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Autor Tópico: Ultraliberalismo  (Lida 53885 vezes)

Luisa Fernandes

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Ultraliberalismo
« em: 2013-05-14 18:16:15 »
O quadro a que conduz a economia ultraliberal é bem claro. É como no futebol: entre os muitos jogadores de futebol profissional portugueses, há uns poucos que ganham muitíssimo (e jogam no estrangeiro), mais uns pouquinhos que ganham menos mal e a esmagadora maioria, talvez mais de 80 ou 90%, ganha miseravelmente. Contrariamente ao que se possa pensar, não há nada tão igualizador como o ultraliberalismo, que tende a gerar 1% de privilegiados e 99% de miseráveis.




Mas o futebol não são só os jogadores, há os presidentes e donos dos clubes, alguns são eleitos e é aqui que há uma enorme diferença: a sociedade da economia ultraliberal é uma sociedade de castas. Há a casta dominante e depois a maralha em competição. Esta maralha ganha o mínimo possível – mesmo o Cristiano Ronaldo ganha o mínimo que o Real Madrid teve de pagar para o ter. Qual é o mínimo que o patrão do leitor precisa de pagar para o contratar? Vá fazendo as contas... Se não pertence ao lote dos 1% melhores, ficará no lote dos restantes, e os restantes vão estar dispostos a trabalhar por uma sopa.




O que resulta desta economia ultraliberal é uma massa de escravos e miseráveis. Para estes economistas, como a Lagarde já o disse, não há razão nenhuma para um grego – ou um português – ganhar mais do que um nigeriano. E não há razão porque ambos pertencem ao “povo”, não pertencem ou estão ao serviço da casta dominante, como a Lagarde ou o António Borges ou o Constâncio.




O que tem travado este caminhar para a escravatura são as ideias do Estado Social e a força organizada dos trabalhadores que, entre outras coisas, impuseram ordenados mínimos. A classe média na Europa consegue ganhar actualmente uns 50 a 100% mais do que o ordenado mínimo. Se ganham o que ganham, é porque o ordenado mínimo é o que é.




Mas a economia ultraliberal não quer saber de ordenados mínimos e nem pensar em Estado Social. O objectivo não é uma sociedade melhor, é separar águas, isolar a casta dominante do povão.




É por isso que é preciso acabar com o “Estado Social”, cujo fim o director do BCE já declarou. Sonham com o fim do Estado Social. Sem o Estado Social, só os ricos terão acesso a educação de qualidade e a condições de vida que permitam garantir aos seus filhos um mínimo de condições de sucesso. Sem o Estado Social, a sociedade de castas fica definitivamente estabelecida. Voilà!




É por isso que os ricos e seus servidores não pagam impostos – nem a Lagarde paga impostos. Não pagam porque o Estado é para servir os interesses do povo, não deles, logo, o povo que o pague. A única coisa que os ricos precisam é de uma polícia para manter o povo controlado.




Não se pense, porém, que isto é uma novidade, algo que está a acontecer pela primeira vez. Nada disso, isto já vem do fundo dos tempos e do fundo da natureza humana. Foi por causa disto que se fizeram as guerras mundiais do século passado. Na altura, o argumento encontrado pelos economistas de serviço foi o de que não havia “espaço vital” para toda a gente, logo, as “raças superiores” tinham de dominar as outras por direito genético e exterminar os que não fossem domináveis, como ciganos, judeus e comunistas. As guerras mundiais nasceram do mesmo tipo de ideias “económicas” que dominam agora a Europa. Ideias ao serviço de um único objectivo: a defesa da casta superior. É por isso que o comunismo foi tão violentamente combatido e denegrido. Mas agora que o muro de Berlim caiu, que a ameaça para as castas superiores que o comunismo representava desapareceu, eis que essas castas ficaram livres para estabelecer a escravatura. De novo!




(note o leitor que eu não sou comunista; o modelo de sociedade que prefiro, dos que conheço, é o dinamarquês)




O nosso governo vai reduzir a saúde pública ao indispensável dos indispensáveis. Irá degradar o ensino público. Aumentará as cadeias e as polícias. E claro que vai baixar os ordenados. A garantia de que os ordenados vão baixar já foi “dada” por Passos Coelho – ele tem muito azar, sempre que garante uma coisa, acontece o contrário... O Estado deixará de ter quadros de médicos, enfermeiros, professores, etc – passa tudo a ser contratado a empresas de trabalho temporário. E baixando os ordenados do Estado, baixam todos.




Então a classe média queria ordenados europeus num país onde o ordenado mínimo é menos de 1/3 de outros países??? Se o ordenado mínimo é 500 euros, o das classes médias não deve passar dos 750 euros – por agora, porque a seguir este ordenado mínimo acabará e descerá até à sopa. Claro que os ordenados têm de descer!!! São as “leis do mercado”!




É que economia ultraliberal nivela por baixo. Quando cada um trata dos seus interesses, todos perdem para o mais forte. Óbvio.




Mas notem que em Portugal sempre foi assim; a única coisa que mudou para nós foi a escala – até ao 25 de Abril, ser licenciado em Portugal era pertencer ao 1% mais; hoje, ser português é pertencer aos 99% menos. A desigualdade sempre foi o nosso timbre, é por isso que temos 40% de abandono escolar – que significa que 40% das crianças têm condições de vida miseráveis. Contra isso, ninguém se indignou; mas indignaram-se com as medidas para melhorar essa situação. A escolha agora é bem clara: ou queremos a economia de mercado à escala europeia ou queremos um Estado Social; mas têm de decidir já porque quando forem escravos já não decidem nada. E isto vai piorar muito porque baixar os ordenados nada vai resolver, o desemprego vai crescer imparavelmente (calculo que  é preciso menos de uns 20% da população para produzir tudo o que se consome actualmente, e quanto mais baixos os ordenados, menos se consome) e em breve estarão soluções de extermínio em cima da mesa (disfarçadas, é claro).




(um último pensamento: eu apostava que o Deutsche Bank, ou o Barclays, devem ter uns buraquitos do tamanho da dívida soberana portuguesa; o que irá acontecer quando isso vier a lume?)

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Incognitus

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #1 em: 2013-05-14 18:19:58 »
"Ultraliberalismo". Significa isso que existe tal coisa com "liberalismo demais"? Ou seja, que a liberdade é algo que deve ser dispensado com conta, peso e medida - talvez até fortemente restricta? Significa que quando olha para os seus vizinhos, está sempre a pensar em que medida lhes devia ser retirada a capacidade de optarem por eles próprios?

(já agora, os ricos pagam esmagadoramente mais impostos do que os pobres ou a classe média, pelo que o texto é absurdo e falso)

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Luisa Fernandes

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #2 em: 2013-05-14 18:27:20 »
O texto é falso?! Só se for em Marte.
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Incognitus

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #3 em: 2013-05-14 18:31:01 »
Bem, aquela parte dos impostos é comprovadamente falsa (existem estatísticas, e até já passaram aqui pelo fórum), pelo que a credibilidade do resto é ínfima.

Depois, dentro de uma sociedade "ultraliberal" seria possível a grupos restrictos organizarem-se sob quaisquer outras regras incluíndo o mais puro comunismo. A única limitação seria só terem elementos que quisessem participar voluntariamente. Pelo que o resto do texto também não faz qualquer sentido.

A própria Luísa ainda não explicou porque é que não se organiza com outras pessoas sob essas "regras superiores". Porque é que advoga algo que só parece funcionar se puder OBRIGAR outros, que não partilham da sua opinião, a participar?
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Automek

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #4 em: 2013-05-14 19:26:46 »
A prova de que o texto é uma aberração é a de que, apesar de existir o SMN, apenas cerca de 10% da população activa é que o aufere (e mesmo dos que o recebem oficialmente, muitos recebem mais qualquer coisa por fora). Ou seja, ainda que as empresas tenham a liberdade de pagaram apenas o SMN, optam, grandes estúpidas, por pagar mais do que a lei prevê. Só isto já contraria toda a teoria anti-liberal.

Isto para não referir, repetindo o que disse noutro tópico, que o liberalismo é a corrente que permite que as pessoas se organizem livremente noutro tipo de organizações sociais como seja a social democracia, socialistas, comunistas, etc. podendo até coexistir multiplas formas de organizações.

Luisa Fernandes

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #5 em: 2013-05-15 14:04:25 »
A prova de que o texto é uma aberração é a de que, apesar de existir o SMN, apenas cerca de 10% da população activa é que o aufere (e mesmo dos que o recebem oficialmente, muitos recebem mais qualquer coisa por fora). Ou seja, ainda que as empresas tenham a liberdade de pagaram apenas o SMN, optam, grandes estúpidas, por pagar mais do que a lei prevê. Só isto já contraria toda a teoria anti-liberal.

Isto para não referir, repetindo o que disse noutro tópico, que o liberalismo é a corrente que permite que as pessoas se organizem livremente noutro tipo de organizações sociais como seja a social democracia, socialistas, comunistas, etc. podendo até coexistir multiplas formas de organizações.

Desculpe, mas acho que não percebeu o texto.
O SMN é a bitola minima. Sem ela seria pior.
O sistema politico actual permite que as pessoas se organizem livremente.

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Incognitus

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #6 em: 2013-05-15 14:12:02 »
O sistema poderia ser mais livre ainda, por exemplo na escolha das escolas, na escolha de quem presta o serviço, etc, isso na educação. O mesmo poderia acontecer na saúde e em muitos outros campos onde existe excesso de regulamentação.

Uma boa forma de aplicar a filosofia liberal à saúde, seria usar (curiosamente) a tabela de preços praticada pela Medicare (pública) nos EUA, ajustada para a realidade nacional via um factor fixo. Isso libertaria Portugal dos custos e arbitrariedade de determinar remunerações justas para milhares de procedimentos médicos, e permitiria implementar um sistema de cuidados autónomos (públicos ou privados) sempre com um custo fácil de conhecer.
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Zel

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #7 em: 2013-05-15 14:41:16 »
na belgica tem tabela de precos na saude e quem quer ir ao privado paga apenas a diferenca

por outro lado a tabela tb pressiona os privados pois ninguem quer pagar a diferenca

muze

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #8 em: 2013-05-15 16:09:53 »
(note o leitor que eu não sou comunista; o modelo de sociedade que prefiro, dos que conheço, é o dinamarquês)
pois, eu também sou a favor de se viver num dos países com maior racio recursos naturais/habitante...quem é que não é?

mas esses países também têm tão pouca população por ser um ambiente inóspito por causa do frio e do horário solar todo avariado

Zenith

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #9 em: 2013-05-15 16:51:55 »
(note o leitor que eu não sou comunista; o modelo de sociedade que prefiro, dos que conheço, é o dinamarquês)
pois, eu também sou a favor de se viver num dos países com maior racio recursos naturais/habitante...quem é que não é?

mas esses países também têm tão pouca população por ser um ambiente inóspito por causa do frio e do horário solar todo avariado


Para o caso da Dinamarca nem é verdade tem 43.000Km2 um população de 5.5M habiltantes que dá uma densidade de 130h/kM2, ligeiramente acima da Potuguesa

Zel

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #10 em: 2013-05-15 18:40:39 »
o problema do modelo dinamarques eh que precisa de dinamarqueses para funcionar e nao de portugueses

Smog

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #11 em: 2013-05-15 21:43:51 »
O texto é falso?! Só se for em Marte.

O texto é apocalitico. mas é interessante. Esquece porém a capacidade de luta das classes trabalhadoras. e sim, o mercado a trabalhar é a selva.
wild and free

Zel

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #12 em: 2013-05-15 22:11:32 »
O texto é falso?! Só se for em Marte.

O texto é apocalitico. mas é interessante. Esquece porém a capacidade de luta das classes trabalhadoras. e sim, o mercado a trabalhar é a selva.

voce compra produtos fair trade? pode actuar de acordo com as suas ideias
« Última modificação: 2013-05-15 22:13:13 por Zel »

Automek

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #13 em: 2013-05-15 22:27:43 »
Desculpe, mas acho que não percebeu o texto.
O SMN é a bitola minima. Sem ela seria pior.
Se menos de 10% da população activa é que ganha o SMN, isso significa que se abolíssemos o SMN, no limite, apenas seria pior para uma parte desses 10%.
Ou seja, para mais de 90% da população activa é irrelevante haver SMN ou não, o que contradiz o texto e as conclusões que dele retiraste.

O sistema politico actual permite que as pessoas se organizem livremente.
Pelo menos a mim o estado impõe-me a escola que o meu filho tem de frequentar, o estado determina quem é o meu médico de família, estado não me permite escolher o hospital onde quero ser tratado, o estado retira-me coercivamente o dinheiro para a minha suposta reforma. Isto só para citar 3 áreas onde é evidente a qualquer pessoa que viva em Portugal que o estado não permite organização livre rigorosamente nenhuma em coisas importantes (liberalismo não é poder montar uma sapataria onde se quiser).
« Última modificação: 2013-05-15 22:38:03 por Automek »

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #14 em: 2013-05-16 10:53:00 »
os sistemas socialistas de saude q funcionam melhor nao eliminam a informacao do preco nas decisoes nem eliminam o mercado e a escolha dos doentes, em portugal so tinhamos de copiar os varios sistemas ja criados no norte da europa mas nem isso conseguimos fazer pois eh muuuuuito difiiiiiicil copiar

Luisa Fernandes

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #15 em: 2013-05-16 18:14:42 »

Se menos de 10% da população activa é que ganha o SMN, isso significa que se abolíssemos o SMN, no limite, apenas seria pior para uma parte desses 10%.
Ou seja, para mais de 90% da população activa é irrelevante haver SMN ou não, o que contradiz o texto e as conclusões que dele retiraste.



O salário mínimo tem um valor ético. Garantir que ninguém que trabalhe não tem os mínimos para subsistir.
Infelizmente, o valor no nosso país é tão baixo que nem esse mínimo garante, mas nem assim o fanatismo ideológico fica sossegado.



Pelo menos a mim o estado impõe-me a escola que o meu filho tem de frequentar, o estado determina quem é o meu médico de família, estado não me permite escolher o hospital onde quero ser tratado, o estado retira-me coercivamente o dinheiro para a minha suposta reforma. Isto só para citar 3 áreas onde é evidente a qualquer pessoa que viva em Portugal que o estado não permite organização livre rigorosamente nenhuma em coisas importantes (liberalismo não é poder montar uma sapataria onde se quiser).


Podes escolher a escola que quiseres:
http://diarioatual.com/?p=60253
Até ensino doméstico podes ter.

Podes escolher o hospital que quiseres:
http://www.hospitalcufinfantesanto.pt/

Relativamente à reforma o nosso sistema é solidário e um dos melhores do mundo. Se não fosse assim a miséria neste país seria pior do que a dos Brasileiros, por exemplo.
A primeira Lei da Segurança Social foi em 1984 – reafirmou o direito de todos à segurança social e fixou os princípios do sistema através do qual tal direito é tornado efectivo, entre os quais os da universalidade e da solidariedade.
« Última modificação: 2013-05-16 18:19:00 por Luisa Fernandes »
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Incognitus

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #16 em: 2013-05-16 18:24:21 »
O salário mínimo também tem um problema ético: elimina (quase) todas as actividades cujo valor acrescentado é inferior ao seu valor.

Ou seja, condena ao desemprego bastantes pessoas. Em Portugal o efeito já deve ser relevante pois qualquer actividade para ser lucrativa pagando o SMN, tem que exceder uns 770-800 euros/mês de valor criado pela posição. No fundo o SMN português não anda longe do salário mínimo horário americano ou do praticado na Alemanha, países muito mais produtivos, pelo que daí resultam efeitos substancialmente negativos para o emprego.
« Última modificação: 2013-05-16 18:26:05 por Incognitus »
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #17 em: 2013-05-16 18:32:02 »
Não vale a pena alguém viver num país onde o seu SM seja inferior ao nosso. O incognitus e família não viveriam com um salário inferior a esse.
O valor das actividades é muito subjectivo, depende das ideologias e dos valores das sociedades.
« Última modificação: 2013-05-16 18:39:58 por Luisa Fernandes »
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pedras11

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #18 em: 2013-05-16 18:57:54 »
O salário mínimo também tem um problema ético: elimina (quase) todas as actividades cujo valor acrescentado é inferior ao seu valor.

Ou seja, condena ao desemprego bastantes pessoas. Em Portugal o efeito já deve ser relevante pois qualquer actividade para ser lucrativa pagando o SMN, tem que exceder uns 770-800 euros/mês de valor criado pela posição. No fundo o SMN português não anda longe do salário mínimo horário americano ou do praticado na Alemanha, países muito mais produtivos, pelo que daí resultam efeitos substancialmente negativos para o emprego.

Não Alemanha e EUA não há impostos sobre o trabalho?

Incognitus

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #19 em: 2013-05-16 19:23:53 »
Há, mas aqueles valores não são atingidos devido aos impostos ... (excepto a contribuição social do empregador).
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