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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3459593 vezes)

Luisa Fernandes

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Re: Portugal falido
« Responder #4920 em: 2013-09-26 12:57:44 »
Outro perigoso comunista a dizer NÃO PAGUEM  :D

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A dívida pública portuguesa é insustentável e vai precisar de uma considerável reestruturação, afirmou Robert Kahn, o economista e antigo conselheiro do ex-presidente dos Estados Unidos em 1990, George Bush.


Robert Kahn, em Portugal a convite da Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) e da Universidade Católica para um debate que decorrer esta quinta-feira com o ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar sobre reestruturação de dívida, integra atualmente a equipa de especialistas do "think-tank" Council of Foreign Relations, e já trabalhou para o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Reserva Federal e para o Departamento do Tesouro dos EUA.

O especialista em gestão de crises da dívida pública defende que toda a periferia da zona euro vai precisar de um perdão de dívida considerável e sugere mesmo a abordagem do Clube de Paris, um grupo informal formado por 19 países desenvolvidos que ajudam financeiramente países em desenvolvimento com dificuldades económicas.

"Não apenas para Portugal, mas penso que em toda a periferia. O enorme aumento da dívida pública é um legado da crise, que muitos países não conseguem financiar através do crescimento. Isso desencoraja o investimento, e a minha experiencia a trabalhar em crises em todo o mundo é que, até termos um plano que consiga mostrar de forma sólida que o país vai conseguir diminuir a dívida até um nível sustentável no futuro, é difícil sair desta armadilha de baixo crescimento económico. Penso que Portugal vai precisar muito de uma real reestruturação de dívida. Acho que a dívida atualmente não é sustentável", afirmou Robert Kahn.

O especialista considera que a atenção dos decisores políticos ainda está numa solução dos problemas de financiamento dos países através de uma presumida capacidade de um bom desempenho nas políticas e nos programas acordados para reduzir os desequilíbrios macroeconómicos e estruturais das economias vir a ter efeitos positivos nas taxas de juro cobradas pelos mercados.

No entanto, Robert Kahn considera que isso só lida com a situação de tesouraria dos países, e que para as perspetivas melhorarem de forma sustentável é necessária uma reestruturação de dívida destes países, que segundo a sua opinião, os credores têm tendência para adiar durante demasiado tempo e aplicam-na por princípio já demasiado tarde.

"Há algum debate nos circuitos oficiais que, se os programas continuarem a ter um desempenho muito bom então podem ter taxas de juro mais baixas, mas penso que o foco desse tipo de discussões está demasiado no alívio em termos de tesouraria. Acho que isso não será suficiente, temos de lidar também com o 'stock' de dívida. (...) Como vimos na Grécia, há a tendência para esperar demasiado tempo para fazer a reestruturação", afirmou.

A abordagem do Clube de Paris (formado em 1956), explicou o antigo chefe do gabinete para as nações industrializadas do Departamento do Tesouro onde trabalhou para Larry Summers e Timothy Geithner, permite reduzir a dívida pública através de um perdão da dívida entre países apenas.

O Clube de Paris estabelece uma data de corte, até à qual a dívida pública contraída pode ser alvo de reestruturação, mas também impõe condições para esta acontecer. A partir dessa data a nova dívida passa a ser da exclusiva responsabilidade do país.

Ainda assim, diz, esta opção tem sempre o estigma de aplicar soluções que só costumam ser utilizadas para países em vias de desenvolvimento.

"Os meus amigos europeus ficam sempre chateados quando levanto esta hipótese porque não gostam da analogia com países em vias de desenvolvimento, mas a ação do Clube de Paris tem relevância", afirma.
« Última modificação: 2013-09-26 12:58:33 por Luisa Fernandes »
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Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #4921 em: 2013-09-26 13:06:43 »
Luísa, também achas que a austeridade é excessiva e que o déficit deveria ser maior?
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Re: Portugal falido
« Responder #4922 em: 2013-09-26 13:23:21 »
Luísa, também achas que a austeridade é excessiva e que o déficit deveria ser maior?
o problema não é esse Inc
a austeridade está a matar a economia e existem outras armas para o problema sem ser só a austeridade
como por exemplo um hair cut
ou aquilo que tu odeias - uma redistribuição dos rendimentos taxando mais os muito ricos
alguma austeridade é inevitável - como única arma para o problema é meramente ideologia e não economia

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Re: Portugal falido
« Responder #4923 em: 2013-09-26 13:31:00 »
Luísa, também achas que a austeridade é excessiva e que o déficit deveria ser maior?
o problema não é esse Inc
a austeridade está a matar a economia e existem outras armas para o problema sem ser só a austeridade
como por exemplo um hair cut
ou aquilo que tu odeias - uma redistribuição dos rendimentos taxando mais os muito ricos
alguma austeridade é inevitável - como única arma para o problema é meramente ideologia e não economia

Alguem por exemplo já se lembrou de somar a fortuna das 50 pessoas mais ricas do país e ver quanto isso vale?

Depois é ver que esse valor muito provavelmente não chega a 20% da divida total do nosso pais.

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #4924 em: 2013-09-26 13:43:21 »
Luísa, também achas que a austeridade é excessiva e que o déficit deveria ser maior?
o problema não é esse Inc
a austeridade está a matar a economia e existem outras armas para o problema sem ser só a austeridade
como por exemplo um hair cut
ou aquilo que tu odeias - uma redistribuição dos rendimentos taxando mais os muito ricos
alguma austeridade é inevitável - como única arma para o problema é meramente ideologia e não economia

Lucky, há quanto tempo tu não olhas para a taxa efectiva que os rendimentos mais elevados já pagam neste país? A taxa efectiva já deve andar pelos 80% para salários e 90% para pensões ...

Defender um haircut E menos austeridade é absurdo. É quase tão absurdo como defender um haircut e berrar contra as agências de rating que nos cortam o rating, simultaneamente. Isto porque se está a defender que temos que pedir mais dinheiro emprestado simultaneamente com defender que não devemos pagar o que devemos.
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aos_pouquinhos

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Re: Portugal falido
« Responder #4925 em: 2013-09-26 13:47:44 »
O mais simples é dizer para os credores:

 - ide dar uma volta, não vos vou pagar o vosso capital, nem os juros.

E quereis saber que mais? Para alem desse corte de cabelo, vais-me emprestar ainda mais dinheiro, e garanto-te que depois também não te vou pagar e aí levas um corte de cabelo nas barbas.

E bico calado..... Passa o cheque....

Este é o surrealismo da esquerda.... dá um excelente quadro.

Cumprimentos
« Última modificação: 2013-09-26 13:48:41 por aos_pouquinhos »
A desordem é o melhor servidor da ordem estabelecida. (Jean-Paul Sartre)

Messiah

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Re: Portugal falido
« Responder #4926 em: 2013-09-26 14:34:26 »
O Governo pretendia que as empresas pudessem utilizar critérios "relevantes e não discriminatórios" para escolher quem despedem na extinção de posto de trabalho. O Tribunal Constitucional chumbou esta norma.
O Tribunal Constitucional chumbou as regras aprovadas pelo Governo que permitiam que as empresas escolhessem quem despedem na extinção de posto de trabalho.
 
A revisão do Código do Trabalho, que se baseou no memorando da troika e no acordo tripartido de concertação social, dava mais margem às empresas para escolher quem despedem.
 
A anterior redacção obrigava o empregador a dar prioridade no despedimento aos trabalhadores com menos antiguidade, protegendo os que estão há mais tempo na empresa.
 
A alteração concretizada pela equipa do ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira permitia que a empresa passasse a poder definir qualquer critério “relevante e não discriminatório”.
 
O Tribunal Constitucional considerou que a alteração viola a proibição de despedimentos sem justa causa.
 
Despedimentos por inadaptação voltam a ser mais difíceis
 
A revisão do Código do Trabalho que entrou em vigor em Agosto do ano passado também agilizou os despedimentos por inadaptação, que quase não eram utilizados, através de diversas alterações.
 
Uma das formas de agilizar a utilização deste tipo de despedimento passava pela revogação da regra que determinava que ele não podia ocorrer se existisse na empresa outro posto de trabalho disponível e compatível com as qualificações do trabalhador.
 
Os juízes também consideraram que a eliminação desta garantia viola o princípio da proibição de despedimentos por justa causa.




--------------------------------

Este TC só mesmo ao tiro .... obviamente isto vai recair nos jovens... que mesmo podendo ser mais competentes, têm que ser despedidos nestas situações.

gatogato

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Re: Portugal falido
« Responder #4927 em: 2013-09-26 14:41:11 »
Constitucional chumba norma que permitia às empresas escolher quem despedem

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/constitucional_chumba_norma_que_permitia_as_empresas_escolher_quem_despedem.html

Pelo que leio da notícia, o TC impede a alteração da discriminação por idade: "A anterior redacção obrigava o empregador a dar prioridade no despedimento aos trabalhadores com menos antiguidade, protegendo os que estão há mais tempo na empresa." Ou seja, a anterior redação mantém-se. E impede também "que a empresa passasse a poder definir qualquer critério “relevante e não discriminatório”.

Eu já não sou jovem, pelo que até poderia dar saltos de contente por manterem esta discriminação (positiva no meu caso particular), mas também não sou tão burro assim que não consiga ver a big picture...
« Última modificação: 2013-09-26 14:44:34 por gatogato »

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #4928 em: 2013-09-26 15:01:12 »
Os tipos devem ter ficado fulos de não conseguirem encontrar nada para considerar inconstitucional a eliminação de 4 feriados.

Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #4929 em: 2013-09-26 15:42:02 »
Luísa, também achas que a austeridade é excessiva e que o déficit deveria ser maior?

o problema não é esse Inc
a austeridade está a matar a economia e existem outras armas para o problema sem ser só a austeridade
como por exemplo um hair cut
ou aquilo que tu odeias - uma redistribuição dos rendimentos taxando mais os muito ricos
alguma austeridade é inevitável - como única arma para o problema é meramente ideologia e não economia


Lucky, há quanto tempo tu não olhas para a taxa efectiva que os rendimentos mais elevados já pagam neste país? A taxa efectiva já deve andar pelos 80% para salários e 90% para pensões ...

Defender um haircut E menos austeridade é absurdo. É quase tão absurdo como defender um haircut e berrar contra as agências de rating que nos cortam o rating, simultaneamente. Isto porque se está a defender que temos que pedir mais dinheiro emprestado simultaneamente com defender que não devemos pagar o que devemos.


Como é que se chega a esses valores?
De acordo com as tabelas de IRS no portal das finanças o máximo é 44,5% mais 11% para SS mais 3,5% para a tal sobretaxa extraordinária dá 59%. É muito mas convem ser rigorosos, passar de 80% para 60% representa 100% de aunmento no salario liquido.
Ja agora vai um grafico com taxa do escalão máximo nos USA desde 1913 (não é a taxa média efectiva é a taxa aplicada aos rendimentos acima do escalão máximo). O detalhe dos dados acerca dos diferentes escalºoes existentes nos USA desde 1913 encontram- se em http://taxfoundation.org/article/us-federal-individual-income-tax-rates-history-1913-2013-nominal-and-inflation-adjusted-brackets.
Houve uma vez (acho que no forum antigo) um topico  cujo titulo era "os usa estao a ficar socialistas", introduzido por um tal Pimba que ao fim de alguns dias  de tentativas patéticas de interpretação de graficos abandonou o forum pestando contra os foristas de cerebro fossilizado que não conseguiam incutir na mente a mesma flexibilidade que ele via nos nºs :-)
Se eu quisesse ter uma atitude de manipulação simplista como muitos que tentam passar argumentos neo-liberias poderia com base no grafico criar um topico "a decadencia dos USA começou quando deixaram de ser socialistas", já que uma observação cega desse grafico permitiria a alguns concluir que os maiores periodos de expansão dos USA coincidiram com elevada taxação dos maiores rendimentos .
Mas como não tenho qualquer intenção manipuladora achoq ue ainda haveria muito tratamento a fazer para extrair concluoses. Mas com os dados da pagina e tableas de inflação seria possivel estabelecer um quadro já mais rigoroso acerca da repartição por classes ao longo da historia dos USA.

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Re: Portugal falido
« Responder #4930 em: 2013-09-26 15:47:02 »
Junta-lhes o IVA.

Já para não falar de IMI, IMT, Imposto de Selo, IUC, etc.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re: Portugal falido
« Responder #4931 em: 2013-09-26 15:57:44 »
Luísa, também achas que a austeridade é excessiva e que o déficit deveria ser maior?

o problema não é esse Inc
a austeridade está a matar a economia e existem outras armas para o problema sem ser só a austeridade
como por exemplo um hair cut
ou aquilo que tu odeias - uma redistribuição dos rendimentos taxando mais os muito ricos
alguma austeridade é inevitável - como única arma para o problema é meramente ideologia e não economia


Lucky, há quanto tempo tu não olhas para a taxa efectiva que os rendimentos mais elevados já pagam neste país? A taxa efectiva já deve andar pelos 80% para salários e 90% para pensões ...

Defender um haircut E menos austeridade é absurdo. É quase tão absurdo como defender um haircut e berrar contra as agências de rating que nos cortam o rating, simultaneamente. Isto porque se está a defender que temos que pedir mais dinheiro emprestado simultaneamente com defender que não devemos pagar o que devemos.


Como é que se chega a esses valores?
De acordo com as tabelas de IRS no portal das finanças o máximo é 44,5% mais 11% para SS mais 3,5% para a tal sobretaxa extraordinária dá 59%. É muito mas convem ser rigorosos, passar de 80% para 60% representa 100% de aunmento no salario liquido.
Ja agora vai um grafico com taxa do escalão máximo nos USA desde 1913 (não é a taxa média efectiva é a taxa aplicada aos rendimentos acima do escalão máximo). O detalhe dos dados acerca dos diferentes escalºoes existentes nos USA desde 1913 encontram- se em http://taxfoundation.org/article/us-federal-individual-income-tax-rates-history-1913-2013-nominal-and-inflation-adjusted-brackets.
Houve uma vez (acho que no forum antigo) um topico  cujo titulo era "os usa estao a ficar socialistas", introduzido por um tal Pimba que ao fim de alguns dias  de tentativas patéticas de interpretação de graficos abandonou o forum pestando contra os foristas de cerebro fossilizado que não conseguiam incutir na mente a mesma flexibilidade que ele via nos nºs :-)
Se eu quisesse ter uma atitude de manipulação simplista como muitos que tentam passar argumentos neo-liberias poderia com base no grafico criar um topico "a decadencia dos USA começou quando deixaram de ser socialistas", já que uma observação cega desse grafico permitiria a alguns concluir que os maiores periodos de expansão dos USA coincidiram com elevada taxação dos maiores rendimentos .
Mas como não tenho qualquer intenção manipuladora achoq ue ainda haveria muito tratamento a fazer para extrair concluoses. Mas com os dados da pagina e tableas de inflação seria possivel estabelecer um quadro já mais rigoroso acerca da repartição por classes ao longo da historia dos USA.



A taxa efectiva deve levar em conta o custo para o empregador, e o custo dispendido depois nos produtos. Tu já chegaste a 59%, mas ainda faltam 23.75% do empregador, e depois paga-se 23% do que resta em praticamente qq compra.

Nos EUA essas taxas marginais resultavam nas seguintes taxas efectivas. Em todo o caso era uma fiscalidade pesada, de facto.

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Re: Portugal falido
« Responder #4932 em: 2013-09-26 16:39:08 »

Por acaso é engraçado ver estas discussões (de liberais encavalitados no estado) sobre os vários "serviços do estado", e sobre a sua ineficácia! Ao mesmo tempo reclamam cortes de pessoal e cortes de verbas para os mesmos.

Boa estratégia :)

Degrada-se para depois dizer que não presta. Depois é só entregar de mao beijada para os angelos correias da vida.

BOA...
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Re: Portugal falido
« Responder #4933 em: 2013-09-26 17:19:43 »

Por acaso é engraçado ver estas discussões (de liberais encavalitados no estado) sobre os vários "serviços do estado", e sobre a sua ineficácia! Ao mesmo tempo reclamam cortes de pessoal e cortes de verbas para os mesmos.

Boa estratégia :)

Degrada-se para depois dizer que não presta. Depois é só entregar de mao beijada para os angelos correias da vida.

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Re: Portugal falido
« Responder #4934 em: 2013-09-26 17:44:44 »
Os constitucionalistas deviam pensar sobre a seguinte formula e corrigir o que está mal..

exemplo real:

-um contrato de trabalho fixando remuneração de 1000euros, o estado fica com 457,50€, custa 1237,50€ à entidade patronal, e o funcionário fica com 780€ (valores mensais)...

-o estado com uma fatia tão grande e é insustentável!!?!? os constitucionalistas não sabem o que andam a fazer...
http://multigestao.com

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Re: Portugal falido
« Responder #4935 em: 2013-09-26 17:44:56 »
Luísa, também achas que a austeridade é excessiva e que o déficit deveria ser maior?
o problema não é esse Inc
a austeridade está a matar a economia e existem outras armas para o problema sem ser só a austeridade
como por exemplo um hair cut
ou aquilo que tu odeias - uma redistribuição dos rendimentos taxando mais os muito ricos
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Lucky, há quanto tempo tu não olhas para a taxa efectiva que os rendimentos mais elevados já pagam neste país? A taxa efectiva já deve andar pelos 80% para salários e 90% para pensões ...

Defender um haircut E menos austeridade é absurdo. É quase tão absurdo como defender um haircut e berrar contra as agências de rating que nos cortam o rating, simultaneamente. Isto porque se está a defender que temos que pedir mais dinheiro emprestado simultaneamente com defender que não devemos pagar o que devemos.
eu não estou a defender menos austeridade mas sim usar mais armas
porquê só a austeridade quando existem mais coisas para fazer ?
e uma delas é a redistribuição
e outra um hair cut
a dívida é impagável, queiras tu ou não
se não houver hair cut ou se faz uma reestruturação muito muito forte que mesmo assim vai condenar pelo menos uma geração ou sai-se do euro
se tu fazes cortes e mais cortes, pões a aconomia de pantanas, a dívida continua a aumentar...vais responder com mais austeridade ?

estou a falar dos muito ricos que sabes tão bem como eu que em termos de taxa efectiva pagam muito mas muito menos do que tu estás a dizer porque têm armas que o cidadão comum não tem

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Re: Portugal falido
« Responder #4936 em: 2013-09-26 17:48:48 »
Os hiper-ricos não faço ideia, mas para aqueles que obtêm o seu rendimento do trabalho a fiscalidade já é incrivelmente progressiva. Agressivamente, injustamente até.

Se juntares a fiscalidade que hoje existe a uma opção por colégios e saúde privada e 2 filhos, uma pessoa que ganhe uns 6000 euros brutos fica com uma vida quase igual a alguém que ganhe 1500, e isso parece-me de uma injustiça atroz.

Quanto ao haircut eu até o compreendo, já disse que é melhor não pagar. Não pagar é sempre melhor do que pagar. Mas não faz sentido dizer "quero menos austeridade" e "não devemos pagar", porque a primeira frase significa "necessitamos que nos emprestem mais dinheiro" e a segunda significa "não queremos pagar o que nos emprestam".

Compreendes?
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Re: Portugal falido
« Responder #4937 em: 2013-09-26 17:49:51 »

Por acaso é engraçado ver estas discussões (de liberais encavalitados no estado) sobre os vários "serviços do estado", e sobre a sua ineficácia! Ao mesmo tempo reclamam cortes de pessoal e cortes de verbas para os mesmos.

Boa estratégia :)

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a água é um assunto demasiado sério para passar a ser tratada como um negócio qualquer
muita coisa se privatizou em portugal que ficou como antes - sectores protegidos mas agora com ganhos privados

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Re: Portugal falido
« Responder #4938 em: 2013-09-26 17:55:36 »
Os hiper-ricos não faço ideia, mas para aqueles que obtêm o seu rendimento do trabalho a fiscalidade já é incrivelmente progressiva. Agressivamente, injustamente até.

Se juntares a fiscalidade que hoje existe a uma opção por colégios e saúde privada e 2 filhos, uma pessoa que ganhe uns 6000 euros brutos fica com uma vida quase igual a alguém que ganhe 1500, e isso parece-me de uma injustiça atroz.

Quanto ao haircut eu até o compreendo, já disse que é melhor não pagar. Não pagar é sempre melhor do que pagar. Mas não faz sentido dizer "quero menos austeridade" e "não devemos pagar", porque a primeira frase significa "necessitamos que nos emprestem mais dinheiro" e a segunda significa "não queremos pagar o que nos emprestam".

Compreendes?
sim, compreendo e concordo que é perigoso brincar com a credibilidade do país
a verdade é q precisamos do guito alheio...devemos ser firmes a negociar mas sem esquecer q estamos dependentes
eu só estou a dizer que só austeridade não é solução

e, como te disse antes, eu não estou a falar da classe média integrada por profissionais livres  altamente qualificados ou que trabalham por conta de outrém ou de pequenos e médios empresários...esses já são muito castigados

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Re: Portugal falido
« Responder #4939 em: 2013-09-26 17:56:10 »

Por acaso é engraçado ver estas discussões (de liberais encavalitados no estado) sobre os vários "serviços do estado", e sobre a sua ineficácia! Ao mesmo tempo reclamam cortes de pessoal e cortes de verbas para os mesmos.

Boa estratégia :)

Degrada-se para depois dizer que não presta. Depois é só entregar de mao beijada para os angelos correias da vida.

BOA...

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a água é um assunto demasiado sério para passar a ser tratada como um negócio qualquer
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As telecomunicações melhoraram brutalmente. A electricidade pode não ser fácil porque criaram muitas regras estranhas colectivizantes que impedem a concorrência.

Os combustíveis têm mais concorrência, mas infelizmente impostos de 60% do preço final impedem na sua maior parte que se concorra pelo preço (isto é um fenómeno mecânico, se por exemplo a margem for de 10%, ela será de apenas 4% do preço final, e um corte de por exemplo 3% no preço, eliminaria 75% da margem e necessitaria de um aumento de pelo menos 400% nas vendas para compensar. Esta mecânica invalida na maior parte a possibilidade de se concorrer pelo preço).

Em que é que estavas a pensar, especificamente? Nota que quando um sector está nas mãos do Estado, ele não gera necessariamente lucro porque os actores do sector apropriam-se de todo o ganho via remunerações fora do mercado (exageradas).
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