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Autor Tópico: Este Governo  (Lida 598957 vezes)

Automek

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Re: Este Governo
« Responder #3380 em: 2015-10-25 22:39:23 »
Ah, espera. Eu o que ouvi não foi isso do cash base. Nem foi o recorte que o purehawk deixou. O que tinha ouvido era o Paulo Núnco a dizer isto: (daí o meu comentário)

Citar
A explicação oficial é que em 2014 "os funcionários públicos receberam o salário de setembro sem qualquer tipo de cortes, em consequência da decisão do Tribunal Constitucional", e por isso mesmo as retenções na fonte de IRS foram maiores e entrou mais dinheiro nos cofres do Estado. Para contornar aquela decisão, o Governo publicou a lei 75/2014, que reintroduziu novos cortes nos salários da Função Pública. Em setembro de 2015, as retenções foram substancialmente inferiores (85 milhões), o que diminuiu consideravelmente a receita de IRS.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/economia/detalhe/menos_receita_afeta_devolucao.html


Eu fiquei bastante surpreendido porque se no ano passado tinham o salário por inteiro e logo a seguir meteram essa lei (ainda em 2014), era evidente que para Setembro de 2015 não podiam estimar com base em Setembro de 2014. Achei incrível a explicação do Paulo Núncio (não encontrei o video).

Jsebastião

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Re: Este Governo
« Responder #3381 em: 2015-10-25 23:01:05 »
Outra manobra política de elevada nota artística:

(nota prévia: este artigo tem inúmeros links ao longo do texto, que se perdem na citação abaixo---para quem quiser seguir o fio todo à meada, consulte aqui: http://blogues.publico.pt/tudomenoseconomia/2015/10/25/a-tap-e-o-ceu-na-terra-tambem-conhecida-por-resolucao-no-902015-do-conselho-de-ministros-de-22-de-outubro-de-2015/ )


Citar
A TAP e o céu na Terra, também conhecida por resolução nº 90/2015 do Conselho de Ministros, de 22 de Outubro de 2015

Embora não escreva há tanto tempo assim para o blog Tudo Menos Economia, constato que é importante para não me tornar obsessivo, mudar de temas e abandonar tópicos que analiso nos meus posts. Até porque ninguém é dono da razão.

Por isso, é salutar um período de “nojo” sobre determinados assuntos. Assim, depois do meu último post sobre a TAP e sobre o Secretário de Estado dos Transportes, asseguro ao leitor que planeava deixar ambos em paz por umas semanas ou meses.

O problema é que o Conselho de Ministros do XIX Governo Constitucional reuniu pela última vez a 22 de Outubro de 2015 para uma “importante” resolução sobre a TAP, (a única resolução dessa reunião do Conselho de Ministros e não tenho conhecimento de outros pontos na agenda). Houve direito a um “briefing” à imprensa, em que também participou o Secretário de Estado dos Transportes e a Secretária de Estado do Tesouro.
Conferencia de imprensa

A resolução do Conselho de Ministros meramente aprova um anexo a um acordo de venda, que não é público. E deve o cidadão confiar nesta transparência toda? Da resolução publicada em Diário da República deveria constar o anexo aprovado ou, pelo menos, o teor das medidas alteradas nesse acordo. O que não ocorreu.

Segundo a imprensa, a alteração ao anexo do acordo de venda, alegadamente, resulta da dificuldade do consórcio comprador em refinanciar a dívida da TAP e pedir mais 120 milhões de euros emprestados, i.e., endividar a TAP ainda mais do que já estava.

O governo tinha assegurado que o comprador é que tinha de mostrar que tinha meios para financiar a compra da TAP (e injectar imediatamente 269 milhões de euros). Mas aparentemente os bancos “não foram na conversa” (em particular, o Deutsche Bank) e o Governo achou que tinha de dar a proverbial “mãozinha” ao comprador, i.e., no que se me afigura consubstanciar uma forma de ajuda estatal.

Na conferência de imprensa os governantes presentes falaram sobre alguns detalhes das alterações introduzidas no anexo ao acordo. E, como já se tornou habitual nestes casos, foi o Secretário de Estado dos Transportes que estava mais a par dos detalhes e que explicou porque se justificava a resolução do Conselho de Ministros, evidenciando o seu elevado envolvimento pessoal em todas as fases do processo.

Fiquei espantado pela medida aprovada.

Então não é que a TAP privatizada vai passar a ser mais controlada pelo sector público, que a TAP (ou a sua gestão) quando esta era pública? Vai ter de apresentar contas consolidadas mensais; ser auditada todos os meses, para se saber do estado das contas; se o comprador não cumprir, a TAP reverte logo para o sector público mas sempre mais capitalizada do que quando foi vendida. Ou seja o Secretário de Estado dos Transportes promete-nos o céu. Só que quando a esmola é muita…

Não é possível analisar, com base em “conversas”, o que consta no referido anexo ao acordo e qual o seu propósito. Posso, no entanto, fazer um “educated guess”: a banca pretendia manter as garantias estatais para os seus empréstimos à TAP. E, a forma encontrada parece simples: se o negócio correr mal para o grupo comprador e a TAP enfrentar problemas, a TAP reverte para o Estado e os bancos vêem os seus empréstimos passar de um grupo privado — em dificuldades — novamente para o Estado. Ou seja, se a coisa correr bem os lucros privatizam-se, se correr mal socializam-se as perdas.

Se o meu “educated guess” estiver correcto, ganham os compradores porque sem esta intervenção do Estado a banca não concordaria com o negócio, dado que exigia garantias bancárias que os compradores (ao que tudo indica) não possuem. A banca beneficia, em parte, porque renova os empréstimos a taxas de juro mais altas, como se estivesse a emprestar a uma empresa do sector privado quando, na realidade, se o comprador do sector privado não cumprir o contrato de empréstimo a TAP e a sua dívida passam novamente para o Estado (através da Parpública). A TAP passa a ter uma despesa com juros mais elevada, deteriorando a sua viabilidade económico-financeira. E o erário público lá estará, no final da linha, à espera de assumir os resultados deste experimentalismo todo, com toda a dívida da TAP como dívida contingente.

Em suma, parece que o Secretário de Estado dos Transportes é mesmo incompreendido. Muitos, no país e no estrangeiro, no sector público e privado, têm de passar a imitar as melhores práticas aprovadas neste Conselho de Ministros – certamente que alguns dos membros do Conselho de Ministros já passaram por processos de encerramento de contas consolidadas anuais ou trimestrais e, por isso, sabem que é mesmo mesmo fácil, passar a encerrá-las e auditá-las todos os meses –. E nada como ter o Estado a meter o bedelho no dia-a-dia de uma empresa recém-privatizada.

Onde é que se vão desencantar estas ideias maravilhosas? Ainda por cima publicadas, com orgulho e para a posteridade, no Diário da República. E logo a última resolução do XIX Governo Constitucional! Que fim em grande…
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pedras11

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Re: Este Governo
« Responder #3382 em: 2015-10-26 00:59:32 »
Anedota do ano

purehawk

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Re: Este Governo
« Responder #3383 em: 2015-10-26 02:55:45 »
Ainda é prematuro:
Houve uma primeira reacção de descida no dia 22 após estarem com ligeira tendência de subida da parte da manhã mas no dia 23 ajustaram ligeiramente em alta e estabilizaram.

É interessante verificar que a partir do meio dia (12:00 horas) do dia 22 as yields da Divida Pública em todos os prazos começaram a descer, parecendo indicar que os mercados já sabiam da decisão de Cavaco Silva.

Se assim é, significa que os mercados estão em primeiro lugar no acesso à informação do que o povo português!
Ficam aqui os links (30 minutos é um bom time frame):

http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield


Se agora vão descer, continuar estáveis ou subir... isso só o "sabe-tudo" da oficina é que sabe!

    :P

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Re: Este Governo
« Responder #3384 em: 2015-10-27 10:21:58 »
Citar
Mudanças na Caixa, BdP, transportes… afinal há “jobs for the boys”

A Caixa e o Banco de Portugal são algumas das entidades que terão “vagas” no topo. O novo ciclo político é altura para nomeações em administrações de reguladores, bancos e empresas do Estado. E não são poucas

A compilação é feita na edição desta manhã do Negócios, que publica um extenso trabalho sobre nomeações no Estado que estarão em curso já com o próximo governo.

http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-27-Mudancas-na-Caixa-BdP-transportes-afinal-ha-jobs-for-the-boys

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Re: Este Governo
« Responder #3385 em: 2015-10-28 17:06:01 »
Citar
Governo admite que país voltou aos anos 60: 110 mil emigraram

"Portugal é, sobretudo, de novo, um país de emigração"; confirma o Relatório da Emigração, da autoria do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Mais de metade não pretende regressar.

O Relatório da Emigração sobre 2014 foi conhecido esta terça-feira e revela que cerca de 110 mil portugueses emigraram no ano passado. As pessoas que decidiram partir de Portugal estiveram em linha com as saídas de 2013 e é o próprio Governo (o anterior) que admite que Portugal é “sobretudo, de novo, um país de emigração”. 

Hoje Portugal é, sobretudo, de novo, um país de emigração”, à semelhança do que se verificou entre 1974 e o início do século XXI, lê-se no documento, da autoria do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, e que é citado pela Lusa, 

 O relatório atribui o fenómeno à "natureza assimétrica da chamada crise das dívidas soberanas" desde 2010 e, também, aos "efeitos recessivos das políticas de austeridade".

"A emigração passou a crescer mais do que antes da crise, estabilizando entre 2013 e 2014 na casa das 110 mil saídas/ano, valor da ordem dos observados nos anos 60/70 do século XX”
Na reação de viva voz depois da divulgação do relatório, o secretário de Estado, que se mantém no novo Executivo de Passos Coelho, relativizou, apesar de reconhecer a grandeza do balanço:

"Estamos ainda confrontados com uma dimensão muito significativa do fenómeno migratório de cidadãos nacionais. Mas, por outro lado, registamos que houve uma estagnação no número das saídas, o que significa que poderemos estar já a assistir ao começo da inversão deste fenómeno"

 Como justificação, José Cesário apontou o facto de a economia portuguesa "começar agora a criar empregos", levando a que menos pessoas sintam necessidade de sair do país. 

 "Se houver mais emprego, haverá menos pessoas a procurarem emigrar", acrescentou, destacando, por outro lado, que o número dos chamados "emigrantes definitivos" - os que estão fora por um período superior a um ano, sobretudo quadros -, está, "nalguns casos, bastante abaixo" do de outros países europeus.

 O governante aposta no mercado global para onde as PME devem virar-se, em vez de estarem focadas no mercado interno: "É bem possível que venha a haver mais oportunidades para quadros, para pessoas mais qualificadas, que têm por opção trabalhar nas empresas mais viradas para a exportação", sublinhou.

 "Se as empresas portuguesas se internacionalizarem, vamos ter cada vez mais portugueses a circularem no mundo, fenómeno a que não estamos habituados e que é cada vez mais evidente". José Cesário antecipa que, no relatório sobre 2015, os números da emigração serão menores dos que dos últimos dois anos.
Para onde vão aqueles que partem?

 No essencial, a emigração portuguesa realiza-se no interior da Europa: dos 21 países para onde mais portugueses se dirigem, 14 são europeus. Reino Unido, Suíça, França e Alemanha têm recebido, “nos últimos tempos”, mais de dez mil emigrantes nacionais por ano.

 A lista dos principais destinos dos portugueses foi liderada, no ano passado, pelo Reino Unido, que recebeu 31 mil emigrantes. O caso dos enfermeiros ilustra bem: cerca de um terço daqueles que se licenciaram em 2013 - falamos de 1.211 profissionais - escolheram terras de Sua Majestade para viver e trabalhar no ano passado. 

 O fluxo migratório para o Reino Unido tem “características novas”, sendo o país de destino em que “é maior a proporção de portugueses qualificados”.

Fora da Europa, os cidadãos nacionais escolheram sobretudo países lusófonos, principalmente Angola (5 mil portugueses no ano passado, colocando este país em sexto lugar entre os principais destinos).

 No total, estima-se que haja cerca de 2,3 milhões de portugueses emigrados, mantendo-se em França o maior número (mais de 592 mil em 2011).

 Quanto a aquisições da nacionalidade do país de destino, através das quais o emigrante deixa de ser considerado estrangeiro, França liderava também a lista (3,8 mil em 2013), seguida da Suíça (2,2 mil em 2013) e Luxemburgo (1,2 mil em 2014).

 O mesmo estudo revela ainda que mais de metade dos inquiridos não pretende regressar a Portugal antes da reforma. Posição inversa tem grande percentagem dos imigrantes, que tencionam regressar ao país de origem no curto-médio prazo.
   
Outros dados do relatório

 O mesmo relatório dá conta que 330 cidadãos portugueses foram detidos no estrangeiro em 2014, sobretudo por causa do tráfico de droga.

 A maioria dos casos registou-se em França (84 detidos), seguindo-se o Reino Unido (53) e Espanha (42). O documento do executivo destaca o caso da Turquia, onde, “no espaço de dois anos, se registou o maior número de ocorrências de sempre naquele país (5 em 2013 e 5 em 2014, todos por tráfico de droga)”.

Outro dado é que, no mesmo ano, “foram deportados/expulsos/afastados 302 cidadãos portugueses”, mais de metade dos quais do Canadá (160).

 Segue-se o Reino Unido (72) e Estados Unidos (49). A Alemanha e a França expulsaram, respetivamente, quatro cidadãos nacionais, e a Venezuela três. De Espanha foram afastados dois portugueses e a Estónia, Países Baixos, Suíça, Rússia, Argentina, Turquia, Emirados Árabes e Moçambique expulsaram um cidadão.

 Já entre 2012 e 2014, registaram-se 63 casos de exploração laboral de portugueses no estrangeiro. Pagamentos em atraso, salários baixos, falta de apoio das empresas e incumprimentos contratuais são as principais situações reportadas pelos trabalhadores lesados à Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas e aos postos consulares ou pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).

 A França lidera o número de queixas (16), seguindo-se a Alemanha e Angola (7, cada um), Reino Unido e Países Baixos (6, cada um), Dinamarca (3), Suíça, Guiana Francesa, Brasil, Moçambique e República Democrática do Congo (2), e Espanha, Finlândia, Quénia, Costa do Marfim, Japão e Koweit (1).

Zel

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Re: Este Governo
« Responder #3386 em: 2015-10-28 17:50:26 »
esses numeros sao sempre exagerados, nao sao acerca de emigracao liquida e levam em conta trabalhos temporarios
os numeros verdadeiros devem andar mais perto dos 30k




Joao-D

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Re: Este Governo
« Responder #3390 em: 2015-11-02 22:19:24 »
Eu sei que pode ser só por uns dias, mas podiam ter arranjado um ministro menos anedótico.

Citar
Ministro lamenta fúria "demoníaca" no Algarve: "Deus nem sempre é amigo"

O Algarve, em especial Albufeira, faz contas aos estragos provocados pelo temporal que se abateu sobre a região no domingo. De visita à zona, o ministro da Administração Interna lamentou a perda de uma vida humana. “Entregou-se a Deus” afirmou Calvão da Silva, perante os estragos provocados pela “fúria da natureza”. O ministro elogiou quem acionou os seguros e aconselhou quem não tem a “reservar um bocadinho para no futuro ter seguro”.

http://www.rtp.pt/noticias/pais/ministro-lamenta-furia-demoniaca-no-algarve-deus-nem-sempre-e-amigo_n870638


Já era conhecido por isto:

Citar
Prenda de 14 milhões a Salgado foi “solidariedade e entreajuda”, disseram juristas

O “bom princípio geral de uma sociedade que quer ser uma comunidade – comum unidade –, com espírito de entreajuda e solidariedade”. Foi assim que o jurista João Calvão Silva, especialista em direito bancário da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, enquadrou a “liberalidade” no valor de 14 milhões de euros dada pelo construtor José Guilherme a Ricardo Salgado
http://observador.pt/2014/12/03/prenda-de-14-milhoes-salgado-foi-solidariedade-e-entreajuda-disseram-juristas/

Lark

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Re: Este Governo
« Responder #3391 em: 2015-11-02 22:32:18 »
já conseguiu estar a trendar no twitter

https://twitter.com/search?q=%22Calv%C3%A3o%20da%20Silva%22&src=tren

temos homem!
pena ser só por 15 diazitos..

L
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Zel

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Re: Este Governo
« Responder #3392 em: 2015-11-02 22:38:01 »
eh a famosa tolerancia dos ateus progressistas

em relacao ao parecer acho bem que lhe batam

Lark

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Re: Este Governo
« Responder #3393 em: 2015-11-02 22:41:31 »
eh a famosa tolerancia dos ateus progressistas

ã?

L
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Re: Este Governo
« Responder #3394 em: 2015-11-02 22:43:42 »
! No longer available


no comments.

excepto,
a certa altura quase diz 'dizam' em vez 'digam'.

bem haja, bem haja...

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Re: Este Governo
« Responder #3395 em: 2015-11-02 23:02:56 »
Calvão da Silva não podia ser ministro
JOÃO MIGUEL TAVARES 29/10/2015

Não podemos continuar a engolir um país assim, onde tudo se esquece.

Bem sei que o novo Governo é para cair já daqui a 12 dias, mas até por isso podia ter havido um pouco mais de brio na sua construção – ou um pouco mais de coragem na aceitação dos convites, porque a gente fica sem saber se este elenco de segunda divisão é uma escolha de Passos Coelho ou apenas uma inevitabilidade de contexto. Mas fosse o Governo cair daqui a 12 dias, a 12 meses ou a 12 anos, há um nome que nunca poderia constar de uma lista de ministeriáveis de uma democracia digna, responsável e madura. Refiro-me ao novo ministro da Administração Interna, João Calvão da Silva.

Há 14 milhões de razões para João Calvão da Silva não poder ser nomeado ministro, uma por cada euro que Ricardo Salgado recebeu do construtor José Guilherme. E nenhuma razão para que alguém se lembre de o pôr à frente da Administração Interna, tendo em conta que ele foi um dos dois distintos professores de Direito de Coimbra a assinar um parecer atestando a idoneidade de Ricardo Salgado para continuar à frente do BES após ter embolsado a famosa “liberalidade”.

Como se não bastasse a ideia peregrina de chamar “liberalidade” à oferta de um camião de notas, há ainda este facto a reter: José Guilherme era cliente do BESA, do qual o BES detinha então a maioria do capital – e portanto, mesmo que de forma indirecta, cliente de Salgado. Contudo, nada disso impediu Calvão da Silva de assinar um bonito parecer defendendo que a “liberalidade” havia sido apenas retribuição por um “conselho dado a título pessoal”, “fora do exercício das funções” de Salgado, e que por isso não se via “por que razão censurar a sua aceitação”.

Mas há mais. Calvão da Silva decidiu ainda adornar tão belo naco de direito português com reflexões delico-doces sobre a beleza da “entreajuda”. Escreveu o senhor professor de Coimbra: “[Este é] o bom princípio geral de uma sociedade que quer ser uma comunidade – comum unidade – com espírito de entreajuda e solidariedade. De outro modo, ninguém estaria disponível para dar um conselho, uma recomendação ou informação a quem quer que fosse. É natural, pois, que um amigo possa e tenha gosto em dar sugestões, conselhos ou informações a outro amigo.”

Oh, sim, é muito natural. Tal como é natural, após a queda do BES, considerar esta argumentação indecorosa. Porque o que começou por ser apenas mais uma daquelas jigajogas jurídicas pagas a peso de ouro e feitas à medida do cliente a que se costumam chamar “pareceres” acabou por ganhar justa fama de escândalo público. Até porque o Banco de Portugal considerou que tais pareceres foram essenciais na manutenção da idoneidade de Ricardo Salgado (admito que possa ser apenas uma desculpa conveniente, mas foi o que Carlos Costa declarou na comissão de inquérito).

Donde, Calvão da Silva teve azar. Achou que estava apenas a ganhar uns trocos e a dar uma mãozinha a um cliente famoso e acabou envolvido no escândalo financeiro do século. É claro que não há nada de ilegal naquilo que ele fez, e a análise da qualidade e seriedade intelectual do seu parecer compete, em primeiro lugar, à sua universidade.

Mas, sendo o parecer público, é óbvio que o gesto desastrado de Calvão da Silva tem uma dimensão política que não pode ser desvalorizada, quando Passos Coelho se lembra de o convidar para ministro. Nós não podemos continuar a engolir um país assim, onde tudo se esquece, nada tem peso e o encolher de ombros se transformou numa filosofia de vida.

joão miguel tavares / público
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Re: Este Governo
« Responder #3396 em: 2015-11-02 23:42:05 »
amen

Jsebastião

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Re: Este Governo
« Responder #3397 em: 2015-11-03 00:20:03 »
Nem para um governo a prazo se entende como vão buscar esta personagem...  ???

O PPC não podia prever a "fúria demoníaca" (terá pensado que seriam 15 dias pacatos dentro do gabinete, sem necessidade de abrir a boca), mas o perfil completamente desajustado deste tipo para um cargo político topa-se a milhas (para nem falar do caso BES).
« Última modificação: 2015-11-03 00:24:55 por Jsebastião »
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Re: Este Governo
« Responder #3398 em: 2015-11-03 00:39:33 »
Nem para um governo a prazo se entende como vão buscar esta personagem...  ???

O PPC não podia prever a "fúria demoníaca" (terá pensado que seriam 15 dias pacatos dentro do gabinete, sem necessidade de abrir a boca), mas o perfil completamente desajustado deste tipo para um cargo político topa-se a milhas (para nem falar do caso BES).

o engraçado é que ele considera que em português é obra do diabo - fúria demoníaca: mas em inglês é obra de Deus - act of god.

dizam lá se não é estranho. o raciocínio do homem é sofisticado demais para eu abarcar.

L
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Re: Este Governo
« Responder #3399 em: 2015-11-03 00:43:29 »
Nem para um governo a prazo se entende como vão buscar esta personagem...  ???

O PPC não podia prever a "fúria demoníaca" (terá pensado que seriam 15 dias pacatos dentro do gabinete, sem necessidade de abrir a boca), mas o perfil completamente desajustado deste tipo para um cargo político topa-se a milhas (para nem falar do caso BES).

o engraçado é que ele considera que em português é obra do diabo - fúria demoníaca: mas em inglês é obra de Deus - act of god.

dizam lá se não é estranho. o raciocínio do homem é sofisticado demais para eu abarcar.

L

ele eh obviamente religioso, nao vejo grande problema nisso

achei bem mais estranha e desapropriada a conversa dele da mobilidade social e dos seguros