Alcatel (ALU.PA - Euronext Paris) - Tópico principal

[Elias]

Grande cacetada hoje, cai 15%

[Quico]

Ainda ontem estive para abrir uma posição curta na Alcatel-Lucent: Bandeira em baixa, prestes a reiniciar o trend. Só que hesitei por estar em zona de suporte.
Foi pena!

[Elias]

Emitiu um profit warning.

[Incognitus]

É um sector muito competitivo, onde os produtos têm necessariamente que funcionar uns com os outros e isso torna difícil a alguém manter boas margens durante muito tempo. A CSCO vai-se aguentando mas também já não é que era.

[AA]

Para um mercado em queda, a Alcatel está-se com um comportamento bastante forte.

[tatanka]

A ALU não consegue competir com chineses.
A única hipótese de sobrevivência é o governo francês considerar que se trata de uma empresa de bandeira (esquecendo os quase 50% nos USA) e discretamente instruir a france telecom para comprar equipamento 4G à ALU (acho no 3G a FT representa quase 50% da facturação)

É verdade.
Se não estou em erro a Huawei já é a maior empresa do mundo no sector, com uns 30k milhoes de dolares de receita, ou perto disso.
Uma ascenção meteorica nos ultimos anos.
A ZTE, outra potencia chinesa também já deve estar muito perto da liderança.

Impressionante, como os grandes gigantes que dominaram tanto tempo (Ericsson, Alcatel Lucente, Siemens, Nokia, etc...) vão-se deixando comer.

[Incognitus]

A ALU não consegue competir com chineses.
A única hipótese de sobrevivência é o governo francês considerar que se trata de uma empresa de bandeira (esquecendo os quase 50% nos USA) e discretamente instruir a france telecom para comprar equipamento 4G à ALU (acho no 3G a FT representa quase 50% da facturação)

É verdade.
Se não estou em erro a Huawei já é a maior empresa do mundo no sector, com uns 30k milhoes de dolares de receita, ou perto disso.
Uma ascenção meteorica nos ultimos anos.
A ZTE, outra potencia chinesa também já deve estar muito perto da liderança.

Impressionante, como os grandes gigantes que dominaram tanto tempo (Ericsson, Alcatel Lucente, Siemens, Nokia, etc...) vão-se deixando comer.

O desequilíbrio de custos é imenso e a capacidade técnica equivale-se...

[tatanka]

A ALU não consegue competir com chineses.
A única hipótese de sobrevivência é o governo francês considerar que se trata de uma empresa de bandeira (esquecendo os quase 50% nos USA) e discretamente instruir a france telecom para comprar equipamento 4G à ALU (acho no 3G a FT representa quase 50% da facturação)

É verdade.
Se não estou em erro a Huawei já é a maior empresa do mundo no sector, com uns 30k milhoes de dolares de receita, ou perto disso.
Uma ascenção meteorica nos ultimos anos.
A ZTE, outra potencia chinesa também já deve estar muito perto da liderança.

Impressionante, como os grandes gigantes que dominaram tanto tempo (Ericsson, Alcatel Lucente, Siemens, Nokia, etc...) vão-se deixando comer.

O desequilíbrio de custos é imenso e a capacidade técnica equivale-se...

POis....
Por curiosidade, tive a calcular o indicador: Custo Pessoal / Total_Receitas

Para EDP:
Custos pessoal=634M€
Receitas=15kM€
Custo_Pessoal/Receitas = 4%

Para Zon:
Custo Pessoal=59.3M€
Receitas=854M€
Custo_Pessoal/Receitas= 6.9%

Era curioso comparar com empresas chinesas, fazes ideia destes valores?

[Incognitus]

Esse tipo de análise é enganador - terias que ir ver também a componente de custo de pessoal dos fornecedores dessas empresas (se bem que na EDP mesmo isso não deveria ser problema - qualquer empresa que necessite comprar muitas commodities não terá tantos problemas).
 
(e esses custos com pessoal parece-me que não incluem todos os custos com pessoal, nomeadamente a contribuição para a SS de 23.75%)

[tatanka]

Esse tipo de análise é enganador - terias que ir ver também a componente de custo de pessoal dos fornecedores dessas empresas (se bem que na EDP mesmo isso não deveria ser problema - qualquer empresa que necessite comprar muitas commodities não terá tantos problemas).
 
(e esses custos com pessoal parece-me que não incluem todos os custos com pessoal, nomeadamente a contribuição para a SS de 23.75%)

Isso seria impossível. Quanto muito encontras o custo total dos fornecedores, mas não descriminado pelo custo do pessoal dos fornecedores.

Seja como for, pegando por exemplo na zon, não me parece um valor muito desfazado. 60M€ para cerca de 2000 colaboradores, dá um ordenado médio de 30,000€ anual. Está em linha com o que esperava.

[Incognitus]

É possível, mas no cômputo geral da economia os salários serão pelo menos uns 50% do produto, mesmo sem incluir contribuições, etc.

[tatanka]

É possível, mas no cômputo geral da economia os salários serão pelo menos uns 50% do produto, mesmo sem incluir contribuições, etc.

50% ?? Caramba.
Bem, deve ser algo que varia bastante de actividade para actividade.
Por exemplo para a Ibersol, este indicador já sobe bastante.
Com receitas de 200M€ anuais, torram 65M€ em custos de pessoal, ou seja, 32.5%.

[tatanka]

Bem, há quem preveja o fim da Cheap China:



http://www.economist.com/node/21549956
Vamos lá ver...

[Incognitus]

O problema também é de que neste momento a vantagem da China já não é somente no custo. Está a extender-se à capacidade, à escala, à rede de fornecedores no mesmo local, etc, uma série de coisas.
 
Começam a existir motivos para os Chineses não só ganharem tanto como os Ocidentais, como ganharem ainda mais ...

[Visitante]

Não entendo como a China sem as preocupações ambientais e laborais dos Estados Unidos tem custos de produção iguais. Para quem vai o dinheiro? Se bem que comparar com os americanos não é grande padrão em termos ambientais e laborais, o ideal seria comparar com a Europa.

[kitano]

Mas os custos de produção são iguais?

[Visitante]

Pelo gráfico do tatankov estão em 80% e em 2015 serão iguais.

[tatanka]

Pelo gráfico do tatankov estão em 80% e em 2015 serão iguais.

Quando deixarem de se difererenciarem pelos custos, já terão atingido outras vantagens competitivas, que justificam a sua permanencia no topo.

Do mesmo artigo:

Labour costs are often 30% lower in countries other than China, says John Rice, GE's vice chairman, but this is typically more than offset by other problems, especially the lack of a reliable supply chain. GE did open a new plant in Vietnam to make wind turbines, but Mr Rice insists that talent was the lure, not cheap labour. Thanks to a big government shipyard nearby, his plant was able to hire world-class welders. Except in commodity businesses, “competence will always trump cost,” he says.


Second, Chinese wages may be rising fast, but so is Chinese productivity. The precise numbers are disputed, but the trend is not. Chinese workers are paid more because they are producing more.


Third, China is huge. Its labour pool is large and flexible enough to accommodate seasonal industries that make Christmas lights or toys, says Ivo Naumann of AlixPartners. In response to sudden demand, a Chinese factory making iPhones was able to rouse 8,000 workers from their dormitory and put them on the assembly line at midnight, according to the New York Times. Not the next day. Midnight. Nowhere else are such feats feasible.


Fourth, China's supply chain is sophisticated and supple. Professor Zheng Yusheng of the Cheung Kong Graduate School of Business argues that the right way to measure manufacturing competitiveness is not by comparing labour costs alone, but by comparing entire supply chains. Even if labour costs are a quarter of those in China to make a given product, the unreliability or unavailability of many components may make it uneconomic to make things elsewhere