Os bancos não são só fornecedores, Inc. São também quem convence governantes e clientes a aderir a certas práticas de endividamento. o BCP já impingiu acções próprias a clientes incautos e aproveitando-se da pouca literacia financeira dos Portugueses, já tentou fazer com que p.ex. a minha mãe subscrevesse sem saber um produto financeiro complexo (felizmente eu estava atento). E faz o mesmo com governantes/gestores públicos, claro (muitos deles também com pouca literacia financeira, infelizmente). O banco não é sujeito passivo nesta equação. E a escala torna-se infinitamente maior.
E já agora, eu concordo com a tese do livro (parcialmente, já que acho que estádios, PPPs, rotundas e polidesportivos em excesso podem classificar-se como "vivermos acima das possibilidades"), e defendo simultaneamente um Estado mais pequeno e com menos recursos para esbanjar (para não se tornar tão facilmente refém destas capturas de interesse)