[ ] Se a participação dos salários está a diminuir, [ ], se a tendência de redução da quota dos salários é devida à robotização / tecnologia, [ ] Caminha-se para uma sociedade [ ] com mais impostos, e maior produtividade graças à tecnologia.
Concordo com a premissa e com a conclusão prática, mas omito a dedução porque aprendi com Espinosa que não é por se deduzir correctamente de uma premissa a conclusão que esta é verdadeira, mas antes é por ambas o serem que é possível deduzir uma da outra.
Não sei se os enunciados intermédios são reais ou não, mas lembro o seguinte:
i) com alto recurso à robotização, é facto que a mão-de-obra auxiliar da produção será francamente acessória e não requer um grande cérebro homo sapiens; a deslocalização de produção de produtos intermédios do produto acabado, incluindo a montagem final, poderá prosseguir segundo os níveis salariais mais competitivos em cada sociedade;
ii) a inteligência de distribuição das quantidades a produzir e a vender merecerá a maior atenção e correlativa remuneração de incentivo;
iii) os governos ou ‘cartéis de governos’, com exército, moeda convertível e poder tributário só se forem parvos é que se curvarão às multinacionais de produção e distribuição; iv) o poder corruptor dos ‘capitães de negócio’ só pode ser controlado pelos políticos sãos melhores servidores das populações vulneráveis à sobre-exploração dos monopólios de distribuição;
iv) os bancos, as seguradoras, os fundos de pensões, os fundos soberanos (árabes), ou seja os grandes açambarcadores e redistribuidores rentistas, continuarão a imperar como no presente, só limitados e enquadráveis por governos com armas, emissores de moeda solvente, cobradores de impostos;
v) a corrupção continuará a florir em todos os países de opereta, do tipo afro-latino-americano.