Diferenças entre edições de "Trading em Commodities II - Os primeiros contratos"
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O Midwest (Middle West: Grandes Lagos e regiões vizinhas) foi onde se instalaram os primeiros agricultores-colonos, antes da conquista do Oeste. A maior cidade era e ainda é Chicago, que fica na margem do Logo Michigan. | O Midwest (Middle West: Grandes Lagos e regiões vizinhas) foi onde se instalaram os primeiros agricultores-colonos, antes da conquista do Oeste. A maior cidade era e ainda é Chicago, que fica na margem do Logo Michigan. | ||
− | Começaram por cultivar trigo (o pão era essencial) e, por isso vou apenas, para já, falar do trigo (mas, para os outros cereais e oleaginosas foi igual). | + | Começaram por cultivar [[trigo]] (o pão era essencial) e, por isso vou apenas, para já, falar do trigo (mas, para os outros cereais e oleaginosas foi igual). |
Após as colheitas, o grão seguía em caravanas até uma via fluvial que tivesse ligação a Chicago, onde estavam os compradores (moageiros). | Após as colheitas, o grão seguía em caravanas até uma via fluvial que tivesse ligação a Chicago, onde estavam os compradores (moageiros). | ||
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Este percurso era lento, podia demorar muitas semanas, e o chefe da família, acompanhado por um filho ou homem de confiança galopava, trocando de cavalo e dormindo um pouco, para chegar junto dos compradores o mais cedo possível para negociar melhor o seu trigo que havia de chegar. | Este percurso era lento, podia demorar muitas semanas, e o chefe da família, acompanhado por um filho ou homem de confiança galopava, trocando de cavalo e dormindo um pouco, para chegar junto dos compradores o mais cedo possível para negociar melhor o seu trigo que havia de chegar. | ||
− | A unidade de venda era o bushel (balde) que é uma unidade de capacidade, variando o peso conforme o cereal (para o trigo: 1 bu = 27,2155 Kg é a actual conversão). | + | A unidade de venda era o [[bushel]] (balde) que é uma unidade de capacidade, variando o peso conforme o cereal (para o trigo: 1 bu = 27,2155 Kg é a actual conversão). |
Depois de negociado o preço e a data prevista para a entrega, o negócio era fechado, na presença do taberneiro, do barbeiro, do ferrador, o que fosse da confiança de ambos (depois no banco, quando estes apareceram). | Depois de negociado o preço e a data prevista para a entrega, o negócio era fechado, na presença do taberneiro, do barbeiro, do ferrador, o que fosse da confiança de ambos (depois no banco, quando estes apareceram). | ||
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Para garantir que o vendedor entregava o trigo e que o comprador o comprava, ambos entregavam uma importância ao taberneiro (ou quem fosse), e quem não cumprisse perdia-a. | Para garantir que o vendedor entregava o trigo e que o comprador o comprava, ambos entregavam uma importância ao taberneiro (ou quem fosse), e quem não cumprisse perdia-a. | ||
− | Essa margem permitia ao cumpridor voltar a negociar com outro, já com um valor no bolso que cobrisse o diferencial para um preço pior. | + | Essa [[margem]] permitia ao cumpridor voltar a negociar com outro, já com um valor no bolso que cobrisse o diferencial para um preço pior. |
Essa importância é o que chamamos hoje "a margem” e deu origem às contas-margem. | Essa importância é o que chamamos hoje "a margem” e deu origem às contas-margem. |
Revisão das 19h59min de 27 de junho de 2008
O Midwest (Middle West: Grandes Lagos e regiões vizinhas) foi onde se instalaram os primeiros agricultores-colonos, antes da conquista do Oeste. A maior cidade era e ainda é Chicago, que fica na margem do Logo Michigan.
Começaram por cultivar trigo (o pão era essencial) e, por isso vou apenas, para já, falar do trigo (mas, para os outros cereais e oleaginosas foi igual).
Após as colheitas, o grão seguía em caravanas até uma via fluvial que tivesse ligação a Chicago, onde estavam os compradores (moageiros).
Este percurso era lento, podia demorar muitas semanas, e o chefe da família, acompanhado por um filho ou homem de confiança galopava, trocando de cavalo e dormindo um pouco, para chegar junto dos compradores o mais cedo possível para negociar melhor o seu trigo que havia de chegar.
A unidade de venda era o bushel (balde) que é uma unidade de capacidade, variando o peso conforme o cereal (para o trigo: 1 bu = 27,2155 Kg é a actual conversão).
Depois de negociado o preço e a data prevista para a entrega, o negócio era fechado, na presença do taberneiro, do barbeiro, do ferrador, o que fosse da confiança de ambos (depois no banco, quando estes apareceram).
Para garantir que o vendedor entregava o trigo e que o comprador o comprava, ambos entregavam uma importância ao taberneiro (ou quem fosse), e quem não cumprisse perdia-a.
Essa margem permitia ao cumpridor voltar a negociar com outro, já com um valor no bolso que cobrisse o diferencial para um preço pior.
Essa importância é o que chamamos hoje "a margem” e deu origem às contas-margem.
Como as quantidades eram grandes, não era prático negociar bushel a bushel.
Mas como os armadores daquela época já tinham normalizado as barcaças e estas levavam 5.000 bu cada, passaram a negociar “contratos” que correspondiam a barcaças.
Ainda hoje os cereais e oleaginosas são cotados em cents/bushel e os contratos são de 5.000 bu.
Autor
Fogueiro, em 26/9/2007
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