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uma vez a mim pediram-me para ir trabalhar para paris, era ridiculo o custo de vida e nao compensava o ordenado
Belo, esse lúcido poder de síntese!
Quando era novo, mas já licenciado
como economista, sempre me espantava
a variação gulliveriana do meu poder de compra
de países ricos para países pobres, encolhendo
e mirrando nos primeiros, endeusando-me
como um paxá nos segundos!
A aritmética desta dispersão - vocês digam-me
se aponto errado - deve estar na diferença que há
revelada nas estatísticas do rendimento distribuído:
- nos países ricos, o salário mediano distancia-se
razoavelmente do salário mínimo, tendencialmente
indexado ao custo de vida; enquanto que, nos países
pobres, esse salário mediano tende aproximar-se
do mínimo e do custo de vida.
Assim, o país rico, além de ricos, tem uma classe média.
O país pobre, tem ricos e uma massa indistinta de pobres.
Por isso, um gajo 'médio' num país rico não é nada
de especial, e vira deus se migrar para um país atrasado!