Está bem. Compreendo que cada um
se interesse pelo que lhe suscita curiosidade
de compreender tudo bem a fundo, i.e., de modo
inteiro, fundado, completo, justo.
Ora bem, e depois? Que interessa isso?
Se não chegamos a uma conclusão, um juízo final,
é pura perda de tempo, o qual é limitado e condicionado.
Explico-me: há por aqui um tema, porventura semelhante
a este do 'politicamente correcto', que dialectiza termos ou não
de 'respeitar outras culturas'. Bah! Que coisa mais sensaborona!
Que comparemos práticas, culturas, conhecimentos diversos,
obviamente, é natural, lúcido, compreensível. Mas, quedarmo-nos
como uns burros, sem hierarquizar lógicas e valores, e não
alcançamos uma opção clara e fundamentada do que
vale a pena, é perfeitamente ridículo.
E ficarmos a 'mastigar' no que não vale meio tostão furado,
no que são atitudes culturalmente inferiores, como
se tivessem o direito a igual dignidade das
que não se lhe comparam, é prova
irrefutável de um relativismo
acéfalo e tão deprimente
quanto a cultura
censurável.