Se calhar não sei o que tu defendes, tu sabes?
Vi que te parecia razoável defender o SNS pagar por coisas não sujeitas ao método científico, e na argumentação usas uns casos isolados pouco defenidos. E fazes muitas perguntas, sem querer respostas...é uma forma estranha de argumentação.
Se existe qualquer caso com o nimed ou outros é precisamente porque a sua utilização é continuamente sujeita a escrutínio.
foi proibido (nimed) , vai ver quanto tempo demorou a se lo... o Roacutan continua a ser vendido salvo erro e faz ulceras por onde passa o comprimido.
Kitano chegaste a uma conclusao que eu tambem cheguei , por isso é vago , eu nem estou a tentar defender nada , estou ainda a tentar perceber ....
Falamos de que "remedios" , que "medicina alternativa" ?
Se o Roacutan continua a ser vendido é porque na balança entre os benefícios e os efeitos secundários, ainda há quem ache que os benefícios pesam mais. Aliás, se há alguma polémica a ter com medicamentos, é esse pesar dos benefícios e efeitos secundários poder ser centralizado, pois consoante o paciente, o peso dado aos benefícios e riscos pode ser diferente.
Achas preferivel ter acne ou o estomago/intestino todo ulcerado?
Essa pergunta mostra o problema. O que TU achas preferível, e o que OUTRA pessoa acha preferível, podem diferir de forma muito violenta. Além disso tipicamente um efeito secundário não se verifica em 100% dos casos, pelo que a opção pode nem se dar.
Fazer essa pergunta é uma razão pela qual o colectivismo tem muita coisa indesejável.
entao nao é uma questao clinica... ou é? um medico pode dar prioridade lixar o estomago/intestino ...?
Nao se verifica em 100% dos casos? possivelmente nao ate porque ha outros efeitos , dores musculares.
"Em novembro de 2009, a farmacêutica Hoffmann–La Roche retirou o medicamento de marca Accutane do mercado norte-americano devido à pequena fatia de mercado (abaixo de 5%) e ao custo envolvido em processos judiciais movidos por alguns pacientes alegando sofrerem de Doença Inflamatória Intestinal causada pela droga. "
"Efeitos no SNC
Estudos recentes sugerem que a isotretinoína pode diminuir o número de células do hipotálamo[5] e do hipocampo,[6] que poderia estar associado ao aumento de casos de depressão nos pacientes da droga. Em 2005, um estudo realizado no México constatou casos de disfunção erétil associado a sintomas de depressão."
Alguns... diz o wikipedia , ehehehe
Tudo isso diz exactamente alguns. Retirar o medicamento devido a processos por parte de alguns e um mercado pequeno não altera isso.
Exibes uma falácia conhecida por "falso consenso". Bastante espalhada, em parte justifica a inclinação colectivista de muitas pessoas. Tipicamente as pessoas também não conseguem pensar em percentagens, odds, probabilidades. O medicamento não vai funcionar em 100% dos casos. Os efeitos secundários não se vão verificar em 100% dos casos. Aliás, os efeitos secundários tendem a verificar-se em percentagens baixas de casos ou serem leves (para percentagens mais elevadas). Os efeitos secundários (e também a eficácia) vão variar com a dose, com o tempo exposto, etc.
"entao nao é uma questao clinica... ou é? um medico pode dar prioridade lixar o estomago/intestino ...?"
Mesmo sendo uma questão clínica, o paciente é que sabe o risco que quer correr para o benefício esperado. Ou deveria saber.
SER uma questão clínica a ser decidida a 100% pelo médico, ou por uma autoridade superior ao médico, é em parte um
defeito do sistema actual. Como não se tratam de efeitos terapêuticos garantidos nem de efeitos secundários garantidos, o risco que cada um pode correr pode depender do peso que dá tanto ao tratamento como aos efeitos secundários. Esses pesos variam de pessoa para pessoa. A apetência pelo risco varia de pessoa para pessoa. O valor do risco e do tratamento pode até variar na mesma pessoa consoante as circunstâncias ou idade. Etc, etc.
São mil e uma nuances. Não existe UMA verdade, e tu estás a pensar como se existisse.
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Outra coisa, praticamente todos os medicamentos que possas tomar podem ter, em algumas circunstâncias, efeitos secundários muito graves (por exemplo, reacções alérgicas). Circunstâncias, obviamente, muito raras. Noutros casos, podem ter consequências graves consoante as tuas circunstâncias pessoais. Por exemplo, quase todos os medicamentos vêm com um aviso em caso de insuficiência renal -- não porque vão dar cabo dos rins, mas porque podem, por falta de excreção eficiente, levar a doses muito superiores ao pretendido, com efeitos potencialmente desconhecidos, tóxicos, etc.
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Embora um bocado no gozo, eu por vezes digo que se algo não tem efeito secundário nenhum potencial, então é porque não faz nada ...