Nem acções havia para pedir emprestado quanto mais CFDs. Sem contar com o facto de que quem tivesse posições curtas em Banif, teria sido obrigado a fechá-las.
Por exemplo shortar BCP na altura custava mais de 10% e havia algumas acções para pedir emprestado, mas para quantidades grandes nem pagando mais se conseguia.
Idem para BES.
Shortar Banif então era muito mais difícil (e caro), ao ponto dos emitentes de CFDs terem colocado restrições. Fazer quantidades de jeito via short tradicional era impossível.
Não consigo perceber como é que alguém ficaria milionário shortando quantidades mixurucas.
Ou quem é que no seu perfeito juízo shortaria uma grande quantidade de BANIF, mesmo que a conseguisse, pagando à cabeça bem mais que 10% e potencial perda de capital ilimitada.
Acho importante reforçar o que o Mystery focou.
Muitas vezes discute-se política e outros assuntos e até nos esquecemos que estamos num fórum com uma vertente muito ligados a negociação de activos.
Por isso podemos ter muitos leitores que passam pelo fórum apenas e só por essa vertente e muitos deles podem ter muito pouca experiência. Assim sendo é importante realçar que do meu ponto de vista a visão do Tote é bastante perigosa (para um investidor).
Tu podes ter a melhor visão macro do mundo (no caso que o Banif e outros bancos estavam mal) e mesmo assim perder dinheiro, principalmente a shortar. Quando entrar no activo? Qual a sua liquidez? Spread do CFD? A posição enquadra-se com o tipo de trading que "domino"? Quanto tempo vou ter que aguentar a posição? , etc, etc.....
Mesmo em activos muito líquidos e com spread baixo não é fácil fazer dinheiro a shortar, quanto mais neste tipo de activos.
É uma ideia muito bonita na teoria, mas que na prática tem um potencial enorme de dar-te um rombo gigante na conta e no ego.