Sobre a edificação de estátuas pela perspectiva liberal, teríamos de levar o caso muito mais além, nomeadamente não apenas quem paga a estátua- essa até é a questão menor - mas sobretudo a quem pertence o espaço. Sendo o espaço público, a questão morre. Obviamnete que um liberal não defende o pagamento compulsivo de impostos para construção de estátuas. Mas não é só de estátuas. É de muitas outras coisas.
De qq das formas não estamos a falar de novas estátuas, mas sim das existentes, onde já passámos a questão do "quem paga?".
Destruir já não vai restituir os impostos cobrados para a sua construção, por isso a questão é exclusivamente que estátuas devem ir abaixo (ou removidas) e a forma de o fazer. Onde está a fronteira entre o vandalismo de deitar algo abaixo e a legitimidade da remoção ?
É fazendo votações ? É dando esse poder aos presidentes de câmara, ao governo ou à AR, como se as pessoas ao votarem tivessem expressado quem apreciam e quem não apreciam ?
Onde é que isto pára ? Quem é o juíz de alguém ser personagem controversa ou não ? Para os progressistas são quase todos. Para os conservadores quase nenhuns. Quem manda ?
Já agora, o Monte Rushmore é uma glorificação (ovação pública, como disseste) de personagens controversas e ofensivas (não sou eu que digo, nem uns imbecis quaisqueres na internet - são mesmo académicos progressistas). Concordas que, desde que não existam objecções ambientais ou de engenharia, que aquilo seja destruido ? (o dinheiro não seria problema; private funding para isto aparece facilmente).
O Monte Rushmore é equiparável a uma estátua, com proporções ainda maiores.