Diferenças entre edições de "Peak oil"

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A teoria do '''Pico do Petróleo''' ou '''Pico de Hubbert''' proclama o inevitável declínio e subseqüente término da produção de petróleo em qualquer área geográfica em questão. De acordo com a teoria, seja em apenas um poço de [[petróleo]] ou no planeta inteiro, a taxa de produção tende a seguir uma [[curva normal]]. No início da curva (pré-pico), a produção aumenta com o acréscimo de infra-estrutura produtiva. Já na fase posterior (pós-pico), a produção diminui devido ao esgotamento do recurso.
 
A teoria do '''Pico do Petróleo''' ou '''Pico de Hubbert''' proclama o inevitável declínio e subseqüente término da produção de petróleo em qualquer área geográfica em questão. De acordo com a teoria, seja em apenas um poço de [[petróleo]] ou no planeta inteiro, a taxa de produção tende a seguir uma [[curva normal]]. No início da curva (pré-pico), a produção aumenta com o acréscimo de infra-estrutura produtiva. Já na fase posterior (pós-pico), a produção diminui devido ao esgotamento do recurso.
  
O "Pico do Petróleo" como um substantivo próprio ''(Peak Oil em inglês)'' refere-se a um evento singular na história: o pico da produção do petróleo na Terra. Após este Pico, segundo a teoria, a produção global de petróleo ingressará em um estado de declínio terminal. A teoria deve seu nome a um geólogo estadunidense, [[Marion King Hubbert]], que criou um modelo de reservas petrolíferas, e propôs em um informe técnico apresentado ao [[Instituto Americano do Petróleo]] em 1956 <ref>[http://www.hubbertpeak.com/hubbert/1956/1956.pdf Hubbert, King, "Nuclear Fuel and the Fossil Fuel"]</ref> que a produção derivada de fontes convencionais nos Estados Unidos contíguos ([[Alasca]] excluído) atingiria seu ápice entre 1965 e 1970. O pico global ocorreria "mais ou menos meio século" após a publicação.
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O "Pico do Petróleo" como um substantivo próprio ''(Peak Oil em inglês)'' refere-se a um evento singular na história: o pico da produção do petróleo na Terra. Após este Pico, segundo a teoria, a produção global de petróleo ingressará em um estado de declínio terminal. A teoria deve seu nome a um geólogo estadunidense, [[Marion King Hubbert]], que criou um modelo de reservas petrolíferas, e propôs em um informe técnico apresentado ao [[Instituto Americano do Petróleo]] em 1956 <ref>[http://www.hubbertpeak.com/hubbert/1956/1956.pdf Hubbert, King, "Nuclear Fuel and the Fossil Fuel"]</ref> que a produção derivada de fontes convencionais nos Estados Unidos contíguos (Alasca excluído) atingiria seu ápice entre 1965 e 1970. O pico global ocorreria "mais ou menos meio século" após a publicação.
  
 
Quando o Pico do Petróleo acontecerá é um assunto de grande controvérsia. Picos de produção são notadamente difíceis de prever, e em geral só podem ser identificados de maneira segura em retrospecto. A produção estadunidense culminou em 1971, um ano mais tarde do que o previsto por Hubbert. O pico da descoberta de reservas petrolíferas por sua vez ocorreu em 1962 <ref>[http://dieoff.org/page85.htm Ivanhoe, L. F. , "Future world oil supplies: There is a finite limit"]</ref>. De acordo com as avaliações mais pessimistas, inclusive a do próprio Hubbert, o Pico do Petróleo já haveria passado. Estimativas respeitáveis quanto à data exata abrangem o período entre 2005 e 2025.
 
Quando o Pico do Petróleo acontecerá é um assunto de grande controvérsia. Picos de produção são notadamente difíceis de prever, e em geral só podem ser identificados de maneira segura em retrospecto. A produção estadunidense culminou em 1971, um ano mais tarde do que o previsto por Hubbert. O pico da descoberta de reservas petrolíferas por sua vez ocorreu em 1962 <ref>[http://dieoff.org/page85.htm Ivanhoe, L. F. , "Future world oil supplies: There is a finite limit"]</ref>. De acordo com as avaliações mais pessimistas, inclusive a do próprio Hubbert, o Pico do Petróleo já haveria passado. Estimativas respeitáveis quanto à data exata abrangem o período entre 2005 e 2025.

Revisão das 14h10min de 7 de outubro de 2007

Uma curva normal descrevendo a produção global de petróleo de acordo com a teoria de Marion King Hubbert Previsões do governo estadunidense em 2004 para a produção de petróleo fora dos países da OPEP e ex-União Soviética

A teoria do Pico do Petróleo ou Pico de Hubbert proclama o inevitável declínio e subseqüente término da produção de petróleo em qualquer área geográfica em questão. De acordo com a teoria, seja em apenas um poço de petróleo ou no planeta inteiro, a taxa de produção tende a seguir uma curva normal. No início da curva (pré-pico), a produção aumenta com o acréscimo de infra-estrutura produtiva. Já na fase posterior (pós-pico), a produção diminui devido ao esgotamento do recurso.

O "Pico do Petróleo" como um substantivo próprio (Peak Oil em inglês) refere-se a um evento singular na história: o pico da produção do petróleo na Terra. Após este Pico, segundo a teoria, a produção global de petróleo ingressará em um estado de declínio terminal. A teoria deve seu nome a um geólogo estadunidense, Marion King Hubbert, que criou um modelo de reservas petrolíferas, e propôs em um informe técnico apresentado ao Instituto Americano do Petróleo em 1956 <ref>Hubbert, King, "Nuclear Fuel and the Fossil Fuel"</ref> que a produção derivada de fontes convencionais nos Estados Unidos contíguos (Alasca excluído) atingiria seu ápice entre 1965 e 1970. O pico global ocorreria "mais ou menos meio século" após a publicação.

Quando o Pico do Petróleo acontecerá é um assunto de grande controvérsia. Picos de produção são notadamente difíceis de prever, e em geral só podem ser identificados de maneira segura em retrospecto. A produção estadunidense culminou em 1971, um ano mais tarde do que o previsto por Hubbert. O pico da descoberta de reservas petrolíferas por sua vez ocorreu em 1962 <ref>Ivanhoe, L. F. , "Future world oil supplies: There is a finite limit"</ref>. De acordo com as avaliações mais pessimistas, inclusive a do próprio Hubbert, o Pico do Petróleo já haveria passado. Estimativas respeitáveis quanto à data exata abrangem o período entre 2005 e 2025.

Opiniões sobre os efeitos do Pico do Petróleo, e o declínio terminal a seguir, variam enormemente. Alguns prevêem que a economia de mercado proverá uma solução que impedirá disrupções graves. Outros avistam um cenário apocalíptico: a dissolução econômica global, o completo colapso das sociedades industrializadas, e o perecimento da maior parte da população do planeta devido à fome, epidemias e conflitos armados.

Referências

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