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Autor Tópico: China - Tópico principal  (Lida 213265 vezes)

Reg

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Re: China - Tópico principal
« Responder #620 em: 2018-02-24 01:51:15 »
se um estado  nacionaliza os negocios de outro estado

secalhar e mesmo para se desentender

e mesmo dar cabo capitalismo e começar comunismo

mas o que querias nacionalizar?

 isto nao tem petrolio nem ouro/materias primas o que e mais nacionalizado hoje em dia....o resto nem esquerditas querem da mais problemas que beneficios 8)



se for algo deste tipo...saúde, educação, comunicações, transportes e bancos  estao quase todos na maos do estado

comunicações ja foram vendidas com acionistas a perderem na PT.....
Bancos o que nao falta candidatos a serem nacionalizados e vendidos
transportes   tirando tap sao bastiao dos comunistas
Saude e educaçao ja sao publicas na maioria por causa da politica nacional publica para povo
« Última modificação: 2018-02-24 02:28:45 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

vbm

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Re: China - Tópico principal
« Responder #621 em: 2018-02-24 09:17:57 »
Globalmente, haverá distinções a fazer, não sei especificar quais.

Mas sei: o território português entre o Litoral e a Fronteira
precisa de tornar-se atractivo para a actividade produtiva.

Assim, toda a política pública que para esse fim contribua
                                                             é bem vinda.

Exº? Scuts regressadas à gratuidade.
Financiamento? Aumentar as portagens no Litoral,
geometrizar o imposto petrolífero nas estações
de abastecimento na razão inversa
da proximidade à Fronteira.

Exº? Diminuição de IRC a todas as actividades
com emprego activo no Interior e na Fronteira.

E por aí fora, bloqueando, no entanto, as perversidades
que o sistema público de incentivos tenda a suscitar
por imaginação criativo-fraudulenta.


meopeace

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Re: China - Tópico principal
« Responder #622 em: 2018-03-02 04:25:37 »
Watch This New Technology in China That Converts Desert Into Productive Land Rich With Crops
! No longer available


meopeace

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Re: China - Tópico principal
« Responder #623 em: 2018-03-07 19:07:29 »
Half the world warned 'Chinese space station will fall on you'
Except you there in the UK: you've got no chance of catching Tiangong-1 debris
By Richard Chirgwin 7 Mar 2018 at 06:04

https://www.theregister.co.uk/2018/03/07/tiangong_1_deorbit_update/


Parece que dentro de 1 mês a Estação chinesa cai e ninguém sabe onde...
O ideal era cair na cidade proibida chinesa para eles aprenderem a não pôr em perigo a vida dos outros...

   :D

meopeace

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Re: China - Tópico principal
« Responder #624 em: 2018-03-23 01:05:55 »
‘Fasten your seat belts’: China hawk
John Bolton replaces McMaster as
Trump’s national security adviser


‘We should also expect an even more confrontational approach to China – a trade war may just be the beginning of a broader geopolitical competition’

PUBLISHED : Friday, 23 March, 2018, 6:39am
UPDATED : Friday, 23 March, 2018, 8:10am




HR McMaster has been replaced by hawkish former UN Ambassador John Bolton as US President Donald Trump’s third national security adviser in 14 months

Bolton, 69, has advocated using military force against North Korea, a tough line with China and closer US ties with Taiwan. He has long been a polarising figure in Washington foreign policy circles.

Bolton joins a Trump national security team that – with the planned replacement of Secretary of State Rex Tillerson by CIA chief Mike Pompeo – is increasingly populated by figures who share Trump’s penchant for exercising US power unilaterally.

Trump made the announcement on Twitter, posting: “I am pleased to announce that, effective 4/9/18, @AmbJohnBolton will be my new National Security Advisor.

“I am very thankful for the service of General H.R. McMaster who has done an outstanding job & will always remain my friend. There will be an official contact handover on 4/9.”

As the State Department’s top arms control official under President George W Bush, Bolton was a leading advocate of the 2003 invasion of Iraq.

That invasion which was later found to have been based on bogus and exaggerated intelligence about President Saddam Hussein’s weapons of mass destruction and ties to terrorism – something Trump himself has been a vocal critic of for years.

In recent years, as a conservative media commentator, Bolton has advocated hardline positions on stopping Pyongyang from getting nuclear weapons that could threaten the United States.

“Bolton has long supported regime change in North Korea and closer ties with Taiwan. Fasten your seat belts,” said Bonnie Glaser, Asia expert at the Centre for Strategic and International Studies, a Washington think tank.

He has also advocated getting rid of the 2015 Iran nuclear deal, a pact Trump has also heavily criticised.

The hiring of Bolton, which does not require US Senate confirmation, came despite concerns by some foreign policy analysts that he might use his position to pursue his own global views, rather than carry out Trump’s.

“Bolton has long been an advocate for pre-emptive military action against North Korea, and his appointment as National Security Adviser is a strong signal that President Trump remains open to these options,” said Abraham Denmark, deputy assistant secretary of defence for East Asia under former President Barack Obama.

“We should also expect an even more confrontational approach to China – a trade war may just be the beginning of a broader geopolitical competition,” he said.

S&P 500 e-mini futures fell 0.33 per cent late following the announcement.

McMaster joined the administration a year ago after Trump fired his predecessor, Michael Flynn, for lying to the vice-president about contacts with Russia.

An Army lieutenant general, McMaster has travelled with Trump to several countries and helped craft the president’s national security approach to North Korea, Afghanistan, Iran and other global hotspots.

Trump and McMaster had also clashed during his tenure, which included the dismissal of several aides from the National Security Council.
Trump publicly rebuked McMaster in February, saying in a tweet that his national security adviser had neglected to defend his 2016 victory when discussing US claims that Russia meddled in the election.

In a statement, McMaster, 55, said he would be retiring from the US Army at the same time as leaving the White House. He thanked Trump and the members of the team, who he said had “worked together to provide the president with the best options to protect and advance our national interests”.

Earlier on Thursday, Donald Trump’s lead lawyer in the defence against special counsel Robert Mueller’s Russia investigation also resigned, while Tillerson complained in a farewell speech that Washington was a “mean-spirited” city.

http://www.scmp.com/news/world/united-states-canada/article/2138520/hr-mcmaster-steps-down-donald-trumps-national

Emini

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Re: China - Tópico principal
« Responder #625 em: 2018-03-23 16:08:44 »
Se a china começa a vender divida dos US ui ui  ::) ::) ::)
The stock market is a device for transferring money from the impatient to the patient." -- Warren Buffett

pedferre

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Re: China - Tópico principal
« Responder #626 em: 2018-03-23 16:15:01 »
Desvaloriza a moeda o que parece que o Trump também quer.
De qualquer modo estava ontem a ver o defice comercial do EUA com a China é abismal.
A China exporta perto de 500 mil milhões para os EUA, e os EUA apenas exportam um pouco acima de 100 mil milhões para a China, pelo que o buraco o ano passado foi de perto de 370 mil milhões.
E todos os anos o buraco tem crescido de valor.
« Última modificação: 2018-03-23 16:16:06 por pedferre »

Kin2010

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Re: China - Tópico principal
« Responder #627 em: 2018-03-23 21:11:28 »
Desvaloriza a moeda o que parece que o Trump também quer.
De qualquer modo estava ontem a ver o defice comercial do EUA com a China é abismal.
A China exporta perto de 500 mil milhões para os EUA, e os EUA apenas exportam um pouco acima de 100 mil milhões para a China, pelo que o buraco o ano passado foi de perto de 370 mil milhões.
E todos os anos o buraco tem crescido de valor.

Se fosse ao contrário e os EUA tivessem superavit, e houvessem críticos a apontar-lhes o dedo por isso, veríamos todos os responsáveis americanos e´+ todos os comentadores financeiros em coro a ridicularizar essa crítica e a dizerem que esse superavit era o reflexo das forças do mercado, e logo era ridículo e "comunista" criticá-lo. ;D


Vimeiro

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Re: China - Tópico principal
« Responder #628 em: 2018-03-23 21:23:56 »
Desvaloriza a moeda o que parece que o Trump também quer.
De qualquer modo estava ontem a ver o defice comercial do EUA com a China é abismal.
A China exporta perto de 500 mil milhões para os EUA, e os EUA apenas exportam um pouco acima de 100 mil milhões para a China, pelo que o buraco o ano passado foi de perto de 370 mil milhões.
E todos os anos o buraco tem crescido de valor.

Secalhar a China tem mais a perder

Reg

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Re: China - Tópico principal
« Responder #629 em: 2018-03-23 21:35:53 »
Se USA tivessem  superavit  o trump nem era presidente...
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Raposo Tavares

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Re: China - Tópico principal
« Responder #630 em: 2018-04-08 10:04:25 »
https://www.youtube.com/watch?v=u7hZ9jKrwvo

Tem-se falado muito, na blogosfera portuguesa mais à esquerda e em alguns meios americanos, do jogo do frango que os Estados Unidos, sob a batuta do presidente Trump, parecem ter iniciado com a China.

Este jogo foi popularizado no filme 'The Chicken Game' em que James Dean e os seus colegas actores nos dão uma imagem muito violenta de uma juventude americana pós WWII, a que se chama muito comummente 'Baby boom generation'. Esta juventude, desorganizada em termos de objetivos de vida e de valores, procura preencher as suas existências com desafios vazios como o já citado 'chicken game'. Neste jogo, como se pode ver no trecho de filme acima, dois contendores fazem avançar os seus automóveis a grande velocidade na direção de uma falésia. Perde a aposta o que mais rapidamente sair do automóvel, o mais cobarde... o 'chicken' da contenda.

Não nos parece que seja esta a imagem mais apropriada para a contenda diplomática e comercial entre chineses e americanos. Recorrendo à imagem do 'jogo do frango', a situação assemelha-se a uma corrida sobre brasas na qual o carro americano pisa sobre uma parte da pista com as brasas mais vivas e, portanto, arde há mais tempo. Nestas circunstancias, saltar a meio da corrida, pode ser uma forma de reparar o bólide para repor alguma justiça no desafio. Trata-se de uma corrida em que um dos competidores já parte a perder. Uma coisa mais parecida â final do Campeonato do mundo de futebol de 1954.



Como se pode ver nas imagens acima, a Hungria entrou decidida no jogo e disposta a fazer valer  seu favoritismo face à Alemanha. Aconteceu que a Alemanha venceu, Segundo muitos, as 'armas' das equipas em presença não eram iguais. Os Alemães, comprovadamente, apostaram no Campeonato para fazer subir a auto-estima alemã e, para além de tempos de estágio mais longos, de novas metodologias de treino e de umas botas de futebol inovadoras fabricadas pela Adidas, recorreram, ao que alguns dizem, a anfetaminas a que chamavam reforços de vitaminas.

A verdade é que, tal como o desafio entre a Hungria e a Alemanha Ocidental, o desafio entre os Estados Unidos -e já agora, o mundo ocidental- e a China não se realiza tendo os jogadores as mesma armas, ou por outra, o mesmo equipamento. Recordamos aqui a atenção que os Chineses estão a dar a compras de empresas com recursos e conhecimentos tecnológicos fora da China e à ausência de qualquer reciprocidade quanto à possibilidade de empresas estrangeiras poderem entrar no seu território para comerciarem e exercerem a sua atividade livremente.

A China, aliás, não esconde as suas pretensões de se assumir como um país de referência em termos de Inteligência Artificial, de auto mobilidade eléctrica, de energias renováveis, e de tecnologias de informação e de comunicação. Para o fazer (e fá-lo desde há pelo menos duas décadas) não tem hesitado em colocar em causa o estabelecido pela OMC.

Neste blog, a propósito dos metais e terras raras, já referimos o boicote encapotado que este país já fez no início do século XXI a atores como a França e o Japão. Noutro post, é ainda falado na possibilidade de estes dois países poderem vir aliar os seus esforços em termos de IA).

É ainda verdade que a política chinesa face a reivindicações sindicais é semelhante à sua política face a reivindicações nacionais: total repressão e total inflexibilidade.

A China é um país com uma economia altamente planificada e com um poder central omnipresente tutelado (muita gente se esquece disso) pelo 'sacrossanto' Partido Comunista.

Mas a China é, também, em larga medida, um tigre de papel. No seu conhecido blogue , Timothy Taylor publicou um post que aconselho veementemente a ler. Do que escreveu retiro e traduzo (como posso, coitado de mim...) os seguintes excertos:

<h3 class="post-title entry-title">Preocupações com a China: Ecos do Japão e da União Soviética</h3>
<div class="post-header"></div>
<div id="post-body-6233184549132701845" class="post-body entry-content">Parece haver um medo constante na psique dos americanos de que uma economia baseada num planeamento governamental intensivo inevitavelmente superará uma economia americana que carece de tal grau de planeamento central. Lembro de ter encontrado, pela primeira vez, esse medo em relação à União Soviética, que era muito temida como uma concorrente económica para os EUA entre os anos 30 e os anos 80. Algures nas décadas de 1970 e 1980, o medo dos EUA face às economias centralizadas foi transferido para o Japão. Nos últimos anos, esses receios parecem ter sido transferidos para a China.</div>
>[...]

Parece-me que a China tomou agora o lugar da Rússia e do Japão, e muitos dos termos usados ​​por Lindsey e Lukas para descrever atitudes em relação ao Japão se encaixam perfeitamente nos argumentos actuais sobre a China. Com efeito, tornou-se bastante comum ouvir alegações de que a China pratica "capitalismo interno dirigido pelo Estado", que a China estabelece "relações estreitas entre executivos de negócios, banqueiros e funcionários do governo" que a China pratica "a alocação estratégica de capital por meio de um sistema bancário rigidamente controlado". "e que a China não está jogando pelas regras normais do capitalismo ocidental". Como já ocorrera face ao Japão dos anos 90 e 80, agora argumenta-se que a única maneira de lidar com o comércio entre a China e os EUA é com acordos baseados em resultados ou comércio por objetivos.

É claro que o fato de esses argumentos e previsões muito semelhantes se terem mostrado incorretos com a União Soviética e com o Japão não prova que eles estejam incorretos em relação à China. Mas devemos levantar algumas questões.

Vale a pena lembrar que, de acordo com o Banco Mundial , o PIB per capita dos Estados Unidos é de US $57.600 em 2016, comparado com os US $38.900 no Japão, os US $8.748 na Federação Russa e os US $8.123 na China.

A economia da China tem crescido rapidamente nas últimas décadas e tem a possibilidade de continuar crescendo rapidamente no futuro. É também uma economia que enfrenta vários desafios:
<ul>
   <li>um aumento extraordinário da dívida corporativa nos últimos anos ;</li>
   <li>um risco de bolha própria de preço da habitação ;</li>
   <li>as dificuldades inerentes à mudança de paradigma entre uma economia impulsionada pelo investimento para uma economia impulsionada pelo consumo ;</li>
   <li>envelhecimento da população  criando uma possibilidade real de que a China envelheça antes de enriquecer.</li>
</ul>

Citando um outro autor diz-nos ainda o conhecido blogger:
Kenneth Rogoff escreveu recentemente um editorial sobre o tema "A China realmente suplantará a hegemonia económica dos EUA?" Sublinhando que, para um país com uma força de trabalho extremamente grande, como a China, o aumento da robótica pode ser especialmente perturbador, acrescenta:
<blockquote class="tr_bq">"O rápido crescimento da China tem sido impulsionado principalmente pela recuperação tecnológica e pelo investimento. Os ganhos da China ainda vêm em grande parte da adoção da tecnologia ocidental e, em alguns casos, da apropriação da propriedade intelectual. Na economia dos anos vinte deste  século XXI, outros factores, incluindo o avanço do estado de direito, o acesso à energia, à terra arável e a água limpa também se podem tornar cada vez mais importantes. A China está seguindo o seu próprio caminho e pode ainda provar que sistemas económicos centralizados podem impulsionar o desenvolvimento para além do que se poderia imaginar, e vir a transformar-se em mais do que simplesmente um país em crescimento de renda média. Mas o domínio global da China não é a certeza predeterminada que tantos especialistas parecem assumir. "

A economia dos EUA tem sua parcela total de desafios e dificuldades, muitos dos quais têm sido relatados no blog repetidamente nos últimos anos. Mas o medo de que a economia dos EUA seja logo ultrapassada por um país usando uma receita que consiste em altos níveis de investimentos direccionados pelo Estado e práticas comerciais desleais não funcionou no passado. Talvez as energias dos formuladores de políticas electrónicas dos EUA devam ser menos focadas em preocupações sobre ameaças externas e mais focadas em como fortalecer a produtividade e a competitividade dos EUA.
Ora, para além dos acima citados desafios e dificuldades que se levantam à economia chinesa, gostaria ainda de acrescentar uma enorme desvantagem da China face ao Ocidente: a incapacidade para atrair mão de obra especializada e qualificada estrangeira. Esta dificuldade, numa sociedade que, fruto da política dos filhos únicos dos anos 70 e 80, envelhece de forma acelerada pode vir a constituir-se num obstáculo decisivo para o desenvolvimento chinês.

Face ao que já ficou dito, é bom sublinhar ainda que correm por todo o lado argumentos pouco esclarecidos que atiram todos os trunfos desta guerra para as mãos da China. Cito 4 falácias face ao poder da China para resistir a restrições americanas:

1.- A China tem em seu poder uma enorme quantidade de divída pública americana.

Sendo verdade, não vejo em que é que este facto pode condicionar apenas os americanos. Será sempre uma arma que se pode usar uma única vez e uma venda ao desbarato não acautelaria de forma nenhuma os interesses chineses.

2.- A China fabrica a maioria dos componentes das multinacionais americanas e pode perfeitamente boicotar a sua exportação.

Verdade. E podem constituir-se como magníficos ativos ociosos em território chinês. Seria o tempo de os americanos encontrarem outros fornecedores de componentes.

3.- O boicote aos produtos agrícolas americanos será uma bomba entre os 'red necks'. De uma assentada os chineses atordoam a principal base e apoio de Trum.

O Trump pode sempre subsidiar os seus agricultores... Os chineses ver-se-ão a braços com uma inflação doida e atirarão fora o anos que passaram a organizar-se em termos financeiros para que a sua moeda fosse aceite em paridade de circunstancias com outras moedas de economias avançadas.

4.- Muitas das sanções americanas prejudicam mais os seus aliados do que afetam os chineses. O caso dos metais, por exemplo.

É verdade. Aqui no blogue já foi feito um post sobre essa situação.

Devemos ter presente que para além das razões económicas, há fortes questões geoestratégicas por detrás desta atitude americana. Os Estados Unidos querem mesmo fazer frente ao poder crescente da China no mundo. Frenar a ascensão da China face ao mundo, reduzindo a sua capacidade de somar pontos nas tecnologias de ponta e obrigá-la a jogar com os mesmos dados e no mesmo tabuleiro de todos os outros jogadores pode bem vir a ser uma tarefa difícil que deve ser realizada enquanto é apenas difícil. Daqui por uns anos esta poderia vir a ser uma missão muito, muito difícil... ou impossível.

In: https://raposotavaresbolsaemercados.wordpress.com/2018/04/07/rebel-without-a-cause
'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche

"O ar quando não é poluído, é condicionado."
in: Jô Soares (conhecido humorista brasileiro)

vbm

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Re: China - Tópico principal
« Responder #631 em: 2018-04-08 10:15:35 »
a flexibilidade táctica de trump(as)
deve vencer a rigidez metódica da china.

Imagino.

JoaoAP

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Re: China - Tópico principal
« Responder #632 em: 2018-05-11 13:35:46 »
Novos métodos...


Citar
A montanha Yaji, no sul da China, está a começar a receber uma nova forma de produção de animais. Em alternativa às quintas, a empresa agrícola privada Guangxi Yangxiang começou a utilizar edifícios de vários andares para criar porcos.

...

O local onde estão a ser construídos estes edifícios fica perto de Guigang, cidade com um porto fluvial e ligações para o Delta do Rio das Pérolas [Zhu Jiang], uma das regiões mais povoadas do mundo. E esta é uma vantagem: mais rapidamente a carne fresca chegará às maiores cidades da China — e com segurança alimentar garantida.



Está previsto que Yanxiang, na sua área de 11 hectares, produza cerca de 840 mil porcos por ano, pelo que este será o maior espaço de produção a nível global.

Outras províncias da China estão a começar a seguir este método. Por exemplo, estão planeados dois edifícios de cinco andares em Nanping e outros em Fujian.

Especialistas alertam para a propagação de doenças, produtores defendem-se com características do edifício e método de trabalho

Totalizando um investimento de cerca de 500 milhões de yuans (aproximadamente 66 milhões de euros) só em infraestruturas, este tipo de construção implica um maior cuidado em vários aspetos, nomeadamente na questão da saúde animal.

O risco de doenças — bastante presente no setor pecuário chinês — aumenta tendo em conta a concentração de um grande número de animais no mesmo edifício.

...
sapo.pt


meopeace

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Re: China - Tópico principal
« Responder #633 em: 2018-05-23 12:08:30 »
How China acquires ‘the crown jewels’ of U.S. technology
http://www.scmp.com/news/china/diplomacy-defence/article/2147288/how-china-acquires-crown-jewels-us-technology

Is China’s investment in infrastructure projects driving Western Balkan nations into debt?
http://www.scmp.com/news/china/diplomacy-defence/article/2147293/chinas-investment-infrastructure-projects-driving


Artigos que expressam o receio de que a China seja um enorme polvo em crescimento...
Que procura destituir a supremacia dos EUA e assumir-se como o Estado mais poderoso do globo...

Um dia quando acordarmos teremos os nossos olhos como os chineses...
Por daqui a muitos anos...

   ;D

meopeace

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Re: China - Tópico principal
« Responder #634 em: 2018-05-25 19:43:34 »
Trump Administration Tells Congress it Has Deal to Revive ZTE
https://www.nytimes.com/2018/05/25/us/politics/trump-trade-zte.html?partner=rss&emc=rss


O Trump devia era ir Governar a China: lá tem plenos poderes.
Lá não tem um Senado que lhe troca as voltas.

A ZTE é o ponto das discórdias.

   :)

meopeace

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Re: China - Tópico principal
« Responder #635 em: 2018-05-28 11:53:05 »
Taiwan squeezed as Beijing and Burkina Faso start diplomatic ties
http://www.scmp.com/news/china/diplomacy-defence/article/2147939/taiwan-squeezed-beijing-and-burkina-faso-start


A China aprendeu com os EUA:

1) Isolar progressivamente Taiwan nas relações diplomáticas com os outros Estados através de acordos de economia...
2) Pressionar continuamente Taiwan através do poder militar crescente...

A pouco e pouco os Estados que tinham relações diplomáticas com Taiwan, deixam de as ter.

Taiwan politicamente livre e democrática está condenada.
É uma questão de anos até ocorrer uma valente operação militar para reassumir a soberania de Taiwan por parte da China.

Nessa altura os EUA irão abandonar Taiwan porque os prejuízos militares e económicos de uma guerra com a China serão mais elevados do que não apoiar e defender Taiwan de um regime de partido único de matriz totalitário.

Os Taiwaneses irão sentir-se traídos pelos EUA que afinal não os protegeram no dia "D".

meopeace

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JoaoAP

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Re: China - Tópico principalHá
« Responder #637 em: 2018-08-23 16:48:35 »
Já se sabia que os produtos chineses, fornecem informações ao goveno e alguns do US also...vai dai..:

Huawei e 5G - produtos interditos para entrar na Austrália.

Citar
A China e a Austrália estão em rota de colisão, depois de Camberra ter impedido a chinesa Huawei de fornecer equipamento para a rede de comunicações móveis de quinta geração (5G), por considerar que constitui um risco para a segurança nacional.

Em comunicado, o governo australiano afirma que os regulamentos de segurança nacional normalmente aplicados às operadoras de telecomunicações serão estendidos aos fornecedores de equipamentos.

Justifica a decisão dizendo que empresas “que provavelmente estão sujeitas a instruções extrajudiciais de um governo estrangeiro” deixariam a rede do país vulnerável a acessos não autorizados ou interferências, e representariam um risco de segurança.

A Huawei tinha garantido que nunca entregaria dados de clientes australianos a agências de informação chinesas, mas o Governo de Camberra respondeu que nenhuma combinação de controlos de segurança mitigaria suficientemente o risco de que isso acontecesse.

Em resposta, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês declarou já a “grande preocupação” de Pequim com o sucedido e pediu à Austrália que retroceda na sua decisão.

“Pedimos à Austrália que abandone o seu preconceito ideológico para criar um ambiente saudável para a cooperação justa das empresas chinesas”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang, numa conferência de imprensa.

A China acusa a Austrália de tentar encontrar “desculpas” para levantar barreiras às empresas chinesas.

A lei chinesa exige que organizações e cidadãos apoiem e cooperem com o trabalho de inteligência, que, segundo analistas, podem tornar o equipamento da Huawei um canal de espionagem.

“É o que se obtém quando tem a estratégia de uma empresa chinesa está alinhada com o governo chinês”, disse John Watters, vice-presidente executivo e diretor de estratégia corporativa da empresa de segurança cibernética FireEye, citado pela agência de notícias Reuters.
economico.sapo.pt

Com tantas guerras comerciais envolvendo a China, mesmo assim ela é... será a maior potência mundial.

pedferre

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Re: China - Tópico principalHá
« Responder #638 em: 2018-08-23 17:00:28 »
Já se sabia que os produtos chineses, fornecem informações ao goveno e alguns do US also...vai dai..:

Huawei e 5G - produtos interditos para entrar na Austrália.

Citar
A China e a Austrália estão em rota de colisão, depois de Camberra ter impedido a chinesa Huawei de fornecer equipamento para a rede de comunicações móveis de quinta geração (5G), por considerar que constitui um risco para a segurança nacional.

Em comunicado, o governo australiano afirma que os regulamentos de segurança nacional normalmente aplicados às operadoras de telecomunicações serão estendidos aos fornecedores de equipamentos.

Justifica a decisão dizendo que empresas “que provavelmente estão sujeitas a instruções extrajudiciais de um governo estrangeiro” deixariam a rede do país vulnerável a acessos não autorizados ou interferências, e representariam um risco de segurança.

A Huawei tinha garantido que nunca entregaria dados de clientes australianos a agências de informação chinesas, mas o Governo de Camberra respondeu que nenhuma combinação de controlos de segurança mitigaria suficientemente o risco de que isso acontecesse.

Em resposta, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês declarou já a “grande preocupação” de Pequim com o sucedido e pediu à Austrália que retroceda na sua decisão.

“Pedimos à Austrália que abandone o seu preconceito ideológico para criar um ambiente saudável para a cooperação justa das empresas chinesas”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang, numa conferência de imprensa.

A China acusa a Austrália de tentar encontrar “desculpas” para levantar barreiras às empresas chinesas.

A lei chinesa exige que organizações e cidadãos apoiem e cooperem com o trabalho de inteligência, que, segundo analistas, podem tornar o equipamento da Huawei um canal de espionagem.

“É o que se obtém quando tem a estratégia de uma empresa chinesa está alinhada com o governo chinês”, disse John Watters, vice-presidente executivo e diretor de estratégia corporativa da empresa de segurança cibernética FireEye, citado pela agência de notícias Reuters.
economico.sapo.pt

Com tantas guerras comerciais envolvendo a China, mesmo assim ela é... será a maior potência mundial.
Potência agricola não é nem nunca vai ser, uma vez que não é auto-suficiente a nível alimentar (nem me parece que algum dia tenha condições para o ser), ao contrário dos EUA, Rússia, entre outros.
Mas por exemplo também não são o Japão, Coreia do Sul, entre outros.

P.S: Para já, e a par com a India, a China é a uma superpotência a nível de poluição :)
« Última modificação: 2018-08-23 17:05:45 por pedferre »

gaia

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Re: China - Tópico principal
« Responder #639 em: 2018-08-24 00:19:49 »
O raciocínio do Raposo , é bastante interessante , mas a guerra já estava instalada antes do consulado do Trump , como episódio do avião espião , e já vai uns bons anos .....
A China sempre foi ameaçada nas fronteiras pelas potências a Àsia central , e Gengis Khan , Tamerlão ,etc . Mas o seu problema principal , sempre foi interno , no século XV com os navios de de tesouro de  Zheng He , o mundo vê a maior frota naval de todos tempos em tonelagem e tecnologia , e pouco tempo depois a China entra em convulsões internas , e todo o projecto de expansão e de tentativa de cobrança de tributos , colapsa .
Atualmente a China está a fazer a segunda tentativa de projectar o seu poder , e desafiar a potência líder ( USA ). Há poucos anos durante a revolução cultural , houve muitos tumultos , e com centenas milhares de mortes , mais recentemente a revolta na praça de Tiananmen.
A fragilidade da China é interna .... ;)
Reparem que a guerra já está nas comunicações no G5... ???

http://www.perfil.com/noticias/bloomberg/bc-para-australia-la-tecnologia-g5-es-mas-vulnerable-a-los-hackers.phtm