O problema mais difícil de resolver é o controlo das externalidades negativas. Qual a melhor maneira de impedir/penalizar a poluição atmosférica ou dos oceanos?
A abordagem dos libertários mais moderados, em termos de poluição atmosférica é encarar isso como agressão (o chamado trespassing que, neste caso, em vez de ser alguém a entrar em nossa casa é ar poluído a entrar dentro do nosso corpo).
A proposta que fazem é:
1. Definir a altura (em metros) a que essa poluição pode ser expelida
2. Definir qual o nível de poluição que é inócua
Com base em 2. leiloar essa quota de poluição.
O Rothbard, que era libertário radical que se concentrava na questão filosófica daquilo que é correcto e não das suas consequências, defendia que qualquer pessoa pudesse pedir uma injunção contra um poluidor, independentemente do nível de poluição. No limite podia impedir os automóveis se este for um agente poluente.
E depois temos os liberais, que são mais práticos. O Friedman defendia que não seja um burocrata a dizer os filtros que um carro deve ter ou as emissões que pode produzir ou os requisitos que uma máquina industrial deve obedecer, mas sim aplicar um imposto sobre a poluição, tanto mais elevado consoante o nível de poluição.
Se isto tivesse sido praticado desde o principio, toda a evolução tecnológica teria sido com base em indústria mais limpa, carros menos poluentes, etc. Nos dias de hoje é impraticável mudar de um dia para o outro, claro.