Um texto de uma psicanalista junguiana:
ANIMUS E ANIMA SÃO FUNÇÕES INTERNAS DE RELAÇÃO COM O INCONSCIENTE.
"A mulher tomada pelo Animus corre sempre o risco de perder a sua feminilidade, sua persona adequadamente feminina. O homem em iguais circunstâncias, arrisca-se a efeminar-se. Tais transformações psíquicas do sexo explicam-se pelo facto de que uma função interior se volta para fora. O motivo dessa perversão é, naturalmente, a insuficiência ou o desconhecimento total do mundo interior, que se ergue, autónomo, em oposição ao mundo exterior; as exigências de adaptação ao mundo interior igualam as do mundo exterior.
O Animus não pertence à função de relação consciente; a sua função é a de possibilitar a relação com o inconsciente. No que se refere às situações exteriores, sobre as quais é preciso reflectir conscientemente, o Animus não deve intervir mediante o processo com "opiniões"; como função associativa de ideias, deve se dirigir para dentro, a fim de associar os conteúdos do inconsciente. A mulher deve aprender a criticá-las e mantê-las à distância, não com o intuito de as reprimir, mas investigar-lhes a procedência penetrando mais fundo no seu obscuro recesso, deparará com as imagens originárias, do mesmo modo que o homem, ao explicar-se com a Anima.
O Animus é uma espécie de sedimento de todas as experiências ancestrais da mulher em relação ao homem, e mais ainda, é um ser criativo e engendrador, não na forma da criação masculina. O Animus produz o que se poderia chamar de a palavra que engendra. Assim como o homem faz brotar a sua obra, criatura plena de seu feminino interior, assim também o masculino interior da mulher procria germes criadores, capazes de fecundar o feminino do homem."
– Aspectos do Feminino, Carl Jung
E nada disto é sexo explícito, homo, hetero ou hermafrodita.
Pura mente intelecto, sensibilidade e criatividade.