saudações.
Em primeiro lugar deixar agradecer a deus por ainda haver alguém neste fórum que tenha dois dedos de testa que não tenham sido banidos/debandado/curvado a cerviz a esta cambada ignorante.
19,4 avaliado pelos teus pares no público.
não venhas com "ignorancia" e com "QI" quando estás a falar com pessoas que provavelmente têm um QI superior ao teu e têm conhecimentos superiores aos teus.
Relativamente ao que dizes:
1- Leio o JPP há anos e gosto de muitas análises politicas que faz. tenho aprendido com ele a coisa politica. Mas isso não significa que concorde sempre com ele e goste de todas as suas opções culturais ou mesmo politicas.
Europa
2-Introduzi o Thread com um artigo dele mas depois faço leituras minhas. Completamente independentes. As leituras que faço baseiam-se em factos : ver os artigos que linkei que demostram que a extrema direita está a avançar em muitos países da Europa. Ainda não são a maioria mas são factos: os partidos de direita estão a subir nas sondagens e os argumentos não são exclusivamente contra os imigrantes islâmicos que fogem da guerra. Eu diria que a argumentação se baseia na ideia de que se há poucos recursos esses devem ser consumidos pelos nacionais. A tendência anti-europeista está na Áustria, na França, nos países do Norte... e os países periféricos, os do Sul (PIGS) são vistos como intrusos, preguiçosos, desorganizados...etc.
Com um QI tão elevado, devias logo saber que "as leituras" apontam logo para uma opinão e não para uma verdade absoluta. Dizeres que são leituras que fazes dos "factos" não significa que a conclusão que tiraste esteja certa só por si. Eu consigo ver que 3 + 3 é >3, o que não quer dizer que sejam 9. As tuas "leituras" são isto mesmo.
Eu acho natural que a extrema-direita esteja a avançar por diversos factores. Um deles é os emigrantes - sendo que as restantes áreas politicas são a favor de emigrantes e os mesmos estão a dar problemas, é natural que a reacção seja de protecção - no voto de quem é contra a emigração. Nota que votar nesta extrema-direita não significa votar em "neo-liberais" (coisa que nem sabes definir).
A pergunta é: porque é que ao fim de décadas de receberem dinheiro às pazadas, os países do sul conseguem ter os Estados endividados até ao tutano e com obras não produtivas que são 100x melhores do que a que se encontra na Europa desenvolvida. O exemplo mais óbvio é a qualidade das auto-estradas portuguesas quando comparadas com as do UK. UK contribuinte liquido, tem auto-estradas muito piores que as Portuguesas.
Seguidamente, embora tenham recebido fundos e mais fundos e mais fundos, conseguem a proeza de desbaratar tudo e ir à falência.
A analogia é simples - tu tens uma amiga que é pobre. Tu decides pagar-lhe os estudos, a alimentação e parte da casa. Essa pessoa aproveita o dinheiro que lhe deste e constroi uma casa com uma piscina enorme que não precisa em vez de gastar nos estudos. Fica sem dinheiro para pagar o IMI socialista e vem chorar que não tem dinheiro e que deve ao construtor muito dinheiro e que não tem forma de pagar. Tu vais ao banco e pedes um empréstimo (a uma taxa mais baixa) e emprestas à tua amiga a uma taxa muito inferior à que o banco lhe emprestava e impões que ela gaste o dinheiro no estudo e que venha a piscina. Ela vira-se e diz que és uma exploradora porque pediste emprestado a 1% mas emprestas a 3% e não vê que se não fosses tu, o banco emprestava-lhe a 10% e ficava-lhe com metade da casa.
3- O aparente bem-estar na UE foi construído no pós-guerra, por aqueles que sonhavam com uma Europa Unida e solidaria. Onde vai isso? Atualmente há que ver a força dos não alinhados, dos BRICS desse mundo cada vez mais global. A ideia de que a Europa serve de modelo à escala global tem de ser revista. E a tendência dos povos é fazer estalar o BCE e todo o Euro. O que tenho escrito neste thread é uma tentativa de pensamento para contrariar isto mesmo. Tenta ler mais posts meus abstraindo o lixo que o atravanca.
Essa é a conversa de quem não tem um QI muito elevado... Sim, sonhavam com uma "Europa Unida e solidária", mas como em tudo, se tiveres sempre a dar dinheiro a um drogado e o gajo for gastar dinheiro na droga, a tua solidariedade acaba. Ou se estiveres na rua, deres dinheiro a um "sem-abrigo" para uma refeição e ele for ao supermecado comprar uma garrafa de vinho. Solidariedade não significa ter de suportar parasitismo. Aliás, o problema da Europa é que quem está a ser parasitado, está a dar conta que o bêbado vai comprar alcool, em vez de comprar uma refeição. Está a ver que o bêbado não quer saber da desentoxicação para nada e muito menos quer saber do dia de amanhã - o que interessa é ter dinheiro para a "felicidade alcoolica" do dia seguinte.
Novamente, 19,4 , 8º a entrar no curso de medicina na UL, com tomates para deixar o país e vir construir a vida no estrangeiro, ao contrário de quem vive na mama do estado português numa das profissões mais beneficiadas do funcionalismo público (especialmente os mais antigos que chegam a ter 14 ou 16 horas de horario lectivo) e que não saberia como sobreviver fora disso.
Portugal
1- PPCoelho tende ao neoliberalismo que tem a sua expressão máxima na aceitação acrítica da direita europeia. o que leva ao extremismo. Ele defende que a crise tem de ser paga pelos funcionários públicos exacerbando o ódio dos privados contra estes. É a politica de direita que defende que o Estado deve ser reduzido ao mínimo de forma completamente ilógica. vejam-se os casos de financiamento de escolas privadas ao lado de públicas. Vejam-se os casos de transportes estratégicos para o pais a serem privatizados.
Chamar neo-liberal ao Passos Coelho é no mínimo ignorancia. O Paços pode ser mais liberal do que os anteriores governos (o que não faz dele um neo-liberal), no entanto muitas das politicas que tomou, tomou porque assim foi obrigado. A conversa dos funcionarios privados vs públicos tem a sua razão de ser. Diz-me em que empresa privada é que se tem funcionários que nao são necessários ano após ano após ano e a pagar-lhes o salário por completo? (vide os professores com salário 100% e horario zero em anos sucessivos). Parte do problema está na falta de capacidade para por muitos funcionários que nao sao necessários no olho da rua (com as devidas indemnizações). Se o trabalho que exerciam deixou de existir, têm de arranjar novo emprego. O mesmo se passa com empresas públicas - regalias atrás de regalias, porquê? Porque o dinheiro há-de vir de algum lado - não há ninguém responsável nem a meter o dinheiro do bolso directamente. Continua-se a considerar o "estado" como uma personalidade abstracta que gera dinheiro do "ar".
No extremo teremos de começar a pagar pelos serviços básicos: educação, saúde, policia... Eu não quero isso para mim ou para a minha família.
Não sei se já reparaste... mas tu já pagas isso com os teus impostos... Bem dizia eu que talvez com umas aulas minhas o teu QI aumentasse.
O que se trata de fazer é de fomentar concorrência em determinadas áreas (como por exemplo a educação) para que as diferentes escolas tenham de competir pelo financiamento do estado - quer através de serem eficientes com os recursos que gastam (para terem lucro) quer para atrair alunos (ou seja, pela qualidade). A visão de um serviço público de educação é "não nos precisamos de preocupar com melhorar a nossa eficiência, qualidade ou nada porque no fundo "o estado paga o mesmo" quer façamos 1000 quer façamos 1.
E não esquecer que os bancos não foram saneados por opção politica...ou outra, não sei.
Então, se não sabes, porque o afirmas? Que argumento é este?
Num pais onde a corrupção dá cartas, não me surpreende que estivessem mais interessados em sustentar vícios privados...em troca de investimento.
Num país liberal a sério, sendo que o Estado tem menos poder para interferir no negócio privado, a corrupção tenderá a ser menor porque o estado tem menos por onde gastar. Depois juntas coisas tão diferentes como "investimento" "corrupção" "sustentar vicios privados" numa frase que quase que parece que estás a escrever mais do que lixo... O tema investimento não pode ser abordado de uma forma tão básica com uma ideia que o investimento existe porque há corrupção para sustentar vicios privados. Um privado faz um investimento para ganhar dinheiro - pode fazê-lo de uma forma corrupta ou pode fazê-lo porque acha que vai ter retorno com o investimento que faz. Por exemplo, no UK vale a pena investires £1 milhão num centro de saúde, porque vais receber de acordo com o numero de pacientes que vês, o tratamento que ofereces, controlas os empregados que tens e no fim, sabes que o estado vai pagar certinho no final do mês aquilo que tu fizeste. Sem corrupção - o pagamento é tabelado e todos sabem quais os valores e quanto podem ganhar se forem eficientes e com qualidade. Em Portugal, o que se quer é sistemas em que o serviço seja uma porcaria, se se tem instalações a cair de podre não interessa, os empregados não interessam se são excelentes ou medíocres - depois de lá estarem, ninguem os tira de lá - e é bom porque é "público".
A sobretaxa não foi uma redistribuição justa porque uma pessoa com 1500 euros brutos, com cortes, não tem dinheiro suficiente para viver dignamente. (além de que não tem como escapar aos impostos como acontece com os do privados que têm sempre esquemas na economia paralela).
A sobretaxa foi para todos. A redução salarial foi só para os FPs.
Independentemente disso, os que fogem aos impostos, fogem porque podem e continuam a fugir independentemente do valor do imposto, a não ser que tenhas medidas que os obriguem a não fugir - tipo dar um pequeno incentivo para que toda a gente queira a factura de um restaurante ou de um cabeleireiro...
Aqueles que não podem fugir no privado, também pagam impostos.
É natural que a redução salaria seja aplicado aos FPs. Aliás, a ineficiência da FP deve ser paga pela própria função pública. A forma correcta de tratar do assunto era correr com quem está a mais e tornar a mesma mais eficiente para que se gaste menos para a mesma produtividade... mas infelizmente em Portugal, pensar em despedir um FP é como pensar em matar uma vaca sagrada... e daquelas que voam. O que interessa que tenham de estar 10 pessoas à volta de um computador literalmente 10 minutos num SF a tentar mudar um parâmetro que nenhuma das pessoas faz a minima ideia como mudar - é interessante e muito produtivo!
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Costa mantem os impostos mas aplica-os a todos - é mais justo. Não significa que a economia melhore mas pelo menos não estigmatiza nenhuma classe social.
Mas bem, em relação a Portugal estou a observar... este thread é sobre a Europa.
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Tens um sentido de justiça não raro, mas especial. Justo era despedir quem tem de ser despedido e aumentar a produtividade de quem trabalha na empresa estado. Assim sim, seria justo para os trabalhadores dessa empresa receberem o mesmo que os outros e não a palhaçada que se passa na FP em Portugal - em que trabalhes bem, trabalhes mal, recebes o mesmo.