si, só porque em dado momento incorporam o espírito da época, o que idealmente deve ser feito ?

não existem sistemas em que a corrupção não faça sentido porque não há sistemas onde não exista corrupção
o que há é contextos sociais, políticos, económicos e culturais onde há menos corrupção que noutros

"resultados melhores" ? em que medida ?
tu justificas resultados melhores numa dada medida que tu escolhestes
mas a realidade não é só hectares, ou só dólares, ou só gramas ou só número de rotundas ou outra medida qualquer

Existem imensos sistemas que envolvem montantes elevados e onde não há corrupção, desde a compra e venda de imobiliário e automóveis, até uma boa parte das transacções no mercado de capitais. É possivel conceber os sistemas de forma a serem menos sensíveis à corrupção, simplesmente porque neles a corrupção não faz sentido. A corrupção emerge onde faz sentido emergir, àparte dos efeitos de cultura, sistemas judiciais, etc.

E os resultados são melhores segundo os constituintes que vivem no local e votam para escolher aquela ou outra gestão. Ou alternativamente, podes visitar Oeiras e comparar com as outras realidades que conheces.
esses sistemas que referes são corruptiveis e têm corrupção
sim, há sistemas menos sensíveis à corrupção mas nenhum onde não faça sentido

uma escolha cínica não produz resultados melhores porque não visa a mudança mas sim o estar do lado certo ou num prisma mais favorável dum contexto corrupto
isso não são resultados melhores a não ser pela medida que tu escolheste
e a medida que tu escolheste, como podes garantir que é a melhor ?
ou se quer mudar o sistema e a realidade é medida duma forma mais abrangente e filosófica e com visão estratégica de longo prazo
ou então usam-se as medidas que propões e ficamos felizes e contentes porque conseguimos pôr a máquina a trabalhar em nosso prol

A melhor medida é naturalmente a opinião de quem tem que escolher e viver sob os resultados da escolha, Lucky. Tal como o melhor para ti é necessariamente aquilo que tu escolhes como sendo o melhor para ti, pois as coisas não têm valor fora do valor atribuído por cada um.

E existem sistemas onde a corrupção não faz sentido. Por exemplo, descentralizar suficientemente o poder de decisão faz com que progressivamente a corrupção faça menos e menos sentido, até ao ponto em que a corrupção se transforma simplesmente em publicidade e promoções. A corrupção deixa de fazer sentido no momento em que o valor obtido por corromper alguém é inferior ao custo de corromper essa pessoa.
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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #75 em: 2013-10-24 14:57:12 »
A roubalheira deveria ser incentivada. Um político que sinta alguma impunidade relativamente a desvios de verbas, terá todos os incentivos para desenvolver a riqueza pública já que quanto maior ela for maior será a parcela onde ele poderá meter a mão.
Já é altura de erradicar os últimos vestígios de uma mentalidade arcaica colectivizante que subordinando o indivíduo á sociedade afirma " o poltico deve exercer o poder para governar" e voltar a centrar o lema da acção politica no individuo modiificando o lema para "o politico deve exercer o poder para se governar". A prossecução de interesses individuais egoistas vai beneficiar a sociedade.
Viva a roubalheira!!! :-)
foi a escola clássica que nos trouxe a este buraco e é ela que nos vai safar ?  ;D

Quando escrevi isto estava a ser irónico.
Depois do que veio a seguir fiquei na dúvida se isto tinha sido levado a sério  ;D

Existem estudos sérios, e já com bastantes anos, a olhar para a corrupção em casos análogos e a vê-la como um lubrificante de sistemas que de outra forma emperram o desenvolvimento... não é como se estivéssemos a inventar isto agora.

E claro, a população local - que é quem está na melhor posição para avaliar o que se passou - aprova-o. E isto mesmo sendo a população mais instruída do país...

Até percebo isso no caso de funcionários. Se há uma máquina adminstrativa emperrada, um suborno a um ou vários funcionários pode fazer andar as coisas mais rápidas e temos a tal função de lubrificação.
Não entendo muito bem ao nível do dirigismo politico que vantagens podem advir da corrupção. Claro que um politico pode dizer ao candidatar-se "a máquina administrativa está emprerrada, não tecnciono fazer nada relativamente a isso, mas se tiverem iniciativas interessantes venhm ter directamente comigo e mediante cpmpensação apropriada eu trato directamente das coisas". Já não é lubrificação mas curto.circuito.
Há algum exemplo em que os beneficios para a população de Oeiras não teriam sido possiveis sem a corrupção do Isaltiino. Vejo possivelemnete  o parque das estatuas em que talvez tenha sido necessario establecer uma correlação forte com os seus beneficios bancários para ele entender os beneficios culturais  :D mas há outros?

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #76 em: 2013-10-24 15:06:20 »
A roubalheira deveria ser incentivada. Um político que sinta alguma impunidade relativamente a desvios de verbas, terá todos os incentivos para desenvolver a riqueza pública já que quanto maior ela for maior será a parcela onde ele poderá meter a mão.
Já é altura de erradicar os últimos vestígios de uma mentalidade arcaica colectivizante que subordinando o indivíduo á sociedade afirma " o poltico deve exercer o poder para governar" e voltar a centrar o lema da acção politica no individuo modiificando o lema para "o politico deve exercer o poder para se governar". A prossecução de interesses individuais egoistas vai beneficiar a sociedade.
Viva a roubalheira!!! :-)
foi a escola clássica que nos trouxe a este buraco e é ela que nos vai safar ?  ;D

Quando escrevi isto estava a ser irónico.
Depois do que veio a seguir fiquei na dúvida se isto tinha sido levado a sério  ;D

Existem estudos sérios, e já com bastantes anos, a olhar para a corrupção em casos análogos e a vê-la como um lubrificante de sistemas que de outra forma emperram o desenvolvimento... não é como se estivéssemos a inventar isto agora.

E claro, a população local - que é quem está na melhor posição para avaliar o que se passou - aprova-o. E isto mesmo sendo a população mais instruída do país...

Até percebo isso no caso de funcionários. Se há uma máquina adminstrativa emperrada, um suborno a um ou vários funcionários pode fazer andar as coisas mais rápidas e temos a tal função de lubrificação.
Não entendo muito bem ao nível do dirigismo politico que vantagens podem advir da corrupção. Claro que um politico pode dizer ao candidatar-se "a máquina administrativa está emprerrada, não tecnciono fazer nada relativamente a isso, mas se tiverem iniciativas interessantes venhm ter directamente comigo e mediante cpmpensação apropriada eu trato directamente das coisas". Já não é lubrificação mas curto.circuito.
Há algum exemplo em que os beneficios para a população de Oeiras não teriam sido possiveis sem a corrupção do Isaltiino. Vejo possivelemnete  o parque das estatuas em que talvez tenha sido necessario establecer uma correlação forte com os seus beneficios bancários para ele entender os beneficios culturais  :D mas há outros?

É provável que uma fatia da construção que vês no concelho tenha sido facilitada dessa forma. O que incluiu a instalação de empresas que pagam bem, etc.

Basicamente parece ter existido corrupção que facilitou as coisas acontecerem rapidamente, onde o normal seria ficar tudo empatado ou impedido na burocracia. Por sorte ou engenho, essa corrupção facilitou construção razoavelmente ordenada e com bom aspecto.
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Zel

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #77 em: 2013-10-24 16:40:08 »
aposto que o bloco de esquerda tb tem os seus apoiantes com um nivel elevado de escolaridade, mas isso prova o que?

É suposto fazerem escolhas melhor informadas, pelo menos em média. Um caso individual não prova nada, claro.

isso quer dizer que votar no BE eh uma coisa boa de gente informada? olha que eh um partido urbano de gente que em media tem boa escolaridade.
« Última modificação: 2013-10-24 16:41:11 por Neo-Liberal »

Incognitus

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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #78 em: 2013-10-24 16:42:47 »
aposto que o bloco de esquerda tb tem os seus apoiantes com um nivel elevado de escolaridade, mas isso prova o que?

É suposto fazerem escolhas melhor informadas, pelo menos em média. Um caso individual não prova nada, claro.

isso quer dizer que votar no BE eh uma coisa boa de gente informada? olha que eh um partido urbano de gente que em media tem boa escolaridade.

As escolhas políticas pouco divergem de escolhas clubísticas, as pessoas dão-se mal com coisas abstractas.

Mas mesmo assim, ainda gostaria de ver nos mesmos locais onde o BE obtém os votos, se os votos que conquista em média são mais ou menos cultos que os dos outros partidos.
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Re: Angola - Tópico principal
« Responder #79 em: 2013-10-24 16:50:52 »
aposto que o bloco de esquerda tb tem os seus apoiantes com um nivel elevado de escolaridade, mas isso prova o que?

É suposto fazerem escolhas melhor informadas, pelo menos em média. Um caso individual não prova nada, claro.

isso quer dizer que votar no BE eh uma coisa boa de gente informada? olha que eh um partido urbano de gente que em media tem boa escolaridade.

As escolhas políticas pouco divergem de escolhas clubísticas, as pessoas dão-se mal com coisas abstractas.

Mas mesmo assim, ainda gostaria de ver nos mesmos locais onde o BE obtém os votos, se os votos que conquista em média são mais ou menos cultos que os dos outros partidos.

os apoiantes do BE nao sao os do PCP, eh malta com um nivel de instrucao bem superior e geralmente vivem em grandes centros urbanos

essa cena da educacao ajudar a boas escolhas nao funciona pela mesma razao que as escolas privadas nao sao importantes