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Autor Tópico: Como enfrentar a queda do Euro  (Lida 19396 vezes)

JoaoAP

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #20 em: 2012-07-27 01:52:08 »
Porque nunca referem a Noruega ou Suécia? Não são seguros?

tiagopt

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #21 em: 2012-07-27 08:56:48 »
Porque nunca referem a Noruega ou Suécia? Não são seguros?

Provavelmente pq são geograficamente distantes no caso de ter de se ir la fisicamente
Surfar a Tendência - Se a semana tivesse 5 dias, o blog tinha actualizações diárias...

Pedro.J50

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #22 em: 2012-08-01 13:27:41 »
Obrigado pelas respostas.
Concluo assim que uma das sugestões apresentadas é a de deter titulos de acções estrangeiros, titulos defensivos cuja cotação resista a depressões ou crises.


1- Investir em acções estrangeiras.

1-1 - É fácil comprar esses titulos  de acções através de conta em bancos portugueses ?

1- 2- Existindo uma convulsão grande na economia dos paises  em que operam as empresas de que temos acções, essas acções não podem perder bastante valor  ?

1-3 - Porque não investir num simples fundo de investimento de acções  ( ou acções e obrigações ) de paises fora da zona euro ?


2  Fundo investimento imobiliário -

E investir em fundo de investimento imobiliário  ?
Segundo li  após uma ruptura do Euro o imobiliário perderia  valor , mas talvez com o tempo recuperasse.
Investir num fundo imobiliário não seria  garantia contra inflação ? ( Tipo fundimo da CGD  ou imofomento do BPI )


Obrigado pelas vossas respostas.

Segundo li na internet creio é possível abrir conta no estrangeiro através de um banco com sede em Portugal.
Mas caso o Euro se desfaça como trazer o dinheiro de volta a POrtugal ? Quais os custos que isso acarretaria ?

Vamos continuar a debater este tópico porque o futuro é muito incerto.

Jean Claude Juncker afirmou que a europa chegou a ponto crucial.

http://www.euroxpress.es/index.php/noticias/2012/7/30/jean-claude-juncker-hemos-llegado-a-un-punto-crucial/

Incognitus

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #23 em: 2012-08-01 13:33:13 »
Investir em acções estrangeiras só diminui um pouco o risco, se elas continuarem a estar depositadas em Portugal. Sim, é fácil adquiri-las a partir de Portugal.
 
Investir em fundos de acções estrangeiras seria mais ou menos equivalente a investir nas acções.
 
As acções podem perder valor por muitos motivos diferentes, especialmente temporariamente.
 
De todos os riscos, apesar de tudo o da quebra do euro parece-me o menor. O de sairmos do euro seria maior que esse, mas também ainda não me parece desmesurado.
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hermes

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #24 em: 2012-08-01 13:51:22 »
2  Fundo investimento imobiliário -

E investir em fundo de investimento imobiliário  ?
Segundo li  após uma ruptura do Euro o imobiliário perderia  valor , mas talvez com o tempo recuperasse.
Investir num fundo imobiliário não seria  garantia contra inflação ? ( Tipo fundimo da CGD  ou imofomento do BPI )

Depende de onde estiver o imobiliário, mas no ocidente não me parece uma boa escolha.

Vejamos de onde viemos:

Citar
A maior e mais expandida geograficamente bolha imobiliária fundada em crédito ultra barato.

Vejamos para onde vamos:

Citar
Continuação do bay bust no ocidente. Baby boomers a precisarem de realizar capital com a venda de habitações, seja segundas habitações, seja para mudar para casas mais pequenas. Dificulades de acesso ao crédito e novos e mais elevados rácios de capital, que são para ser "permanentes" e pressionarão os bancos a vender o seu stock de casas. Dívidas para comprar casa que têm de ser pagas e que troxeram para o presente [passado] o consumo futuro.
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Pedro.J50

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #25 em: 2012-08-03 16:30:38 »
Pedroj50 perguntou :

Citar
E investir em fundo de investimento imobiliário  ?


Hermes respondeu :


Citar
Depende de onde estiver o imobiliário, mas no ocidente não me parece uma boa escolha.


Encontrei este artigo muito interessante sobre imobiliário.


http://out-of-the-boxthinking.blogspot.pt/2011/07/o-retorno-do-capital-no-investimento.html


Citar
Out of the box   
O retorno do capital no investimento imobiliário residencial

/............../

excerto ( artigo completo através do link acima )


Tradicionalmente, o investimento em imobiliário é considerado uma boa defesa contra a inflação, ou seja, o valor do imóvel tende a acompanhar a evolução do custo de vida. Isto vem em todos os livros da especialidade, mas convém ler as letras pequenas que acompanham estes chavões. Esta afirmação é verídica, tem evidência histórica, mas só é (garantidamente) válida para análises em períodos de médio a longo prazo.

A perda de valor dos imóveis pode ocorrer de duas formas:

- em cenários de desvalorização do mercado, com perda de valor nominal, como tem ocorrido nos últimos 3 anos em Portugal;

- em cenários de estagnação de mercado, em que os preços se mantêm nos mesmos valores, mas a inflação vai “comendo” valor ao imóvel – a chamada perda em valor real – o que aconteceu em Portugal entre 2001 e 2008;



Obrigado a todos.
Vamos continuar a debater este assunto que é muito actual e ùtil .
« Última modificação: 2012-08-03 16:33:22 por Pedro.J50 »

hermes

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #26 em: 2012-08-03 16:57:14 »
Encontrei este artigo muito interessante sobre imobiliário.

A ideia geral que me fica é que o imobiliário  acompanha  a inflação.


No longo prazo, sim. O problema é que o longo prazo normalmente demora muito tempo a chegar...

O imobiliários é prejudicado por inflação elevada e ou taxas de juro elevadas [ambas diminuem o rendimento disponível para comprar casa e costumam a vir juntas]. Antes de vir a próxima descida sustentada das taxas de juro [e com elas o próximo bull market do imobiliário], elas vão ter de subir bastante, pois abaixo de zero não podem cair [provavelmente já não é na tua geração].

Podes ver este artigo do Gonzalo Lira que diz mais o menos o que disse, mas de uma forma mais eloquente e colorida com exemplos:

http://gonzalolira.blogspot.pt/2011/02/inflation-hyperinflation-and-real.html

Por fim, um pequeno excerto do "When money dies" a mostrar os efeitos da hiperinflação na República de Weimar sobre o imobiliário:

Citar
Those with foreign currency, becoming easily the most acceptable paper medium, had the greatest scope for finding bargains. The power of the the dollar, in particular, far exceeded its nominal rate of exchange. Finding himself with a single dollar bill early in 1923, von der Osten got hold of six friends and went to Berlin one evening determined to blow the lot; but early the next morning, long after dinner, and many nightclubs later, they still had change in their pockets. There were stories of Americans in the greatest difficulties in Berlin because no-one had enough marks to change a five-dollar bill: of others who ran up accounts (to be paid off later in depreciated currency) on the strength of even bigger foreign notes which, after meals or services had been obtained, could not be changed; and of foreign students who bought up whole rows of houses out of their allowances.


Fonte: http://web.archive.org/web/20090318013437/http://www.mises.org/resources/4016
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Pedro.J50

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #27 em: 2012-08-03 17:13:55 »
Muito obrigado Hermes.
Vou ler os artigos em causa.
É que eu tenho umas poupanças  de que dependo para viver e não gostava nada de ver o meu património delapidado devido às más políticas de  governos passados.
 :o
Eu que ando de autocarro  porque é que hei-de pagar os mercedes do estado  , por via de inflação futura , gerada por sobre endividamento do estado ?
 :o

Não é justo quem anda de autocarro pagar os mercedes do estado por via de inflação que lhe destroi património.

Obrigado uma vez mais pela resposta.


cp

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #28 em: 2012-09-13 15:33:53 »
para os defensores do fim do EURO, aqui está:

http://livrosemanias.economico.sapo.pt/26246.html

"Será que o fim do Euro está à porta?

AUTOR ACREDITA QUE A DESAGREGAÇÃO DO EURO SERÁ, JÁ, EM 2012; LIVRO "PREPARA" PARA EVENTUAL FIM.


Para uns será o pior cenário possível, para outros a única saída para esta crise: o fim da moeda única.

Pedro Braz Teixeira, autor de "O Fim do Euro em Portugal" (Actual), advoga que "a crise do Euro é muito mais do que um problema financeiro" e afirma mesmo, em entrevista, que o fim da moeda única está para breve. Acontecerá até ao final deste ano. Caos ou ordem, perante o "fim", é a questão que se levanta. Teixeira responde: "Pode ser que a saída da Grécia gere um choque de realismo nos líderes europeus e os force a sentarem-se para negociar o fim do euro. Caso contrário é muito provável que isso traga animosidades graves e prolongadas entre os diferentes países."

Um livro recomendável - e necessário - para quem quer entender a crise do euro - e, sobretudo para quem quer saber o que deverá fazer se o euro acabar.

O Fim do euro está mesmo à vista? Se sim, quando?

Entendo que as actuais tensões do euro deverão conduzir à sua desagregação até ao final de 2012.

Porque é que chegámos a esta situação?

Porque o euro tem demasiados problemas estruturais (não cumpre os requisitos de área monetária óptima), é intrinsecamente instável (a variável que assinala os problemas - a taxa de juro de longo prazo - agrava esses mesmos problemas) e foram acumulados demasiados erros, sobretudo em termos de endividamento externo de vários países, em especial Portugal, que nunca poderiam ter ocorrido fora do euro.

Teremos que sair do euro para melhorar a nossa situação económico-financeira?

Vamos ser forçados a sair do euro, mesmo que isso agrave muito o nosso poder de compra. No imediato, vamos perder muito, mas a prazo poderemos voltar a crescer e convergir com a UE.

Não pagar a dívida poderá ser uma solução? A nossa dívida, realisticamente pagável?

Quando sairmos do euro, vamos ter certamente algum tipo de perdão de dívida, porque a nossa dívida externa (mais de 100% do PIB) é demasiado elevada para que a possamos pagar toda.

Quais serão as consequências de sairmos do Euro?

São inúmeras, só vou enumerar algumas: desvalorização significativa do novo escudo; queda dos salários reais; diminuição generalizada do valor do património, quer financeiro, quer imobiliário; subida acentuada da inflação e das taxas de juro; melhoria da competitividade que, a prazo, poderá ajudar a diminuir o desemprego.

Como é que as famílias - e as empresas - se deverão preparar?


Convém ter uma reserva na despesa e dinheiro em casa para lidar com as perturbações das primeiras semanas de transição, que poderão ser muito caóticas, porque o fim do euro em Portugal pode chegar de forma abrupta, não havendo ainda notas e moedas dos novos escudos.

Em relação aos depósitos que têm nos bancos é conveniente trocarem-nos para outras moedas (dólares americanos, francos suíços, etc.), diversificando não só as moedas, mas também os bancos em que têm os depósitos, de preferência bancos de fora da zona do euro. Também é conveniente diversificar para outros activos que não só depósitos, porque há demasiados riscos à vista, nomeadamente a expectativa de uma forte recessão mundial em 2013.

Sugestão para sairmos da crise?

Haveria muitas sugestões técnicas para a crise do euro, e no meu livro falo em várias, mas o problema principal é que elas são politicamente impossíveis de concretizar, devido à oposição da Alemanha, que teria sempre que ser o grande contribuinte de todas elas.

Vê alguma luz ao fundo do túnel?

O fim do euro é uma forma brutal de acabar com a crise do euro. Mas, como considero que o euro não tem quaisquer hipóteses de sobrevivência, quanto mais cedo acabar melhor, porque a crise do euro tem gerado um grau inédito de animosidade dentro da UE, em conflito directo com o objectivo último da construção europeia: a paz na Europa, para que não se repitam as duas guerras mundiais que tiveram início neste continente.

Existe, ou não, alguma estratégia para sairmos desta situação?

Como não vejo nenhuma hipótese de sobrevivência para o euro, só vejo duas saídas: ou um fim negociado e ordenado ou um fim caótico, sob o efeito devastador de um tsunami financeiro. Como é evidente, preferia que os líderes europeus reconhecessem que o euro não tem condições de sobrevivência a prazo e acordassem as condições do fim do euro. A Alemanha não tem condições nenhumas para dar esse primeiro passo, porque seria imediatamente acusada de querer matar o euro e de todas as consequências negativas que daí decorrerão.

Pode ser que a saída da Grécia gere um choque de realismo nos líderes europeus e os force a sentarem-se para negociar o fim do euro. Caso contrário, se o euro implodir em resultado de uma catástrofe financeira, é muito provável que isso traga animosidades graves e prolongadas entre os diferentes países, que poderão inclusive conduzir a algum tipo de desagregação da própria UE.
« Última modificação: 2012-09-13 15:38:41 por cp »
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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #29 em: 2012-09-15 02:18:10 »
Uma outra hipótese é o euro continuar e, além disso, subir bastante de cotação. Isso será perigoso para Portugal, pois o que agrava os nossos problemas é o euro forte.

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #30 em: 2012-09-16 00:10:46 »
Citar
Quando sairmos do euro, vamos ter certamente algum tipo de perdão de dívida
Será que ele não olhou para a Grécia?

Citar
diminuição generalizada do valor do património, quer financeiro, quer imobiliário
falso, tal como já foi provado noutros países. A desvalorização do imobiliário acontece devido à bolha. Num período de forte desvalorização os imóveis são uma boa forma de manter o património.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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hermes

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #31 em: 2012-09-16 00:31:42 »
Citar
Quando sairmos do euro, vamos ter certamente algum tipo de perdão de dívida

Será que ele não olhou para a Grécia?

Citar
diminuição generalizada do valor do património, quer financeiro, quer imobiliário

falso, tal como já foi provado noutros países. A desvalorização do imobiliário acontece devido à bolha. Num período de forte desvalorização os imóveis são uma boa forma de manter o património.


Costuma a ser apregoado que as acções e o imobiliário são a melhor forma de proteger o capital. Será realmente assim? Vejamos o exemplo do colapso da Argentina em 2001.

Efeito no imobiliário

No artigo “The Response of Various Real Estate Assets to Devaluation in Argentina,” por Ricardo Ulivi, José Rozados, e Germán Gómez Picasso, publicado no Journal of American Academy of Business, Cambridge em 2005 os autores dizem:

“After the first three months of 2002, during which the real estate business market was practically paralyzed, the behavior of the different real estate sub-markets was different. The “industrial” market suffered the most important change of values after devaluation of the Argentine currency, with prices dropping 67% during the first year. Next was the “office” market depreciating 53% during the same period. The residential “apartment” market value dropped only 29% during the first year after devaluation.”

Efeito no mercado de acções

O começo do corralito em dezembro de 2001 foi acompanhado pela subida das acções, pois as pessoas tentaram escapar à perda de valor das suas poupanças investindo nas acções mais líquidas. Segundo a análise de Eduardo Levy Yeyati, Sergio L. Schmukler, e Neeltje Van Horen no artigo, "The Price of inconvertible deposits: the stock market boom during the Argentine crisis," os principais factores que explicam este crescimento foram: os preços das acções estarem cotadas em pesos e os argentinos poderem comprá-las com o dinheiro dos seus depósitos a prazo sem as restrições do corralito de 250 pesos por semana por pessoa, protegendo assim os investidores de uma perda de valor do seu dinheiro.

No gráfico seguinte podemos ver que durante o corralito o MERVAL [índice argentino do mercado de acções] subiu 140,8% na moeda local. No entanto, tendo em conta a perda de 70% do valor do peso no mesmo período, podemos ver que o desempenho do MERVAL de 3 de dezembro de 2001 a 2 de dezembro de 2002 foi de -32% em dólares americanos. Esse desempenho negativo foi semelhante ao do sector residencial do mercado imobiliário.



Podemos ver que a melhor protecção neste momento conturbado da Argentina foi uma moeda estrangeira estável [nessa altura] como o dólar. Isto tem sido uma constante ao longo da história. Alguns exemplos:

  • A República de Weimar, onde as moedas estrangeiras mais apreciadas eram as libras e os dólares;
  • As ex-repúblicas soviéticas após o colapso da URSS, onde as pessoas usavam uma segunda moeda -- o dólar ou o marco alemão dependendo do país para compras de maior valor
  • Idem para o Brasil na década de 80 / 90, cf. livro em anexo, onde até as empresas tinham uma segunda contabilidade em dólares para conseguirem avaliar os custos dos factores de produção e assim conseguirem sobreviver.

Baseado em: Observations of a Frustrated Asset Manager: Learning from Argentina.
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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #32 em: 2012-09-16 02:06:15 »
Hermes, isso aconteceu porque compraram acções argentinas, de um país que foi à falência. Até espanta elas não terem caído mais em termos reais. Mas se tivessem comprado acções americanas e europeias de multinacionais (o que eu tenho vindo a recomendar desde há anos) tinham protegido o seu capital ainda melhor do que detendo dólares ou euros.

hermes

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #33 em: 2012-09-16 12:42:09 »
Estou certo que as acções argentinas, compradas ao preço certo, terão sido um bom investimento.

A única diferença é que a Europa ou os EUA têm dimensão sistémica, por isso a moeda é capaz de ser melhor, do que "guardar" o dinheiro em acções para comprar mais tarde outras acções a preço de saldo [o problema são as correlações, i.e. as primeiras acções que compraste tb estariam a preço de saldo nessa altura], logo nestes momentos há que escolher sabiamente a divisa em que se poupa...
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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #34 em: 2012-09-16 12:53:53 »
Hermes, penso que numa altura colocaste aqui um texto sobre a crise na Argentina, em que existiam pessoas que trocavam carros por casas. Do que memorizei foi que se a pessoa tivesse feito essa troca na altura, teria feito uma grande mais valia tendo e conta a recuperação dos preços que existiram no imobiliário. Até que, quando aconteceu a segunda crise, ele dizia que desta vez não ficaria de fora...

Sobre a protecção utilizando divisas, temos o dólar com as impressoras a funcionar a fundo, o Euro parece que quer ir no mesmo caminho, a Libra idem, o Franço Suiço não deixa passar do 1,2 do Euro, o Yuan controlado centralmente. O que sobra? Já sei, ouro, mas em barras. :D
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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #35 em: 2012-09-16 14:27:54 »
Sim, fui eu. Até coloquei um outro sobre a República de Weimar, onde os estudantes estrangeiros compravam quarteirões inteiros de casas com o dinheiro das suas bolsas...

O urso anda a correr à mais tempo atrás do euro, por isso acho que o euro é a melhor escolha como divisa, quanto mais não seja por já levar mais anos de treino. Além disso a subida do ouro fortalece o euro e enfraquece o dólar.  :D
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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #36 em: 2012-09-16 15:56:13 »
Estou certo que as acções argentinas, compradas ao preço certo, terão sido um bom investimento.

A única diferença é que a Europa ou os EUA têm dimensão sistémica, por isso a moeda é capaz de ser melhor, do que "guardar" o dinheiro em acções para comprar mais tarde outras acções a preço de saldo [o problema são as correlações, i.e. as primeiras acções que compraste tb estariam a preço de saldo nessa altura], logo nestes momentos há que escolher sabiamente a divisa em que se poupa...


 acções argentinas,


mas isso, não tem muitos riscos ? n o mesmo sentido da ideia não faria mais sentido Brasil ?

hermes

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #37 em: 2012-09-16 17:07:24 »
acções argentinas,


mas isso, não tem muitos riscos ? n o mesmo sentido da ideia não faria mais sentido Brasil ?

Estou a falar do ponto de vista de um especulador que vive no país que enfrenta a crise.

A Argentina é apenas um exemplo de como as coisas funcionaram. Não penses que estou a morrer de amores pelas acções argentinas.  :D
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Como sobreviver à queda do Euro
« Responder #38 em: 2012-10-09 21:46:46 »
Abri um tópico que não  se justificava.
Apaguei-o.
Só hoje li a mensagem de Hermes.
Fantástica.
Muito obrigado, Hermes, pela mensagem.
Muito interessante.
Vou ler o guia  de sobrevivência à hiper inflação.
Hoje tive presente que não esperava.

Obrigado
« Última modificação: 2012-10-09 22:28:21 por Pedro.J50 »

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Re:Como enfrentar a queda do Euro
« Responder #39 em: 2012-10-09 21:52:26 »
Investimentos em arte e principalmente em pedras preciosas têm tudo para ser desastrosos. Em ambos os casos, são sempre coisas que valem muito dinheiro quando se quer comprar, e não valem grande coisa quando se quer vender. Seria fácil comprar arte ou um diamante caro e perder instantaneamente 50%, para não dizer 80%, do valor investido, se horas ou dias mais tarde se tivesse a absoluta necessidade de vender.
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