É interessante analisar o peso da agricultura no PIB português e ver como é o panorama no resto da Europa. Assim ao acaso, comparemos os números deste sector para os seguintes países: Alemanha, Holanda, França, Espanha e Portugal (os dados são do CIA World Factbook):
ALEMANHA
GDP - composition by sector:
agriculture: 0.8%
industry: 28%
services: 71.2% (2012 est.)
Labor force - by occupation:
agriculture: 1.6%
industry: 24.6%
services: 73.8% (2011)
HOLANDA
GDP - composition by sector:
agriculture: 2.8%
industry: 24%
services: 73.2% (2012 est.)
Labor force - by occupation:
agriculture: 2%
industry: 18%
services: 80% (2005 est.)
FRANÇA
GDP - composition by sector:
agriculture: 2%
industry: 18.8%
services: 79.2% (2012 est.)
Labor force - by occupation:
agriculture: 3.8%
industry: 24.3%
services: 71.8% (2005)
ESPANHA
GDP - composition by sector:
agriculture: 3.3%
industry: 26.4%
services: 70.3% (2012 est.)
Labor force - by occupation:
agriculture: 4.2%
industry: 24%
services: 71.7% (2009 est.)
PORTUGAL
GDP - composition by sector:
agriculture: 2.4%
industry: 21.3%
services: 76.3% (2012 est.)
Labor force - by occupation:
agriculture: 11.7%
industry: 28.5%
services: 59.8% (2009 est.)
Como facilmente se percebe a partir destes números, a agricultura de Portugal tem um peso no PIB que compara bem com a média dos 4 outros países referidos, mas a proporção de pessoas que trabalha nesse sector é QUATRO VEZES SUPERIOR.
Estes números ilustram bem a nossa falta de produtividade: precisamos de quatro vezes mais gente para produzir o mesmo (em % do PIB).
O presidente Cavaco apela a que os jovens se dediquem à agricultura. Não faria mais sentido apelar a uma maior produtividade por parte da enorme massa de gente que já trabalha nesse sector?