França recusa austeridade01/10 18:25 CETA França vai precisar de mais dois anos do que o previsto para reduzir o défice público para os limites fixados
pela União Europeia (3% do PIB). Um novo adiamento que deixa antever discussões difícies com Bruxelas.
A Alemanha já reagiu. Diz que está em causa credibilidade de todo o bloco.
Em 2015, o governo francês espera poupar 21 mil milhões de euros, mas quer adaptar a redução do défice ao
contexto económico.
O ministro das Finanças, Michel Sapin, afirma: “Num cenário económico negativo, o governo decidiu manter a
estratégia económica, apresentada na primavera, e vai respeitar os seus compromissos. Assumimos a
responsabilidade de seriedade em termos orçamentais. Recusamos a austeridade”.
Paris espera um défice inferior a 3% do PIB só em 2017 e não em 2015. Um novo adiamento, quando
Bruxelas já tinha dado dois anos extra.
No próximo ano, o défice deverá ficar pelos 4,3%, contra os 4.4% previstos para este ano. Para 2016 deverá
situar-se em 3,8% do PIB.
Também a dívida pública vai continuar a subir, apesar de ter atingido o valor recorde de 2 biliões de euros e de
ter duplicado numa década.
O economista Marc Touati considera que a França “não toma as boas medidas e precisa de uma terapia de
choque”. E acrescenta: “
Essa terapia de choque não foi implementada nem por Sarkozy nem por Hollande. É
esse o drama. Vamos continuar a aumentar o défice e a dívida. Neste momento, as taxas de juro são muito
baixas,
mas um dia, os mercados vão acordar e as taxas vão disparar e teremos uma crise grega em França”.
Segundo as previsões do governo, a dívida deverá atingir este ano 95,3% do PIB e subir até aos 98% em
2016, antes de começar a baixar.
Mas a trajetória das contas públicas não convence o Alto Conselho das Finanças Públicas, que considera as
previsões macroeconómicas muito otimistas.
No atual contexto, a França conta com o apoio de Itália, que considera também a austeridade
contraproducente perante a frágil retoma económica da zona euro.
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O actual Governo presidido por Passos Coelho e o futuro Governo presidido por António Costa,
já podem dilatar o prazo do cumprimento do défice público.
Afinal... sempre foi isso que defendeu Silva Lopes.
A França e a Italia parecem ter adquirido resistencia às chibatadas da mulher de chibata branca...
É preciso igualmente um médico anestesista que vá 'conservando' "os mercados" a dormitar...
Como vêem... há soluções p'ra todos os gostos e players...