Justamente, não se mede. É esse um dos erros desviantes da absurda predilecção ignorante na comunicação de números, estatísticas disto, daquilo e daqueloutro, sem uma palavra, sem um texto, sem uma observação inteligente.
Então, os da comunicação social, esses são ridículos: meros acessórios de máquinas, botões de dispositivos estandardizados, não são gentes, são periféricos biológicos de automatismos tecnológicos. Uma miséria.
De facto, é preciso dar força à territorialização da política económica; não uma mera municipalização do governo, que é o que Costa e o Rio sabem fazer, gerir câmaras, - mas gerir câmaras nada tem a ver com governar um pais, uma população, um território. Dar competências a municípios é simplesmente esbanjar dinheiro em salários de quadros que não vão fazer nada. É a actividade económica em cada região que fará renascer o Interior e a Raia do nosso país, empregando gente e atraindo-a a fixar-se no território.
Eu gostava de exemplificar com alguma actividade específica em dada região, propor, descobrir um negócio que mostrasse poder prosperar muito mais no Interior do que no Litoral. Sei que o Estado pode muito bem induzir a relocalização de actividades por discriminação positiva de incentivos e instalação de serviços. Mas a força nuclear da movida tem de ser o interesse próprio, a vantagem das pessoas com os recursos locais. Sugestões, precisam-se. E abolição dos desmandos monopolistas da intermediação comercial do campo para a cidade, também.