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Autor Tópico: Doping  (Lida 41079 vezes)

tatanka

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Re:Doping
« Responder #140 em: 2013-01-20 18:27:17 »
O homem com a história do doping nesta altura da sua carreira, só aumentou o seu potencial. O que tinha a ganhar do ciclismo já estava ganho, agora ganha com a exposição mediática que não teria se andasse para aí sem admitir que tinha tomado doping. Foi brilhante.  :D  A menos que tenha perdido algum patrocínio residual, claro.
Depende do balanço final. É certo que agora vai ser processado por uma série de gente, desde os tipos que lhe pagaram prémios de vitórias, até aos que ele quase insultou quando o acusaram. E a fundação perde, certamente, o peso que tinha (embora comece a desconfiar que o tipo é uma besta e que se deve estar nas tintas para isso).

Depois há as condições extra financeiras que é o assumir preto no branco, ao passo que não assumindo e continuando a alegar a inocência, ficaria a dúvida em muita gente se não seria uma vitima da inveja alheia.

Agora começa a fazer sentido a decisão dele em não responder em tribunal às acusações, o que podia prolongar essas dúvidas nas pessoas (e até granjear alguma simpatia de estar a ser perseguido). O palhaço já estava era a preparar isto e provavelmente é muito mais cerebral e maquiavélico do que se possa imaginar.

Cá a mim, não me surpreenderia se ele enfiasse uma bala no cérebro.

Embora existam excepções, não é assim que a maioria das pessoas funciona. As pessoas auto-justificam todas as suas opções com muita facilidade, até as mais anti-éticas.

Sem duvida. E o Armstrong não é excepção. Ele proprio afirma que o esquema do doping, era apenas mais um pormenor na sua preparação para ser campeão. Algo que ele tinha de fazer para ser o melhor. No fundo era uma tarefa como outra qualquer, como encher os pneus da bike (ele dê mesmo este exemplo).
No entanto, todas as pessoas são bastante sensíveis á forma como as outras pessoas os vêem. Em particular alguém que foi um idolo, uma referencia adorada e idolatrada por meio mundo. Torna-se ainda mais penoso quando se sente ter desiludido as pessoas mais proximos, que se ama, como neste caso os seus filhos.
A verdade é que o homem se sente absolutamente devastado e humilhado, e com certeza que já lhe passou pela cabeça estourar os miolos.
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muze

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Re:Doping
« Responder #141 em: 2013-01-20 19:18:32 »
duvido que ele se mate, é perfeitamente sabido que o ciclismo está cheio de doping, eles têm de o tomar para ficarem de igual para igual, deve haver muito pouca gente nos 100 primeiros que não tomou nada que supostamente faz mal à saúde...o Armstrong tem de ter um espirito de sacrifício brutal para chegar onde chegou, porque ele competiu sempre contra atletas que também usavam as mesmas técnicas, não se deve matar por causa desta palhaçada

nós pudemos ver o arnold schwarzenegger a fazer filmes agora já com 65 anos e ainda com uma agilidade descomunal para aquela idade, mas facilmente proibiriam a maioria das substâncias que ele usou para ser um bodybuilder e para se preparar para os filmes durante a sua carreira de actor, eu não me importava nada de chegar aos 65 no estado em que ele está, mas claro que essa malta dos controlos anti-dopings e o cidadão comum que passa a vida sentado no sofá é tudo gente que anda aí a vender saúde ahahahahah
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Re:Doping
« Responder #142 em: 2013-01-20 22:23:52 »
Mesmo o Armstrong referiu que havia colegas que não seguiam as directrizes dele (para se doparem), por isso é excessivo dizer que toda a gente se dopa.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

justin

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Re:Doping
« Responder #143 em: 2013-01-20 22:29:03 »
duvido que ele se mate, é perfeitamente sabido que o ciclismo está cheio de doping, eles têm de o tomar para ficarem de igual para igual, deve haver muito pouca gente nos 100 primeiros que não tomou nada que supostamente faz mal à saúde...o Armstrong tem de ter um espirito de sacrifício brutal para chegar onde chegou, porque ele competiu sempre contra atletas que também usavam as mesmas técnicas, não se deve matar por causa desta palhaçada

nós pudemos ver o arnold schwarzenegger a fazer filmes agora já com 65 anos e ainda com uma agilidade descomunal para aquela idade, mas facilmente proibiriam a maioria das substâncias que ele usou para ser um bodybuilder e para se preparar para os filmes durante a sua carreira de actor, eu não me importava nada de chegar aos 65 no estado em que ele está, mas claro que essa malta dos controlos anti-dopings e o cidadão comum que passa a vida sentado no sofá é tudo gente que anda aí a vender saúde ahahahahah
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estou muito de acordo com o que dizes.

para mim continuo a gostar do armstrong, se calhar até mais do que gostava.
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Messiah

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Re:Doping
« Responder #144 em: 2013-01-21 16:37:32 »
Zel, eu normalmente raramente faço cardio.

O "cárdio" que faço em circunstancias normais, são os warm-up sets dos exercicios de peso, ate chegar ao peso de "trabalho".

É mais que suficiente na minha opinião.

Quando estou em modo de cortar gordura, posso adicionar uma sessao semanal ou duas, de Hill sprints (sprints em inclinação)

os meus genes dao para ter gordura, mesmo treinando e com a dieta certa


eu tmbem ... sempre fui um bcd virado po gordinho .... e antes sempre a fazer cardio etc nunca consegui chegar aos niveis que hoje tenho de gordura, sem fazer cardio ... go figure ...

muze

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Re:Doping
« Responder #145 em: 2013-01-21 18:21:18 »
também tenho andado a engordar, coisa que não era nada normal em mim, mas noto que consigo progredir melhor em força se comer que nem um cavalo :D
este treino parece optimo para perder peso...quando vier o bom tempo vou experimentar qualquer coisa deste genero, com menos peso e muito mais repetições para ficar seco
http://www.bodybuilding.com/fun/300_workout.htm

tatanka

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Re:Doping
« Responder #146 em: 2013-01-21 21:38:33 »
Este senhor toca num ponto interessante.

Ninguém consegue manter um sistema tão elaborado de doping, sem o apoio de uma organização muito oleada.
Faltam saltar cá para fora muitos mais nomes, veremos se o Armstrong não se farta de arder sozinho na fogueira....

Citar
diretor da Volta a França, Christian Prudhomme, considerou, esta sexta-feira, que a confissão de uso de produtos dopantes por Lance Armstrong foi "um exercício de comunicação milimétrico", garantindo que um ciclista não se dopa sozinho.

"Ninguém se pode dopar durante anos, como ele disse que fez, sem cúmplices", disse Prudhomme, que acrescentou que gostaria de saber se o diretor desportivo Johan Bruyneel "estava ao corrente" do uso de doping por Armstrong.

Para o diretor do Tour, "é necessário saber como funcionava o sistema de dopagem" revelado pela investigação da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) e quem ajudou Armstrong.

Sobre a entrevista concedida à apresentadora de televisão Oprah Winfrey, na qual Armstrong admitiu pela primeira vez que se dopou, Prudhomme considera que foi "um exercício de comunicação milimétrica, com respostas estudadas", que o ex-ciclista norte-americano "preparou alegadamente com os seus advogados".

"Não houve surpresas, depois de tudo o que foi dito. Contudo, se há umas semanas dissessem que Armstrong ia confessar, não acreditaríamos", afirmou.

Prudhomme exigiu ainda que, depois de ter admitido o recurso ao doping, Armstrong devolva o dinheiro recebido pelos triunfos em sete Voltas a França, de 1999 a 2005, que seria investido na luta contra o doping e na formação de jovens ciclistas. "Para nós, Armstrong é passado, foi apagado do palmarés e agora a única coisa que pedimos é que fale sobre o sistema [de doping] para que não se repita", afirmou.

Em relação à marca que este caso pode deixar no ciclismo, Prudhomme considera que "causou dano", mas que o "fervor popular" que hoje sentiu no condado de Yorkshire, na Inglaterra, onde vão ser disputadas as primeiras etapas do Tour'2014, é uma prova de que a modalidade está viva.

Pois, parece que o drogadito não quer mesmo arder sozinho.....



Citar
O jornal "Le Monde" refere, esta segunda-feira, que a UCI escondeu um teste antipoding positivo realizado na 1.ª etapa da Volta a França de 1999, a 1.ª das sete que acabou por ganhar.

O jornal francês publica partes de um documento em que Armstrong reconhece "não estar a tomar qualquer medicamento ou a ser sujeito a tratamento". Mais tarde, ao ter conhecimento que acusara positivo, o norte-americano apresentou uma receita para justificar esse resultado.

Para o "Le Monde" essa receita é aquela a que Armstrong se referiu durante a entrevista a "Oprah".

O jornal relembra que em 20 de julho de 1999 publicou um texto que denuncia que Armstrong teria acusado positivo num controlo, efetuado 16 dias antes, o que valeu fortes críticas, em particular da então presidente da UCI, o holandês Hein Verbruggen.

Sem nunca ter divulgado a data da receita, a UCI publicou no dia seguinte um comunicado em que manifestava apoio total ao ciclista norte-americano, acusando o diário francês de fazer acusações infundadas, uma vez que Armstrong apresentou uma prescrição médica que o autorizava a tomar corticoides.
« Última modificação: 2013-01-21 21:38:54 por tatankov »
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Re:Doping
« Responder #147 em: 2013-01-22 10:37:40 »
 :D :D :D :D :D

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Re:Doping
« Responder #148 em: 2013-01-23 21:17:49 »
Não resisti... :D
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Automek

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Re:Doping
« Responder #149 em: 2013-01-25 22:08:15 »
Ciclismo Conheça a explicação para Armstrong nunca ter sido apanhado

O presidente da Autoridade Anti-Dopagem (ADoP), Luís Horta, explica ao jornal A Bola por que Lance Armstrong nunca foi apanhado nos testes de doping, garantindo que só quem não conhece os “meandros do doping e os seus controlos” fica espantado com o caso do ciclista norte-americano.

Se para muitos foi o choque a confissão do ciclista Lance Armstrong, o mesmo não pensou o presidente da ADoP. Luís Horta conta, em entrevista à Bola, que quando esteve na Volta à França (Tour) em 2003, viu coisas “inacreditáveis”.

“A confissão dele [Armstrong] é de salutar. Porém, para as pessoas que trabalham na luta contra a dopagem, não traz nada de novo. É a confirmação daquilo que nós, já há muitos anos, sabíamos”, afirma Luís Horta, acrescentando que quando “saiu o acórdão da Agência Norte-Americana de Anti-Dopagem (USADA), em 2012, que suspeitávamos que assim era”.

Até porque, acrescenta o presidente da ADoP, “há muitos anos que se percebia que o rendimento desportivo de Armstrong (…) não era compatível, em princípio, com a não utilização de substâncias proibidas”.

Mas como conseguia o ciclista norte-americano escapar? Nessa altura, “havia fragilidades no sistema de controlo, que faziam com que não dessem positivo”, destaca Luís Horta, dando um exemplo que presenciou em 2003 enquanto observador independente do Tour.

“Antes de serem notificados, no final de cada etapa, de que seriam submetidos a controlos anti-doping, os ciclistas tomavam conhecimento dos resultados da selecção através da Rádio Volta (…) 20 minutos antes das finais das etapas. Repito: 20 minutos! Sabiam quem seria e quem não seria controlado”, revelou o presidente da ADoP, explicando que desta forma “podiam tomar imediatamente um estimulante para o final da etapa, e os que seriam controlados, as devidas precauções”.

Revela ainda Luís Horta que “no final das etapas, os ciclistas eram notificados para se submeterem ao controlo, e tinham uma hora para se apresentarem no local. Uma hora! E não eram escoltados”.

O presidente da ADoP conta que por isso decidiu adoptar outra estratégia: acompanhar os atletas até aos autocarros das equipas. Mas foi “barrado diversas vezes” e porquê? Porque ali “tudo se podia fazer”, como por exemplo “executar manipulações, ou seja, algaliar um atleta, retirar-lhe a sua urina e colocar-lhe, através da algália, urina de alguém não dopado”, ou “colocar na uretra do atleta um pequeno pó (as proteases), o que se faz em menos de um minuto, destruidor das proteínas e que, ao mesmo tempo, destroem o eritropoletina (EPO) que está na urina”.

Além disso, Luís Horta revela que a equipa de Armstrong, a US Postal, “tinha durante toda a noite pessoas em posições mais elevadas dos hotéis para poderem detectar algum carro da organização [do Tour], avisando logo o director-desportivo e, posteriormente, os ciclistas cujos níveis de hematócrito (percentagem de glóbulos vermelhos no sangue) estivessem além do permitido. [Depois] bastava colocar soro fisiológico para o nível baixar”.

Depois de o ciclista norte-americano ter admitido que tomou hormonas de crescimento, cortisona, EPO, testosterona, e esteróides, Luís Horta garantiu que a acessibilidade a estas ‘drogas’ era “fácil” e que este processo demonstra que Armstrong contou com “apoio (…) dentro e fora da equipa”.
http://www.noticiasaominuto.com/desporto/39525/conhe%C3%A7a-a-explica%C3%A7%C3%A3o-para-armstrong-nunca-ter-sido-apanhado#.UQLYub9Wx8F

Zel

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Re:Doping
« Responder #150 em: 2013-01-26 13:53:54 »
"O jornal "Le Monde" refere, esta segunda-feira, que a UCI escondeu um teste antipoding positivo realizado na 1.ª etapa da Volta a França de 1999, a 1.ª das sete que acabou por ganhar."

e alguem disse que o lance nunca tinha testado positivo

Zel

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Re:Doping
« Responder #151 em: 2013-01-28 05:42:02 »
saiu mais um 60 minutes sobre o lance

« Última modificação: 2013-01-28 06:13:07 por Zel »

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Re:Doping
« Responder #152 em: 2013-01-28 09:41:06 »
O Luís Horta foi uma das razões para eu duvidar da agência americana anti-doping. Afinal a agência americana trabalha bem melhor que a portuguesa.
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Re:Doping
« Responder #153 em: 2013-01-29 12:27:44 »
Citar
Operação Puerto. A caixa de Pandora do ciclismo (e não só)
 
Por Cátia Bruno, publicado em 29 Jan 2013 - 03:10 | Actualizado há 9 horas 18 minutos
http://www.ionline.pt/desporto/operacao-puerto-caixa-pandora-ciclismo-nao-so

Teve ontem início o julgamento de um dos maiores escândalos de doping da história do ciclismo, mas é apenas uma matéria de “saúde”


Para o médico Eufemiano Fuentes, as transfusões que permitem o aumento de oxigénio na corrente sanguínea não são doping – são um tratamento terapêutico que devia ser permitido. Fuentes nunca achou moralmente reprovável o que fazia, nem teve vergonha. O episódio em plena Vuelta de 1991 mostra o seu à-vontade: num avião cheio de jornalistas, apontou para o frigorífico que levava consigo e chamou-lhe “a chave da vitória na Vuelta”.
 
Os tratamentos sanguíneos podem agora custar-lhe “dois anos de prisão e inibição do exercício da sua profissão durante esse tempo”, bem como uma multa de “30 euros por dia durante 18 meses”, de acordo com o pedido pelo Ministério Público espanhol. Sete anos depois, a Operação Puerto chega a tribunal e Fuentes senta-se no banco dos réus, ao contrário de todos os ciclistas que terão recorrido às suas transfusões. Os códigos utilizados (com nomes tão sugestivos como Astérix, Ali Babá ou Sibéria) fazem com que as suspeitas dos investigadores recaiam sobre Jan Ullrich, Alberto Contador, Ivan Basso e Alejandre Valverde, por exemplo, mas nenhum deles foi acusado.
 
Espanha só passou a ter uma lei antidoping em 2006 e os casos anteriores a essa data não podem ser julgados à luz dela. O caso de Fuentes e companhia é assim um delito contra a saúde pública e o objectivo é perceber se houve ou não perigo para os ciclistas. Independentemente dessa limitação, o caso pode levar algumas federações ou a agência antidoping espanhola a abrir processos. E, claro, volta a lançar-se a questão do doping no ciclismo.
 
Mas não só. Ao longo dos últimos sete anos surgiram indícios de que outras modalidades para além do ciclismo poderiam estar envolvidas, mas as autoridades espanholas nunca revelaram quais. A maioria dessas informações veio do próprio Fuentes, que utilizou meias frases. “Trabalhou com o Real Madrid e o Barcelona?”, perguntaram-lhe em 2006. “Se disser certas coisas sou ameaçado de morte”, respondeu. “Se dissesse o que sei, adeus ao Mundial e ao Europeu”, acrescentou quatro anos depois, dando a entender que muitos jogadores de futebol espanhóis seriam seus clientes.
 
Atletismo, natação, ténis, andebol e boxe são outros dos desportos nomeados. Cristina Pérez, mulher do doutor Fuentes, chegou mesmo a insinuar que muitas das medalhas olímpicas espanholas em 1992 foram conquistadas graças ao seu marido. “É uma caixa de Pandora e se um dia fosse aberta podia deitar o desporto abaixo.”
 
A Agência Mundial Antidoping, bem como a União Ciclista Internacional, já pediu que fossem revelados os dados da investigação sobre outras modalidades, mas das autoridades espanholas não há nem uma palavra sobre o assunto. O julgamento arrancou ontem e só deve acabar em Março. Até lá sobra Fuentes, o homem a quem Tyler Hamilton um dia chamou “o Wal-Mart do doping”. Como um supermercado onde se encontra tudo aquilo de que precisamos.

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Re:Doping
« Responder #154 em: 2013-01-29 12:41:08 »
Acho um bocado exagerado elevar-se o doping a crime com penas de prisão. As pessoas que a ele se submeteram fizeram-no voluntariamente, e as actividades em questão são essencialmente lúdicas e privadas - é reprovável o doping no contexto das mesmas, mas fica muito aquém de se poder prender alguém. Tal como seria um absurdo prender alguém por fazer um penalti ou marcar um golo com uma mão.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Doping
« Responder #155 em: 2013-01-30 15:00:18 »
Penso que o que o provoca a pena de prisão é o tráfico de estupfacientes.

Aqui está uma notícia que agora faz-me lembrar a tenda hiperbárica do armstrong...

Villas Boas revela razão da recuperação de Defoe
http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=379444
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Re:Doping
« Responder #156 em: 2013-01-30 15:25:40 »
Não é montagem ...  :D
 
 
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Zel

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Re:Doping
« Responder #157 em: 2013-01-30 15:54:41 »
droga vendida a adultos so com receita medica

"medicos" sim, traficantes nao
« Última modificação: 2013-01-30 15:55:08 por Zel »

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Re:Doping
« Responder #158 em: 2013-01-31 09:52:57 »
Citar
Antigo ciclista deu uma entrevista ao site cyclingnews.com, na qual afirma que todas as gerações que correram o Tour utilizavam substâncias proibidas.


"A minha geração não era diferente de qualquer outra. A 'ajuda' evoluiu ao longo dos anos, atendendo a que a nossa modalidade é duríssima. O Tour foi inventado como espetáculo e cabrões muito duros competiram nele durante um século e todos procuraram vantagens. Desde saltar dos comboios há 100 anos até à EPO de agora. Nenhuma geração esteve isenta ou 'limpa'. Nem a de Merckx, nem a de Hinault, nem a de Lemond, nem a de Coppi, nem a de Gimondi, nem a de Indurain, nem a de Anquetil, nem a de Bartali nem a minha", disse Lance Armstrong, que respondeu através de correio eletrónico a perguntas de jornalistas do site cyclingnews.com.

Foi a primeira vez, depois da entrevista concedida a Oprah Winfrey, na qual confessou ter recorrido, ao longo da sua carreira, ao uso de substâncias proibidas, que o ex-ciclista norte-americano falou a jornalistas. E aproveitou a oportunidade para defender o projeto de uma comissão de verdade e de reconciliação no ciclismo.

"Embora ainda esteja no olho do furacão, isto não é coisa de um homem só, de uma única equipa, de um único diretor. Isto tem a ver com o ciclismo e, para ser honesto, com todos os desportos de resistência. Linchar publicamente um homem e a sua equipa não resolverá o problema", disse.

Armstrong revelou-se crítico em relação a Pat McQuaid, presidente da UCI (União Ciclista Internacional), a quem já havia proposto a ideia da reconciliação.

"Não quis saber nada disto, está sempre a tentar salvar o seu rabo. É patético. A UCI não teria lugar nessa comissão", opinou Armstrong, que já fala em amnistia...

"O importante é que toda a gente seja tratada de maneira igual e justa. Provocámos este problema e que nos castiguem a todos de forma idêntica".

http://www.ojogo.pt/modalidades/ciclismo/interior.aspx?content_id=3025695&page=-1


A entrevista: www.cyclingnews.com/news/lance-armstrong-exclusive-interview
« Última modificação: 2013-01-31 10:28:41 por itg00022289 »

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Re:Doping
« Responder #159 em: 2013-01-31 09:59:09 »
Contaram-me uma história curiosa do tempo do Joaquim Agostinho.
Disseram-me que o negócio do Joaquim Agostinho era ir à França comprar doping e vender em Portugal aos interessados. Quando eram apanhados com as substâncias diziam que era o Joaquim Agostinho quem lhes fornecia.
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